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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Escola Católica proíbe imagem arco-íris



Escola Católica no Canadá proíbe que alunos usem qualquer imagem de arco-íris


Uma escola pública de Ontario no Canadá abusou na rigidez contra os homossexuais.

A instituição proibiu oficialmente que os alunos usem imagens de arco-íris.

O ódio à imagem começou depois que a aliança de gays e héteros não oficial da escola conseguiu permissão para fazer um evento anti-homofobia no último dia 3.

Fonte: Cena G

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Movimento gay esboça reação:Ubes e ABGLT vão procurar governo para negociar liberação de parte do kit

 Publicado originalmente em O tempo


A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) estão tentando negociar com o governo a liberação de dois, dos três vídeos que compõem o kit informativo de combate à homofobia nas escolas públicas de ensino médio.

Nessa quinta-feira (26), a Ubes apoiou a decisão da presidenta Dilma Rousseff de suspender a distribuição do kit informativo. No entanto, segundo o presidente da entidade, Yann Evanovick, parte do material deve ser liberada. Para ele, apenas o vídeo sobre bissexualismo tinha conteúdo inadequado e não pode ser veiculado nas escolas.

A Ubes e a ABGLT querem que o governo convoque os movimentos sociais para um debate amplo ainda na semana que vem. “Queremos ser recebidos pela presidenta Dilma. O ministro da Educação, Fernando Haddad, também disse que vai nos receber semana que vem, esperamos só a confirmação”, afirmou Evanovick.

O presidente da Ubes disse que os movimentos sociais estão em preparativos para lançar uma campanha nacional de combate à homofobia nas escolas. “Se o governo não topar liberar o material, nós vamos liberar e estruturar uma campanha nacional de combate à homofobia nas escolas do país”.

Além disso, o movimento estudantil fará uma mobilização na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados na semana que vem. “Não vamos aceitar chantagem de grupos políticos, preconceito não é uma moeda de troca”.

Na última quarta-feira (25), o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) afirmou que para convencer o governo a suspender a produção do material de combate à homofobia, a bancada evangélica da Câmara ameaçou não colaborar com os projetos do Executivo.



AGÊNCIA BRASIL

MEC pretende lançar nova versão do kit anti-homofobia ainda este ano

O ministro Fernando Haddad conversou com jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira (27) (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
O ministro Fernando Haddad conversou com
jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira (27)
(Foto: Vanessa Fajardo/G1)

Segundo Fernando Haddad, gastos com alterações estavam previstos. Ministro disse que Dilma não gostou de vídeo sobre bissexualidade.

Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo

O Ministério da Educação pretende refazer o kit do projeto “Escola sem Homofobia” e distribuir em escolas para professores de turmas de ensino médio ainda neste ano. O kit, que inclui um guia para o professor e três vídeos, foi suspenso pela presidente Dilma Rousseff nesta semana. O ministério identificou mais de 6 mil escolas no país onde há registro de homofobia. Elas deverão receber a nova versão do kit.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (27), em São Paulo, que o MEC vai avaliar se a base do material já produzido será mantida. “Faremos agora essa discussão, mas com base mais técnica chamando especialistas.”

Depois de pronto, o kit será avaliado pela comissão de publicação do Ministério da Educação, para enfim passar pela aprovação do governo. Após a polêmica, o governo criou uma instância que vai dar o parecer final sobre publicações que versam sobre costumes.

Haddad disse que a presidente Dilma Rousseff viu mais de um vídeo do kit e descreveu passagens do material.

Ainda, de acordo com Haddad, a presidente assistiu o vídeo chamado “Probabilidade” que trata de bissexualidade e considerou algumas frases “mal colocadas.”

No vídeo, um garoto se apaixona por uma menina, mas tempos depois sente atração por um menino e conclui que não precisa se relacionar apenas com pessoas de um mesmo sexo.

Gastos estavam previstos

Haddad destacou que as alterações que serão feitas no kit do projeto estão previstas no convênio do ministério com as entidades responsáveis pela criação do material. Haddad sugeriu que não haverá um pagamento adicional além do previsto em contrato – o total do projeto, incluindo o kit, seminários, formação de professores e outras despesas teve orçamento aprovado em R$ 1,8 milhão. O kit, que inclui um guia para o professor e três vídeos que seria distribuído nas escolas, foi suspenso pela presidente Dilma Rousseff nesta semana.

“O repasse é feito à medida que o projeto vai se desenvolvendo. Nesse como em qualquer outro convênio, quando se verifica qualquer inadequação o ministério recomenda uma alteração parcial ou até total”, afirmou Haddad, que veio para São Paulo para participar de inauguração de dois campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo o ministro, a última parcela do contrato – ele não informou o valor – ainda não foi paga.

Até agora, a produção do kit envolveu gastos com pesquisas, produção e filmagem dos vídeos e seminários para cerca de 200 pessoas no final do ano passado para treinamento com o conteúdo do programa.

Caminhada pela EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA

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respeite

Dima, você agora é PRESIDENTE não será mais presidentA!


Lembro-me, sem muita nostalgia, dos gays se digladiando, na internet, para defender Dilma e a sua tão polêmica forma de querer ser tratada:  PRESIDENTA. Ainda vejo, com dor no coração, o presidente da ALGBT, Toni Reis, em seus pronunciamentos, saudando Dilma presidenta, como respeito da forma em que ela escolheu ser chamada!

Tudo isso, num passado próximo, não distante, significava o apreço da comunidade gay por ela. Comunidade que, nas campanhas eleitorais, rompeu o silêncio e foi para militância política, nas fases mais delicadas da campanha, assumindo-a para si, como se a luta da Dilma fosse nossa guerra!

O embate foi duro, nos voltamos contra os CATÓLICOS E EVANGÉLICOS, que numa campanha sórdida, de injúrias, promoveu panfletos e os espalhou em todo território nacional dizendo ser então a nossa presidente uma mulher que iria MATAR CRIANCINHAS E ASSALTAR BANCOS! Panfletos que foram distribuídos, em plena visita, da então candidata, na Basílica de  Aparecida do Norte.

Evangélicos usaram os púlpitos para proferirem que Dilma e todos ligados ao PT tinham pacto com o Diabo, e assim se deu as eleições para presidente no Brasil, quando Dilma foi candidata e injuriada!

Do outro lado, estavam os gays, combatendo, debatendo, brigando, pronunciando-se oficialmente, declarando o voto, o apoio. Usamos tudo que podíamos: blogs, jornalistas, advogados, opinião pública. Fizemos uma campanha intensa por e-mails, facebook, Orkut, MSN. A briga da Dilma era a nossa GUERRA!

Dilma foi eleita PRESIDENTE DO BRASIL, e ao mesmo tempo em que o STF nos presenteia com um avanço de se retirar do mundo jurídico o preconceito com as uniões homossexuais, Dilma, aquela por quem guerreamos, nos feriu profundamente, usando-nos como moeda de troca para “salvação” de seu ministro Palocci.

Sim, Dilma foi eleita PRESIDENTE, no que se refere ao bom uso da língua portuguesa, que não é culpa de ninguém, a não ser dos próprios políticos do Brasil, que não investem na educação dessa nação, que ela não saiba o uso técnico do termo.

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar  é mendicante...


Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente.  Aquele que é: o ente.  Aquele que tem entidade.


Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é “PRESIDENTE", e não "Presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino.


Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Assim, as campanhas municipais estão se aproximando, e penso seriamente em quem vamos apoiar. Afinal, se Dilma pôde mudar de lado, nós também podemos, e isso é uma opção presidente, homossexualidade não! Penso que o sujeito deva fazer o bom uso da língua, como ter em voga as discussões, no que se refere à sexualidade dos indivíduos, o uso político correto do termo.

Desta feita gostaria de MANIFESTAR CLARO APOIO à DIVERSIDADE TUCANA,no que se refere a investigação dos gastos públicos com o Kit Anti-homofobia na matéria que se segue:

Diversidade Tucana solicita à OAB que investigue suspensão do Kit Anti-Homofobia

O Diversidade Tucana - Núcleo de Diversidade Sexual do PSDB protocolou na tarde desta quinta-feira (26) uma solicitação ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que apure, junto ao Ministério Público Federal (MPF), a suspensão do kit elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) para o combate à discriminação homofóbica nas escolas.
No ofício, encaminhado com cópia para a Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB, o Diversidade Tucana reforça a importância do material e da abordagem educativa sobre o respeito às diferenças e o combate a todo tipo de preconceito nas escolas públicas brasileiras. Para o grupo, há indícios de mau uso de dinheiro público na suspensão do uso do kit, cujo custo de elaboração foi de R$ 743 mil, e que fazia parte de um projeto de quase R$ 2 milhões.
Assinando o documento, os coordenadores do Diversidade Tucana municipal, Marcos Fernandes, e estadual, Wagner "Gui" Tronolone, consideram necessário que o Governo Federal se justifique. "A imprensa noticia que foi um acordo para evitar a convocação do ministro Palocci. Além de usar LGBTs como moeda de troca para obstruir uma investigação no Congresso Nacional, algo altamente imoral, implica jogar literalmente no lixo quase R$ 2 milhões em dinheiro público, e isso precisa ser averiguado", diz Fernandes.

Para Tronolone, a prática não é novidade. "Os LGBTs de São Paulo já viram esse filme, quando Marta Suplicy foi prefeita de São Paulo e também nos usou como moeda de troca na Câmara dos Vereadores e, em 2008, usou de expediente homofóbico para tentar vencer a eleição municipal. Mas a presidente Dilma foi mais longe ainda: gastou dinheiro público para elaborar um material e agora o usa em troca de voto no Congresso", diz. "Parece que o mensalão agora não é mais pago em dinheiro, e sim em apostilas e DVDs, e, indiretamente, em mais agressões e assassinatos de LGBTs", completa.

Íntegra do ofício disponível em: http://diversidadetucana.blogspot.com/2011/05/diversidade-tucana-solicita-oab-que.html

Diversidade Tucana - Núcleo de Diversidade Sexual do PSDB
www.diversidadetucana.com.br

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nota Oficial da ABGLT sobre a suspensão do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia

ESH

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, por meio de suas 237 ONGs afiliadas, assim como a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais - ANTRA, a Articulação Brasileira de Lésbicas – ABL, o Grupo E-Jovem, milhares de militantes LGBT e defensores dos direitos humanos, lamentam profundamente a decisão da Presidenta Dilma de suspender o kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia. A notícia foi recebida com perplexidade, consternação e indignação.

Apesar de entender que houve suspensão, e não cancelamento, do kit, até porque o material ainda não está disponível para uso nas escolas e aguarda a análise do Comitê de Publicações do Ministério da Educação, a ABGLT considera que sua suspensão representa um retrocesso no combate a um problema – a discriminação e a violência homofóbica – que macula a imagem do Brasil internacionalmente no que tange ao respeito aos direitos humanos.

Este episódio infeliz traz à tona uma tendência maléfica crescente e preocupante na sociedade brasileira. O Decreto nº 119-A, de 17 de janeiro de 1890, estabeleceu a definitiva separação entre a Igreja e o Estado, tornando o Brasil um país laico e não confessional. Um princípio básico do estado republicano está sendo ameaçado pela chantagem praticada hoje contra o governo federal pela bancada religiosa fundamentalista e seus apoiadores no Congresso Nacional. O fundamentalismo de qualquer natureza, inclusive o religioso, é um fenômeno maligno atentatório aos princípios da democracia, um retrocesso inaceitável para os direitos humanos.

Os mesmos que queimaram os homossexuais, mulheres e crentes de outras religiões na fogueira da Inquisição na idade média estão nos ceifando no Brasil da atualidade. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, a cada dois dias uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. É preciso que sejam tomadas medidas concretas urgentes para reverter esse quadro, que é uma vergonha internacional para o Brasil.

Uma forma essencial de fazer isso é através da educação. E por este motivo o kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia foi construído exaustivamente por especialistas, com constante acompanhamento do Ministério da Educação, e com base em dados científicos. Entre estes são os resultados de diversos estudos realizados e publicados no Brasil na última década.

A pesquisa intitulada “Juventudes e Sexualidade”, realizada pela UNESCO e publicada em 2004, foi aplicada em 241 escolas públicas e privadas em 14 capitais brasileiras. Segundo resultados da pesquisa, 39,6% dos estudantes masculinos não gostariam de ter um colega de classe homossexual, 35,2% dos pais não gostariam que seus filhos tivessem um colega de classe homossexual, e 60% dos professores afirmaram não ter conhecimento o suficiente para lidar com a questão da homossexualidade na sala de aula.

O estudo "Revelando Tramas, Descobrindo Segredos: Violência e Convivência nas Escolas", publicado em 2009 pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, baseada em uma amostra de 10 mil estudantes e 1.500 professores(as) do Distrito Federal, e apontou que 63,1% dos entrevistados alegaram já ter visto pessoas que são (ou são tidas como) homossexuais sofrerem preconceito; mais da metade dos/das professores(as) afirmam já ter presenciado cenas discriminatórias contra homossexuais nas escolas; e 44,4% dos meninos e 15% das meninas afirmaram que não gostariam de ter colega homossexual na sala de aula. 

A pesquisa “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar” realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, e também publicada em 2009, baseou-se em uma amostra nacional de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, e revelou que 87,3% dos entrevistados têm preconceito com relação à orientação sexual e identidade de gênero. 

A Fundação Perseu Abramo publicou em 2009 a pesquisa “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil: intolerância e respeito às diferenças sexuais”, que indicou que 92% da população reconheceram que existe preconceito contra LGBT e que 28% reconheceram e declarou o próprio preconceito contra pessoas LGBT, percentual este cinco vezes maior que o preconceito contra negros e idosos, também identificado pela Fundação.

Estas e outras pesquisas comprovam indubitavelmente que a discriminação homofóbica existe na sociedade é tem um forte reflexo nas escolas. Eis a razão e a justificativa da elaboração do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia.

Com a suspensão do kit, os jovens alunos e alunas das escolas públicas do Ensino Médio ficarão privados de acesso a informação privilegiada para a formação do caráter e da consciência de cidadania de uma nova geração.

Em resposta às críticas ao kit, informamos que o material foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, que faz a "classificação indicativa" (a idade recomendada para assistir a um filme ou programa de televisão). Todos os vídeos do kit tiveram classificação livre, revelando inquestionavelmente as mentiras, deturpações e distorções por parte de determinados parlamentares e líderes religiosos inescrupulosos, que além de substituírem as peças do kit por outras de teor diferente com o objetivo de mobilizar a opinião pública contrária, na semana passada afirmaram que haveria cenas de sexo explícito ou de beijos lascivos nas peças audiovisuais do kit.

O kit educativo foi avaliado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela UNESCO e pelo UNAIDS, e teve parecer favorável das três instituições. Recebeu o apoio declarado do CEDUS – Centro de Educação Sexual, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, e foi objeto de uma audiência pública promovida pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, cujo parecer também foi favorável. Ainda, teve uma moção de apoio aprovada pela Conferência Nacional de Educação, da qual participaram três mil delegados e delegadas representantes de todas as regiões do país, estudantes, professores e demais profissionais da área.

Ou seja, tem-se comprovado, por diversas fontes devidamente qualificadas e respeitadas, como base em informações científicas, que o material está perfeitamente adequado para o Ensino Médio, a que se destina.

Os direitos humanos são indivisíveis e universais. Isso significa que são iguais para todas as pessoas, indiscriminadamente. Os direitos humanos de um determinado segmento da sociedade não podem, jamais, virar moeda de troca nas negociações políticas. Esperamos que a suspensão do kit não tenha acontecido por este motivo e relembramos o discurso da posse da Presidenta no qual afirmou a defesa intransigente dos direitos humanos.

Esperamos que a Presidenta Dilma mantenha o diálogo com todos os setores envolvidos neste debate e que respeite o movimento social LGBT. Da mesma forma que há parlamentares contrários à igualdade de direitos da população LGBT, há 175 nesta nova legislatura que já integraram a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, e que com certeza gostariam de ter a mesma oportunidade para se manifestarem em audiência com a Presidenta, o mais brevemente possível.

A Presidenta Dilma tem assinalado que seu governo está comprometido com a efetiva garantia da cidadania plena da população LGBT, por meio das ações afirmativas de seus ministérios. Na semana passada, na ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, a ABGLT foi recebida por 12 ministérios do Governo Dilma, onde um item comum em todas as pautas foi o cumprimento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Também na semana passada, por meio de Decreto, a Presidenta convocou a 2ª Conferência Nacional LGBT. Porem, com a atitude demonstrada no dia de hoje acreditamos estar na contramão dos direitos humanos, retrocedendo nos avanços dos últimos anos. Exigimos que este governo não recue da defesa dos direitos humanos, não vacile e não sucumba diante da chantagem e do obscurantismo de uma minoria perversa de parlamentares e líderes fundamentalistas mal intencionados.

Esperamos que a Presidenta da República reconsidere sua posição de suspender o kit do projeto Escola Sem Homofobia, para restabelecer a conclusão e subsequente disponibilização do mesmo junto às escolas públicas brasileiras do ensino médio. Esperamos também que estabeleça o diálogo com técnicos e especialistas no assunto. Estamos abertos ao diálogo e esperamos que nossa disposição neste sentido seja retribuída o mais rapidamente possível, sendo recebidos em audiência pela Presidenta Dilma e pela Secretaria-Geral da Presidência da República e que a mesma reveja sua posição.

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

25 de maio de 2011

Links para os vídeos do kit educativo do projeto Escola Sem Homofobia:

ENCONTRANDO BIANCA

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=A_0g9BEPVEA
PROBABILIDADE http://www.youtube.com/watch?v=tKFzCaD7L1U&feature=related
TORPEDO   http://www.youtube.com/watch?v=hKJjOJlEw_U&feature=related

domingo, 22 de maio de 2011

Igreja Batista do Povo ataca aos homossexuais em culto


No culto matutino, às 10 horas da manhã, neste domingo dia 22 de maio,o pastor Jonas Neves de Souza, pastor presidente da Igreja Batista do Povo, localizada em Vila Mariana, São Paulo- Capital, em sua homilia, discursou sobre a família cristã e, em suas considerações, ele disse que a moral, os bons costumes e a ética da família brasileira estão sendo atacados pelo governo da presidente Dilma Rousseff, e que todos os crentes devem ficar atentos nas mudanças que estão ocorrendo na sociedade brasileira, pois a comunidade homossexual está querendo amordaçar a Igreja Cristã dentro dos templos, como fizerem os comunistas em tempos passados.

Ainda, Jonas Neves, em um discurso conservador, afrontou aos homossexuais dizendo para seu público que: “homem com homem, mulher com mulher é obra do INFERNO e não de Deus; a Bíblia condena e Deus não abençoa isto, pois nasceu no inferno!”.

Também, convocou os membros de sua denominação a entrarem na internet e assinarem todas as petições contra a comunidade gay e enviá-las as autoridades constituídas. Tudo isso, afirmou Jonas, que estava fazendo para salvar a família brasileira, pois ninguém é obrigado a ser cristão e não devemos ser preconceituosos, mas, a família tem que ser salva!

Jonas ainda disparou contrariamente ao Kit-Gay e ao PLC 122/06

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Deputado afirma que base evangélica não vai votar nada enquanto “kit gay” não for proibido

O deputado federal Anthony Garotinho, em nome da Frente Parlamentar Evangélica, falou que enquanto o kit “Escola sem Homofobia” não for proibido de ser distribuído para escolas pública, os 70 deputados da Frente Evangélica não votarão mais nada na Casa.

O deputado e ex-governado do Rio disse também que vem sendo perseguido pelo MEC e pelo Governo Federal por sua oposição ao kit que pretende conscientizar alunos e professores em relação a diversidade sexual.

Fonte: Cena G

sábado, 30 de abril de 2011

Ministro da Justiça repreende Bolsonaro

MJ

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tornou a causar polêmica na Câmara dos Deputados, ao criticar o material do Ministério da Educação para combate de homofobia nas escolas. Nessa quarta-feira, durante sessão da Comissão de Direitos Humanos sobre segurança pública, Bolsonaro disse ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que "não teria orgulho de ter um filho gay" e chamou o material do MEC de "kit gay". Indiretamente, o deputado atacou o colega parlamentar Jean Wyllys (PSOL-RJ), que é professor e se declara homossexual.

"Este é o ambiente propício para colocar isso. Uma pessoa já disse aqui que as melhores professoras que teve foram as prostitutas. Tem professor que é gay. Será que é bom também?", afirmou Bolsonaro. A presidente da comissão, deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), advertiu o comentário do deputado, dizendo que não aceitaria provocações. Jean Wyllys reagiu, respondendo que se sentia "profundamente ofendido" com a declaração do colega. Sustentando o bate-boca, Bolsonaro disse que era vítima de preconceito. "Estou sofrendo preconceito homossexual", declarou, aos gritos.

O ministro Cardozo defendeu o deputado do PSOL e o material do Ministério da Educação. “O limite do direito é o direito do outro. É na escola que se combate os preconceitos”, afirmou Cardozo.

Jair Bolsonaro tenta se defender, na Corregedoria da Câmara, a acusações de racismo e preconceito contra homossexuais, por declarações concedidas a um programa de televisão em março.

Fonte Gay1

sábado, 23 de abril de 2011

Curta Metragem: Eu Não Quero Voltar Sozinho


Sinopse: A vida de Leonardo, um adolescente cego, muda completamente com a chegada de um novo aluno em sua escola. Ao mesmo tempo, ele tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.

Elenco:
Ghilherme Lobo, Tess Amorim, Fabio Audi

Roteiro e Direção:
Daniel Ribeiro

Produção Executiva :
Diana Almeida

Fotografia:
Pierre de Kerchove




Direção de Arte:
Olivia Helena Sanches

Montagem:
Cristian Chinen

Edição de Som:
Daniel Turini e Simone Alves

Trilha Sonora:
Tatá Aeroplano e Juliano Polimeno

Produção de Elenco:
Alice Wolfenson e Danilo Gambini

Versão completa

sábado, 15 de maio de 2010

Faces da Igreja Católica

Escola católica recusa matrícula de filho de lésbicas


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Uma escola católica em Massachusetts, nos Estados Unidos, se recusou a aceitar a matrícula de um garoto de 8 anos de idade, filho de um casal de lésbicas.
O aluno não foi aceito na instituição porque o relacionamento das duas mulheres "não condiz com o ensinamento da igreja".

A mãe do garoto, que não teve o nome revelado desabafou: “Estou acostumada com a discriminação na minha idade e com o fato de ser lésbica, mas não esperava que meu filho fosse também.

A direção da escola alegou que os professores não estavam preparados para responder às questões que eventualmente o menino iria enfrentar porque os ensinamentos da instituição sobre casamento entrariam em “conflito” com a visão de sua família.

Fonte: Cena G

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Escola LGBT e a crítica heteronormativa

Tenho recebido alguns e-mails, de pessoas muito preocupadas, e desocupadas também, com a nova, e a primeira do país, Escola LGBT.

Antes de continuar o que quero refletir neste poste, vamos apresentar a Escola, a matéria é retirada do site e-jovem:

A Escola Jovem LGBT, a primeira do gênero no país, abriu nesta quarta-feira (6/01) processo seletivo para seus primeiros cursos. O projeto, coordenado pelo GRUPO E-JOVEM, pretende formar em três anos jovens especialistas em Cultura LGBT.

“Cultura LGBT é a cultura que enfrenta a homofobia, essa cultura perversa que nega às pessoas LGBT mais de 70 direitos, como o de construir família e patrimônio, e estimula o assassinato e o suicídio de pessoas LGBT,” explica Deco Ribeiro, diretor da escola.

Em 2010, serão três os cursos oferecidos a partir de março: Expressão Artística – Dança, Expressão Cênica – WebTV e Expressão Gráfica – Criação de Fanzines. “Mas temos muitos professores que se ofereceram como voluntários, o que pode levar à abertura de mais cursos ainda este ano,” afirma a drag queen Lohren Beauty, presidente do GRUPO E-JOVEM.

Os cursos terão uma aula semanal, com turmas durante a semana ou aos sábados e duração de 10 meses. São totalmente gratuitos. Alunos entre 12 e 29 anos podem se inscrever em apenas um, dois ou em todos os três cursos. Quem morar fora de Campinas poderá ainda concorrer a uma bolsa de estudos para cobrir parcial ou integralmente os gastos com transporte e terá prioridade nas turmas de sábado.

COMO SE INSCREVER

Baixe e preencha a FICHA DE INSCRIÇÂO. Envie para escola@e-jovem.com, com o curso desejado no subject (assunto). As inscrições encerram-se em 22/01. Havendo mais inscritos que o número de vagas (60), ocorrerá um processo seletivo, em Campinas, no dia 31/01.

Para a taxa de inscrição, basta clicar no botão pagseguro e seguir as instruções. O valor da doação deve ser preenchido com o valor de R$10,00 (dez reais) - mas sinta-se à vontade para doar quanto quiser. O pagamento poderá ser feito por débito em conta ou por boleto. Sua matrícula só será válida após o pagamento.

CURSOS

Cultura LGBT: ANO 1

A Escola Jovem LGBT é um projeto de Expressão Cultural Multimídia que se divide em três áreas, a serem desenvolvidas e aprofundadas ao longo de três anos. São elas: Expressão Artística (Dança – ano 1, Música – ano 2 e Performance (Drag Queen) – ano 3), Expressão Cênica (WEB TV – ano 1, Teatro – ano 2, Cinema – ano 3) e Expressão Gráfica (Fanzine – ano 1, Revista – ano 2 e Livro – ano 3). O principal objetivo da Escola Jovem LGBT é oferecer ao jovem todas as ferramentas para que ele possa se expressar, conhecer a Cultura LGBT e produzir sua própria cultura.
Expressão Artística - Dança

Dança sempre foi sinônimo de liberdade. Da jovem Dança de Rua ao clássico Ballet, a dança é uma das expressões artísticas mais cultuadas pela juventude LGBT. No entanto, mais do que apenas nos jogar numa balada, precisamos compreender as características básicas que identificam cada estilo de dança e os tornam singulares.

O curso de Dança procurará oferecer ao aluno mais domínio sobre sua expresão corporal, promovendo sua auto-estima e tornando-o mais confiante para atuar no mundo, participando no processo de transformação da sociedade. Ao final do curso, será montado um espetáculo de dança que circulará pelo estado de SP.

Expressão Cênica - WebTV

Ter acesso à televisão sempre foi um privilégio para poucos. Em nossa sociedade machista e homofóbica, a cultura LGBT sempre foi ignorada ou ridicularizada na TV. Mas com o crescimento dos sites de vídeos na internet e o barateamento dos custos de gravação de imagens, adolescentes e jovens têm, hoje, livre acesso à realização de seus próprios programas.
Mas qual é o olhar do jovem LGBT? Como ele gostaria de se ver na TV? O curso de WebTV pretende oferecer as técnicas necessárias para tornar essa atividade uma ótima ferramenta de comunicação. Até o fim do ano, irão ao ar pelo menos 10 (dez) programas de TV totalmente produzidos pelos alunos.

Expressão Gráfica - Fanzine

Um fanzine ou zine é um informativo feito através de colagens, recortes, desenhos e textos, que pode ser escaneado ou xerocado. Geralmente é produzido por um grupo para divulgar notícias e atividades do interesse dessa comunidade. Para a juventude LGBT, os zines são formas simples e baratas de trocar informações com seus colegas e de expor seus pensamentos.

Com o curso de Criação de Fanzine, estaremos estimulando a leitura, a análise crítica e a expressão gráfica desses jovens, seja à mão livre, seja por meio da reinterpretação de revistas. Pelo menos 5 (cinco) edições de fanzines serão publicadas até o fim do ano, cada uma com 1.000 exemplares.

PROFESSORES HÁ VAGAS!

A Escola Jovem LGBT também abrirá nesta quarta-feira processo seletivo para educadores interessados em montar e aplicar os cursos. Cada educador trabalhará 6 horas por semana, em duas turmas (3h durante a semana e 3h aos sábados), durante 36 semanas.

Todos os cursos contarão ainda com a produção de material cultural (publicação dos fanzines, programas de WebTV e um espetáculo de dança) sob a supervisão do educador e gastos cobertos pelo GRUPO E-JOVEM.

As vagas são para 1 (um) a 3 (três) Professores de Dança, 2 (dois) Professores de WebTV e 1 (um) Professor de Expressão Gráfica. Haverá processo seletivo também para a contratação de 1 (um) Assessor de Imprensa e de Professores Voluntários que desejem oferecer cursos e/ou palestras gratuitas aos alunos da Escola Jovem LGBT.

Os currículos devem ser enviados para o e-mail professores@e-jovem.com até o dia 22/01, com o curso que deseja oferecer no subject (assunto) e um esboço do planejamento das aulas no corpo do e-mail. Os candidatos a Professor Voluntário podem indicar qualquer curso que for do seu interesse - todos serão analisados e poderão entrar em nossa grade.

Em 2008, incomodado com algumas críticas de alguns setores sociais, postei um artigo denominado Militância por que te incomodas? Na ocasião estávamos recebendo bastante desaprovação, por sermos militância lgbt, como algo nefasto, ou sem valor, ou ainda, como um efeito desnecessário, uma vez, que para alguns críticos, dentro do próprio seguimento, o que deveríamos fazer é, tão somente, algo próximo à inércia: ficarmos quietos! Como a crítica vinha de intelectuais, usei da filosofia, e do grande mestre Foucault, para as devidas considerações e possíveis respostas àquele engano sutil.

Bem, agora com a ESCOLA LGBT, Romanos 1, 22-27 está novamente em voga, por parte de alguns evangélicos, muito preocupados com os pênis e os ânus alheios, bem como o inferno. O que não me deixa esquecer que sempre com eles, e suas pregações de uma vida “certa”, “normal”, vêem aquelas ofertas simbólicas de R$ 900,00 (novecentos reais) para as bênçãos de prosperidades financeiras e manutenção de ministérios evangelísticos pelo Brasil: Inclusive a compra de aviões, por parte desses líderes evangélicos, em valores, também, simbólicos, de 12 milhões de dólares! Vale lembrar, aos nossos leitores estrangeiros, que o salário mínimo no Brasil é de R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais!).

Assim, é muito eficaz o texto de Romanos para nos apresentar, de fato, quem são aqueles que mudam a verdade de Deus em mentira, adorando a criatura ao invés do criador e recebem em seus próprios corpos a vergonha e a torpeza. Uma vez que, no texto, a homossexualidade não é tratada, e sim, a venda do ser, que se submete em uma relação de poder, contrária a natureza, submetendo-se à criatura, inflamando nesse desejo de poder, e se deixando dominar, como se esses seres detentores do poder divinos fossem.

O caráter deles é descrito nos versos 29, 30 6 31:

Estão cheios de todo o tipo de injustiça, perversidade (900 reais de um trabalhador que ganha um salário mínimo e tem seu desejo inflamado, na chance de ficar rico, e acredita na autoridade daquele que faz a promessa é perverso!), avidez e malícia (900 reais para Deus derramar a bênção da prosperidade é malicioso!), cheios de inveja, homicídio, rixas (aquele que pede 900 reais vive em rixas contra outros pastores), fraudes (900 reais! E Deus te prosperará!) e malvadezas; são difamadores, caluniadores, inimigos de Deus (amigos de Mamon!), insolentes, soberbos (aquele que pede 900 reais é um poço de humildade!), fanfarrões, engenhosos no mal,rebelde para com os pais, insensatos, desleais , gente sem CORAÇÃO E SEM MISERICÓRDIA.

Todo o discurso é construído, e o que anda incomodando muitos é que a homossexualidade, hoje, não é mais uma trepada de duas pessoas histriônicas, ou que vivem no anonimato com vergonha de assumirem aquilo que são, por conta de um discurso de heteronormatividade. Hoje ser gay é antes de tudo desejar sê-lo, assumindo-se em si mesmo toda a afetividade, e amizade, e construção de uma vida e estilo gay, sem a vergonha do diferente, ou a caricatura banalizada do histriônico. Ser gay é normal, é ser possível, viável! Essa viabilidade assusta uma sociedade sexista, homofóbica, historicamente, pela construção do discurso juaico-cristão, que agora começa a se desfacelar, jogando o homem (machista vitoriano), num labirinto eterno de medo, e da falta de identidade, uma vez que o feminino, em si, foi proibido como símbolo de fraqueza e submissão. Parabéns ao estado de São Paulo, à cidade de Campinas, à sociedade brasileira, por mais esse ganho, e ao Grupo E-JOVENS pela iniciativa e primazia em terras tupiniquins!
Ainda, recomendo o artigo como leitura nesse blog: MILITÂNCIA POR QUE TE INCOMODAS?