Mostrando postagens com marcador espiritualidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador espiritualidade. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Deus ama ao que dá com alegria



Pode parecer piada, pode ser provocador, pode até tirar a seriedade de nossa proposta inicial, mas não vamos deixar de usar o versículo bíblico que tem causado polêmicas neste blog. Não faremos por uma razão muito simples: a maldade da interpretação não é nossa! Ninguém nos perguntou a intenção primeira, ninguém quis saber, minimamente, o nosso posicionamento, todos já tinham ou têm em mente suas próprias conclusões. Fato que não nos surpreendem as opiniões nem os conceitos aduzidos da maldade estampada em vocês que nos leem, não em nós que criamos o slogan.

A verdade é que nem as intenções mais polidas estão livres da perversidade de nos julgar com o peso da moral austera e conservadora, que vem através dos milênios, causando tanta dor quando o assunto é sexualidade.

Há aqueles, prezando pelo bom nome das escrituras e a complacência da sociedade heteronormativa, que querem nos ensinar a “hermenêutica correta do texto”, o que me leva a perguntar: por que não agem assim, quando a interpretação recai em textos que supostamente condenam a homossexualidade? Por que efeminados, sodomitas e outros não podem ter contexto, sendo que a interpretação é imediata e “dar com alegria” tem que ter?

Aliás, muito oportuno dizer que: os capítulos 8 e 9 da segunda carta de Paulo aos coríntios dizem de uma vivência integral, plena, verdadeira, completa, em que os irmãos dividem tudo com todos, os mais abundantes e os menos abundantes, não havendo desigualdades entre eles. Isso culmina no capítulo 9, versículo 7, quando Paulo afirma que a contribuição deve ser feita de acordo com a consciência, com a vontade, com a liberdade e isso (consciência do que se faz, vontade de fazer e liberdade no que faz) gera a alegria que é amada por Deus.

Desta feita, quando usamos o final do versículo “Deus ama ao que dá com alegria”, fizemos no sentido de dizer que: tudo que é feito com liberdade, prazer e consciência; tudo aquilo que não é pecado e que promove a si e o outro em dignidade, igualdade, fraternidade, é amado por Deus. Sim, Deus ama quem dá com alegria, quem mergulha por completo, por inteiro, em uma causa não se entristecendo, com pesar ou servidão, mas por liberdade de ser o que se é e fazer o que se faz.

Assim, por sermos homossexuais e nos orgulharmos, nos envolvemos nessa causa, certamente, podemos dizer que Deus ama quem dá com alegria, ou seja: aquele que vive sua sexualidade, sem desigualdade ou pesar, com consciência e liberdade, amando, vivendo, aprendendo, respeitando e lutando para que o mundo seja um lugar melhor para todos nós, integralmente nessa causa. Nisso somos amados por Deus.

Respondendo a um comentário em relação do que o meio inclusivo precisa ou deixou de precisar: nunca o Gospel LGBT voltou suas ações para as “igrejas inclusivas”, aliás, muitas vezes discordamos das abordagens inclusivas de um evangelho heteronormativo e opressor vivido dentro dessas comunidades. Não é por que se usa do álibi de ser inclusivo que se é livre de homofobias e preconceitos. Ao contrário, alguns editores deste blog já travaram as mais duras oposições, da mais sórdida homofobia, vindas das igrejas que incluem LGBT(s). Ao que nos parece, essas igrejas incluem tudo, inclusive, a homofobia contra seus adeptos.


Portanto, este blog segue sua independência interpretativa teológica, não sendo prisioneiro de nenhum conceito denominacional. Assim, continuaremos a promover uma espiritualidade livre que reflita a ética de ser homoafetivo e cristão.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Adão e Ivo, uma variante possível!




O desejo travesti de Adão

por: Renato Hoffmann

Certa vez, eu conversava com um professor de Letras, da UFMG, momento em que me surpreendi com o olhar sobre o personagem Frankenstein, da escritora romântica, inglesa, Mary Shelley. Na ocasião, o professor   relacionou-o como o primeiro travesti da história da literatura. A analogia usada, em tom de poesia, foi muito curiosa, significativa, além de bela e provocativa. De forma contemporânea, claro, sem se dar ao método de uma exposição acadêmica, contudo de uma riqueza inenarrável.

Vez ou outra, escutamos por aí que: “Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo”, assim sendo, os favoráveis a esse argumento concluem:  “esse mesmo Deus não é a favor da homossexualidade, pois, se fosse, ele teria criado o homem para o homem, a mulher para a mulher e não a mulher para o homem”.
                     
Ora, sabemos que a Bíblia não fala literalmente em um Adão, não o estabelece como um único homem criado. A expressão hebraica para Adão, no sentido amplo, é Adamah: terra, solo, chão fértil e significa, na essência, HUMANIDADE, aquilo que pode ser cultivado, modelado. Há quem diga de solo vermelho. O termo é diferente de eres, que significa terra em oposição ao céu, ao mar, terra matéria, substância, há vários outros sentidos como o político: delimitação de domínio de um clã, de uma tribo, o geográfico: fronteiras, terras delimitadas, regiões.


A narrativa da revelação nos diz que Deus criou o ser humano (´adam) com o solo vermelho, fértil, cultivável (´adamah). Nesse momento não há distinção de gênero; Deus cria a humanidade, ou o ADAMAH.

Filosoficamente o Ser é só, é próprio que o homem viva a solidão, contudo,  ele só se dá conta de sua condição, quando ao seu semelhante percebe e não consegue transpor-se nele, no outro. Assim, o Ser é o que é, e o outro continuará sendo o que é, um sem se transpor no outro, cada um sendo indivíduo de si mesmo. Jean- Paul Sartre dirá nessa perspectiva que o outro é o inferno (o inferno é o outro).

A narrativa bíblica diz que Deus viu que o homem estava só e resolveu criar para ele uma companheira, assim Adão caiu em um profundo sono. Ora, se em um primeiro momento a narrativa fala de uma humanidade, bem certo que os gêneros nela já estejam definidos (mas não distintos), o escritor eloísta, em sua teodiceia, resolve explicar esse sentimento VAZIO do Ser, dando a ele uma companheira. Essa companheira nada mais seria do que o sonho de Adão. Adão sonha consigo mesmo (o sujeito sempre fala de si), Eva, nada mais é do que o desejo de Ser do próprio Adão. Eva é o Adão travestido nas escrituras, é tudo aquilo que o ADÃO não tem coragem de ser, assumindo-se em si mesmo... Eva é a mulher do fruto proibido, da desobediência: é o Adão se libertando do jugo de ser macho e se vendo feminino, percebendo-se delicado, passivo, histérico. Na narrativa ele dorme, enquanto é moldado em si mesmo, enquanto perde a vara, para receber o varão. E nisso Adão se compraz!

Adão e Eva, Ivo e Eva, Adão e Ivo nada mais é, nas escrituras, do que o desejo travesti de Adão.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Allan Kardec chega ao cinema


Película entra em cartaz no dia 7 próximo, nas salas de todo o país
ANA ELIZABETH DINIZ
Especial para O TEMPO
Publicado no Jornal OTEMPO








Na mesma semana em que se rememoram os 207 anos de nascimento de Allan Kardec, um filme baseado na obra do codificador da doutrina espírita chega aos cinemas do país. Estreia, nesta sexta-feira, "O Filme dos Espíritos", inspirado em "O Livro dos Espíritos", escrito por Kardec em 1857.

O filme conta a história de Bruno Alves que, por volta dos 40 anos, perde a mulher e se vê completamente abalado. A perda do emprego se soma à sua profunda tristeza. O protagonista se imagina em um doloroso caminho sem volta. Nesse momento, ele entra em contato com "O Livro dos Espíritos", obra basilar da doutrina kardecista.

A partir daí, Bruno começa uma jornada em busca de sua felicidade, tentando compreender os mistérios da alma. Nessa "viagem", cruzam-se os caminhos das personagens dos curtas e histórias de superação e de luta em prol da felicidade. Enquanto elas vão sendo apresentadas, grandes enigmas existenciais humanos são colocados: quem é Deus? De onde viemos e para onde vamos? O mundo espiritual é uma realidade? Podemos nos comunicar com nossos entes queridos?

A forma como o filme foi concebida é original. O Projeto Mundo Maior de Cinema criou, em 2009, um concurso aberto para jovens diretores e roteiristas. Eles teriam que apresentar roteiros baseados em oito trechos extraídos do clássico de Kardec sobre temas atuais, como Deus, criação, espíritos, reencarnação, suicídio, entre outros.

"Recebemos cerca de cem roteiros, oito foram selecionados e produzidos. A etapa final do projeto foi a criação de um roteiro que costurasse de forma orgânica esses oito curtas em um longa. Foi incrível como o filme parece ter um único roteiro", comenta o cineasta Eduardo Dubal, produtor executivo do longa.

Assim, a película é um filme de muitos personagens nascidos das oito histórias. "Cada jovem roteirista trouxe a sua equipe. Começamos a filmar em 2010 e finalizamos no fim do ano.
Começamos essa empreitada sozinhos, mas, no meio do caminho, tivemos a parceria da Estação da Luz, do cearense Luís Eduardo Girão, que produziu ‘As Mães de Chico Xavier’ e da Paris Filmes", diz Dubal.

O cineasta comenta que a ideia do filme foi mostrar o retorno à sanidade, "mostrar que a perspectiva espiritual pode trazer as pessoas para o zero a zero para que elas passem a reconstruir suas vidas. Esse não é um filme espírita careta, ele não foi feito para o espírita, mas para o ser humano que vive a problemática existencial".

Dubal trabalhou com uma verba enxuta de R$ 600 mil e está animado com o resultado da película, que será lançad simultaneamente em todo o país.

O filme tem outro diferencial: parte da bilheteria será revertida para o Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, entidade que atende a 600 internos, crianças e jovens carentes e com necessidades especiais, conta com mil voluntários e está construindo um novo ambulatório com capacidade para atender mais 2.000 crianças.

Protagonizado pelo estreante na sétima arte, Reinaldo Rodrigues (Bruno), o longa tem no elenco Nelson Xavier, Ana Rosa, Briza Menezes, Alethéa Miranda, Ênio Gonçalves e participações especiais de Etty Fraser, Sandra Corveloni e Luciana Gimenez.

Os atores cobraram 10% do cachê normalmente pago a eles, a maquiagem para deixar a Luciana 30 anos mais velha foi paga por um patrocinador e Xavier pediu que seu papel fosse aumentado. Confraria por uma boa causa.

Empolgado com o primeiro filme, Dubal anuncia nova empreitada. "Vamos fazer ‘Nos Passos do Mestre’, um documentário da vida de Jesus sob a ótica espírita. Ele foi filmado em
2009, na Palestina e Israel", diz.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Jesus Pé Baruel, com essa palmilha chulé satânico está repreendido e sem poder!


O que é que os evangélicos esperavam em uma aglomeração que tem por principais representantes “apóstolos” que cumpriram prisão nos EUA, transportando milhares de dólares ilegalmente em malas, e no Brasil respondem por evasão de divisas, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato (conferir matéria do G1)?

Só queria saber quanto é que custou a palmilha Jesus Pé Baruel: Chulé satânico nunca mais!

(A palmilha milagrosa de Jesus: Trata-se de um pedaço de papel em formato de sola de sapato a ser colocado dentro do calçado -durante a marcha- com pedidos para Jesus. Muitos estão levando na sola de seus calçados tais papéis com pedidos a Deus, e garantem que os pedidos são atendidos).

Afinal, de graça é que não distribuíram! É impossível juntar pessoas em igrejas evangélicas e não se cobrar as ofertas ou se fazer os desafios de fé! Quanto mais num evento que colocou milhões na rua.

Sabe, a marcha é para Jesus e o dinheiro é para quem? Lendo sobre o evento, alguns pastores compararam a marcha com as romarias, pura maldade! Nas romarias católicas não se cobram ofertas, nem se faz desafio de fé envolvendo pecúnia! Os evangélicos cobram mais indulgências do que o catolicismo romano em toda sua história! Não foi a toa que Lutero se arrependeu amargamente da Reforma e se isolou em um castelo.

Se o Reino de Deus envolver esse tipo de prática evangélica, sem sombra de dúvidas, o inferno será o paraíso!

Et soli Deo gloria!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Igreja Luterana faz o primeiro batismo de filho de gays na Argentina

A capital argentina, Buenos Aires, realizou o primeiro batizado de uma filha de um casal homossexual na América Latina.

As mães Claudia Gimenez e Paola Releia são da cidade de Paraná, na província de Entre Rios.

Apesar de ser católica, Paola realizou a cerimônia numa igreja luterana, já que sua igreja católica não aceitaria realizar o batizado.

Me decepcionou a discriminação que sentimos por sermos lésbicas e também por nossos amigos gays e travestis. Preferimos que Bianca pertença a esta igreja, luterana, em que não há discriminação nem a ela e nem a nós.”

Fonte: Cena GPrimeiro batismo de filho de gays e realizado na Argentina

Sodoma é aqui!

HCF

Querido leitor, esse vídeo do Bispo Hermes Fernandes me surpreendeu, ao passo que reproduzo aqui, no nosso espaço. Não concordo com a mensagem no que diz respeito a promiscuidade, mas é uma mensagem sóbria de um representante evangélico, que não compartilha do FUNDAMENTALISMO tacanho de Augusto Nicodemus, Silas Malafaia e demais figurinhas antipáticas do mundo gospel.

Vale a pena assistir, não só o que diz respeito ao PLC 122/06, mas em especial os minutos: 29’ 55” e 47’ 55”, que são surpreendentes.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Por que acumular?

dinheiro-01

A vida deve ser marcada por opções firmes e cumulada de segurança verdadeira. Isto supõe constantes revisões no atual modo de pensar e de agir.

A segurança não pode se apoiar apenas em bens de cunho material.
Numa cultura eminentemente capitalista e de consumo, não é fácil o despojamento do que é desnecessário, que favorece um acúmulo desregrado e sem função social. A virtude da partilha é fruto de prática fraterna e cristã.

O desapego conduz a uma sadia liberdade e a atitudes de sabedoria divina. A vida não depende da abundância dos bens materiais. Ela pode até ser sacrificada na sua identidade por opções insensatas e pelo acúmulo desnecessário.

A fortuna da pessoa não está nos bens puramente materiais, mas na qualidade da sua vida, sem ilusão e segura no que lhe dá verdadeira firmeza. Isto vai além de si mesma na abertura para ajudar os totalmente desprovidos.

Há um texto bíblico que diz: “Ainda nesta noite, tua vida te será tirada. E para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20). O importante, na verdade,  é tornar-se rico diante de Deus.

A verdadeira riqueza tem dimensão espiritual, de partilha, de comunhão e de solidariedade. A vida tem uma transitoriedade, mas com possibilidade de transcendência, concretizada no amor eterno.

Desapego das coisas da terra não significa ter uma vida alienada, sem compromisso temporal, mas preocupada com a justiça social. É assumir os valores reais, que causam verdadeira felicidade.

Somos chamados a uma nova maneira de pensar e de agir, especialmente nos libertando da ganância incontrolada. Temos que nos acercar dos bens terrenos, necessários para a vida, mas com sabedoria.

Tudo deve estar a serviço da humanidade. É contra censo ser escravo das riquezas da terra. A economia tem sentido quando colocada a serviço da vida. Do contrário, ela causa exclusão e pobreza.

Somos insensatos ou sábios? Assumimos um humanismo novo, de encontro conosco mesmos, com valores superiores de amor e de amizade? Só assim poderemos passar de condições menos humanas para mais humanas.


Dom Paulo Mendes Peixoto-  CNBB

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Orgulho gay, cristãos com muita honra!

imagesCAZS0E78

Temos pegado o Evangelho e vidas têm sido salvas, e esse é o maior rancor que os evangélicos ‘tradicionais’ sentem em relação a nós. Primeiro, pelo fato de quererem nos tomar a fé, quererem ser os donos da Graça e da salvação. Em vão militaram nas acusações e nas ofensas, nas exclusões e nas marginalizações de nosso seguimento. Os Evangélicos Gays cresceram, desenvolveram seus projetos evangelísticos, desenvolveram ministérios pastorais e pensaram a teologia inclusiva. O amor de Cristo passou a ser anunciado e vidas reconciliadas na Graça.

A Igreja ‘tradicional’ então começou a desdenhar, dizer que não existe evangélico gay, e que as igrejas gays não são evangélicas! Paciência para eles, que terão que conviver com o fato de igrejas históricas como a Anglicana, Luterana e Metodista terem não apenas aceitado a questão homossexual, como ordenado sacerdotes ao ministério eclesiástico de suas fileiras. Esse é o segundo fato, o da intolerância ser superado, e eles não saberem bem como conviver com isso. Temos cumprido o chamado do Cristo, e o Ide do Senhor tem se materializado em nossa causa, no meio do nosso povo, gays cristãos experimentado a Graça santificadora, justificadora, salvadora em suas vidas e, sendo portadores da verdade, colunas, baluartes (1Tm 3,15).

Neste ano de 2011 vamos testemunhar ao mundo que Deus é amor, vivenciando esse amor em nossas vidas, em nossas relações, pregando o Evangelho da Graça e, conscientes de nosso chamamento: gays cristãos semeando o anúncio do Cristo, o Evangelho do amor e da paz! Ninguém pode dizer a você que sua fé não é verdadeira ou não é cristã, aproprie-se do amor de Deus, estabeleça-se na Graça, sendo gay com orgulho e vivenciando a salvação do Cristo.

Orgulho gay, cristãos com muita honra!