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terça-feira, 30 de julho de 2013

Estratégia católica?

Francisco e os gays

por João Marinho

De verdade, penso que nós, LGBTs, devemos ter cuidado com Jorge Mario Bergoglio, atualmente conhecido como papa Francisco. Tenho visto muitos empolgados com suas declarações recentes, de que gays não devem ser marginalizados, e até dizendo que ele “defendeu nossos direitos”.

Na verdade, não defendeu, não.

Na continuação da entrevista, ao falar sobre o “lobby gay” no Vaticano, ele declarou que o problema não era a orientação sexual, mas o “lobby” envolvendo a orientação – e que o problema estava em qualquer “lobby”.

É uma declaração dúbia, que tanto pode ser entendida como uma crítica direta aos bastidores nem sempre limpos da política e do alto escalão vaticano – quanto, mais perigosamente, pode ser entendida como uma “condenação generalista”, de que qualquer “lobby gay” é algo a ser visto com desconfiança.

O problema é que, no Ocidente, a maioria dos países vive em regimes democráticos. A união de grupos em torno de interesses comuns faz parte da democracia e é saudável, como já observava Alexis de Tocqueville em sua obra A Democracia na América, análise do regime norte-americano.

Só que, para os adversários de uma demanda, qualquer união nesse sentido pode ser entendida e referida, negativamente, como “lobby”. Do ponto de vista geral, lobby é a pressão que grupos organizados fazem em cima do poder público para aprovar suas propostas, mas, do ponto de vista restrito e negativo, é a mesma pressão visando a atender a interesses privados, em vez de uma genuína preocupação com a coisa pública.

Seria “lobby” a tentativa LGBT de instituir o casamento homoafetivo, o reconhecimento da identidade de gênero dos/as transexuais e o acesso à cirurgia, a proteção contra a homofobia? Para os adversários, sim, e de forma negativa – afinal, não argumentam eles que são demandas que “atendem somente a uma minoria” e não representam “avanço” para a coisa pública? Ora, se lobby é ruim, como disse Francisco, como é que fica, então, a pressão política LGBT para aprovação de suas demandas?

Pensando assim, a frase de Francisco sobre integrar os gays à sociedade ganha outros ares. Uma vez que ele não vai – e nem pode ir – contra o catecismo oficial da igreja católica, essa integração pode ser entendida, também, do ponto de vista heteronormativo. Vale informar que o catecismo faz diferenciação entre orientação sexual e ato sexual. Uma vez que uma pessoa é homossexual, é sua “cruz” praticar a castidade, segundo o catecismo, pois os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados.

A que integração Francisco se referiu, então? Ok, não se pode julgar os gays que buscam a Deus e estes devem ser integrados à sociedade – desde que mantenham a prevalência da heterossexualidade como único caminho digno e desistam de fazer “lobbies” em torno de seus direitos mais fundamentais, contra os quais a igreja católica formalmente se opôs em todos os países em que foram levados à discussão? Garanto que muitos não viram as declarações por esse ângulo – mas vejam o perigo...

É claro que é difícil dizer a real intenção de Francisco sem cair em injustiça ou especulações vazias. No entanto, dado o histórico da igreja católica e a atitude dos últimos dois papas que pude conhecer em vida (Jesus, como tô velha!), os patentemente homofóbicos João Paulo 2º (que vai ser canonizado pelo mesmo Francisco!) e Bento 16, que vociferavam – ainda que disfarçadamente, com voz doce – contra nós outros e nossos direitos até em pronunciamentos de Natal, eu diria que “pôr as barbas de molho” é a coisa mais certa a fazer. Prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém, não é assim?

Também não podemos deixar de ter em mente que, enquanto cardeal, Bergoglio se opôs veementemente à aprovação do casamento gay sob o governo de Cristina Kirchner, na Argentina – e não apenas como religioso, mas incutindo-se na esfera pública para influenciar a política de um Estado laico, o que é sempre perigoso... Um... Lobby? Curioso, né? E não, Bergoglio e Francisco não são duas pessoas diferentes só porque trocou o homem de nome. A encíclica escrita a quatro mãos com Bento 16 reforçou seu histórico de oposição a tais direitos de homossexuais, inclusive – e, mesmo não sendo eu católico, sei perfeitamente que uma encíclica tem mais importância que uma declaração a jornalistas.

Há, porém, ao menos um fato que merece ser analisado positivamente nas declarações de Francisco. O tom com que falou dos homossexuais representou, de fato, uma mudança na abordagem feita por seus antecessores. Enquanto cardeal, diz-se, se opôs ao casamento gay, mas admitiu a união civil. Eu diria que a dubiedade a que me aludi mais atrás, inclusive, não foi fora de propósito.

Francisco está francamente atrás de conter o escape de fiéis, e assim, você pode não ter notado, mas, sob o “manto do amor”, tem reforçado os dogmas católicos. Reza com pastores na assembleia de deus, mas a posição de que a igreja católica é a única onde encontrar a salvação está “positiva e operante” como nunca. O papa, no fim, é pop e bastante inteligente – um excelente garoto-propaganda, que se mostra humilde e conquista simpatia, ao mesmo tempo em que solidifica a ideia de correção e hegemonia de tudo que é dito por sua igreja. Para o bem e para o mal. Isso pode ser percebido na questão dos gays, se minha chave interpretativa estiver correta.

Embora suas declarações possam ser um “morde e assopra”, têm a vantagem, que também não me é casual (ele é inteligente, lembre-se!), de marcar uma diferença entre a forma católica e a forma não católica (em outras palavras, evangélica) de tratar a questão. As reações de Silas Malafaia e Marco Feliciano, respectivamente, à popularidade e ao discurso de humildade do papa e à declaração sobre gays mostram que eles também sentiram isso – e se incomodaram, mesmo negando.

Se o papa estiver mesmo engajado numa “guerra fria” contra as religiões evangélicas – mordendo-as e assoprando-as também –, religiões essas que, via políticos fundamentalistas, têm se tornado uma verdadeira pedra no sapato do Brasil laico, tanto melhor. O inimigo do meu inimigo é meu “amigo”. Entretanto, enquanto LGBTs, precisamos ser maquiavélicos (no sentido de Maquiavel), saber aproveitar esse momento, mas estar cientes de que essa “amizade” vai até à página dois, antes de ir beijar os pés de Sua Santidade. Todo cuidado é pouco: e essencial para que não compremos um cordeiro e terminemos com um lobo nos devorando em casa.

sábado, 25 de maio de 2013

Por que, cada dia mais, amo o novo papa

por João Marinho

Depois de dizer que a Igreja Católica tem primazia na interpretação da Bíblia, o papa Francisco se sai com esta: http://noticias.gospelprime.com.br/bem-redimidos-ateus-papa-francisco/

Acho bárbaro! Não acredito que ele não tenha segundas intenções, mas são diferenças fundamentais entre a doutrina católica e protestante que minam, mais uma vez, a tese de que haveria uma aproximação visando a uma união.

No site Gospel Prime, muitos evangélicos se irritaram, porque a salvação, dizem apresentando textos bíblicos, "vem pela fé".

No entanto, mesmo um estudo superficial das passagens apresentadas mostra que há contradições interbíblicas. Mateus 19:16-23, nas palavras do próprio Jesus, mostra como caminho para a vida eterna a guarda dos mandamentos. Termina com o "segue-me", mas para o jovem rico "ser perfeito", e a conclusão é sobre o desapego aos bens materiais e a ajuda aos pobres, que é justamente a base do sermão de Francisco, oras.

Os outros textos dizem respeito a crer em Jesus como salvador, mas já demonstram uma outra elaboração da ideia de salvação. Marcos diz que é preciso crer e ser batizado. I João fala de seguir os mandamentos. João apóstolo fala de seguir a Cristo como caminho, mas isso pode ser tomado como seguir a seus mandamentos, que recomendam o bem.

Paulo, em Romanos, diz que é preciso confessar que Jesus ressuscitou dos mortos - e não faz nenhuma exigência a mais. Ou seja, como fica a questão de seguir a doutrina e as intermináveis listas que, na Bíblia, mostram dezenas de categorias de pessoas que não entrariam no Céu (http://www.joaomarinho.jor.br/blog/2009/12/cardel_diz_que_homossexuais_na.html)?

Os versículos, assim, contêm mais questionamentos que soluções – e a solução católica é baseada em sua tradição teológica e patrística, mas, guiando-se apenas pela Bíblia, a salvação, na verdade, é menos clara do que supõem os evangélicos – daí que ela é complementada também por sua doutrina, embora digam que não. Considerem meu caso, por exemplo, que sou gay.

Como irei para o céu?

Em Mateus, basta não adulterar, honrar meu pai e minha mãe, não matar, roubar e nem dar falso testemunho que estou OK. Isso já faço, e ajudo os pobres também - nenhuma menção à minha homossexualidade.

Em Marcos, é crer e ser batizado. Já fui.

Em Romanos, é confessar que Jesus ressuscitou e basta. Já o fiz.

I João fala de seguir os mandamentos. Nenhum dos 10 é eminentemente sexual, Jesus ele mesmo também não mencionou nada de sexo senão o adultério (que pode ser visto de outra forma). Chequei!

Mas, se me guiar pelas outras passagens, mesmo tendo feito tudo isso, não vou porque sou "sodomita", e "sodomitas" não entram. Então, %&#$@, qual dos escritores é que está certo?

Sim, porque até as listas de exclusão mudam. Umas, como a de Paulo – o mesmo que diz que basta confessar a ressurreição e nada mais – em I Coríntios, me colocam no lago de fogo.

As listas atribuídas a Jesus nos evangelhos, porém, nem me mencionam. E Jesus, segundo os evangelistas, ainda diz que as meretrizes vão entrar na frente dos discípulos porque creram, enquanto outros escritores já colocam a própria condição de ser meretriz como impeditivo.

Impressiona-me que tantos fiéis não vejam isso.

Nesse sentido, parabéns ao papa por ter reafirmado a doutrina católica. Ainda que eu não concorde com ela – e com nenhuma outra, incluindo e especialmente a protestante.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Querem desprestigiar os gays!



O Vaticano lançou uma crítica sobre a matéria publicada nos meios de comunicação, em que afirmava que havia um lobby gay, infiltrado na Sé romana, capaz de influenciar os cargos mais importantes da instituição, promovendo pessoas ou demovendo-as.

Assim, na crítica, o Vaticano afirmou que estavam tentando caluniá-los, bem, o termo calúnia nem deveria ter sido empregado, uma vez que, juridicamente, calúnia é imputação de falso crime às pessoas. Mas, a crítica trouxe um quê... um desprestígio, ou uma tentativa do mesmo, ao associar o Vaticano às relações homoafetivas.

Pois bem, de fato, houve um desrespeito, um desprestígio, mas não ao Vaticano, desprestígio e desrespeito aos gays, em serem nivelados por baixo, igualados à máfia papal, difamados como manipuladores de um conservadorismo hipócrita, onde, na realidade, não passa de uma “gaiola das loucas”, que joga lama para todos os lados, em um comportamento gay demente, subjugando a todos num jogo de interesses espúrios, em que, no final, prevalece  o sexo desenfreado!

Desrespeito aos gays, em sugerir que são dissimulados e propagadores da própria homofobia cultural que a instituição católica apregoa durante milênios de sua existência.

A tentativa de colocar no cenário do Vaticano homossexuais dementes, enrustidos, lutando por um poder espúrio, é molecagem de uma reportagem sensacionalista, que desrespeita a causa gay e o sofrimento da mesma população, que luta por DIREITOS IGUAIS nas sociedades em que se inserem.  

Colocar os gays como seres poderosos dentro do vaticano é debochar da comunidade gay, da sua consciência, da sua expressão, no mundo! 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Papa afirma que católicos não devem aceitar casamento gay




No último sábado, o Papa Bento 16 gerou polêmica ao afirmar que a Igreja Católicanão pode aceitar o casamento gay.


O papa, de 86 anos, fez ainda um apelo para que jovens lutem contra o mal da sociedade e se afastem de uma fé indiferente que prejudica a igreja. O discurso foi feito no terceiro dia de visitas àAlemanha, sua terra natal, para cerca de30 mil pessoas.

"Nós, como cristãos, atribuímos grande importância à defesa da integridade e singularidade do casamento entre um homem e uma mulher de qualquer tipo de interpretação errônea", argumentou.

Antes, em uma reunião com líderes cristãos ortodoxos, Bento XVI havia pregado contra o abortoeutanásia e casamento gay.



Fonte: Cena G

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Papa receberá delegação gay em encontro

Papa vai se reunir com entidade gays em setembro
Pela primeira vez na história do catolicsmo, um Papa vai se reunir com uma entidade de defesa dos direitos LGBT.
No dia 22 de setembro, o Papa Bento 16 confirmou que vai receber a Associação Lésbica e Gay de Berlim-Brandemburgo, durante uma visita à Alemanha.
Esta representa a primeira tentativa de aproximação da Igreja com o movimento LGBT.

Fonte: Cena G

segunda-feira, 28 de março de 2011

Papa versão mangá para revista em quadrinhos

Gibi de Bento VXI será distribuído durante a Jornada Mundial da Juventude

Depois da criação do site Pope2you.net com aplicativos para Facebook e iPhone, e um canal de vídeos no Youtube, o Papa agora virou mangá em gibi.

20110325150801692 Essa é mais uma tentativa de aproximar os adolescentes da Igreja Católica

É isso mesmo, a autoridade máxima da Igreja Católica aparece sorridente e cercada de adolescentes em revista que será distribuída na Jornada Mundial da Juventude, projeto de iniciativa de seu antecessor, o Papa João Paulo II (1920-2005).

A Jornada Mundial da Juventude rola em Madri, na Espanha, entre 16 e 21 de agosto, reunindo cerca de 300 mil pessoas para acompanhar 100 espetáculos de todo o mundo. Seis atrações brasileiras estão confirmadas no evento: Rosa de Saron, Dominus, Irmã Kelly Patrícia, Márcio Cruz, Ministério Eucarístico e Comunidade Católica Shalom.

Fonte: UAI

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Padres italianos e o mundo gay

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A nova edição da revista italiana Panorama publicou a matéria de capa intitulada As Noites Selvagens dos Padres Gays, na qual mostra a vida dupla de três padres, que vivenciam os afazeres religiosos de dia e à noite a vida gay em bares de sexo e envolvimentos com homens.

Segundo o periódico, para fazer a reportagem investigativa, o repórter Carmelo Abbate se infiltrou com um homem gay na vida dos sacerdotes durante 15 dias. Com isso, conseguiram gravar cenas dos padres em um bar de sexo e ainda uma cena de sexo com o gay contratado pelo Panorama.

Na reportagem, os nomes e os rostos dos padres são preservados. No entanto, a matéria revela que os padres têm 35, 40 e 50 anos. Os encontros aconteceram em um bar de freqüência gay no bairro de Testaccio.

O padre que se envolveu com o gay contratado pela revista foi o de 35 anos, que teve dois encontros com o sacerdote. Em um deles, logo após uma noite de amor, o padre se paramenta para celebrar a missa logo de manhã. Em uma conversa com o repórter no bar gay, o padre comenta que 98% dos seus amigos da congregação sabem que ele é gay.

Defesa do Vaticano – Após a divulgação da matéria, o Vaticano divulgou uma nota acusando a revista de sensacionalista. De acordo com a agência Ansa, o Vaticano afirma que as informações da reportagem “parecem carentes de provas concretas e circunstanciais". Conforme a nota, trata-se de uma estratégia para macular a imagem do Vaticano. "Em se querendo analisar um assunto tão delicado e complexo como a sexualidade dos padres, uma reportagem de 15 dias seria insuficiente, ainda que realizada com todo cuidado possível", conclui a nota.

   Fonte: TVHG

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cardeal é pressionado a provar suposto elo entre homossexualidade e pedofilia

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Número 2 do Vaticano descartou que abusos tenham relação com celibato.
Especialistas contestaram seus argumentos nesta terça (13).

Autoridades, médicos e movimentos de defesa de grupos homossexuais no Chile pediram ao secretário de estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, que prove as ligações da homossexualidade com a pedofilia, como afirmou na véspera em Santiago.

"Eu não tenho essa opinião, gostaria de conhecer os estudos científicos que ele diz ter. Tenho uma grande estima pelo Cardeal Bertone, mas tenho a sensação que neste caso ele está equivocado", afirmou o senador democrata-cristão Patricio Walker.

Estudei o tema, não sou psiquiatra, mas advogado. No entanto, já apresentei muitos projetos contra a pedofilia, que agora viraram lei. A pedofilia é um transtorno mental de caráter sexual que afeta tanto homossexuais como heterossexuais", comentou.

"Essa ligação foi desacertada. O celibato causa mais danos a um ser humano que a condição de homossexualidade, opção tomada livremente. Estou constrangido com as palavras deste alto dignatário da Igreja", afirmou por sua vez o deputado comunista Hugo Gutiérrez à AFP.

"A gente nunca vai parar de se surpreender com as declarações dessas pessoas. A Igreja deveria ser mais bondosa e caridosa com os homossexuais, em vez de ficar atribuindo pecados a eles", completou.

O líder do Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), Rolando Jiménez, também exigiu que o cardeal mostrasse provas que justificassem suas afirmações.

Especialistas médicos também descartaram a ideia. "Não me parece possível pensar que haja uma relação direta entre o homossexualidade e a pedofilia", disse a professora da Universidade do Chile Tamara Galleguillos.

Galleguillos afirmou que durante seu trabalho no Serviço Médico Legal do Chile "os heterossexuais pedófilos eram vistos de forma igual aos homossexuais pedófilos, não eram diferenciados".

Na segunda-feira, durante coletiva de imprensa, o número dois do Vaticano afirmou que a pedofilia entre os sacerdotes tem mais a ver com a homossexualidade que com o celibato.

"Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e me disseram recentemente, que há relação entre homossexualidade e pedofilia. Isso é verdade, esse é o problema", completou.

Bertone anunciou que o Vaticano tomará novas iniciativas surpreendentes contra a pedofilia. "Não posso antecipar, mas outras iniciativas estão sendo pensadas", disse o cardeal.

Fonte: Globo.com

LGBT: Repudiation of Vatican statements

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OFFICIAL ABGLT POSITION ON VATICAN STATEMENTS ABOUT HOMOSEXUALITY

ABGLT – the Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Association – is a national network, founded in 1995, currently having 237 member organizations throughout Brazil. Its mission is to defend and promote the citizenship of these segments of the population. ABGLT is also active on the international scenario and has consultative status with the United Nations Economic and Social Council.

In the face of the statement made by the Vatican’s Secretary of State, Cardinal Tarcisio Bertone, this Monday (12/04/2010) that it is “homosexualism” (sic), and not celibacy, that should be related to pedophilia, ABGLT publicly manifests itself as follows:

In its by-laws, ABGLT makes it clear that it is against pedophilia, regardless of the sexual orientation of gender identity of those who practice it, whether they be heterosexual or homosexual. During its 1st Congress, held on January 20th to 24th 2005, in Curitiba, Paraná, Brazil, ABGLT decided in favour of the defence of the Secular State and against the sexual exploitation and abuse of children and adolescents. It is ABGLT’s understanding that pedophilia is a disorder, as per the International Classification of Diseases 10 - F65.4: 302.2, and that the sexual abuse of children and adolescents is a crime. ABGLT has a permanent campaign on its website against pedophilia and the sexual abuse of children and adolescents: http://www.abglt.org.br/port/luta_pedofilia.php;

Many studies on pedophilia and the sexual abuse of children and adolescents indicate that the majority of these crimes is perpetrated by heterosexual people, without this implying that heterosexuality causes pedophilia. The issues relating to pedophilia itself are very complex and cannot be reduced to a simplistic differentiation based on the sexual orientation of the aggressors. What does arise as a tendency in the studies is that the crimes are committed by people who are close to, hold authority over and count on the trust of the underaged, such as parents, relatives, priests;

ABGLT does not accept this provocation by the Vatican against Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender (LGBT) people, which is nothing more than an attempt to draw attention away from the more important problem that proliferates within the bosom of the Catholic Church, and which undoubtedly should be explained and clarified to society in general;

ABGLT defends the Secular State and understands that religious freedom does not give the Vatican the right to judge with its own laws its peers who abuse children and adolescents. ABGLT maintains that ordained people who commit the crime of sexual abuse of children and adolescents, in addition to receiving due healthcare, must be subject to the penalties provided for by secular laws, in the same way as the rest of the population. As such, ABGLT joins other human rights organizations and demands that the Vatican provide an explanation regarding the crimes committed by catholic priests, and that it does not blame the LGBT community in this irresponsible manner;

ABGLT, differently to fundamental religious sectors, defends sexual education for children and adolescents, in order for them to learn to have autonomy over their bodies, and learn to protect themselves from and report abuse at home, in churches, and wherever else it may occur;

ABGLT calls on professional, human rights and LGBT organizations, both national and international, to make pronouncements on this matter;

ABGLT hopes that the Vatican’s Secretary of State, Cardinal Tarcisio Bertone, will be capable of showing the minimum of respect to the families of the children abused by priests and bishops of the Catholic Church, and that, instead of placing the blame of its scandals on the homosexual community, it reflects on the past and on the harm that the Church has historically caused to Black people, the disabled, women, Jews, gypsies, homosexuals and children and adolescents throughout the world. Will the Church, in the future, also ask forgiveness of the homosexual community for yet another injustice it is committing now?

Long live the Secular State. For the right for children and adolescents to have Sexual Education, for the punishment (under secular laws) of ordained people who sexually abuse children and adolescents, for a new Church that respects the human rights of all citizens, indiscriminately.

ABGLT - Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Association

LGBT: Repúdio sobre declarações do Vaticano

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NOTA OFICIAL DA ABGLT SOBRE DECLARAÇÕES DO VATICANO REFERENTES À HOMOSSEXUALIDADE

A ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – é uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, que congrega 237 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.

Diante da declaração do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que afirmou nesta segunda-feira (12/04/2010) que é o “homossexualismo” (sic), e não o celibato, que deve ser relacionada à pedofilia, a ABGLT vem a público se manifestar:

A ABGLT deixa claro no seu estatuto que é contra a pedofilia, seja ela praticada por pessoas de qualquer orientação sexual ou identidade de gênero, heterossexuais ou homossexuais. A ABGLT, no seu primeiro Congresso, realizado de 20 a 24 de janeiro de 2005, em Curitiba, Paraná, Brasil, deliberou pela defesa e garantia do estado laico e contra a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. A ABGLT entende que a pedofilia é um transtorno, conforme a Classificação Internacional de Doenças 10 - F65.4: 302.2, e que o abuso sexual de crianças e adolescentes é crime. A ABGLT mantém uma campanha permanente contra a pedofilia e o abuso sexual de crianças e adolescentes: http://www.abglt.org.br/port/luta_pedofilia.php ;

Diversos estudos sobre a pedofilia e sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes apontam que a maioria destes crimes é perpetrada por heterossexuais, sem que isto signifique que a heterossexualidade cause a pedofilia. As questões relacionadas à pedofilia propriamente dita são muita complexas e não podem se reduzir a tão simplista diferenciação baseada na orientação sexual dos agressores. O que surge de fato como tendência nos estudos é que os crimes são praticados especialmente por pessoas que têm proximidade, exercem autoridade e possuem confiança em relação às crianças e aos adolescentes, como pais, familiares, religiosos;

A ABGLT não aceita esta provocação do Vaticano contra as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, que não passa de uma tentativa de desviar a atenção do problema maior que se prolifera dentro do seio da Igreja Católica, o qual deve - sim - ser explicado e esclarecido para a sociedade em geral;

A ABGLT defende um Estado Laico e entende que a liberdade religiosa não garante ao Vaticano o direito de julgar com suas próprias leis os seus pares que abusam de crianças e adolescentes. A ABGLT entende que religiosos que cometam crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes, além de ter o devido acompanhamento dos serviços de saúde, devem ser submetidos às penas previstas pela lei secular, assim como o restante da população. Assim, a ABGLT se soma às demais instituições de direitos humanos e pede que o Vaticano se explique sobre estes crimes cometidos por sacerdotes católicos, e que não culpe de forma irresponsável a comunidade LGBT;

A ABGLT, diferente dos setores fundamentalistas religiosos, defende a educação sexual para crianças e adolescentes, de tal modo que aprendam a ter autonomia sobre seu corpo, e a se proteger e denunciar abusos dentro de casa, nas igrejas e em qualquer outro lugar;  

A ABGLT convoca as organizações profissionais, de direitos humanos e LGBT, nacionais e internacionais, a se pronunciarem sobre o assunto;

A ABGLT espera que o Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, tenha o mínimo de respeito para as famílias das crianças abusadas por padres e bispos da Igreja Católica, e que, ao invés de jogar a culpa de seus escândalos para a comunidade homossexual, reflita sobre o passado e o mal que historicamente a Igreja tem feito aos negros, deficientes, mulheres, judeus, ciganos, homossexuais e crianças e adolescentes em todo o mundo. Será que futuramente a Igreja vai pedir perdão também aos homossexuais por mais este erro que está cometendo agora?

Viva o Estado Laico. Pelo direito da Educação Sexual de crianças e adolescentes, pela punição (conforme as leis seculares) de religiosos que abusam sexualmente de crianças e adolescentes, por uma nova Igreja que respeite os direitos humanos de todos os cidadãos e todas as cidadãs, sem distinção de qualquer natureza.

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ateus querem a prisão do Papa

Ateus britânicos vão pedir prisão do papa por abusos na Igreja

da BBC Brasil

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Dois renomados ateus britânicos expressaram sua intenção de processar o papa Bento 16 pelo seu papel nos casos de abusos sexuais envolvendo padres da Igreja Católica em diversas partes do mundo.

Os escritores Richard Dawkins e Christopher Hitchens disseram que moverão um processo contra o papa tanto na Justiça do Reino Unido, país que o pontífice visitará em setembro, quanto na Corte Penal Internacional.

Dawkins, biólogo de formação, é um conhecido autor de livros que questionam a validade e a veracidade das religiões. Seu trabalho mais conhecido, "Deus, uma ilusão", vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e virou um best-seller publicado em mais de 30 países.

Hitchens é filósofo e cientista político pela Universidade de Oxford, e colunista de diversas publicações, como "Vanity Fair", "Harper's" e "Granta".

A argumentação jurídica seguiria a mesma lógica da ação que culminou com a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet durante sua visita a Londres em 1998.

Os pensadores alegam que o pontífice "não é imune à prisão no Reino Unido" porque, apesar de ser o chefe do Vaticano, não é um chefe de Estado reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas).

"Acredito que a Justiça britânica rejeitará (o argumento de imunidade do papa)", disse o advogado especializado em direitos humanos que representará os escritores, Mark Stephens.

"Se o papa viesse em visita de Estado, normalmente um chefe de Estado teria imunidade soberana. O que defendo é que ele não é um soberano, não é chefe de Estado, por isso não pode se valer dessa defesa."

Dawkins e Hitchens e seu advogado creem que podem acusar o papa de crime contra a humanidade.

Escândalos

Bento 16 tem sido alvo de críticas diante das inúmeras denúncias de abusos de menores que surgiram, porque ele chefiava o braço da Santa Sé responsável pela disciplina.

Em muitos casos o papa, então cardeal Joseph Ratzinger, é acusado de omissão. Mas no fim da semana passada veio a público uma carta de 1985 em que ele resiste à ideia de destituir das funções sacerdotais o padre americano Stephen Kiesle, acusado de abuso sexual.

O então cardeal Ratzinger afirmou na carta que o "bem da Igreja universal" precisava ser levado em conta em um ato como a destituição das funções sacerdotais.

O Vaticano confirmou a assinatura do cardeal no documento, revelado pela agência de notícias Associated Press.

Em resposta à divulgação da carta, o porta-voz do Vaticano disse que o documento foi apresentado "fora do contexto".

 

Fonte: UOL

sexta-feira, 5 de março de 2010

Escândalo de prostituição gay atinge o Vaticano

Um assessor do papa Bento 16 foi afastado nesta semana por causa de um escândalo sexual envolvendo prostituição gay que sacudiu o Vaticano.

Angelo Balducci, um dos Cavalheiros de Sua Santidade, uma espécie de assistente de elite para o papa quando recebe visitas importantes, foi flagrado em gravações feitas pela polícia dando instruções a um interlocutor sobre detalhes físicos de homens que gostaria que fossem levados a ele.

Segundo a imprensa italiana, o interlocutor era Thomas Ehiem, 29 anos, integrante do famoso coral do Vaticano, que também foi afastado.

A polícia italiana havia grampeado o telefone de Balducci durante uma investigação de corrupção separada e não relacionada ao Vaticano.

Em uma das transcrições vazadas para a mídia, Ehiem descreve um homem como tendo "dois metros, 97 quilos, 33 anos e diz que é 'completamente ativo'".

Em outra, Balducci pergunta a Ehiem se ele já "falou com o seminarista", ao que ele responde "ele provavelmente está na missa, ou algo assim".

Um representante do Vaticano disse que o Bento 16 está ciente do escândalo.

A transcrição das gravações sugere que Ehiem procurou pelo menos dez homens para Balducci, entre eles, modelos e um jogador de rúgbi.

Thomas Ehiem seria integrante do coro que se apresentou para o papa Bento 16 em uma apresentação de Natal.

Entre as atribuições de Balducci estavam a de ciceronear chefes de Estado e carregar o caixão em funerais papais.

Fonte: IG

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Diálogo avança rumo à unidade dos cristãos, diz Conselho Pontifício

Vatican Information Service, com tradução de CN Notícias

Arquivo

O presidente da Federação Luterana Mundial, Mark Hanson, e Bento XVI durante encontro no Vaticano O Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos emitiu um comunicado sobre o Simpósio Harvesting the Fruits [Colhendo os frutos], que aconteceu em Roma entre os dias 8 e 10 de fevereiro.


A seguir, leia o documento na íntegra
Em outubro de 2009, Harvesting the Fruits: Basic Aspects of Christian Faith in Ecumenical Dialogue [Colhendo os frutos: aspectos básicos da fé cristã no Diálogo Ecumênico] foi publicado. Esse livro reúne os resultados de quarenta anos de diálogos bilaterais entre a Igreja Católica Romana e a Federação Luterana Mundial, a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas, a Comunhão Anglicana e o Conselho Metodista Mundial. A obra também levanta questões importantes para a futura direção e conteúdo do diálogoecumênico. O Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos organizou um Simpósio entre os dias 8 e 10 de fevereiro sobre as questões apresentadas no livro Colhendo os frutos. Teólogos de tradição luterana, reformada, anglicana e metodista conheceram a sede do Pontifício Conselho, a convite de seu presidente, Cardeal Walter Kasper.


O objetivo do Simpósio não foi meramente ter em conta os muitos elementos de acordo produzido por quarenta anos de diálogo oficial, mas considerar formas de comunicar esta conquista notável para os membros de todas as diferentes comunidades Cristãs, para que eles possam manifestar mais plenamente em suas vidas os progressos no sentido da unidade que têm sido feitos. Durante os três dias de discussão, houve um exame detalhado da questão da recepção de declarações e acordos conjuntos, a necessidade do testemunho comum dos cristãos em todos os níveis, e a mudança no contexto em que o cristianismo deve realizar sua missão.


O Simpósio também olhou para a frente, questionou como discernir o lugar que o diálogo ecumênico terá no futuro. Houve uma análise aprofundada das etapas que devem ser tomadas para a meta do ecumenismo, que continua a ser a plena e visível comunhão. Como o Cardeal Kasper lembrou aos participantes, "o que faz significa comunhão no sentido teológico? Isso não significa comunidade no sentido horizontal, mas "communio sanctorum" - o que poderíamos chamar de participação vertical no que é 'sagrado', nas 'coisas sagradas "- ou seja, o Espírito de Cristo presente na sua Palavra e nos sacramentos administrados por ministros [...] devidamente ordenados".


O Simpósio explorou como discordâncias tradicionais podem ser reavaliadas se analisadas no contexto da Missão e da visão do Reino de Deus. Houve menção de uma nova e promissora abordagem em que o diálogo ecumênico seja visto como uma troca de dons, e as conversas francas foram realizadas nos limites da diversidade e do papel da hierarquia de verdades. A discussão também incluiu propostas concretas para incentivar a busca da unidade, mais particularmente a produção de uma Declaração Comum do que se tem conseguido ecumenicamente. Uma possível forma pela qual isso poderia acontecer seria uma afirmação comum da fé no Batismo, incluindo um comentário sobre o Credo dos Apóstolos e a Oração do Senhor.


Os participantes no Simpósio foram tanto experts no diálogo bilateral quanto teólogos mais novos para o ecumenismo. A discussão teológica foi produzida em um nível elevado, e as muitas sugestões positivas que propôs serão levadas à Plenária do Pontifício Conselho em novembro deste ano. Os participantes expressaram gratidão pela oportunidade de discutir em profundidade os desafios reais encontrados na busca pela unidade dos Cristãos, e afirmaram que a possibilidade de convocar reuniões desta natureza é um potencial particular de Roma, indicando o grande serviço que o ministério petrino pode oferecer ao ecumenismo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Papa diz aos padres: Por Deus, tenham um blog!


VATICANO - Por de Deus, tenham um blog!, disse o papa Bento XVI aos padres católicos neste sábado, afirmando que eles devem aprender a usar novas formas de comunicação para disseminar as mensagens do evangelho.

Em sua mensagem para a Igreja Católica no Dia Mundial da Comunicação, o papa, de 82 anos e conhecido por não amar computadores ou a internet, reconheceu que os padres devem aproveitar ao máximo o "rico menu de opções" oferecido pelas novas tecnologias.

"Os padres são assim desafiados a proclamar o evangelho empregando as últimas gerações de recursos audiovisuais - imagens, vídeos, atributos animados, blogs, sites - que, juntamente com os meios tradicionais, podem abrir novas visões para o diálogo, evangelização e catequização", disse ele.

Os padres, disse ele, precisam responder aos desafios das "mudanças culturais de hoje" se quiserem chegar aos mais jovens.

Mas Bento XVI alertou os padres de que não tentem se tornar estrelas da nova mídia. "Os padres no mundo das comunicações digitais devem ser mais chamativos pelos seus corações religiosos do que por seus talentos comunicativos", disse ele.

No ano passado, um novo site do Vaticano, www.pope2you.net, foi lançado, oferecendo um novo aplicativo chamado "O Papa se encontra com você no Facebook" e outro permitindo acesso aos discursos e mensagens do papa nos iPhones ou iPods dos fiéis.

Bento XVI também escreve a maior parte de seus discursos à mão, em alemão, e seus ajudantes mais jovens ficam encarregados de colocá-los em conteúdo digital.