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domingo, 25 de março de 2012

Se eu cortar o cabelo, mudar o estilo, você vai me notar?

O título aí é provocativo, sugestivo, né?

Antes que pensem, não é uma mensagem para ninguém em particular - certamente terão os que pensarão isso (mesmo depois dessa justificativa). Todavia, o que me importa é trazer um dos sentimentos que mais me importunaram esses anos todos: a percepção. Há algum tempo atrás, zapeando pela televisão de madrugada, parei em um filme chamado "Pixel Perfect - ou Pixel, a Garota Perfeita", que estava em exibição naquela madrugada no Disney Channel (sim, eu assisto também canais para o público infanto-juvenil).

Trata-se de um filme onde coloca-se o tema da perfeição como tema central de uma história onde temos um holograma (Loretta) criado por Roscue para ser a vocalista de uma banda (The Zetta Bytes) e ser o exemplo de perfeição - seja cantando, dançando ou vestindo-se. Ao usar um holograma, Roscue consegue criar ciúmes em Samantha, a garota que tem uma paixão secreta por ele. Conforme o filme se desenvolve, vemos que o holograma tenta ser igual ao humano e o humano tenta ser igual ao holograma até perceberem que não é possível.

Por que, você aí do outro lado, me pergunta o que esse filme juvenil tem a ver com um blog com temática homossexual? Bom, uma das músicas que toca ao longo do filme chama-se "Notice me" (ou Note-me, em uma tradução mais livre). A reproduzo aí abaixo:

 

 Essa música traz um sentimento que todos temos quando pensamos em conquistar alguém: a percepção. Como será que nos percebemos? E como os outros vão nos notar? O refrão da música diz assim: "If I cut my hair, if I change my clothes, will you notice me?" (ou Se eu cortar meu cabeço, se eu mudar as minhas roupas, você me notará?) me lembra muito de mim mesmo há algum tempo atrás.

Todos nós que crescemos em um ambiente repressivo, as vezes, perdemos a nossa própria percepção de nós mesmos. As vezes, nem nos damos conta de quem nós somos. Já fiz muito do que esse refrão da música aí repete: já cortei o cabelo, já mudei o estilo das roupas para ser notado por alguém.

Sabem o que eu conclui disso tudo?

Só mude se for pra você se notar, se perceber, entender quem você é, o quão belo você é. E não para agradar ou chamar a atenção de outras pessoas.

No nosso mundo, temos sempre essa mania de nos subvalorizarmos com medo de ficarmos sozinhos. E nessas tentativas, cometemos muitos erros, sofremos demais. Ser notado é, antes de tudo, uma percepção de si mesmo.

Todos nós devemos nos libertar das amarras onde estamos trancafiados e descobrirmos nossas próprias belezas, nossos próprios desejos e nossos próprios sonhos. É só assim que conseguiremos ser notados por aqueles que irão nos amar. Se nos notarmos tal qual realmente somos, assim também eles nos notarão.

Você já fez algo para ser notado? Deixe aí nos comentários um pouco de seu relato.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gays em família



Uma simples mudança de perspectiva mostra que são as religiões homofóbicas, e não a homossexualidade, os verdadeiros vilões por trás da famigerada “destruição” do núcleo familiar.


por João Marinho


Escrevo estas linhas pouco depois do Dia dos Pais, em agosto. Como muitos que ainda têm a sorte de ter um pai, um pai vivo e um bom pai – nem sempre é possível ter tudo isso, e, para quem não tem, admito que o dia não tenha a menor relevância –, passei-o com o meu, em um jantar em família.

No meu caso, essa tradição ganha uma maior importância, já que não sou um indivíduo “muito família”. Vejo a noção que temos sobre essa “entidade” um tanto quanto artificial. Artificial, mas construída de forma a ter uma cara natural e fundamental, como se o “modelito nuclear” (pai, mãe e filhos) fosse o único capaz de garantir carinho, proteção e indivíduos saudáveis. Coisa que, basta uma olhada na história e mesmo nos dias de hoje, se revela falsa.

Isso, porém, não significa que não valorize o fato de ter uma família. Apenas que minha noção a respeito dela, que passa primordialmente pelo afeto – não acredito que o “sangue” seja, por si só, um elemento agregador – é diferente, e me permito o direito de exigir que o meu conceito seja também respeitado. Afinal, é por ele que pauto toda a atenção que dispenso a meus pais e minhas irmãs.

No entanto, na esfera pública, a atitude de respeito às diferenças entre as famílias e entre os conceitos de família é rara, especialmente quando analisamos o comportamento dos religiosos, notadamente evangélicos e católicos, mais fundamentalistas.

Para eles, existe só um tipo de família: a nuclear, e, em cima disso, justificam uma série de oposições a direitos que nós, enquanto homossexuais, lutamos para ser reconhecidos, como o de casar e o de ter, ou adotar, nossos filhos. Bradam eles que vamos destruir a “família” – mas me pergunto: qual família?

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não são alienígenas que caíram de um disco voador. Também não brotam da terra. Temos nossas famílias, nossos pais e mães, parentes – e não é raro que sejamos extremamente dedicados a eles.

Muitas vezes, é uma dedicação imerecida, pois, ao contrário de outros grupos estigmatizados, a família geralmente é o primeiro lugar em que o gay enfrenta o preconceito: escondemos nossos amigos, trocamos mensagens cifradas, inventamos desculpas e eventos que não existem, sofremos calados as decepções amorosas, quase nunca apresentamos nossos namorados, evitamos nos informar sobre DSTs ou tomar conselhos e somos assombrados pelo medo de nossos pais descobrirem, se decepcionarem e nos punirem – o que, muitas vezes, acontece.

Tenho amigos que já passaram por perseguição dentro de sua própria casa, outros foram expulsos, surrados, outros ainda chegaram a ter seus talheres separados. Um quarto grupo, obrigado a fazer terapia. Em comum, essas histórias têm um fato: os pais, via de regra, eram profundamente religiosos e acreditavam agir corretamente para livrarem os filhos do “mal” da homossexualidade.

Diante desse quadro, é até surpreendente que gays e afins ainda tenham tanto amor por suas famílias e o desejo de integração. Meu pai e minha mãe nunca chegaram a esses extremos, mas é fato que, por motivos sociais e religiosos, ainda não estão confortáveis com minha homossexualidade – e, no fim das contas, na minha e em outras famílias, tudo isso atua contra a nossa felicidade e contra os laços que nos unem a nossos parentes.

Quem atua, então, na destruição das famílias, especialmente daquelas com membros homossexuais e afins? Os gays ou as religiões homofóbicas? Creio que a resposta já ficou suficientemente clara.


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Publicado também na revista Sex Boys 62

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Big Brother Brasil 9, e o triângulo amoroso...

Sei que este vídeo correu o Brasil, está em muitos blogs, e, nada mais, nada menos, foi exibido ao vivo, em rede, para toda nação, no horário nobre, na emissora de maior audiência do país! A Rede Globo de televisão.

Contudo, não posso deixar de dizer que achei essa edição do Big Brother Brasil- a de terça-feira passada, um luxo! Muito fofa... É que, na verdade, eu sou um romântico inveterado, e como tal, sou atraído por triângulos amorosos. Principalmente, esses que brincam com as evidências para tentar disfarçá-las do grande público, mas, no fim, o amor, ainda que silencioso, nas lágrimas, irrompe-se e ninguém procura disfarçar, apenas não se assume, ou comenta. Afinal, admitir para quê?

Assim segue o vídeo fofo da edição do dia 31/03:




Ver o Flávio dizendo para o Max que se caso ele fosse embora sem poder dizer tchau, então, tchau e começando a chorar, soluçando, foi à coisa mais fofa deste mundo!!!! AAAAAAMMMMEEEEEIII.

Ver as lágrimas rolando, caindo, sem rumo do rosto de Max, enquanto ele observava o Flávio no quarto branco, não tem preço!