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terça-feira, 3 de maio de 2011

Igreja Luterana vai reconhecer união cívil gay relaizada em Portugal

Casamento ´gay´ português é aceito por igreja no Brasil
O luso-brasileiro Daniel Moraes e o marido, o brasileiro Alexandre Bahia, cujo casamento civil foi celebrado, a duras penas, num consulado português no Brasil, vão casar religiosamente na igreja luterana brasileira, a 30 de Julho.

"Isto nunca aconteceu no continente sul-americano. Vai ter uma grande implicação", diz Daniel.

Mas não é só nisso que ele e Alexandre querem ser pioneiros: "A seguir vamos intentar uma ação para reconhecimento do nosso casamento, para chegar ao Supremo Tribunal Federal".

Fonte: Cena G

quarta-feira, 30 de março de 2011

Igreja Luterana faz o primeiro batismo de filho de gays na Argentina

A capital argentina, Buenos Aires, realizou o primeiro batizado de uma filha de um casal homossexual na América Latina.

As mães Claudia Gimenez e Paola Releia são da cidade de Paraná, na província de Entre Rios.

Apesar de ser católica, Paola realizou a cerimônia numa igreja luterana, já que sua igreja católica não aceitaria realizar o batizado.

Me decepcionou a discriminação que sentimos por sermos lésbicas e também por nossos amigos gays e travestis. Preferimos que Bianca pertença a esta igreja, luterana, em que não há discriminação nem a ela e nem a nós.”

Fonte: Cena GPrimeiro batismo de filho de gays e realizado na Argentina

domingo, 21 de novembro de 2010

O Talibã no Brasil são os cristãos

images
O discurso da hipocrisia, disfarçando o ódio como direito de liberdade de se expressar...

Imaginem vocês, caros leitores, se eu fosse um evangelinazista contumaz, talvez eu pudesse, em nome da liberdade de me expressar, congregar, na órbita desse conceito nobre, uma série de acusações contra um grupo qualquer, afinal, em nome do DIREITO DA EXPRESSÃO TODOS OS OUTROS SUCUMBEM, INCLUSIVE, O DA VIDA E O DA DIGNIDADE!

Assim, para exemplificar, deixe-me pegar como exemplo algumas coisas próprias de minha formação. Sou descendente de alemão nato, com italiana nata. Minha pele é branca, meu cabelo é liso, venho da classe média e tenho boa formação. Como direito posso expressar minha fé, e esta vem dos evangélicos, que acreditam, por exemplo, que a marca que Deus colocou em Caím, por ter matado Abel, foi a cor negra. Necessariamente, tal idéia de expressão religiosa foi justificada na escravidão norte-americana, nas colônias do sul. Dessa forma, todo um grupo de pessoas, de pele negra, estão marcados pelo poder da religião e sua interpretação bíblica.

As origens do racismo e do preconceito contra o negro, a religião dos negros e a comida dos negros são bíblicas! E eu posso não concordar com a cultura dos negros e me manifestar contra ela, porque minha fé me dá o direito de assim proceder, e se alguém tentar me contradizer, eu ainda tenho, na Constituição da República, o direito inconfundível, princípio que está acima de todos os princípios, da liberdade de expressão e crença.

Isso pode parecer nojento, hipócrita, abominável, mas é exatamente isso que a Igreja Evangélica fez aos negros nos EUA, e é exatamente isso que a Igreja Cristã faz contra os homossexuais na atualidade.

Semana passada, o pastor presbiteriano e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, trouxe novamente a polêmica sobre a homossexualidade e a homofobia e o direito de se expressar... Para o pastor o PL 122/06 maximiza o direito de um determinado grupo, ao mesmo tempo em que, minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados pela Carta Magna e pela Declaração Universal dos Diretos Humanos.

Engraçado, o Nicodemus deve desconhecer o Código de Defesa do Consumidor, que trata os consumidores de forma a maximizar seus direitos frente os distribuidores e fornecedores numa relação de consumo, com o fim de tratar com igualdade a parte fraca na relação consumerista. Da mesma forma, não deve conhecer o Direito dos Trabalhadores, que maximiza o empregado e seus direitos frente ao poderio do empregador, restabelecendo a igualdade diante da lei dos interesses pretendidos. Deveria perguntar ao Nicodemus de quais direitos os homossexuais gozam para que, em havendo uma lei que proíba o preconceito, ferirá a relação de igualdade entre homossexuais e heterossexuais? E quando o dito pastor se refere a Carta Magna, a que Carta ele está se referindo, a Constituição ou a Bíblia? (isso é válido, pois quando na boca de um fundamentalista está dito a máxima carta ela nunca será a Constituição de qualquer país, antes de ser seu próprio livro sagrado).

Assim, a criminalização do racismo foi exatamente proibir a expressão livre do ódio contra um grupo, por este ter a cor da pele diferente da branca! A criminalização do homicídio é proibir a livre expressão do ódio contra alguém em que pese na eliminação deste da face da terra! A criminalização do roubo e do furto consistem em proibir a livre expressão e manifestação de alguém em saquear qualquer objeto de outrem por meios ardilosos ou pela força! A grave ameaça é a proibição da livre expressão da palavra, gestos e qualquer outro meio que intimide alguém de forma violenta. A criminalização da homofobia será a proibição da livre expressão de alguém difundir seu ódio contra o outro pelo simples fato desse se comportar diferente do que a heteronormatividade impõe.

Desta forma, a liberdade de expressão não é um direito absoluto no ordenamento jurídico, e em vários momentos a liberdade de expressão é e deve ser restringida, caso contrário uma pessoa que no momento da iria expressasse todo seu ódio contra o outro, no mais alto grau, matando-o, não poderia responder por homicídio (art. 121 do CP), pois ela simplesmente estaria usando seu direito absoluto de se expressar e manifestar. A própria constituição entende assim quando diz:

“Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.

Ou seja, a própria Constituição limitou a liberdade de expressão frente à lei, não sendo tal princípio do Direito encarado de forma plena ou indiscutível. Ainda, dois princípios estão dispostos sobre todos os outros: a VIDA e a DIGNIDADE, e eles sempre se sobressairão em qualquer hermenêutica aplicada na lei para seus efeitos.

Não demorou, e logo um velho conhecido veio se manifestar: JÚLIO SEVERO. Júlio não sustenta nem 1/3 da inteligência que ele adoraria ter, aliás, basta ver seu argumento para que se tenha pena da falta de senso do mesmo. É um asno falante (e que me desculpem os asnos pela ofensa, afinal comparar Júlio Severo a qualquer criatura é demeritório às criaturas a que a ele forem comparadas)! Escarra Júlio:

“os homofascistas nunca trocariam o Mackenzie por uma mesquita como alvo de suas reais manifestações de ódio. Eles tremeriam de medo só de pensar em fazer um protesto na frente da Embaixada do Irã, país que tradicionalmente mata homossexuais!”

Assim, Julio afirma que os homossexuais se aproveitam da, suposta, passividade dos cristãos.

Bem, que passividade cristã é essa? A passividade da inquisição católica, a passividade de João Calvino com Serveto em Genebra, a passividade dos luteranos e de Lutero com camponeses e judeus na Alemanha, ou a passividade de Hitler, cristão católico, e leitor de Lutero, contra os judeus, gays, ciganos etc?

Agora, interessantíssimo, é saber que da passividade evangélica até um exército foi criado: A LIGA DE ESMALCADA, que pretendia lutar contra outro exercito cristão pacífico: a coalizão católica, e que os dois exércitos se uniram para derrotar os turcos seljúcidas: 1531-1538. Ou seja, católicos e protestantes guerreando contra os muçulmanos. E o que dizer da passividade dos irmãos irlandeses católicos e protestantes, armados até os dentes, com milícias terroristas de ambos os lados?

A passividade cristã é assombrosa, e é implícita a apologia à guerra e ao massacre que Júlio Severo faz em seu texto, uma vez em que os cristãos começarem a agredir fisicamente os gays, em semelhança do que acontece com os muçulmanos, os gays não terão coragem de reagir! Essa é a verdadeira imagem de Júlio Severo, um hipócrita talibã de bíblia em punho! ESSA É A FACE DA IGREJA EVANGÉLICA NO BRASIL, UMA IGREJA TALIBÃ, que ameaça tudo e todos que não se submetem aos seus desígnios.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Igreja Luterana aprova ordenação de pastores gays

Rosa de Lutero

A Igreja Evangélica Luterana da América (ELCA) recebeu diversos pastores Homossexuais em cerimônia no domingo, 25/07. A confraternização em São Francisco foi a primeira de uma série que vai acontecer em diversos pontos dos Estados Unidos.

Em agosto a igreja votou pela liberação de pastores Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros. Os pastores devem manter relacionamentos estáveis e não precisam ser celibatários.

No domingo, sete desses novos pastores foram recebidos em uma cerimônia especial na Catedral de S. Mark, em São Fancisco, Califórnia.

Os reverendos John Fryckman e James DeLange, ambos heterossexuais, foram pioneiros na luta pela modificação das regras da igreja. Dois dos novos pastores assumidamente Gays já serviam na igreja de São Francisco sob os cuidados deles. Eles consideraram a cerimônia de domingo uma vitória.

No Brasil, a ELCA ainda não tem nenhum representante. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) mantém um tipo de parceria e intercâmbio com a ELCA, mas não se pronunciou oficialmente sobre o ministério de Homossexuais.

O Pastor Victor explicou que cada “vertente” da Igreja Evangélica Luterana tem uma prática individual, e que a IECLB tem diversos documentos que discutem a questão, mas que nenhum deles é ainda conclusivo.

No começo de julho, líderes da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos também votaram a favor de mudanças em sua política. Ainda não é uma decisão confirmada, pois tem que passar pelo crivo de delegados regionais, mas as chances são grandes.

domingo, 14 de março de 2010

Porque a bíblia tão somente me diz!

Acabei de rever a série “Porque a bíblia tão somente me diz!” E vou reproduzi-la aqui, neste blog. "For the Bible Tells Me So" é um documentário de 2007 dirigido por Daniel G. Karslake sobre homossexualidade e seu conflito com a religião, mostrando também algumas interpretações sobre o que a bíblia diz sobre a sexualidade entre duas pessoas do mesmo gênero. O vídeo também inclui segmentos de entrevistas com grupos de pais religiosos, expondo suas experiências pessoais na criação de filhos homossexuais.

Embora seja uma seqüência de vídeos todos eles estão entrelaçados. Desde o vídeo 1 ao 3 gostaria que, quem assistir, ficasse ligado na história do jovem Jake Reitan. Sua família é luterana, como a minha, e eles viveram um drama. O que me chamou a atenção foi à mãe de Jake dizendo: “ele havia falado para sua irmã a um ano atrás, um ano sem me dizer nada, ele contou para outras pessoas, mas não falou para mim, eu que sempre escutei a todos. Eu o decepcionei”.

Imagino o que deva ter acontecido com Jake, lembrei de mim, uma vez que quis contar para minha mãe sobre minha sexualidade, e ela me interrompeu ao perceber do que haveria de dizer, e concluiu: “eu não quero saber, não quero escutar!” Dias depois estava eu chorando no meio da rua, quando uma senhora, já idosa, perguntou-me o que estava acontecendo, eu respondi: “A senhora realmente deseja saber, ou só está sendo educada comigo agora?” Aquela senhora me olhou dentro dos olhos, e com bondade disse: “quero realmente saber!” Eu pensei: “Meu Deus essa senhora tem mais de 70 anos, o que eu vou dizer?” Naquele momento só senti vontade de dizer, embora pensasse na reação dela, então disse: “estou sufocado com tudo, não consigo me achar, tem uma dor dentro do meu peito e eu não sei se vai passar. Sabe? Eu sou gay, e não consigo viver com isso, tudo em minha volta está se desfazendo, acabando, e eu não consigo evitar...”

Com um olhar materno, aquela senhora me deu um abraço e me disse: “ Meu jovem, você é tão bonito, parece ator de novela! É tão educado e inteligente, se você quiser que essa velha senhora te diga algo para te confortar, então eu posso te chamar a atenção para uma única coisa: não bata em você mesmo, a dor vai passar, aquilo que está em ruínas, você poderá reconstruir, mas, jamais, se você se destruir ou lamentar por algo que não é culpa sua, e nem é errado. Não se esconda da felicidade, apenas olhe para ela, olhe para você mesmo, e viva, viva seus dias da melhor forma possível, seja bom para com seus semelhantes, caridoso para com os necessitados, e ame! Contudo, você não conseguirá nada sem antes se amar primeiro!”

Lá estava eu sendo acolhido por alguém que eu nunca havia visto antes, lá estava eu desejando que essas palavras fossem da minha mãe, lá estava eu sendo confortado no meu desespero interior, sem saber o que fazer depois, mas com uma única certeza: ela, aquela senhora tinha razão!

Às vezes, a única coisa que desejamos tanto de nossa mãe é que ela seja companheira, e nos entenda, mas, ao contrário, elas são as primeiras a nos julgar e suas ofensas criam raízes profundas e dolorosas. Ao ver a cena de Jake e sua família luterana, lembrei das minhas cenas e de minha família luterana... Assim decidi registrar isso, com aquele velho aperto no peito...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Diálogo avança rumo à unidade dos cristãos, diz Conselho Pontifício

Vatican Information Service, com tradução de CN Notícias

Arquivo

O presidente da Federação Luterana Mundial, Mark Hanson, e Bento XVI durante encontro no Vaticano O Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos emitiu um comunicado sobre o Simpósio Harvesting the Fruits [Colhendo os frutos], que aconteceu em Roma entre os dias 8 e 10 de fevereiro.


A seguir, leia o documento na íntegra
Em outubro de 2009, Harvesting the Fruits: Basic Aspects of Christian Faith in Ecumenical Dialogue [Colhendo os frutos: aspectos básicos da fé cristã no Diálogo Ecumênico] foi publicado. Esse livro reúne os resultados de quarenta anos de diálogos bilaterais entre a Igreja Católica Romana e a Federação Luterana Mundial, a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas, a Comunhão Anglicana e o Conselho Metodista Mundial. A obra também levanta questões importantes para a futura direção e conteúdo do diálogoecumênico. O Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos organizou um Simpósio entre os dias 8 e 10 de fevereiro sobre as questões apresentadas no livro Colhendo os frutos. Teólogos de tradição luterana, reformada, anglicana e metodista conheceram a sede do Pontifício Conselho, a convite de seu presidente, Cardeal Walter Kasper.


O objetivo do Simpósio não foi meramente ter em conta os muitos elementos de acordo produzido por quarenta anos de diálogo oficial, mas considerar formas de comunicar esta conquista notável para os membros de todas as diferentes comunidades Cristãs, para que eles possam manifestar mais plenamente em suas vidas os progressos no sentido da unidade que têm sido feitos. Durante os três dias de discussão, houve um exame detalhado da questão da recepção de declarações e acordos conjuntos, a necessidade do testemunho comum dos cristãos em todos os níveis, e a mudança no contexto em que o cristianismo deve realizar sua missão.


O Simpósio também olhou para a frente, questionou como discernir o lugar que o diálogo ecumênico terá no futuro. Houve uma análise aprofundada das etapas que devem ser tomadas para a meta do ecumenismo, que continua a ser a plena e visível comunhão. Como o Cardeal Kasper lembrou aos participantes, "o que faz significa comunhão no sentido teológico? Isso não significa comunidade no sentido horizontal, mas "communio sanctorum" - o que poderíamos chamar de participação vertical no que é 'sagrado', nas 'coisas sagradas "- ou seja, o Espírito de Cristo presente na sua Palavra e nos sacramentos administrados por ministros [...] devidamente ordenados".


O Simpósio explorou como discordâncias tradicionais podem ser reavaliadas se analisadas no contexto da Missão e da visão do Reino de Deus. Houve menção de uma nova e promissora abordagem em que o diálogo ecumênico seja visto como uma troca de dons, e as conversas francas foram realizadas nos limites da diversidade e do papel da hierarquia de verdades. A discussão também incluiu propostas concretas para incentivar a busca da unidade, mais particularmente a produção de uma Declaração Comum do que se tem conseguido ecumenicamente. Uma possível forma pela qual isso poderia acontecer seria uma afirmação comum da fé no Batismo, incluindo um comentário sobre o Credo dos Apóstolos e a Oração do Senhor.


Os participantes no Simpósio foram tanto experts no diálogo bilateral quanto teólogos mais novos para o ecumenismo. A discussão teológica foi produzida em um nível elevado, e as muitas sugestões positivas que propôs serão levadas à Plenária do Pontifício Conselho em novembro deste ano. Os participantes expressaram gratidão pela oportunidade de discutir em profundidade os desafios reais encontrados na busca pela unidade dos Cristãos, e afirmaram que a possibilidade de convocar reuniões desta natureza é um potencial particular de Roma, indicando o grande serviço que o ministério petrino pode oferecer ao ecumenismo.

sábado, 22 de agosto de 2009

Luteranos norte-americanos e a homossexualidade

Igreja luterana dos EUA permitirá que gays se tornem pastores

DALLAS (Reuters) - A maior denominação luterana dos Estados Unidos facilitou o processo para que gays e lésbicas em relações estáveis tornem-se pastores, encerrando uma política na qual eles poderiam ser clérigos caso permanecessem em celibato.
A Igreja Luterana Evangélica dos EUA encorajou suas congregações a encontrarem meios de apoiar ou reconhecer membros em "relações do mesmo sexo, comprovadamente duradouras e monogâmicas".
No entanto, isso não significa uma sanção oficial ao casamento gay ou uma aprovação para qualquer celebração do matrimônio entre homossexuais.
Ainda assim, a resolução é uma das mais liberais em qualquer denominação norte-americana em questões de orientação sexual, hoje um dos temas mais controversos em termos políticos e religiosos nos Estados Unidos.
A igreja, que possui 4,6 milhões de adeptos, adotou a resolução em seu encontro bienal em Mineápolis.
"É sobre pessoas em relações comprometidas do mesmo sexo", disse John Brooks, diretor de comunicação e um dos porta-vozes da Igreja Luterana Evangélica.
Anteriormente, gays e lésbicas eram impedidos de participar das cerimônias a não ser que permanecessem em celibato.
Aprovada por 559 votos a favor e 441 contra, a resolução afirma que a igreja se comprometerá a buscar soluções para que pessoas em "relações do mesmo sexo, comprovadamente duradouras e monogâmicas sirvam como líderes incluídos nesta igreja".
A medida aplica-se a pastores e obreiros. A assembleia ainda tem de aprovar mudanças procedimentais para levar a resolução adiante. Segundo Brooks, a nova política da igreja deverá ser adotada a partir de 2010.
A iniciativa cerca de um mês depois de a Igreja Episcopal dos EUA decidir, na prática, abolir o compromisso de ser "austera" ao analisar candidatos gays ao episcopado, o que provocou cisões na comunidade anglicana ao redor do mundo.
A Igreja Episcopal, uma ramificação norte-americana do Anglicanismo, está desenvolvendo os rituais e as liturgias oficiais para abençoar casamentos homossexuais.

Fonte: O Globo

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Terça Insana, o vídeo do Nation for Marriage e uma velha propaganda alemã

Lendo matéria do site A Capa, sobre o Terça Insana[1], não pude deixar de refletir sobre os estereótipos sociais. E mais, não apenas por ter lido à disposição sobre o grupo humorístico, mas, também, o fato de relacionar isso ao vídeo lançado nos EUA, por uma associação evangélica, que vem reforçando os estigmas e o preconceito social contra os gays (clique aqui para assistir ao vídeo e ler a matéria).

Bem, todos os meus amigos adoram o Terça Insana, e eu também me junto ao coro, e sempre é bom saber das novidades do repertório, que traz entre o humor, à crítica social, do quotidiano satirizado, da reflexão dos valores da contemporaneidade . E desta vez, a temática é gay!

A assunção do comportamento heterossexual, como única forma capaz de satisfazer o ideal das classes sociais, é a fonte do preconceito estabelecido àqueles que dela não comungam, ou vislumbram outra possibilidade. E o grupo humorístico, compreendendo a sacada, inverteu os papéis dominantes, elegendo o comportamento gay como o único aceitável, e o heterossexual como o desvio de valores. Com muito humor, e as caricaturas que fazem parte do processo, fica à reflexão, de como, às vezes, somos ridículos por achar que somente o que queremos é o que tem que se sobressair, ou se impor como verdade contumaz.

Assim, sou levado à outra reflexão: a do vídeo lançado na América do Norte que, também, trabalhando a inversão deste modelo dito “normal”, levanta a acusação de que os gays são os que impõem na sociedade a sua forma de ser. Ou em outras palavras; que quem dita um modelo tirano de sexualidade, como a ÚNICA FORMA POSSÍVEL DE SE SER, SÃO OS GAYS, obviamente, esse grupo se vitima como perseguidos, e sem chão, por viverem em um mundo que não os deixou escolha, ou não os completou, por rejeitarem sua heterossexualidade como anormal, e impor isso, inclusive, aos seus filhos!

Sei que muita gente vai cair nessa, inclusive aqui no Brasil. Como o Norte Americano é pragmático, tenho a impressão que a coisa lá funciona mais pelo poder da persuasão, do marketing, ou do resultado prático e imediato, do apelo às emoções, do que um plano arquitetado para resultados a longuíssimos prazos. Contudo, não sou ingênuo! Numa data atrás, quando escrevi uma matéria para esse blog, intitulada: A Inquisição Protestante, vinha de uma ala luterana, sombria do sínodo sul, a alegação, no Orkut, de uma “ditadura gay” no Brasil. Onde nós, militantes da causa LGBT, estaríamos sufocando a sociedade com nosso estilo de vida, e impondo a todos o comportamento homossexual.

Bem, reagi à alegação, mas como se tratava de alemães e seus descendentes, não poupei esforços na contestação, e parti para história, como prova evidente da má fé que estava disseminada, como algo ingênuo, ou apenas um debate, ou ainda, uma expressão contrária no campo idealístico.

Acontece que há um paralelo, com relações de causalidade, um nexo causal, entre o que está sendo feito, agora, com os gays, com o que foi feito, na Alemanha, com os judeus! Entre 1919- 1923, surge o Nazismo, com o contorno que hoje conhecemos (não vou aprofundar nisso, mas basta saber que o contorno se estabeleceu nesta data). A Alemanha estava falida, vencida numa guerra, e como sanção, via suas reservas irem embora, no Tratado de Versalhes, pelas indenizações devidas. Hitler acabara de se afiliar ao Partido Trabalhista Alemão, e foi por iniciativa dele a mudança do nome do partido (para Partido Nacional- Socialista dos Trabalhadores alemães- NAZI- abreviatura de: Nationalsozialistische) e a organização da pauta programática do mesmo. Ou seja, neste meio surge a cruz gamada como símbolo, o partido como organização paramilitar, a criação das AS (Seções de assalto) e SS (Brigada de Segurança).

A proposta do partido é o poder, aliás, de qualquer partido, mas o nazismo está um passo à frente, ele está formando um exército para a hegemonia de um único partido- o programa fala do totalitarismo. Para manter tudo isso na prática é necessário capital. A Alemanha está falida, e as linhas de crédito, no país, pertencem aos Judeus. Hitler, de olho nas reservas financeiras judaicas, começa a pregar um ódio pelo comportamento judeu. Condena, de forma propagandística, o caos alemão à submissão do capital judeu. Ou seja, a nação não estava falida por ter se enfiado numa guerra, onde mal planejada, não sustentou suas pretensões últimas. A nação não estava falida por sanções impostas internacionalmente, mas, tudo acontecia porque os judeus ocupavam os melhores cargos, os melhores postos, eles controlavam as finanças, enquanto os donos da terra passavam fome e tinham os piores empregos!

Os judeus impunham na Alemanha seu modo de ser, seu comportamento, sua cultura, e mantinham os alemães submissos a eles. Isso Hitler queria incutir na mente alemã, para se apropriar ilicitamente do dinheiro dos judeus, e financiar seu programa partidário. Obviamente, que a coisa não é assim, de imediato, entre 1923- 1932 as idéias nazistas percorreram a Alemanha até Hitler se transformar no Führer, e guiar a nação sem ter que dar satisfações de seus atos (1934). Entretanto, em 1932, Hitler consegue impor sanção financeira aos judeus! O resto da história vocês conhecem...

Caríssimos, basta dizer que no Orkut, depois da minha constatação, o tópico foi apagado, sob a alegação que eu havia causado uma dor profunda em muitos membros da comunidade (devo ter causado mesmo, como diz o ditado: A VERDADE DÓI). Não fui expulso da comunidade, meu nome é Hoffmann, e tenho sitz im leben para poder dizer o que disse. Mas, essa alegação, de uma imposição de comportamento gay na sociedade, é uma propaganda de MODELO NAZISTA, não me restam dúvidas, agora, os resultados finais disso, deixam-me inquieto. Quem está pensando nisso, e divulgando nessa aferição, não está apenas argumentando ingenuamente, mas tem calculado um resultado final, e o desejo é propagar ódio contra a militância LGBT e o comportamento gay. E disso eu tenho medo!


[1] A Terça Insana é uma projeto humorístico que é apresentado, como sugere o nome, toda terça-feira por diferentes atores interpretando variados personagens. O grupo, criado pela atriz Grace Gianoukas em novembro de 2001 na cidade de São Paulo, é composto por um elenco que se modifica em cada temporada.

Com poucas exceções, a maioria dos quadros é monólogo com cerca de dez minutos de duração e o discurso freqüentemente inclui palavrões. Em geral, as apresentações humorísticas também levam à reflexão ao fazer sátira a estereótipos humanos ou a assuntos controversos tais como drogas, pobreza, preconceito, alcoolismo e apatia social, entre outros conflitos do cotidiano.