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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Homossexualidade: É Claro que Não é Natural!

Por: Diác. Luiz Gustavo.
www.igrejainclusiva.blogspot.com

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Tenho de admitir, o título da postagem é para atrair leitores. Se os ideólogos da ignorância religiosa, neo-inclusivos ou não, têm o direito às suas manchetes sensacionalistas, por que eu não poderia me utilizar daquilo que é gritante para levar alguns à reflexão?

Pois bem, mas o assunto que vou tratar aqui é exatamente este, não é propaganda enganosa. Vou tratar sobre a homossexualidade ser natural ou não. Para isso, vou colocar na geladeira as proposições biologizantes, em primeiro lugar e, depois, as teorias loucas da teologia sobre "natureza" humana. Nossa abordagem será antropológica, afinal estamos falando de seres-humanos, e nada melhor que a Ciência do Homem para abordar a naturalidade ou antinaturalidade da homossexualidade.

Para a antropologia a homossexualidade não pode ser natural, nem a heterossexualidade, nem a bissexualidade, pois o homem não é NATURAL, mas um ser cultural. Deixou o estado de natureza lá atrás quando abandonou as cavernas solitárias, se elas realmente existiram, e começou a guiar-se pelo elemento simbólico. Tá complicado? Tá acadêmico demais? Então vamos simplificar...

O homem, o ser humano não pode e não é um ser da natureza selvagem e bruta, pois é racional. Não pode ser natural; ou você já viu vaca cozinhando a grama antes de comer? Ou já assistiu um casal de jacarés em cerimônia de casamento? Ou sua cadelinha usando o bidê?

Não somos naturais. Ninguém nunca viu um ser-humano esquartejando uma galinha com os dentes para se alimentar, ou o outro fazendo sexo à força com uma "fêmea" no meio da rua, ou urinando e fazendo caquinha nos corredores do prédio ou no elevador. Se você viu algum ser-humano fazendo algumas destas coisas, podes crer, ele já deixou o estado de humanidade, está no estado de natureza, nua e crua, dura e cruel. Só o louco, aquele mais lunático, pode viver em estado de natureza, desinserido do cultural, do mundo humano.

É por isso que a homossexualidade não é natural, muito menos a heterossexualidade. Elas não existem no mundo da natureza, pois são conceitos humanos, que a natureza não compreende nem aborda. Mas, você pode me dizer que já viu dois cachorrinhos machos "cruzando", ou um galo chocando ovo. Isso existe, e é elemento da natureza, do mundo natural; o cachorrinho está exatamente "cruzando" e não fazendo sexo, pois sexo é coisa para humanos fazerem.

Homossexualidade e heterossexualidade necessitam de sentimentos humanos para existirem, sentimentos estes que são elementos simbólicos, que fogem da necessidade e se perdem nos desejos. Só humanos podem desejar, não cahorrinhos, vaquinhas e macaquinhos... estes "necessitam", pois dependem de seus instintos, coisa já inexistente no homem inserido no cultural.

Ufa! Dei muita volta? Mas não tive outro meio pra chegar onde queria... e não quero desdizer os que tentam provar a biologicidade da homossexualidade. Quem sou eu para isso! Creio que exista sim um componente biológico, micro, na definição da sexualidade de cada um, mas que não define comportamentos, nem sentimentos, nem atrações, que estão ligados ao desejo, não ao instinto, e estão submissos ao ambiente cultural de cada sociedade.

Bem, acho que este texto é legal para clarificar e explica melhor a polêmica série de imagens "É Claro que Não é Natural", criadas pelo departamento de marketing da Comunidade Betel, que geraram alguma incompreensão por parte de alguns. Deu para iniciar um debate mais amplo sobre este assunto muito bem abordado pelas ciências sociais e pela psicologia, e desastrosamente abordado pela teologia cristã, pelo menos por aquela do status quo.

Da próxima vez que te disserem que ser gay não é natural não se ofenda, afinal você é gente e não pode se comparar aos animais irracionais submissos aos instintos, somente comparáveis à gente totalmente inserida no estado de loucura.
Sim, ser crente fundamentalista é NATURAL!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ciência começa a abrir caminho para filhos biológicos de casais gays

Reprogramar células adultas poderia gerar óvulo "masculino", por exemplo. Dificuldade principal é manipular "atestado de origem" de sexo celular.

Imagine um futuro no qual, quando alguém fizer aquele velho comentário de família sobre crianças fofinhas – “Nossa, é a cara do pai!” –, será preciso perguntar “Do pai número um ou do pai número dois?”.

A mera ideia parece coisa de quem tem um parafuso a menos. Mas, ao menos em princípio, não tem nada de impossível. A descoberta de que qualquer célula do nosso corpo tem potencial para retornar a um estado primitivo e versátil pode significar que homens são capazes de produzir óvulos e mulheres têm chance de gerar espermatozoides. Ou seja, casais gays, de ambos os sexos, podem ter filhos biológicos.


Reprogramação

Quem se empolga com essa possibilidade deve agradecer às chamadas células iPS (sigla inglesa de “células-tronco pluripotentes induzidas”), cujas capacidades aparentemente miraculosas estão começando a ser estudadas. Elas são funcionalmente idênticas às células-tronco embrionárias, que compõem o organismo de embriões com poucos dias de vida e conseguem dar origem a todos os tecidos do corpo humano, dos músculos do coração aos neurônios do cérebro.

As células iPS não passam de células adultas (extraídas da pele, por exemplo) que, em laboratório, são revertidas ao estado embrionário por meio de manipulação genética. A coisa funciona porque todas as células do nosso organismo carregam o mesmo conteúdo de DNA, possuindo, portanto, a mesma "receita" genética que dá origem ao corpo inteiro. O processo seria uma mão na roda para produzir tecidos sob medida para transplantes, sem riscos de rejeição (seria; ainda não foi testado para valer). Mas também abre a possibilidade aparentemente impensável mencionada acima.

“Os pesquisadores já conseguiram produzir espermatozoides a partir de células embrionárias. Nada impede que também consigam isso com as células iPS. E, se isso acontecer, o debate ético vai deixar no chinelo o que hoje existe em torno da pesquisa com embriões”, prevê o biólogo Stevens Kastrup Rehen, que estuda as células iPS na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Em falta

Em tese, para possibilitar o nascimento de bebês com o DNA de dois pais (ou de duas mães), bastaria obter amostras de células do casal e reprogramá-las para produzir o tipo de célula sexual “em falta” – espermatozoides no caso de mulheres, óvulos no caso de homens. Por causa da ausência do sistema reprodutor feminino, um casal de homossexuais do sexo masculino precisaria de uma mãe de aluguel para gestar seu bebê; já mães lésbicas poderiam decidir qual das duas daria à luz seu filho biológico.

Por incrível que pareça, homens teriam, em tese, chances iguais de gerar filhos de ambos os sexos, enquanto mulheres só poderiam engendrar mulheres. A explicação está nos cromossomos sexuais, estruturas que determinam o sexo em mamíferos como nós. Meninas têm dois cromossomos X, enquanto meninos possuem um X e um Y. Assim, a junção de um X de cada mãe só poderia levar a uma mulher (XX). Uma forma de contornar isso seria inserir artificialmente um cromossomo Y no DNA de uma das mães. "Nesse ponto ainda estamos no campo da ficção científica. Trata-se de algo bem difícil", diz Rehen.

Além desses detalhes, existe uma importante complicação adicional. É que trechos do DNA das células sexuais ficam marcados quimicamente, indicando quais genes vieram do pai e quais vieram da mãe. Essa marcação é essencial para o desenvolvimento correto do bebê. Segundo Rehen, esse “certificado de origem” desaparece quando a célula original é reprogramada. Não se sabe se um óvulo criado a partir de células masculinas vai continuar com a marcação tipicamente masculina ou ganhará “traços” femininos.

Enquanto os cientistas não aprenderem a controlar isso com precisão, a técnica provavelmente será tão arriscada e ineficiente quanto a clonagem, exigindo centenas de fecundações, bem como gestações de alto risco para a mãe e para o feto. É uma barreira considerável – mas está longe de ser eterna ou insuperável.

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1078497-5603,00-CIENCIA+COMECA+A+ABRIR+CAMINHO+PARA+FILHOS+BIOLOGICOS+DE+CASAIS+GAYS.html