Lembro-me, sem muita nostalgia, dos gays se digladiando, na internet, para defender Dilma e a sua tão polêmica forma de querer ser tratada: PRESIDENTA. Ainda vejo, com dor no coração, o presidente da ALGBT, Toni Reis, em seus pronunciamentos, saudando Dilma presidenta, como respeito da forma em que ela escolheu ser chamada!
Tudo isso, num passado próximo, não distante, significava o apreço da comunidade gay por ela. Comunidade que, nas campanhas eleitorais, rompeu o silêncio e foi para militância política, nas fases mais delicadas da campanha, assumindo-a para si, como se a luta da Dilma fosse nossa guerra!
O embate foi duro, nos voltamos contra os CATÓLICOS E EVANGÉLICOS, que numa campanha sórdida, de injúrias, promoveu panfletos e os espalhou em todo território nacional dizendo ser então a nossa presidente uma mulher que iria MATAR CRIANCINHAS E ASSALTAR BANCOS! Panfletos que foram distribuídos, em plena visita, da então candidata, na Basílica de Aparecida do Norte.
Evangélicos usaram os púlpitos para proferirem que Dilma e todos ligados ao PT tinham pacto com o Diabo, e assim se deu as eleições para presidente no Brasil, quando Dilma foi candidata e injuriada!
Do outro lado, estavam os gays, combatendo, debatendo, brigando, pronunciando-se oficialmente, declarando o voto, o apoio. Usamos tudo que podíamos: blogs, jornalistas, advogados, opinião pública. Fizemos uma campanha intensa por e-mails, facebook, Orkut, MSN. A briga da Dilma era a nossa GUERRA!
Dilma foi eleita PRESIDENTE DO BRASIL, e ao mesmo tempo em que o STF nos presenteia com um avanço de se retirar do mundo jurídico o preconceito com as uniões homossexuais, Dilma, aquela por quem guerreamos, nos feriu profundamente, usando-nos como moeda de troca para “salvação” de seu ministro Palocci.
Sim, Dilma foi eleita PRESIDENTE, no que se refere ao bom uso da língua portuguesa, que não é culpa de ninguém, a não ser dos próprios políticos do Brasil, que não investem na educação dessa nação, que ela não saiba o uso técnico do termo.
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante...
Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante...
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, à pessoa que preside é “PRESIDENTE", e não "Presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino.
Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Assim, as campanhas municipais estão se aproximando, e penso seriamente em quem vamos apoiar. Afinal, se Dilma pôde mudar de lado, nós também podemos, e isso é uma opção presidente, homossexualidade não! Penso que o sujeito deva fazer o bom uso da língua, como ter em voga as discussões, no que se refere à sexualidade dos indivíduos, o uso político correto do termo.
Desta feita gostaria de MANIFESTAR CLARO APOIO à DIVERSIDADE TUCANA,no que se refere a investigação dos gastos públicos com o Kit Anti-homofobia na matéria que se segue:
Diversidade Tucana solicita à OAB que investigue suspensão do Kit Anti-Homofobia
O Diversidade Tucana - Núcleo de Diversidade Sexual do PSDB protocolou na tarde desta quinta-feira (26) uma solicitação ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que apure, junto ao Ministério Público Federal (MPF), a suspensão do kit elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) para o combate à discriminação homofóbica nas escolas.
No ofício, encaminhado com cópia para a Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da OAB, o Diversidade Tucana reforça a importância do material e da abordagem educativa sobre o respeito às diferenças e o combate a todo tipo de preconceito nas escolas públicas brasileiras. Para o grupo, há indícios de mau uso de dinheiro público na suspensão do uso do kit, cujo custo de elaboração foi de R$ 743 mil, e que fazia parte de um projeto de quase R$ 2 milhões.
Assinando o documento, os coordenadores do Diversidade Tucana municipal, Marcos Fernandes, e estadual, Wagner "Gui" Tronolone, consideram necessário que o Governo Federal se justifique. "A imprensa noticia que foi um acordo para evitar a convocação do ministro Palocci. Além de usar LGBTs como moeda de troca para obstruir uma investigação no Congresso Nacional, algo altamente imoral, implica jogar literalmente no lixo quase R$ 2 milhões em dinheiro público, e isso precisa ser averiguado", diz Fernandes.
Para Tronolone, a prática não é novidade. "Os LGBTs de São Paulo já viram esse filme, quando Marta Suplicy foi prefeita de São Paulo e também nos usou como moeda de troca na Câmara dos Vereadores e, em 2008, usou de expediente homofóbico para tentar vencer a eleição municipal. Mas a presidente Dilma foi mais longe ainda: gastou dinheiro público para elaborar um material e agora o usa em troca de voto no Congresso", diz. "Parece que o mensalão agora não é mais pago em dinheiro, e sim em apostilas e DVDs, e, indiretamente, em mais agressões e assassinatos de LGBTs", completa.
Íntegra do ofício disponível em: http://diversidadetucana.blogspot.com/2011/05/diversidade-tucana-solicita-oab-que.html
Diversidade Tucana - Núcleo de Diversidade Sexual do PSDB
www.diversidadetucana.com.br
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