Violência contida em escrituras sagradas e `autorizada´ por Deus pode tornar as pessoas, principalmente pessoas religiosas, mais agressivas, conclui estudo realizado por psicólogos da Universidade de Michigan e que será publicado na edição de março do periódico Psychological Science.
Os autores do trabalho examinaram a interação entre texto sagrado e violência conduzindo experimentos em duas universidades de características religiosas contrastantes: a Brigham Young, nos EUA, onde 99% dos estudantes disseram acreditar em Deus e na Bíblia, e a Vrije Universiteit de Amsterdã, onde apenas 50% disseram acreditar em Deus e 27%, na Bíblia.
Depois de responder a um questionário sobre suas crenças e filiações religiosas, os participantes da pesquisa leram uma parábola adaptada de uma passagem relativamente obscura de uma versão clássica em inglês da Bíblia, descrevendo a tortura e morte de uma mulher, e a vingança do marido. Metade dos participantes foi informada de que a passagem vinha de Juízes, um dos livros do Velho Testamento, e outra metade, que se tratava de um pergaminho descoberto por arqueólogos.
Os participantes, então, foram agrupados em duplas e instruídos a travar uma competição simples. O vencedor teria o direito de "detonar" seu parceiro com um barulho de até 105 decibéis, o volume aproximado de um alarme de incêndio. O teste foi elaborado para auferir agressividade.
Os estudantes da Brigham Young mostraram-se mais agressivos - isto é, usaram volume mais alto - em suas "detonações" se acreditassem que o que tinham lido era um texto bíblico. Além disso, os participantes foram mais agressivos se o texto contivesse o versículo em que Deus aprova o uso de violência.
Na Vrije Universiteit, os resultados foram surpreendentemente similares. Embora fossem menos influenciados pela atribuição de fonte do material, os voluntários holandeses usaram um som mais forte quando a passagem incluía o versículo extra. Isso se revelou verdade, ainda que numa proporção menor, até mesmo para os estudantes que se descreviam como descrentes.
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