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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não é homofobia: uma história real

por Ruleandson do Carmo

Eu tinha dois anos de idade e gostava de imitar Michael Jackson, quando o via dançando na TV. Era louco com ele. Saí um dia com meu pai e fiquei murmurando a música do Michael e rebolando com minha mãe. "Seu filho já nasceu boiola", disse o amigo do meu pai que só parou de rir quando fomos embora. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Aos quatro anos comecei a dançar Ballet no Núcleo Artístico em Belo Horizonte, meus pais, irmão, avó e madrinha estavam nas apresentações e premiações, o restante da família e amigos não: "Isso não é coisa de homem. Não faz essas coisas de mariquinha", eles diziam. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

No pré-primário a professora me colocava sempre junto das meninas, pois os meninos me batiam, e não gostavam de sentar "perto da bichinha". Não era homofobia, eles apenas estavam se expressando.

Na primeira série pedi à diretora para apresentar uma peça de teatro na escola, apresentei e alguns me xingaram de "boiola, bicha" etc. Meu pai foi à escola reclamar e a professora disse a ele "tratam seu filho assim porque ele não é normal". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.Na quarta série um colega de sala me deu um tapa na cara e gritou comigo, "veadinho, essa vozinha de galinha". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Na quinta série, no colégio, o diretor e a pedagoga mandaram chamar minha mãe. "Seu filho dança ballet, escreve teatro, só anda com as meninas, não joga futebol. Seu filho tá virando veado e a senhora apoia, não faz nada?". Minha mãe me defendeu, a chamaram de louca e ela me levou embora, aos prantos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

Também na quinta série, participei das Olimpíadas da escola, na modalidade salto à distância. Quando você corre e pula, naturalmente seus olhos arregalam. Quando pulei, jogaram areia nos meus olhos e gritaram "pula, bichinha". Fiquei alguns dias com os olhos feridos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Algumas mães e irmãs de alguns dos poucos amigos homens que tinha pediram a eles, na minha frente, para se afastarem de mim, pois poderiam "ficar mal falados". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.

Entre a sexta e a oitava série, me batiam de vez em quando no final da aula, me derrubavam nas aulas de educação física, alternavam meus apelidos entre "RuleBambi" e "Bailarina", e sempre repetiam "vira homem, veado". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

Na oitava série eu queria dançar quadrilha. Nenhuma das meninas quis dançar comigo, elas riam "Ah, Ru, você tinha que ser mais homem ou dançar com homem". Fiquei triste, e a professora de educação física disse "eu danço com você". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.No segundo grau mudei de escola e lá apanhei também. A diretora me mudou de sala, os novos colegas riam, mas não me batiam. Não era homofobia. Eles estavam apenas se expressando.

Quando trabalhei de garçom junto com meu pai, um dia fui sozinho. O cara que ficou de chefe no lugar do meu pai ordenou que "carregasse sozinho os botijões. Vamos ver se ele é homem mesmo". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.Na faculdade, um colega de turma me agrediu fisicamente, pois eu o abracei quando o vi durante o almoço. "Tá me estranhando? O que você quer?", me disse ele. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Formado, trabalhando em um jornal impresso em início de trajetória, meu chefe me comunicou minha demissão "meu sócio, dono das máquinas disse que não quer veado no jornal". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.

Pouco depois uma amiga me convidou para a festa da irmã, eu e nosso grupo de amigos. Todos ganharam dois convites. Eu ganhei só um. Quando pedi o segundo convite ela me disse "Ru, é uma festa de família, não fica bem se você for acompanhado". Não era homofobia, ela e a família dela estavam apenas se expressando.Certa vez, na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, estava sentado na praça com meu par, um cara passou e cuspiu em nós. "Que nojo" ele disse, fomos defendidos por um policial. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Em 2008, escrevi sobre o preconceito contra gays e divulguei o texto no Orkut. Uma comunidade dita católica contra "homofacistas" (como alguns chamam os gays anti-homofóbicos) fez uma série de denúncias contra meu perfil ao Google, dizendo ter conteúdo impróprio, me perseguiram e ameaçaram virtualmente. Tive que criar outra conta no Orkut. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.

São alguns dos tristes trechos dos quais me recordo. Já fui e sou desacreditado, oprimido e violentado verbal e fisicamente por pessoas que nunca esconderam o motivo para tal: eu ser gay. Mas, não se preocupe, não vou me fazer de vítima, não vou culpar a sociedade ou algum participante bronzeado, prateado ou dourado do Big Brother Brasil. Não, não era homofobia, nunca é. Eles sempre estavam e estão apenas se expressando. Eu também.

Fonte: eusoqueriaumcafe.com

terça-feira, 30 de março de 2010

Militar de elite do Reino Unido casa-se com namorado

Militar gay membro da prestigiada Household Cavalry britânica casa-se com aprovação dos superiores

Reprodução

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Lance Wharton: casamento gay numa boa

Enquanto nações como Brasil e Estados Unidos discutem a aceitação de gays assumidos nas Forças Armadas, o Reino Unido dá uma aula de respeito aos direitos dos homossexuais. Um membro da unidade militar de elite do país casou-se recentemente com seu namorado, contando com felicitações por parte de seus superiores.

Lance Corporal James Wharton, 23 anos, faz parte da Household Cavalry, grupo das Forças Armadas britânicas que tem o objetivo de oferecer segurança a líderes de Estado em visita ao país e a oficiais de alta patente. Para você ter uma ideia do quanto o grupo é prestigiado, os príncipes Harry e William fazem parte dele.

De acordo com o "Daily Post", a cerimônia de casamento entre Lance e Thom McCaffrey, 21 anos, contou com a presença de colegas de farda do militar. "Quando pedi ao líder do esquadrão, major Nana Twumasi-Ankrah, a permissão para me casar, ele apenas disse: 'Isso é fantástico! Parabéns!'".

Ainda segundo Lance, todos os homens de seu regimento ficaram entusiasmados com a notícia. "Eles brincaram dizendo que seria o evento gay do ano. Meu casamento foi o assunto na caserna", conta o noivo.
O Reino Unido prevê os mesmos direitos garantidos aos héteros.

Fonte: Mix Brasil

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gays em família



Uma simples mudança de perspectiva mostra que são as religiões homofóbicas, e não a homossexualidade, os verdadeiros vilões por trás da famigerada “destruição” do núcleo familiar.


por João Marinho


Escrevo estas linhas pouco depois do Dia dos Pais, em agosto. Como muitos que ainda têm a sorte de ter um pai, um pai vivo e um bom pai – nem sempre é possível ter tudo isso, e, para quem não tem, admito que o dia não tenha a menor relevância –, passei-o com o meu, em um jantar em família.

No meu caso, essa tradição ganha uma maior importância, já que não sou um indivíduo “muito família”. Vejo a noção que temos sobre essa “entidade” um tanto quanto artificial. Artificial, mas construída de forma a ter uma cara natural e fundamental, como se o “modelito nuclear” (pai, mãe e filhos) fosse o único capaz de garantir carinho, proteção e indivíduos saudáveis. Coisa que, basta uma olhada na história e mesmo nos dias de hoje, se revela falsa.

Isso, porém, não significa que não valorize o fato de ter uma família. Apenas que minha noção a respeito dela, que passa primordialmente pelo afeto – não acredito que o “sangue” seja, por si só, um elemento agregador – é diferente, e me permito o direito de exigir que o meu conceito seja também respeitado. Afinal, é por ele que pauto toda a atenção que dispenso a meus pais e minhas irmãs.

No entanto, na esfera pública, a atitude de respeito às diferenças entre as famílias e entre os conceitos de família é rara, especialmente quando analisamos o comportamento dos religiosos, notadamente evangélicos e católicos, mais fundamentalistas.

Para eles, existe só um tipo de família: a nuclear, e, em cima disso, justificam uma série de oposições a direitos que nós, enquanto homossexuais, lutamos para ser reconhecidos, como o de casar e o de ter, ou adotar, nossos filhos. Bradam eles que vamos destruir a “família” – mas me pergunto: qual família?

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não são alienígenas que caíram de um disco voador. Também não brotam da terra. Temos nossas famílias, nossos pais e mães, parentes – e não é raro que sejamos extremamente dedicados a eles.

Muitas vezes, é uma dedicação imerecida, pois, ao contrário de outros grupos estigmatizados, a família geralmente é o primeiro lugar em que o gay enfrenta o preconceito: escondemos nossos amigos, trocamos mensagens cifradas, inventamos desculpas e eventos que não existem, sofremos calados as decepções amorosas, quase nunca apresentamos nossos namorados, evitamos nos informar sobre DSTs ou tomar conselhos e somos assombrados pelo medo de nossos pais descobrirem, se decepcionarem e nos punirem – o que, muitas vezes, acontece.

Tenho amigos que já passaram por perseguição dentro de sua própria casa, outros foram expulsos, surrados, outros ainda chegaram a ter seus talheres separados. Um quarto grupo, obrigado a fazer terapia. Em comum, essas histórias têm um fato: os pais, via de regra, eram profundamente religiosos e acreditavam agir corretamente para livrarem os filhos do “mal” da homossexualidade.

Diante desse quadro, é até surpreendente que gays e afins ainda tenham tanto amor por suas famílias e o desejo de integração. Meu pai e minha mãe nunca chegaram a esses extremos, mas é fato que, por motivos sociais e religiosos, ainda não estão confortáveis com minha homossexualidade – e, no fim das contas, na minha e em outras famílias, tudo isso atua contra a nossa felicidade e contra os laços que nos unem a nossos parentes.

Quem atua, então, na destruição das famílias, especialmente daquelas com membros homossexuais e afins? Os gays ou as religiões homofóbicas? Creio que a resposta já ficou suficientemente clara.


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Publicado também na revista Sex Boys 62

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cidadania e democracia

O artigo “Totalitarismo e intolerância”, de Carlos Alberto Di Franco, publicado neste espaço em 1º de junho, me leva a fazer algumas considerações sobre o que o foi escrito e sobre o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).

O Plano não é uma imposição do governo. Ele foi construído democraticamente, e não de forma totalitária, envolvendo milhares de pessoas da sociedade civil e do governo, por meio de 27 conferências estaduais, mais de 100 conferências municipais e/ou regionais e a I Conferência Nacional LGBT (2008). O Plano é a consolidação das 561 propostas aprovadas na plenária final da Conferência Nacional. Esse processo representa a essência da formulação democrática de políticas públicas, e beneficiará estimados 20 milhões de brasileiros LGBT, que é uma parcela significativa da população.

Não é apenas o atual governo federal que se preocupa com a cidadania e os direitos humanos de pessoas LGBT. Em 1995, os Parâmetros Curriculares Nacionais já contavam com um tema transversal tratando da abordagem da diversidade sexual na sala de aula. Os Planos Nacionais de Direitos Humanos I e II, também da década de 1990, contêm ações específicas para a promoção e defesa dos direitos humanos de LGBT. Ou seja, há um reconhecimento pelos governos federais, que não é de hoje, que a população LGBT ainda não goza do exercício da cidadania plena e que é preciso formular e implementar políticas públicas que possam contribuir para reverter esse quadro.

Está comprovado cientificamente que existe em nossa sociedade, e mundialmente, preconceito e discriminação contra pessoas LGBT. O estudo “Juventudes e Sexualidade” realizado em 2000 pela Unesco, envolvendo 16.422 alunos, 4.532 pais de alunos e 3.099 professores de escolas públicas e privadas de 15 capitais brasileiras, revelou o quanto a homofobia está presente na sociedade, mesmo entre os jovens. Para citar apenas dois exemplos: uma média de 37% dos alunos não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe, assim como 39% dos pais também não gostariam que homossexuais fossem colegas de classe dos filhos.

Atitudes como essas podem levar à evasão escolar, à não conclusão dos estudos e eventualmente à exclusão social de pessoas LGBT, em especial travestis e transexuais. Pior que o preconceito e a discriminação é a violência contra LGBT. Em Curitiba, apenas no último mês, foram assassinadas pelo menos quatro travestis. Registros do Grupo Gay da Bahia informam que pelo menos 2.992 homossexuais foram assassinados no Brasil desde 1980, muitos barbaramente. Atualmente, em média, uma pessoa LGBT é assassinada a cada três dias no Brasil.

Diante dessas situações, um governo democraticamente eleito para representar todos os cidadãos, e não para cuidar dos interesses apenas daqueles que se enquadram no status quo “tradicional”, tem o dever de agir para, minimamente, amenizá-las. A forma como isso vem sendo feito é a mais democrática possível, conforme salientado acima.

A educação, não só de jovens, mas de todos, é a principal arma na luta contra o preconceito, a discriminação e a violência contra LGBT. É necessário, sim, educar para o respeito à diversidade sexual, com material didático adequado. A Conferência Nacional da Educação Básica (2008), reconheceu isso claramente. Basta ler o Documento Final da Conferência que prevê diversas ações educativas relativas ao respeito à orientação sexual e à identidade de gênero. Isso também não foi “totalitarismo” do governo, mas sim a vontade dos profissionais de educação e representantes da sociedade civil que construíram as recomendações.

Concluo afirmando que hoje há diversas configurações familiares e a “família” não mais se restringe à família nuclear, composta por pai, mãe e seus filhos. Como disse um juiz de Curitiba em sentença sobre adoção, “está quebrado o eixo principal da cadeia familiar patriarcal”. Hoje, a família nuclear é apenas uma entre tantas outras formas de se constituir uma família. Há famílias em que não há a figura do pai ou da mãe, há famílias em que um parente assume o papel de pai ou mãe, há famílias adotivas. Ainda, nós LGBT não queremos destruir a família de ninguém, queremos sim construir nossas famílias, e da nossa forma. Enfim, se for para se limitar à “família tradicional” exaltada pelo professor Di Franco para cultivar “os valores, as virtudes e as compreensões”, muitos serão os filhos excluídos desse processo e quem perderá com isso é a sociedade.

Toni Reis é presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), mestre em Filosofia na área de ética e sexualidade e doutorando na área de educação sexual - presidencia@abglt.org.br



Totalitarismo e intolerância

Dois episódios recentes, em Brasília e São Paulo, desnudam a visão totalitária e a intolerância ideológica que dominam estratégias de longo alcance na formação das novas gerações.
Comecemos por Brasília. O governo quer que sejam incluídos nos livros didáticos a temática de famílias compostas por lésbicas, gays, travestis e transexuais.
Ainda na área da educação, recomenda cursos de capacitação para evitar a homofobia nas escolas e pesquisas sobre comportamento de professores e alunos em relação ao tema. Essas são algumas das medidas que integram o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), documento firmado por representantes de 18 ministérios do governo Lula. “É um marco na busca da garantia dos direitos e cidadania”, afirmou o secretários de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, durante o lançamento do plano
Vamos, caro leitor, a São Paulo.
A Secretaria Estadual da Educação distribuiu a escolas um livro com conteúdo sexual e palavrões, para ser usado como material de apoio por alunos da terceira série do ensino fundamental (faixa etária de nove anos). O livro ( Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol) é recheado com palavrões e termos chulos. São 11 histórias em quadrinhos, feitas por diferentes artistas, que abordam temas relacionados a futebol –algumas usam também a conotação sexual.
O governo de São Paulo afirmou que houve “falha”na escolha, pois o material é “inadequado para alunos desta idade”. Ótimo. Reconhecer o erro é importante. Mas, aparentemente, o governo entende que o conteúdo seria adequado para alunos de outra faixa etária.
Lamentável! É assim que se pretende melhorar a qualidade de ensino? São Paulo que foi capaz de produzir uma USP assiste hoje à demissão do dever de educar. A pedagogia do palavrão e a metodologia da obscenidade estão ocupando o lugar da educação de qualidade. Espero, sinceramente, que o episódio seja pontual e que o governador José Serra, homem de sólida formação acadêmica e seu secretário da Educação, o ex-ministro Paulo Renato, tomem providências definitivas.
Na verdade, amigo leitor, uma onda de intolerância avança sobre a sociedade. Discriminados assumem a bandeira da discriminação. O tema da sexualidade passou a gerar novos dogmas e novos tabus. E os governos, num espasmo de totalitarismo, querem impor à sociedade um modo único de pensar, de ver e de sentir.
Uma coisa é o combate à discriminação, urgente e necessário. Outra, totalmente diferente, é o proselitismo de uma opção de vida. Não cabe ao governo, com manuais, cartilhas e material didático, formatar a cabeça dos brasileiros. Tal estratégia tem nome: totalitarismo. O governo deve impedir os abusos da homofobia, mas não pode impor um modelo de família que não bate com as raízes culturais do Brasil e sequer está em sintonia com o sentir da imensa maioria da população.
A intolerância atual é uma nova “ideologia”, ou seja, uma cosmovisão – um conjunto global de ideias fechado em si mesmo –, que pretende ser a “única verdade”, racional, a única digna de ser levada em consideração na cultura, na política, na legislação, na educação, etc. Tal como as políticas nascidas das ideologias totalitárias, a atual intolerância execra – sem dar audiência ao adversário nem manter respeito por ele – os pensamentos que divergem dos seus “dogmas”, e não hesita em mobilizar a “inquisição”de certos setores, para achincalhar – sem o menor respeito pelo diálogo – as ideias ou posições que se opõem ao seu dogmatismo.
Aborrece-me a intolerância dos “tolerantes”.
Incomoda-me o dogmatismo das falanges autoritárias. Respeito a divergência e convivo com o contraditório. Sem problema. Mas não duvido de que é na família, na família tradicional, mais do que em qualquer outro quadro de convivência, o “lugar”onde podem ser cultivados os valores, as virtudes e as competências que constituem o melhor fundamento da educação para a cidadania.
Carlos Alberto Di Franco é diretor do Master em Jornalismo (www.masteremjornalismo.org.br), professor de Ética e doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra. É diretor da Di Franco – Consultoria em Estratégia de Mídia (www.consultoradifranco.com). E-mail: difranco@iics.org.br
Fonte:Gazeta do Povo OnLine