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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Agora é a vez do Renê Terra Nova defender Ana Paula Valadão



E parece que a estratégia do Márcio Valadão contra o Edir Macedão é o falso silêncio. Márcio, sem muitas dificuldades, parece que está convocando seus amigos pastores para defender ($$$$$$) gratuitamente, e $olidariamente a Ana Paula. Primeiro foi o Malafaia, o homem da limusine de 5 mil diárias, avião bagatela de 12 milhões de dólares,  que, mui gênero$amente, movido pela confraternização, empatia e liberalidade, saiu em defe$a de$intere$$ada da cantora de Lagoinha. Agora, o Renê Terra Nova, aquele que em surto psicótico se autodenomina apostolo, também re$olveu se pronunciar, $abe-$e lá os mostivo$$$, mas ele se fez notar em uma mensagem para Ana (Nossa Senhora dos Evangélicos), em seu microblog (como retratarei o conteúdo na integra, escrito pelo próprio psicótico “apostolo”, peço a vocês que fiquem bem calmos, pois o homicídio ao português do “apostolo” é violento, tudo indica que ele é pastor e não conhece muito bem de regras gramaticais da língua portuguesa, e nem de ortografia, mas é neopentecostal, aí, fazer o quê?):

"Ana Paula Fico com o discernimento do Faustão que disse: Tem verdade nos seus olhos. É melhor um líder comum com discernimento, do que um líder "diferente" sem temor. Você pode cair na unção e ser tomada por Deus todas as vezes que o Eterno quiser lhe usar, e você ser veículo de bênção para essa nação. Você no pode é cair no descrédito, na moral e ética. Mas na unção tem todo meu respeito. Sua voz apascenta, cura e liberta mais do que muitas palavras persuasivas e sem testemunho de vida com Deus! Conheço sua casa, e sua família tem testemunho aprovado, e o que faz trás vidas para o Eterno. Lamento esse constrangimento, conte comigo". (SIC).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ana Paula Valadão ( "Maria" dos evangélicos brasileiros) é atacada por bispo Macedo



Depois de causar polêmica ao comparar igrejas pentecostais com centro de umbanda, o bispo Edir Macedo e outros pastores da Igreja Universal do Reino de Deus causaram revolta nos fãs do grupo Diante do Trono. Isso porque em dois programas da IURD a cantora Ana Paula Valadão foi usada como exemplo de cantores evangélicos que são “possessos por demônios”.
Em um programa o líder da IURD afirmou que para ele 99% dos cantores gospel são endemoniados e perturbados. ”O diabo também promove dentro da Igreja grandes cantores, cantoras e que fazem grandes sucessos, mas aquele sucesso é justamente uma mensagem subliminar para iludir os crentes”, disse ele.
O bispo Marcio, que estava apresentando o programa com Edir Macedo, deu exemplo da cantora do DT que na última edição do Congresso Internacional de Louvor e Adoração Diante do Trono “caiu na unção” quando foi ungida por um pastor finlandês.
Na igreja Universal “cair na unção” é o mesmo que cair possesso por demônios e por esse motivo o vídeo deste dia de congresso na sede da Igreja Batista da Lagoinha foi divulgado durante o programa na IURDTV . No programa “Nosso Tempo” o bispo Romualdo Panceiro reprisou o vídeo duas vezes para frisar aos telespectadores que a cantora estava possuída e que por esse motivo não cantaria mais as canções do Diante do Trono.
Resposta
Em seu Twitter, a cantora Ana Paula Valadão respondeu as críticas afirmando para seus seguidores não se preocuparem “Não se preocupem comigo qto a essas críticas…estou em paz no meu Senhor!” e até ficou feliz com o ocorrido “Interessante ser criticada por me render corpo e alma em adoração na Presença de Deus…até me regozijo por isso…não me deixarei intimidar”

Record x Globo

Para alguns usuários da comunidade do Orkut destinada ao grupo Diante do Trono, as mensagens dos bispos da Universal são na verdade uma forma de tentar barrar a venda dos CDs dos artistas da Som Livre (empresa do grupo Globo), que por meio do selo Você Adora está investindo na contratação de cantores gospel, como foi o caso do DT.
Os fãs do grupo mineiro também tentam questionar o líder da IURD se os cantores que fazem parte do casting da Line Records (uma das maiores gravadoras do gospel do Brasil que é ligada a IURD) também são possuídos por demônios.

Vídeos: Bispo Edir Macedo e Igreja Universal chama Ana Paula Valadão e cantores gospel de endemoniados







Eyshila, André Valadão e outros cantores gospel respondem

Alguns cantores evangélicos ficaram surpresos e revoltados com as palavras dos bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, inclusive o líder Edir Macedo, que afirmaram que 99% dos cantores evangélicos são endemoniados e que a cantora Ana Paula Valadão estava possessa de demônios.
Através do Twitter o cantor André Valadão resolveu se manifestar. “Não tenho dificuldade em falar sobre a IURD afinal, #IgrejaUniversalNãoÉEvangélica @BispoMacedo o Macalister não te ensinou o que tens feito”, escreveu o irmão de Ana Paula.
A cantora Eyshila também se mostrou indignada. “Reformulando: pessoas que se declaram a favor do aborto, e ainda publicam isso em sua biografia, não merecem o meu respeito. Não as escuto!”
“Escrevi e apaguei, escrevi e apaguei de novo, não tem nem o que dizer em relação a IURD , lamentável Bp Macedo, lamentável…”, tuitou a cantora Lydia Moisés que foi apoiada por Jairinho Manhães, esposo da cantora Cassiane.
Mauro Henrique, vocalista da banda Oficina G3 foi irônico ao falar sobre o caso. “(…) ainda mais depois de saber que o Edir Macedo me chamou de endemoniado! Hahaha. Vem expulsar então!!! Kkkkk”.
Ainda no Twitter membros de várias denominações também se manifestaram contra as palavras dos bispos da IURD e alguns usaram a hashtag #IgrejaUniversalVergonhaAlheia. “Testemunhos comprados obreiros explorados pastores obrigados a cumprir metas de oferta #IgrejaUniversalVergonhaAlheia”, provocou um internauta.
“Esse bispo não tem vergonha na cara mesmo, dizer que a @anapaulavaladao é endomoniada é o fim da picada @: #IgrejaUniversalVergonhaAlheia”, disse outra usuária do microblog.
Fonte: Gospelprime

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Se Belo Horizonte fosse Roma, Lagoinha seria o Coliseu

NO MUNDO EVANGÉLICO DA PROPSPERIDADE VALE TUDO, SÓ NÃO VALE DANÇAR HOMEM COM HOMEM E NEM MULHER COM MULHER, O RESTO: TÁ NA BÊNÇÃO! MAS QUE VERGONHA! A IGREJA AGORA É CIRCO!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Pentecostalismo, Umbanda e Candomblé


Possessão na umbanda e no pentecostalismo: estudos de hermenêutica negra sobre a religiosidade cristã do afro-descendente

Fernando Antonio da Silva Alves

Introdução

Investir em um estudo do tema da possessão pode revelar a superação de resistências cientificistas ou, ao menos, pode vir ao encontro da elucidação de armadilhas conceituais, que levam alguns a confundir possessão com superstição, adivinhação ou tão e simplesmente mediunidade.

A forma como o povo negro particularmente vivenciou fatos tidos como possessão no âmbito da prática de sua religiosidade mereceu destaque entre diversos estudos teológicos e sociológicos. No Brasil, atualmente, sabe-se de uma proliferação de comunidades religiosas e de uma multiplicação de crenças. O pensamento protestante brasileiro, assim como outras vertentes da religiosidade cristã, além da Igreja Católica, tem debatido sobre o surgimento de novas igrejas, crescimento do número de fiéis, assim como vem observando os movimentos de aproximação ou distanciamento de cristãos com membros de outras religiões ou seitas.

Interessa, especialmente neste estudo, observar como é possível fazer uma análise crítica da entronização de determinadas práticas, ritos ou conceitos de uma dada religião específica com a fé cristã, procurando estabelecer um diálogo inter-religioso, e, sobretudo, uma definição do fenômeno da possessão sem o véu do preconceito, causado pelo senso comum daqueles que consideram tais temas assuntos relacionados às práticas ou crendices de marginalizados ou socialmente excluídos.

A presença da influência da raça, particularmente da negritude no Brasil, é emblemática no sentido de promover socialmente a integração histórica do negro nas comunidades religiosas, a partir de seu referencial situado nos cultos da ancestralidade africana dos escravos na época da colonização portuguesa, até chegar aos novos movimentos de avivamento da fé cristã no século passado, capitaneados pelas igrejas cristãs pentecostais, no âmbito das grandes cidades brasileiras, e nas comunidades pobres de periferia, mais carentes de políticas públicas.

A inserção da religiosidade negra na cultura nacional: os cultos de origem africana

A religiosidade das tribos da África Negra foi constatada pelo colonizador português nas primeiras levas de escravos tirados pela força de suas terras e levadas ao Brasil para o trabalho na agricultura. Na África, em um povo agricultor, o culto às divindades estava voltado para a fecundidade dos rebanhos e colheitas. Assim como na agricultura, nas relações sociais, a fertilidade das mulheres estava associada ao culto das divindades. Portanto, o povo africano relacionava o sagrado com sua vida diária, e, na condição de escravizados pelo colonizador branco, passou também a exercer sua religiosidade como forma de enfrentar a escravidão.

Desta forma, destacam-se nas tribos africanas, como dos Yorubas, divindades como Ogum, Xangô ou Exu. Estas figuras, no imaginário tribal do negro africano, representam diversas facetas da sociedade em suas disputas ou conflitos sociais. Pede-se aos deuses proteção e ânimo, no intuito de garantir vitória nas empreitadas, justiça nas decisões, vingança contra os agressores, prosperidade nos negócios, etc. Porém, com a chegada dos escravos negros ao Brasil, os deuses serão cultuados em um contexto de exploração racial. Assim, o culto às divindades passa a ser utilizado como forma de combate ao explorador branco.

Preces e mandingas passam a ser realizadas no sentido de que os deuses gerem fraqueza ao senhor branco, como o fim de suas colheitas pela ausência de chuvas, infertilidade nas mulheres negras a fim de não serem violentadas pelos brancos, poções a serem tomadas pelos brancos, a fim de que caiam doentes, permitindo a fuga dos escravizados em direção aos quilombos, lugares foco de resistência à exploração da classe dominante escravagista.

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    Com o fim da escravidão no Brasil somente nas proximidades do fim do século XIX, permaneceram, porém, crenças e ritos remanescentes da senzala, que passaram a ser um dos traços identificadores da herança do negro africano na cultura brasileira.

    O candomblé e a umbanda, com suas figuras míticas simbolizadas pelos orixás, passaram a se manifestar em terreiros espalhados pelo país, geralmente em lugares em que jaziam comunidades de periferia, excluídos ou socialmente desamparados. Porém, não demorou muitas décadas para que, no século XX, diferentes extratos de classes sociais distintas passassem a frequentar esses lugares em busca de uma orientação das divindades, de um contato com o sobrenatural não fornecido com êxito pelo acesso a outras religiões.

    Pais e mães de santo passaram a adquirir certo status social dentro de uma nova sociedade capitalista, industrializada e urbanizada que vinha surgindo no país, nos moldes de uma modernidade tardia, face o atraso das mudanças sociopolíticas e a demora do avanço tecnológico, em fatos já ocorridos na Europa no século anterior.
    Desta forma, assim como a religiosidade cristã de igrejas pentecostais nascentes no começo do século passado, como a Assembléia de Deus, que passou a ter vulto e a arrebanhar fiéis nas comunidades pobres e proletarizadas dos centros urbanos nascentes, também os cultos de origem africana tiveram seu destaque principalmente entre a população negra e pobre da periferia.

    Rituais de possessão, em que espíritos ou figuras sobrenaturais ingressavam no corpo de indivíduos, passaram a ser registrados como rotina, em terreiros de umbanda ou templos de igrejas, no cotidiano dessas comunidades, em que se encontravam presentes tanto igrejas de cristãos pentescostais como adeptos de crenças umbandistas.

    Por uma hermenêutica negra

    Ao se falar de uma hermenêutica do texto bíblico acerca da participação do povo da raça negra na construção da igreja, apontam-se marcas ou características distintas dessa hermenêutica, baseada em uma interpretação da presença da negritude na Bíblia, em que se constata o compromisso da comunidade negra com o evangelho de Cristo, sua predisposição de dialogar com outra comunidades negras de religiões distintas, com uma defesa da libertação dos povos contra o preconceito racial e em uma sabedoria resultante do equilíbrio entre um respeito às tradições do povo negro e o saber teológico acerca da palavra divina.

    Desta forma, ao se interpretar fenômenos religiosos, quer sejam eles associados ao exercício da fé cristã ou materializados nas práticas associadas a cultos africanos, deve-se perceber em todo esse enfoque hermenêutico não apenas como se dá a presença do negro, mas também como a religiosidade oriunda do povo negro pôde, efetivamente, influenciar no crescimento da igreja evangélica em solo nacional. Deparar-se com a presença do negro é encarar o horizonte de suas tradições, enraizadas em suas origens africanas e em 400 anos de exploração do negro pelo colonizador branco no país.

    Tanto nos países africanos com predominância da religião islâmica, quanto nos países de maioria católica como o Brasil, em que se vê uma imensa quantidade de negros e afro-descendentes (principalmente em estados como Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Maranhão), é indubitável que no exercício de sua fé, os negros não se encontram desvencilhados de sua origem étnica e da tradição inerente aos povos cuja raça tais indivíduos passam a demonstrar.

    Esta tradição deixou marcas não apenas na musicalidade, na culinária, no vestuário ou no vocabulário da sociedade brasileira, mas também na religiosidade que no Brasil se expressa a partir de cultos como o candomblé e a umbanda, mesmo com o advento do modelo ideal de cristianismo, branco, nacionalista, conservador e elitizado, como foi o modelo transmitido pelo português católico aos negros escravizados nos tempos do Brasil Colônia ou no período do Império, com a vinda das primeiras missões protestantes, especialmente a luterana.

    Hermenêutica da possessão

    O fenômeno da possessão é vistosob dois aspectos distintos: primeiro, em uma perspectiva individual, na relação do indivíduo com o sobrenatural; e, segundo, em uma dimensão social, em que os cultos da possessão passam a ser vislumbrados no âmbito das relações sociais.

    A interpretação é distinta conforme o fenômeno se dá dentro dos rituais da umbanda ou dentro de uma igreja pentecostal. Para a umbanda, a possessão materializa-se com a experiência do transe. Geralmente as pessoas que procuram um terreiro de umbanda encontram-se acometidas por dores, angústias ou alguma doença. Ao se submeter ao pai ou uma mãe de santo, o enfermo descobre que sua enfermidade na verdade é a presença de um espírito que, de acordo com a crença umbandista, quer que aquele indivíduo se torne seu “cavalo”, ou seja, o indivíduo convocado ao transe é montado pelo espírito, passa a ser morada daquele espírito que utiliza o enfermo como médium ou filho de santo, como correia de transmissão do espírito possuidor com o mundo físico do possuído.

    Dependendo do terreiro em que o indivíduo se encontra, ele pode ter sido possuído por espíritos de almas desencarnadas de crianças e velhos ou por orixás (como no caso do candomblé). O curioso é que tanto nas religiões africanas quanto na religião cristã, especialmente no catolicismo, o transe do possuído está associado a alguma enfermidade em sua origem, necessitando da ação sobrenatural coordenada por um sacerdote (um padre no exorcismo ou um pai de santo no terreiro) para invocar o espírito que possuiu o médium, e, se for o caso, expulsá-lo, erradicando o mal.
    A diferença que se pode notar quanto à importância da possessão na umbanda é de que nessa religião a experiência do transe deve ser repetida várias vezes, para confirmar a vocação do indivíduo de seu estreito vínculo com o sobrenatural, dando-lhe características distintas, especiais, de uma espiritualidade definida por tal acontecimento.

    Já no pentecostalismo, o episódio é retratado de forma totalmente negativa, devendo ser eliminado já em sua primeira aparição graças à intervenção do sacerdote, expulsando os espíritos tidos como malignos. Substitui-se na igreja pentecostal o fenômeno da possessão por outro fenômeno espiritual, este sim de características positivas e bem vindas: o falar em línguas (glossolalia), tido como experiência de conversão, pela ação sagrada do Espírito Santo.

    De qualquer forma, percebe-se que em ambas as religiões existe um traço em comum ao privilegiar a presença de espíritos como elemento definidor da vivência do sagrado no âmbito da prática religiosa.

    Seres sagrados como orixás ou exus nas religiões africanas, ou santas, anjos ou o Espírito Santo para as religiões católicas e protestantes, somente são sagrados se pensados como espíritos, enquanto representações daquilo que é pensado pela crença.
    A possessão tem, portanto, um locus especial no exercício da fé, seja entre os umbandistas ou no ambiente dos pentecostais. A presença do negro no pentecostalismo e o lugar da possessão Viu-se que o fenômeno chamado de possessão é rotineiro e faz parte do conjunto de crenças das religiões de matriz africana.

    Vê-se nela a ação possível de orixás ou de figuras míticas como o caboclo, o índio, o preto-velho e a criança, caros aos ritos umbandistas. Tais crenças e tais figuras foram trazidas pelo negro africano ao Brasil no período da escravidão e aqui permaneceram mesmo com o predomínio da Igreja Católica e o advento das comunidades protestantes. Soma-se a isso o fato de que as igrejas cristãs, notadamente as pentecostais, sempre demonstraram um acentuado crescimento nas comunidades mais pobres com maioria negra, despontando não apenas como opção para os mais pobres, mas também como opção para os negros.

    A forte presença de negros nas igrejas pentecostais não se deu por mero acidente histórico. Ao voltar-se para uma abordagem da hermenêutica negra já tratada neste artigo e também considerada a já estudada religiosidade do povo africano escravizado, que foi trazido até o país pelo branco explorador, não se pode esquecer que tal religiosidade não soçobrou diante da realidade da escravidão, e, ao contrário, fortaleceu-se, originando os traços hereditários da presença negra no meio social, do que viria a se tornar parte da cultura nacional.

    Vale salientar que a liturgia da igreja pentecostal, de forte cunho emocional, a participação ativa do grupo em celebração e a presença manifesta de um misticismo corporificado mediante rituais que levavam em conta a possessão, serviu como vetor de atração do negro brasileiro afro descendente. As demais igrejas evangélicas tidas como históricas, apresentaram traços marcantes da cultura europeia na catequização ou na realização do culto que pareceram, em um primeiro momento, um tanto quanto estranhas a vários negros pobres, marginalizados e de baixa instrução.

    Não restam dúvidas de que a pregação pentecostal da palavra de Deus, enfatizada na salvação pela negação das coisas do mundo, pela abertura à entrada do Espírito Santo e pela experiência catárquica do falar em línguas exóticas, age de maneira arrebatadora em muitos dos negros favelizados ou desempregados, desrespeitados em seus direitos, humilhados por sua condição social e de raça, desesperançados por causa de uma sociedade excludente, em que uma maioria branca ainda dita as regras do poder econômico e conduz a maior parte dos processos políticos.

    Porém, não é menos notável que tanto o pentecostalismo quanto a umbanda são manifestações de religiosidade que contam com uma presença significativa da comunidade da cor negra, senão com a maioria de negros em seu interior. Tanto uma quanto outra se apegam a modelos de religiosidade em que a presença de espíritos é fortemente associada ao culto. E não é de menos importância que existe no meio social um âmbito de competitividade entre ambas as instituições religiosas.

    Ora, as sessões de descarrego ou de exorcismo em muitas das igrejas tidas hoje como neopentecostais deve muito seu formato aos rituais da umbanda. Também nessas igrejas percebem-se fiéis vivenciando a experiência do transe que ocorre de forma semelhante nos terreiros de umbanda, assim como em igrejas como a Assembléia de Deus, a glossolalia é obtida também mediante um transe, em que o crente passa então a falar em línguas estranhas.

    Será que poderíamos falar de uma “umbandização” da religiosidade cristã nas igrejas pentecostais com a presença do negro? Observa-se que o lugar especial que é dado à possessão, como já foi visto, é interpretado de maneira diferente pela umbanda ou pelo pentecostalismo.

    De qualquer maneira, o que importa ressaltar nesse estudo é que no que tange à possessão, observa-se que nos terreiros e nos templos os traços da cultura negra encontram-se visivelmente presentes. É ideia forte nos estudos da religiosidade feitos pela antropologia de que as igrejas cristãs têm, por característica, a blindagem de suas fronteiras institucionais e simbólicas à influência externa de outras manifestações religiosas, que propiciariam o sincretismo, notadamente as igrejas protestantes.

    Ora, ao menos na interpretação que se pode ter do fenômeno da possessão, o importante a ser observado é de que a possessão não nasce na religião africana, e, na verdade, tem, inclusive, previsão bíblica. Nas passagens do evangelho retratadas nos Sinóticos, particularmente em Marcos 5 e em Lucas 9.37-43, vê-se que Jesus se deparou com pessoas atormentadas por espíritos malignos que as possuíram.

    Nas duas passagens, Jesus interveio expulsando os espíritos, curando aqueles que se achavam enfermos. Ora, se for entendida a exegese do texto bíblico na ênfase aos poderes miraculosos da ação divina, Jesus manifestou um dos maiores dons de Deus que é o dom da cura, mostrando assim que era sua palavra a cura para todos os malefícios, inclusive os males do espírito.

    Dependendo de que forma for interpretado o texto, poder-se-á ter um entendimento de que toda manifestação espiritual associada a uma enfermidade resulta da ação maléfica do diabo, devendo o possuído ser submetido a um exorcismo, inclusive de todas as divindades associadas à umbanda, identificadas agora como demônios, como bem entende a crença pentecostal.

    Entretanto, se a umbanda for vista sociologicamente como uma reação pela religiosidade do negro oprimido à opressão do branco escravista, e se a mitologia dos orixás, assim como é apreendida na Igreja Católica (que transformou São Jorge em Ogum e São Jerônimo em Xangô), também é assimilada por via oblíqua pelas igrejas evangélicas, nos rituais de exorcismo ou na glossolalia dos cultos pentecostais, pode ser possível estabelecer vínculos de contato ou mesmo construir canais de diálogo que transpõem o mero preconceito ou que não se identificam com o racismo.

    Ora, sabe-se o quão delicada é a fronteira entre o universo da crença pentecostal e o que pregam os umbandistas. Porém, conscientes de que além de cristãos os integrantes da igreja também são membros de uma sociedade, uma hermenêutica negra nesse momento é válida no sentido de chamar a atenção do intérprete do texto bíblico para a necessidade de entender o crente que a palavra de Deus é dirigida a todos os povos, mas tais povos aceitam a palavra trazendo consigo suas influências de raça e cultura.

    Será que o eunuco etíope encontrado por Filipe na estrada de Jerusalém a Gaza, narrada biblicamente em Atos 8.26-40, renunciou a sua condição de negro, etíope e incircunciso ao ser batizado, aderindo à crença em Cristo, ou, ao contrário, foi a palavra de Deus pela crença em Jesus que chegou àquele homem, independente de sua nacionalidade, etnia ou status cultural? Será que não seriam todos (incluindo- se pentecostais e umbandistas) filhos de Deus?

    Conclusão

    Conclui-se que um dos mecanismos de ingresso do povo negro na cultura nacional deu-se por meio das comunidades religiosas, culminando com a existência de cultos afro-descendentes como a umbanda. Porém, a dimensão do sagrado visualizada na possessão, típica da umbanda, estendeu- se ao âmbito de outras manifestações religiosas, culminando com sua presença na religiosidade cristã, mormente na igreja pentecostal, que passou por um processo de forte inclusão de negros em seu interior. Logo, não obstante o caráter estrangeiro e particularista da missão religiosa cristã vinda com o colonizador português de origem católica ou com o missionário europeu protestante, em contraste com a universalidade da palavra de Deus exortada na Bíblica, tal presença do cristianismo em solo brasileiro não esteve imune à influência da herança cultural negra, assim como outros segmentos e instituições que fazem parte da cultura nacional, conforme estudos pautados em uma hermenêutica da influência da presença negra na religiosidade cristã.


Texto originalmente publicado na Revista Identidade- da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo- da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Diabo revela: Universal X Mundial

E não é que o bando lideres da Universal começou a se preocupar com a empresa igreja Mundial, e o marketing para acabar com Valdomiro e seu empreendimento instituição não poderia ser mais irônico: o próprio diabo! Este que declarou que a igreja Mundial pertence a ele, pois são as hostes do inferno que reinam lá!

Como o diabo é astuto e mentiroso! Bem que Jesus disse ser ele o pai da mentira! Se o diabo falasse a verdade nesse vídeo ele diria: “as duas igrejas Universal e Mundial são minhas!”.

Assista ao vídeo do capeta caipira (engraçado, seres milenares, que segundo essa demonologia louca, acompanham o homem desde sua formação, que falam grego, hebraico, latim, aramaico etc. não sabem falar o português corretamente... estranho! Quem tem ouvidos para ouvir que ouça.):




'Diabo' vai à Universal e deda a Mundial
Enviado por Paulopes. - Vídeos de notícias de última hora.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cagada em Cristo!

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Poderia até parecer uma daquelas postagens de Cleycianne, mas o fato é que a coisa é bem real! E diria, literalmente, que a senhora do vídeo cagou em Criso, e testemunhou o feito!

Não sei onde a Igreja chegará com isso, mas, as indulgências, que os reformadores combateram na Idade Média, não se comparam, hoje, com o que os evangélicos fazem, eles superaram Tetzel e toda a Igreja Medieval!

 

GAGAR EM CRISTO É MAS, PRISÃO DE VENTRE É MENAS! 3X GLÓRIA!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tudo uma questão de f$´!

Sempre achei tênue a linha divisória, entre os que se dizem conservadores de uma fé ortodoxia e histórica, em demérito daqueles que, por tendências diversas, buscam o extravasar das emoções, em um jogo mágico, supersticioso e fundamentalista, dito dos pentecostais e neopentecostais.

Aliás, de muito, conservadores e pentecostais são, deveras, fundamentalistas e, muitas vezes, intransigentes em diversas questões, aonde o poder do preconceito fala mais alto do que a razão. Contudo, há uma distinção da representação, ou do teatro desses atores, quanto à inserção e da difusão do preconceito, em tela; os conservadores querem, e gostam, de criar um ar num pseudo-intelectualismo, e biblicismo “científico”, enquanto os pentecostais e neopentecostais se fundam pelas bases da revelação mística e estática, e uma atitude mais agressiva e, menos racional,  pautada em alguma suposta ação prática e sinergética, que fundamente essa ou aquela postura, em que, no fim, a Bíblia sempre diz!

Não obstante a isso, sempre disse que no fundo não passam de farinha do mesmo saco, e que, em último, um acabava se beneficiando com o outro de alguma forma. E, penso, que não demorei muito para ver a minha tese comprovada!

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Tudo começou com a Expocristã que, estranhamente, colocou frente a frente: Marco Feliciano e Danilo do Genizah Virtual (seu crítico ferrenho, e de sua teologia mercantil), mais estranho foi a postura do Danilo, em, depois do encontro, querer justificar, ou fazer um meia culpa, em relação ao Marco e tudo aquilo que já ocorreu e foi dito. Mais estranho, ainda, é saber que há um suposto convite para que o Danilo passe a cuidar do Marketing de alguns produtos de Marco Feliciano, que concede uma entrevista ao Danilo, que fala de alguns desafetos, e supostos erros cometidos, numa atitude humilde, despojada, diria eu: CRISTÃ!

Chega a ser crassa a falta do que fazer para enganar o povo e tentar justificar o que é o óbvio: no mundo evangélico tudo se justifica pelo dinheiro - que vem cada dia mais, ganhando o status de graça e redenção em substituição do sacrifício de Cristo. Hoje salvam o Marco, pelo marketing, e amanhã justificarão também ao Malafaia e a teologia da prosperidade? É, hoje eu já vi tudo, afinal, vi o que é ser cristão.

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Caso Bruno: A igreja evangélica é medonha!

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Das páginas policiais dos noticiários de todo o Brasil, aos blogs da suposta fé reformada, ou neopentecostal, tanto faz! Aliás, os defensores da fé reformada bebem das águas que jorram das fontes sensacionalistas, com uma suposta crítica contra movimentos de renovação, mas que no fundo se alimentam do mesmo fundamentalismo básico e conceito segregado último comum às vertentes da fé cristã majoritária.

Assim, li estarrecido, nas redes de blogs evangélicos reformados e neopentecostais, o caso do goleiro Bruno, supostamente, acusado pela polícia civil de ter assassinado sua ex-amante, Elisa Samúdio, e jogado seus restos mortais aos cães.

Tudo começou quando o pastor da Igreja Batista do Getsêmani resolveu revelar a sua platéia, numa de suas conferências, como era o Bruno, em sua adolescência, freqüentando a Igreja Batista e se recusando a batizar! A conclusão medonha foi:

“... Ele rejeitou a Jesus e sua vida foi destruída pelo pecado”.

Assim, um dos blogs que integram essas redes cristãs, onde uma denominação fala mal da outra, e no fundo todas são farinhas do mesmo saco, declarou:

“...O futebol lhe trouxe dinheiro e fama, e agora se for condenado, irá passar uma boa parte de sua vida atrás das grades. Que Deus tenha misericórdia de nossos jovens, para que nenhum deles se afaste de Jesus, mas que a cada dia tenham a sua fé firmada nEle. Decida-se por Cristo, enquanto há tempo. O diabo vem para roubar, matar e destruir. Jesus veio para lher dar vida, e vida em abundância (João 10:10) (sic).”

Ainda, o blog concluiu:

“Em uma das cenas, o ‘amigo’ do Bruno, conforme relato da reporter traz em seu braço direito uma tatuagem com a seguinte citação da Palavra do Senhor – TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE – ficando bem claro que Bruno ao pedir uma Bíblia e macarrão exibindo esta tatuagem, tinham conhecimento da Palavra de Deus e portanto não estão inocentes do momento que estão passando, pois em algum instante de suas vidas alguem falou do amor de Deus, através do Senhor Jesus para eles, e não deram crédito e estão sofrendo as consequencias (sic).”

Caro leitor, eu tenho medo da igreja evangélica e o rumo em que a mesma se conduz. Eles são mestres em acusar, tudo e todos, a qualquer tempo e momento. São preconceituosos e, principalmente, acham que podem falar de todas as coisas, livremente e sem conseqüências para eles.

Bruno vem sendo acusado pela polícia, que no conjunto probatório do inquérito lançou mão de provas insólitas, sem substância lógica, querendo provar pela materialidade indireta, que na sistemática final, não se sustenta no corpo probandi último. Nosso Direito é regido pela inocência presumida dos cidadãos, até que se prove o contrário. Em dúvidas, o réu deve ser considerado inocente: in dubio pro reo. Bruno ainda não foi julgado e, portanto, ele é inocente até que se prove o contrário, vem sendo acusado pela polícia, mas é inocente até o dia em que a justiça se pronunciar sobre esse caso, tendo-o por culpado, ou não. Ainda, nossa constituição lhe garante a plena defesa, a paridade das armas, o contraditório, o devido processo legal, sendo passível de responder juridicamente, quem não respeitando a presunção de inocência se manifestar, sem provas,  condenando-o.

A igreja evangélica, entretanto, já julgou e o escurraçou e agora explora sua imagem no sensacionalismo da fé para com suas esquizofrenias divinas angariarem mais dízimos e fiéis às filas de suas bancadas, embasbacando o povo e engordando as contas bancárias pastorais. A igreja evangélica é MEDONHA!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Porque tão somente a Bíblia me diz! P. 10

último vídeo do documentário, ele traz a ordenação do Rev. Gene Robison ao episcopado da Igreja Anglicana. Um marco para os homossexuais, uma vez que o Rev. Gene além de, assumidamente, homossexual, mantém relacionamento estável com seu parceiro. O preconceito, o ódio e o rancor por parte dos evangélicos são visíveis e incontestáveis nesse vídeo

segunda-feira, 22 de março de 2010

A bênção de ser um derrotado

Nova Friburgo, 17 de março de 2010

Ninguém gosta de perder... A perda sempre gera momentos de dor, angústia, frustração, insegurança em relação ao futuro e quase nunca estamos preparados emocionalmente para perder, seja pela surpresa, pelo inesperado que nos atropela de repente ou por precisar abrir mão de algo importante. Numa sociedade viciada em ganhar, onde, desde muito pequenos, somos adestrados e incentivados a agir sempre competitivamente em todas as coisas, aprendemos que somente os fracos perdem.

Em tempos como os que vivemos, a derrota parece ser o não sucesso, o não se sobressair tanto no mercado de trabalho como na conquista de uma pessoa desejada, não alcançar algo que se quer ou perder para alguém mais forte, aparentemente melhor preparado que a gente.

Não é tão incomum, e aliás está se tornando uma doença crônica que vai se alastrando incontrolavelmente, ouvir até mesmo os ambientes religiosos reproduzindo o velho discurso a favor da "vitória" a qualquer custo. Mesmo que para isto seja preciso abrir mão do bom senso, do Evangelho puro e simples ensinado por Jesus, não como um meio de ganhar tudo o que se quer ou se deseja, mas, mesmo na aparente derrota, encontrar o caminho da consciência pacificada de que todas as coisas cooperam sempre para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo um propósito infinitamente maior do que perder ou ganhar. Até mesmo a perda ou o não ser atendido na petição que fazemos se torna motivo de glória e livramento incontáveis vezes. Na perspectiva do Reino nem sempre os "vitoriosos", os "fortes" ou aqueles que chegam em "primeiro lugar" cheios de "honras" herdarão a terra.

Tenho visto uma geração inteira dentro dos templos/mercados pagando, e pagando muito caro, alguns dão o que não podem para tentar se tornar "vitoriosos" segundo as suas próprias perspectivas viciadas e distorcidas. Dão ofertas/oferendas generosas, fazem pactos, propósitos, compram o favor das entidades ou das forças e elementos da natureza afim de se tornarem imbatíveis. Querem fechar o corpo, ganhar força e poderes sobrenaturais para jamais perderem. Como se fosse possível, tentam até mesmo comprar o "in-comprável", acham que Deus é um negociador que distribui bens, fortuna e sucesso em troca de moedas, sacrifício ou serviço abnegado. Eles até ganham alguma coisa, conquistam lugares, pessoas, situações e demandas, mas acabam perdendo o essencial da vida. "Ganham" sempre, mas ganham sem paz, sem alegria, sem sabor e sem verdade.

Precisamos entender que nossa limitada e frágil humanidade, nossa derrota diante das vitórias que provocam mais mal do que bem, na verdade, é uma bênção. É exatamente a capacidade de perder que nos faz crescer para a vida. A perda não é sinal de fraqueza, mas sim de força pois é neste momento que a consciência de que não somos indestrutíveis cresce ou que nossa aparente força nada é, que descobrimos o dom do quebrantamento. Por incrível que pareça, o poder de Deus em nossas vidas se aperfeiçoa mesmo é na fraqueza, no reconhecimento de que o controle de todas as coisas é somente Dele. Perder ou ganhar, neste sentido tanto faz, é só mais um aprendizado.

A arrogância dos "vencedores" e dos "poderosos" é, de fato, a anti-vitória. Quem ganha sempre forçado ou comprado, está acumulando para si próprio uma perda irrecuperável, a destruição dos valores fundamentais da vida, da segurança de passar pelo vale da sombra da morte sem temer mal algum porque a presença Daquele que habita o coração dos quebrantados e humildes o acompanha.

Não! Eu não quero ganhar sempre, decretado, comprado ou profetizado... Ganhando ou perdendo, vou seguir minha vida habitando com Aquele que me faz mais do que vencedor até mesmo nas derrotas que me sobrevém, sendo seguido pela bondade e pela misericórdia todos os dias da minha vida.

Eu não sei se amanhã eu vou ganhar ou perder, a única certeza que está viva e pulsante no meu coração, todos os dias, é que eu sei em Quem tenho crido e sei também que Ele é fiel e poderoso para me guardar até mesmo no dia da derrota, no dia mal.

O Deus que chamou para junto de si os fracos e sobrecarregados te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

Pablo Massolar

segunda-feira, 8 de março de 2010

Lipoaspiração Pentecostal – Pastor Dr. Hollywood

Tenho um amigo ateu, e ele gosta de “zuar” com as questões religiosas, tudo bem, há coisas engraçadas mesmo. Daí ele me disse que tinha uma igreja pentecostal por aí, onde G-zuis estava realizando lipoaspirações. Óbvio que não acreditei! Aí ele me deu o blog e o vídeo no you tube : =(

 

Lipoaspiração Pentecostal

Lipoaspiração Pentecostal

Que tal emagrecer sem ficar horas malhando na academia ?  É horrível tomar  diversos remédios que irão alterar o seu metabolismo não acha? Sem falar naquela dieta rigorosa com sopas e sucos horríveis .

Sim, isso é possível para aquele que crê no evangelho do Pastor Paulo Teles. Sua poderosa oração faz com que os fiéis emagreçam de forma instantânea, ou seja, basta assistir um culto e pronto.

Conheça o mini-histérico da Lipoaspiração Pentecostal do Reino de Deus e consiga aquele corpinho tão sonhado de fazer inveja às suas amigas.

Assista o vídeo da unção poderosa do emagrecimento do Pastor Dr. Hollywood

Fonte: Tela Crente

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Neopentecostalismo, homossexualidade e algumas questões hermenêuticas

Não é nada óbvio, quando a questão é a fé! Contudo, uma coisa é certa, independente da classe social, ou das condições financeiras, falta formação humana no movimento neopentecostal. Assim, antes de se refletir a condição do indivíduo, como pessoa, faz-se urgir a mensagem de pecado. Muito embora, nenhum discurso reflita à profundidade do tema, nem esgota as possibilidades do mesmo, tanto no campo filosófico-teológico, quanto no campo psicológico, quando, então, fala-se da culpa.

A falta de formação dos líderes não é a única e exclusiva explicação para tanto. A desconsideração das ciências na base de formação intelectiva é a causa inicial de todos os problemas oriundos desse movimento. Assim, o sujeito líder pode até ser formado com graduação superior, ou especializado com títulos, mesmo assim, não se levará em conta, na comunidade de fé, quando tudo será desconsiderado em prol de uma experiência extática.

A conseqüência primaz dessa falta de perspectiva é a apropriação do símbolo e seus significantes de maneira a reorientá-los na figura do “aquele que tem a unção”, portanto, torna-se o portador da “palavra de Deus”, o sujeito extático. Contudo, paradoxal é a palavra de Deus,nesse aspecto: seriam as Escrituras como se tem, e sua interpretação profética, dada ao homem usado, e ungido pelo Senhor, para as revelações místicas (ou proféticas), ocultas na própria palavra de Deus.

Assim, o misto de subjetivismo e imediatismo desconstroem àquilo que é histórico, destroem aquilo que é, de fato, palavra de Deus relatada: a profundidade humana e suas conseqüências nas ações históricas e relacionais do homem consigo mesmo, com Deus e a criação, e com o próximo. Afinal, o que vale é a experiência sentimental, oriunda do transe, da hipnose coletiva, da sugestão à massa, ou seja, a histeria, também, coletiva.

O portador da unção é também portador dos mistérios proféticos, assim, um ser quase intocável, pronto a ser seguido, venerado, idolatrado. Ainda, que essa idolatria não venha descrita como tal, uma vez que de forma imediata essa palavra é abominada, mas, como a história não é levada em conta, em seus aspectos diacrônicos, imediatamente se nega que haja idolatria, embora em termos práticos, é o que acontece de forma finalística.

O pecado imediato, para o movimento neopentecostal, é aquele escrito na Bíblia, independente de seu desdobramento contextual. O que gera, portanto, uma gama de bizarrices entre o que, de fato, é o material teológico e o que se pratica nesses templos. Assim Jesus, no Novo Testamento, vem mostrando que o pecado está para além da prática ex praxis , sendo ligado à intenção primeira do coração. É assim que no Sermão do Monte ele lança às diretrizes do Reino de Deus, que fala do desejo e das intenções dos homens e de suas relações:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. (Mt 5,27-28).

Obviamente que a interpretação deste texto é extensiva... Todo o desejo que traz quebra à relação harmônica é considerado pecado. Assim, tanto pode ser o desejo de adulterar enganando o cônjuge, sem que ele saiba, ou sem que ele consinta. Ou o simples desejo de possuir o que o outro tem, num sentimento de inferioridade e desejo de superioridade mútuos: “aquele cara possui um carro de 150 mil e eu aqui só tenho um fusquinha. Ele não merecia um carro desses, afinal, ele nem é competente. Agora eu, que ralo o dia todo, ganho muito menos do que ele e sou muito mais competente. Eu merecia ter um desses também...”

O pecado está na simples vontade de, independente de sua prática concreta, ele é além da prática. O desejo de fazer, ou a intenção de possuir, já mostra toda a predisposição, e de fato, revela o caráter último, que mais cedo ou tarde, concretiza-se, de forma direta ou indireta.

Da mesma maneira, o Reino de Deus não é prática, ou é algo visível, ele também fala de desejo e intenções:

Não vem o Reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei- lo aqui! Ou: Lá está! Porque o Reino de Deus esta dentro de vós (Lucas17,20-21).

Desta feita, o Reino já está no meio, inserido na humanidade, ele não é a prática de alguém, mas, a intenção transformada, ele não é a instituição formada por uma assembléia, tão somente, é a transformação da atitude do sujeito com o meio em que ele está, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Assim existe partilha, aquele carro de 150 mil, não é apenas do possuidor de uma bênção, mas, é partilhado por todos. A necessidade de um é a necessidade de todos que vivem, ou que vivenciam esse reino. A individualidade não se confunde com o individualismo, o ter não se confunde com o possuir, e o poder não se faz com o domínio.

No neopentecostalismo essas considerações são totalmente alienígenas, tendo como princípio um subjetivismo e um imediatismo que não permitem às reflexões e às abstrações do indivíduo e à sua crítica. A homossexualidade, por exemplo, é interpretada como pecado, porque julgam estar escrito assim, muito embora, desconsideram as relações de poder envoltas no contexto de Romanos 1, desconsideram o contexto da luxúria e do paganismo no contexto de 1 Coríntios 6, e resumem tudo à situação imediata da homossexualidade, e o subjetivismo do líder ungido “revelando” aquilo que já está disposto, mas, que parece não ser suficiente.

Contudo, à questão da pobreza, da humildade e da mentira são totalmente ignoradas, pelo desejo de ficar rico. Nunca se viu, por exemplo, numa Igreja Neopentecostal pregarem sobre Jesus mandando Judas devolver as 30 moedas de prata para quem as ofertou! Pelo contrário, extorquem-se os dízimos, chantageiam- se as ofertas, roubam do povo, com mentiras, com pedidos de R$ 900,00 (novecentos reais), para manter ministérios com falsas promessas de enriquecimento financeiro, e se “esquecem” de dizer que Jesus orientou sobre o perigo das riquezas. Mas como poderiam? Afinal, caso se fizesse isso como Silas Malafaia compraria seu avião de 12 milhões de dólares?

Assim viram estelionatários, mas, tal pecado não é criticado, apenas a homossexualidade que é passível de condenação, apenas a homossexualidade é passível de ser abominada. Enquanto Jesus cansou de falar contra o desejo de enriquecimento, e nada falou da homossexualidade, eles, “os donos da palavra de Deus”, dizem quem é que pode entrar no céu ou não! Contudo, os responsáveis por tanta excrescência é o próprio povo que gosta dessas seitas, enfim, elas fornecem os desejos mais mesquinhos, mais sórdidos, mais asquerosos de forma santa, divina. Travestem, de fato, todo o pecado em justiça e equidade, enquanto se enganam, realizam-se nos seus próprios desmandos e loucuras , recebendo em si mesmos suas recompensas.

E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse:

O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.

E disse aos discípulos: Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do homem, e não o vereis. E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali. Não vades, nem os sigais; Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia. Mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração.

E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar. Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás.

Lembrai-vos da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á. Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado. Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada. Dois estarão no campo; um será tomado, o outro será deixado. E, respondendo, disseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão os abutres (Lc 17, 20-37).

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Igreja promete cura e soropositivo morre

Esta reportagem está sendo debatida na lista de discussões Gospel LGBT, e achei interessantíssima, e oportuno, o momento, para tratá-la aqui:


Após revelação divina, soropositivo abandona tratamento e morre

A sabedoria popular defende que a fé remove até montanhas. No caso do desempregado Gilson de Oliveira Silva, 44 anos, a fé não foi suficiente para livrá-lo dos efeitos do vírus HIV.

Depois de frequentar a Igreja Ministério do Fogo por um ano e ter ouvido uma revelação de que estaria curado, Gilson suspendeu por seis meses o tratamento com coquetéis.Na segunda-feira (31), foi sepultado no Cemitério Quinta dos Lázaros. Segundo Simone Oliveira Silva, irmã de Gilson, ele sofria muito em virtude do HIV e de um câncer que teve na face. "Ele estava desesperado. A fé nessas revelações cegaram meu irmão", afirma Simone, que ainda quer detalhes sobre o que teria levado Gilson a abandonar os medicamentos.Ela contou que foi agredida pelos membros da igreja e pela própria pastora e promete levar o caso à Justiça.

A sede da Igreja Ministério do Fogo fica numa transversal da Avenida Jorge Amado, no Imbuí. A casa, sem identificação, estava fechada na manhã de segunda-feira (31).Vizinhos que não quiseram se identificar disseram que a igreja é uma chaga no local. Uma senhora garantiu que a líder religiosa manipula os fiéis. "Se uma mulher é casada e o marido não vai ao culto, ela inventa histórias pra a pessoa ficar impressionada até arranjar outro", contou.Uma moradora da rua onde está a igreja afirma que o local é sempre palco de confusões e muito barulho. "Eles enganam as pessoas dizendo que são de Cristo. Fizeram a maior confusão quando a família do rapaz (Gilson) chegou", diz a moradora, garantindo que não é a primeira vez que a pastora faz promessas de cura.

Segundo o criminalista Sérgio Reis, abusos de pessoas que se dizem agentes da fé ou enviados de Deus podem ser denunciados à polícia e ao Ministério Público, pois tais cultos geram prejuízos à comunidade. "Nesse caso específico, enquanto acreditava estar curado, o rapaz pode ter até transmitido o vírus para outras pessoas. É preciso que em situações assim haja a interferência dos poderes públicos", defende.Gilson recebia os coquetéis contra o HIV no Hospital das Clínicas. O infectologista Eduardo Martins Neto não confirmou se ele deixou de pegar os medicamentos, mas contou que os pacientes são orientados sobre a necessidade de manter o tratamento. "Algumas vezes, fazemos contato com pacientes faltosos, mas não há como controlar toda a demanda", disse.

Fonte: http://cenag.terra.com.br/noticias_ler.php?id=NzE2

domingo, 23 de agosto de 2009

جهاد‎ :Jihad Evangélica em favor de Macedo

Estava demorando, mas aconteceu! Claro, não poderia faltar...

O caso da Igreja Universal não é um caso CONTRA os evangélicos em particular, aliás, não é contra o povo de uma denominação específica, muito menos contra os dogmas dessa ou daquela religião. O caso da Igreja Universal e Record do Reino de Deus é em face de uma pessoa, EDIR MACEDO. O que acontece é que segmentos ligados ao bispo da IURD, com interesses próprios, querem transformar o caso em uma JIHAD evangélica. Assim sendo, desviando a opinião pública do verdadeiro foco do problema: O PATRIMÔNIO MILIONÁRIO DO EMPRESÁRIO MACEDO COM O DINHEIRO DOS FIÉIS LAVADO EM EMPRESAS FANTASMAS.

O que o mesmo não explica, não prova a origem, não justifica a razão de tê-lo e ataca a qualquer um que falar no assunto com ares de GUERRA SANTA.

Daí vem esse pastor feliz... Feliciano, dizer que “mexeu com um, mexeu com o outro” é no mínimo curioso. Afinal, não é uma ACUSAÇÃO CONTRA A IGREJA EVANGÉLICA promovida pela Globo, é uma acusação em face de Edir Macedo, promovida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO divulgada pela imprensa, e não somente pela Rede Globo. Bem, no caso, Feliciano está assumindo para si um papel estranho, qual é, de fato, a relação de Marco Feliciano com Edir Macedo? Qual o interesse que tem movido o pastor a utilizar veículos de comunicação para DESVIAR os fatos em prol de Edir Macedo?

Bem, um argumento muito curioso que os evangélicos costumam usar é de que são perseguidos, que no passado eram tidos como gentinha, etc... Argumento inusitado, um PROTESTANTE jamais se valeria dele, pois, é conditio sine qua non, ao pensamento protestante: a filosofia e a ciência como base da formação racional e individual do ser. Assim foi com os reformadores: Lutero (filósofo, teólogo, jurista, com o título de DOUTOR), Calvino (Teólogo, filósofo, jurista), Zwinglio (Estudou na Universidade de Viena, de Basiléia e de Berna. Graduou-se Bacharel em Artes, em 1504, e Mestre dois anos depois), dentre outros. Contudo, o argumento da ala evangelicalista continua ser o argumento da segregação da perseguição e da mudança pelo número e não pelo ideal sustentado. Assim temos:

“Não é segredo que os evangélicos já foram considerados a escória da sociedade. Os mais novos podem não lembrar, mas evangélico era sinônimo de idiota, imbecil e sem cultura. Assumir a fé em Cristo era a certeza de ser criticado”.

Contudo, a inserção dada ao argumento, em momento algum faz apelo à razão, por mais que se considere que os evangélicos, hoje, estão disseminados por todo o Brasil, em todos os seguimentos, eles são incapazes de fazer da conclusão algo que não reporte a manipulação, eles não são capazes de dizer da lógica, do bom senso e das ciências para dizerem de uma mudança. Antes, usam da massa, excluem os estudos e partem para o sensacionalismo:

“Hoje os evangélicos estão no governo, nas faculdades, nos consultórios e na mídia. Os evangélicos de escória passaram para aceitáveis, isto é, aceitáveis desde que seus pensamentos, ideologias e interesses não confrontem os de outrem. Os evangélicos cresceram e respondem por boa parte do mercado consumidor. Números recentes apontam um total de, no mínimo, 40 milhões de evangélicos; creio que é muito mais. Contudo, podemos ter 50 milhões de evangélicos, mas nunca teremos 5 milhões de irmãos”.

E fazem isso pelo único e sôfrego desejo de continuar a manipular as pessoas, os 40 milhões... Não poderiam nunca sustentar os estudos, a ciência, o Lógos... E mandam um recado: "somos MILHÕES"! Mercado consumidor, eleitoral, etc.

Um protestante, doa em quem doer, nunca defenderia a corrupção ou a iniqüidade, mesmo que estas partissem de sua própria igreja. Não tampariam o sol com a peneira, mas pediriam a JUSTIÇA e a verdade, a luz e o EVANGELHO DA GRAÇA, sobre a maldade. Deus não precisa de dinheiro, e a comunidade de fé é quem sustenta os templos, e nunca um pastor poderia ser o próprio destinatário das arrecadações. Enfim...

Bem, daí o Feliciano, foi totalmente infeliz, de fato, e de Direito, ao dizer que o laudo criminalístico da polícia ISENTOU a Renascer da culpa pela queda do teto. ISSO É MENTIRA, quem alega a isenção são os advogados da Renascer, NÃO A POLÍCIA! Contudo, percebam como Feliciano conduz o argumento, manipulando-o em prol de sua JIHAD:

“Lembram do caso da Igreja Renascer, onde o telhado caiu e todo mundo falou que a Igreja era irresponsável? Diversos veículos de comunicação acusando e ninguém, exceto alguns, do qual eu me incluo, prestou solidariedade e acreditou na igreja. Vocês já esqueceram do caso? Eu não.

Olhem um trecho da reportagem, uma verdadeira reportagem, abaixo (prossegue o pastor Marco):

‘Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27/05), o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa a Renascer em Cristo, afirma que teve acesso ao laudo do IC (Instituto de Criminalística), entregue ontem à polícia. Segundo ele, os peritos isentam a igreja de responsabilidade pelo desabamento da sede em janeiro. O acidente causou nove mortes e deixou mais de cem feridos no Cambuci, zona sul de São Paulo’.”.

Contudo, o laudo ACUSA A IGREJA RENASCER:

“Nesta quinta-feira, foi conhecida a conclusão das investigações. Com base no laudo da perícia, o inquérito policial ACUSA a direção da Igreja Renascer de conduta negligente.

O laudo confirma que a Igreja Renascer reformou o teto em 1999, depois de vistorias do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que aprovou a reforma. Mas recomendou inspeções periódicas, que NÃO foram realizadas. O delegado lembra que, em 2008, foi contratada uma empresa SEM registro no Conselho Regional de Engenharia para a substituição do telhado do prédio e afirma que a igreja NÃO tomou providências depois da queda de pedaços do forro, dias antes de tudo vir abaixo”.

Bem, o que eu posso dizer? Setores fundamentalistas e com interesses próprios estão querendo MANIPULAR a opinião pública para desviarem o foco das atenções, e não responsabilizarem quem tem culpa nas fraudes dos dízimos sustentando EMPRESAS particulares. Seria hora do MP investigar, também, o senhor Marco Feliciano.

É momento de por fim a corrupção da fé!
Clique para ler a carta do Pastor Marco Feliciano:


Chamo internautas porque a palavra irmão foi depreciada por nós, os evangélicos. Irmãos, no meu entendimento, são pessoas da mesma família que mutuamente dão a vida um pelo o outro. Sabem a expressão “mexeu com você, mexeu comigo?”. É por ai.

Não é segredo que os evangélicos já foram considerados a escória da sociedade. Os mais novos podem não lembrar, mas evangélico era sinônimo de idiota, imbecil e sem cultura. Assumir a fé em Cristo era a certeza de ser criticado.

O tempo passou e as coisas mudaram.

Hoje os evangélicos estão no governo, nas faculdades, nos consultórios e na mídia. Os evangélicos de escória passaram para aceitáveis, isto é, aceitáveis desde que seus pensamentos, ideologias e interesses não confrontem os de outrem. Os evangélicos cresceram e respondem por boa parte do mercado consumidor. Números recentes apontam um total de, no mínimo, 40 milhões de evangélicos; creio que é muito mais. Contudo, podemos ter 50 milhões de evangélicos, mas nunca teremos 5 milhões de irmãos.

A Rede Globo, detentora de um império considerável, nos últimos dias tem atacado a Igreja Universal do Reino de Deus. Não posso considerar matéria jornalística o que vi no dia 11 de agosto de 2009 e até o momento. Fiquei com nojo quando vi a reportagem que está mais para o Projac do que para vida real.

Não quero cair no mérito das brigas entre Rede Globo e Rede Record. Quero entrar em outra discussão.

Lembram do caso da Igreja Renascer, onde o telhado caiu e todo mundo falou que a Igreja era irresponsável? Diversos veículos de comunicação acusando e ninguém, exceto alguns, do qual eu me incluo, prestou solidariedade e acreditou na igreja. Vocês já esqueceram do caso? Eu não.

Olhem um trecho da reportagem, uma verdadeira reportagem, abaixo:

“Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27/05), o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa a Renascer em Cristo, afirma que teve acesso ao laudo do IC (Instituto de Criminalística), entregue ontem à polícia. Segundo ele, os peritos isentam a igreja de responsabilidade pelo desabamento da sede em janeiro. O acidente causou nove mortes e deixou mais de cem feridos no Cambuci, zona sul de São Paulo”.



Nos últimos anos o líder da Igreja Pentecostal Deus é Amor foi acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Você esqueceu? Eu não.

Para quem não sabe, ou não quer lembrar, informo que parte dos inquéritos foi arquivada e, nos que viraram processos, o missionário David Miranda foi absolvido. Isso ninguém falou? Que coisa, não?

Em 2007, o Pr. Silas Malafaia foi acusado de homofobia e discriminação por várias entidades, especialmente a ABGLT. Você lembra?

Para concluir, o resultado foi o mesmo dos casos acima e, para minha felicidade, ele contou com apoio de diversas lideranças evangélicas.

O que me causou repúdio, e agora é para os que se dizem irmãos, é a inércia da nossa classe, os evangélicos. Vejo as pessoas falando mal de líderes, igrejas, costumes, doutrinas, etc. Onde estão os irmãos na hora da acusação? Onde estão os que juraram amor à obra?

Você pode não ter simpatia pelo pastor Marco Feliciano, Pr. Silas Malafia, Bp. Edir Macedo, Ap. Estevam, Bp. Sônia Hernandes e o missionário David Miranda. Porém, você não pode acreditar em tudo o que vê ou lê; é preciso apurar todos os fatos.

A briga entre Globo e Record é nossa? SIM, pois respinga nos evangélicos.

Vai dizer que sua igreja não tem a prática do dízimo, libertação e cura? Quer me fazer acreditar que em sua igreja ninguém nunca saiu falando mal dela e de suas práticas?

Não defendo a Record como empresa, mas a IURD como igreja. Como defendi os nomes e casos que citei acima. Se estivessem errados, eu seria o primeiro a falar; não estavam. É véspera de ano eleitoral, a Record chegou a cravar 10 pontos na segunda colocada, cresce acima da média e, convenhamos, isso não agrada ninguém.

O Pr. Silas Malafaia tem um dos melhores programas evangélicos do país, as obras da Igreja Renascer dispensam comentários e o David Miranda é exemplo para nós.

Toda vez que um evangélico é indiciado respinga em nós. Chega! Acabou a farra!

Se você tem algum veículo de comunicação (site, blog, twitter, etc) use-o neste momento. Defenda sua fé!

Quero registrar minha solidariedade e fé para com a Igreja Universal do Reino de Deus, especialmente ao seu líder, Bispo Edir Macedo. Podemos divergir em vários assuntos doutrinários, mas o que uni os evangélicos como um todo é muito maior; Jesus Cristo. Assim como a Rede Record faço a seguinte pergunta. Como a Rede Globo teve acesso ao processo que corre em segredo de justiça?

Dia 06 de setembro está chegando. Teremos um programa especial e este assunto veio somente ratificar em meu coração o que devemos fazer.

Enquanto isso ore por nós. Ore pela igreja brasileira e para que o evangelho de Cristo não seja prejudicado ou alvo de calúnias. Defenda a sua fé e honre o nome cristão que você leva junto com você.

Um forte abraço,

Pr. Marco Feliciano, DD”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Saiba mais sobre a Igreja Universal do Reino de Deus

Folha Online




Fundada em 1977, no bairro do Méier, zona norte do Rio, a Igreja Universal do Reino de Deus diz ter hoje 8 milhões de fieis só no Brasil, mas seus templos estão presente em mais de 150 países. Seu líder é o empresário Edir Macedo de Bezerra, 64.


As primeiras reuniões da igreja, comandadas pelo então pastor Macedo, ocorreram ao ar livre, num coreto do Jardim do Méier. Hoje, a igreja aposta em templos de grandes dimensões, a Catedral Mundial da Fé, no Rio, ou no plano internacional, o de Jerusalém, em Israel.


Desde o princípio a Universal abraçou a doutrina neopentecostal, que se expandiu no Brasil especialmente a partir das décadas de 40 e 50. Uma característica da corrente é a chamada teologia da prosperidade, que enxerga ligação direta entre uma bênção divina e o sucesso material do fiel. Em resumo, o bem-sucedido é o abençoado por Deus, e deve doar parte de sua benção de volta à igreja, como símbolo de desprendimento e como tijolo na "obra religiosa". Outras igrejas, como a Renascer em Cristo, também fazem o mesmo.


A ação de jovens igrejas como a Iurd tem sido envolta por polêmicas, críticas e até investigação judicial. Boa parte das críticas vêm de outras linhas também evangélicas, contrárias, por exemplo, à teologia da Prosperidade. As críticas mais incisivas hoje vêm de dissidentes da própria Universal, como Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, e o pastor Ronaldo Didini, cuja afinidade é com a Assembleia de Deus, embora tenha atuado em outras, como a Internacional da Graça.


Agora a Universal está também na mira da Justiça, que abriu ação criminal contra Edir Macedo e outros nove integrantes da igreja, sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.


Além de líder espiritual à frente da Universal, Macedo é proprietário da Rede Record de Televisão. Os membros da Universal também usam as novas mídias a seu favor. No portal da igreja, o Arca Universal ponto com ponto br, vende-se de tudo. De perfumes a gel fixador para o cabelo. De bíblias infantis a camisetas. E o próprio Edir Macedo já está presente na plataforma Twitter, onde possui milhares seguidores. Uma gota d'água perto dos milhões de fieis que a igreja diz ter ao redor do mundo.

A Igreja Universal e Seus Demônios: Um Estudo Etnográfico

1a. edição, 2009
Ronaldo de Almeida
Editora Terceiro Nome

Sinopse
Este livro nos traz informações e uma linha argumentativa para a discussão e o entendimento de um fenômeno novo no campo religioso brasileiro: a expansão pentecostal. Um de seus pontos altos é a dramática descrição etnográfica do ritual de exorcismo, acompanhado e vivido por todos os presentes no culto.

A obra, com prefácio de Alba Zaluar, faz parte da coleção "Antropologia Hoje", dirigida por José Guilherme Magnani e resultado de parceria da Terceiro Nome com o NAU - Núcleo de Antropologia Urbana da USP. Livro considerado bom pela avaliação do Guia da Folha de S.Paulo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MP rebate suspeita da Record sobre legitimidade no caso Universal

O Ministério Público rebateu nesta segunda-feira (17) uma suspeita de legitimidade da denúncia contra o bispo Edir Macedo e mais nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), levantada pela Record.
Segundo informações da Folha Online, a Universal oficialmente pediu para o Ministério Público de São Paulo investigar os promotores que fizeram a denúncia. Em nota, divulgada pela assessoria de imprensa, a igreja faz um pedido de sindicância com base em reportagens divulgadas na imprensa.
O programa "Repórter Record" mostrou que o promotor Roberto Porto, responsável pela ação e a juíza Patrícia Alvarez Cruz, que foi titular onde a denúncia foi acolhida, já foram namorados e isso invalidaria a ação.
Em nota, o Ministério afirmou que a denúncia foi feita por promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e recebida pelo juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Gláucio Roberto Brittes, depois de distribuída pelos trâmites legais do Tribunal de Justiça. Dessa forma, a juíza não participou do processo criminal.
A reportagem da atração da Record criticou a Globo e mostrou uma entrevista com o bispo Edir Macedo. Por outro lado, a emissora carioca exibiu uma reportagem no "Fantástico" em que fiéis teriam sido

Redação Adnews

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

RECORD TENTA MANIPULAR OPINIÃO PÚBLICA

Na noite de ontem, a Rede Record tentou manipular a opinião pública exibindo na sua programação, após exaustivas chamadas em sua grade de anúncios e marketing, reportagem contra a Rede Globo, numa tentativa sôfrega e covarde de desviar o foco das denúncias do MP de São Paulo contra o patrimônio milionário do então auto denominado bispo Macedo, líder das empresas Record e Universal do Reino de Deus.
O fato de dizer que a Globo manipulou as eleições de 1989 contra o presidente Lula, dizer que a Globo manipula a mídia em favor de José Serra, ou que ela deve ao governo federal é um contra-senso, afinal, se ela estivesse nas mãos do governo federal, devendo-o, como ela poderia atacá-lo? Não seria um tiro no próprio pé?
A Record , também, atacou a vida pessoal do promotor de justiça que fez a denuncia contra o bispo Macedo e a juíza que conheceu da denuncia. Enfim, o Macedo está atacando todos que falam e falaram de suas denunciadas ações ilícitas, mas não provou o contrário, não explicou a origem do dinheiro que mantém a Record de televisão, e nem tampouco mostrou documentos válidos que comprovassem as entradas e saídas de capitais em estrita manutenção das atividades religiosas.
O que só se pode concluir que, a emissora da igreja de Macedo tenta dar a questão um enfoque de guerra pela mídia, enquanto, na verdade, tenta esconder ou camuflar a realidade, para não ter que responder sobre a LAVAGEM DE DINHEIRO empregada na ação da atividade da fé e outros negócios espúrios.
Por outro lado, deixando os motivos pessoais, a Globo exibiu fatos bem concretos, e que novamente a Record ou UNIVERSAL não provarão o contrário, como por exemplo: o Fantástico levou ao ar entrevistas com pessoas que disseram ter doado até R$ 100 mil para a igreja. A reportagem mostrou ainda uma casa em Campos do Jordão (SP) com doze suítes e elevador panorâmico avaliada em R$ 10 milhões que seria de propriedade da Universal.
Ou ainda, Segundo o levantamento feito pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo, as fraudes na Igreja Universal vinham sendo praticadas há pelo menos 10 anos. A investigação constatou que a movimentação chegaria a R$ 1,4 bilhão por ano em dízimos coletados em 4,5 mil templos em 1,5 mil cidades do País. Só no período de 2003 a 2008, os depósitos para a Igreja Universal do Reino de Deus alcançaram R$ 3,9 bilhões.
E agora Macedo, Jesus te chicoteia como aos vendilhões do templo?