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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Homofóbico não é gay enrustido




por João Marinho

Leio esta notícia e, para meu (não tão grande) espanto, vejo muita gente, inclusive gays e inclusive simpatizantes, regurgitando aquele discurso de "tá vendo? Todo homofóbico, no fundo, é gay enrustido".

Será?

Esse discurso de que "se é homofóbico é porque é gay e não se aceita" é bem perigoso, porque joga nas costas dos gays não apenas o fato de serem vítimas da homofobia, mas também de serem seus agentes.

Quer dizer, então, que se você é gay e é agredido por um jovem com uma lâmpada na avenida, é porque aquele jovem é gay também (e não se aceita)?

Quer dizer que se você beija seu namorado e é severamente agredido por quinze  membros de uma torcida organizada no metrô, esses 15 são gays também (e não se aceitam)?

Quer dizer que se você é um adolescente e morre pisoteado por outros adolescentes que praticam bullying porque você tem pais adotivos gays, é porque esses adolescentes agressores são gays também (e não se aceitam)?

Quer dizer que se você é um pai e beija seu filho para, em seguida, ter a orelha decepada por serem ambos confundidos com um casal gay, é porque os que a deceparam eram gays também (e não se aceitavam)?

Quer dizer que quando um pai e uma mãe evangélicos expulsam o filho gay de casa é porque esse pai e essa mãe são gays (e não se aceitam)?

Menos, por favor. Isso está incorreto.

A nossa sociedade, inteira, é que é homofóbica. A família, a escola, a religião, o Estado, as convenções sociais, os papéis de gênero, até as leis... Tudo é tradicionalmente construído de forma a se voltar contra a homossexualidade ou dizer que ela é indesejável.

Ora, é fácil ser homofóbico: basta seguir a maré. Difícil é não ser homofóbico, porque exige pensamento crítico, exige respeitar o outro em sua alteridade, questionar e repensar tudo que é ensinado desde a infância – e o curioso é que isso, essa dificuldade, pode ser assim mesmo para um gay.

Em suma, homofobia não tem nada a ver com enrustimento, com "não se aceitar". Poucas pessoas "nascem fora do armário" – e, se houvesse essa relação, então, praticamente todo gay, por convenção, seria homofóbico, porque esteve no armário algum dia e fatalmente passou por problemas de autoaceitação, pelos motivos que acabei de elencar.

Não, meus caros.

Homofobia tem a ver com cultura, porque esta é que aponta que a homossexualidade é indesejável – e, assim sendo, existem tanto homofóbicos gays quanto homofóbicos héteros. No entanto, sendo os héteros a maioria da sociedade, são também a maioria dos homofóbicos... Ou vamos defender e acreditar que "por estarem bem-resolvidos com o fato de gostarem do sexo oposto", só por isso, não têm preconceito algum e são todos anjinhos de candura?

Ao contrário do que diz esse discurso, a ciência não esposa isso, não. A psicanálise não esposa isso, não. Quem esposa essa ideia é o senso comum – e de forma bem acrítica, aliás.

Portanto, cuidado... Porque, na ânsia de apontar o dedo para o homofóbico proferindo esse discurso, você está, na verdade, retroalimentando a própria homofobia... Ou vai dizer que já ouviu ser comum casos de assassinos de gays que se uniram em matrimônio?

Isso sem falar do gosto amargo de, como todo homofóbico, apontar, nesse processo, a homossexualidade como um defeito, como uma anátema no outro. Ela nunca é. Mesmo que, infelizmente, seja parte da psique de dois assassinos.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Juntos, somos mais fortes


... E, então, eu ajudei uma trans

por João Marinho

 Aconteceu há alguns dias. Dezoito, para ser mais exato.

Eu estava postando um de meus artigos na comunidade LGBT Brasil, no Facebook, quando li um pedido de socorro. J., uma mulher bi do litoral paulista, procurou a comunidade para ajudar C., uma trans que sofria agressão severa por parte de sua "família" no interior de São Paulo. O motivo? Unicamente, ser trans. Coloco, inclusive, família entre aspas porque não acredito que a expressão se coadune com quem tem o mesmo sangue e faz esse tipo de coisa.

A situação era tão séria que C., segundo J., corria até mesmo risco de morte. Muitos se mobilizaram na comunidade, a maior parte com informações indicando o que C. podia fazer do ponto de vista legal, a começar com o registro de Boletim de Ocorrência.

No entanto, sabemos que as coisas não são tão simples assim. Evidentemente, buscar o poder público é importante e necessário, mas, quando a vítima se encontra em situação de vulnerabilidade, dependente e morando na mesma casa que o agressor, a situação se complica. Entendo eu, particularmente, que, antes de tudo, é preciso tirá-la daquela situação para que possa, então, exercer seus direitos e buscar a Justiça, se o desejar.

Foi o que fiz. Entrei em contato particular com J., que me passou todas as informações, e ajudei com uma determinada quantia em dinheiro, via transferência bancária, para pagar as passagens de C. do interior paulista para o litoral. Na ocasião, C. estava passando os dias na biblioteca e voltava para casa apenas à noite, a fim de evitar situações em que pudesse ser agredida.

Deu tudo certo. Hoje, recebi uma foto de J. mostrando ela, C. e um amigo bem, no litoral. Ela conseguiu acessar a transferência, pagar as duas passagens de que precisava – uma para Sorocaba e, de lá, outra para o litoral – e sair de sua cidade. Agora, Jully a está ajudando em sua nova casa, que já tinha conseguido para ela, e também deverá dar apoio na (re-)inserção profissional.

Não sei dizer se outras pessoas ajudaram, além de J. e de mim. Penso que sim e quero acreditar que sim (quem sabe mesmo a pessoa que forneceu o local onde C. agora mora?) – mas, de minha parte, fico feliz por ter contribuído e, quem sabe, mesmo ter ajudado a salvar a vida de uma trans.


Claro que foi uma coisa de alto risco. Deu certo porque J. é uma pessoa de bem, idônea... Mas uma situação muito similar poderia ser um golpe. No entanto, valeu a pena – uma demonstração de que juntos, nós, LGBTs, somos mais fortes.

Publico a história porque agora finalmente se inaugura um novo capítulo na vida de C. e também para estimular todos nós a que pensemos que somos uma tribo e devemos nos ajudar contra a homofobia. 


Mais importante: para deixar uma sugestão. Não seria demais se houvesse como instituir um fundo de caridade para ajudar lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade físico-psicológica, vítimas de violência? Poderia ser uma tremenda ferramenta para o movimento LGBT fazer – ainda mais – a diferença.

PS: preservo os nomes e as localidades por questões óbvias de segurança.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O trágico fim de um bispo homofóbico

O que representa a morte de Robinson Cavalcanti, bispo anglicano que se tornou um dos maiores adversários dos LGBTs.

Postado originalmente em Sex Boys Edição Online

por Márcio Retamero*

No último dia 26 de fevereiro, o bispo anglicano dissidente Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti e sua esposa, dona Miriam Cavalcanti, foram encontrados mortos em sua casa, na cidade de Olinda/PE. O casal foi assassinado a facadas pelo filho adotivo, Eduardo Olímpio Cavalcanti, 29 anos, dependente químico, que morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade.

O caso e os antecedentes

Depois de matar os pais, Eduardo tentou suicídio ingerindo veneno e dando facadas no próprio peito – mas, no Hospital da Restauração, no Recife, recebeu cuidados médicos e foi, em seguida, levado pela polícia. Ao delegado do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), confessou que o longo abandono dos seus pais e seu desprezo o levou a premeditar e cometer o crime.

Eduardo tinha sérios problemas nos EUA. Casado e pai de três filhos, envolvera-se com gangues e tráfico de drogas e estava em processo de deportação para o Brasil, quando resolveu voltar e pedir aos pais que se mudasse com sua família para a residência paterna em Olinda. Diante da recusa, cometeu o brutal derramamento de sangue que levou à morte um dos mais proeminentes clérigos do movimento evangélico no Brasil.

Robinson Cavalcanti era, além de teólogo, cientista político e professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Foi coordenador do Departamento de Ciências Sociais da UFPE e professor conferencista-visitante na Universidade do Alabama, em Birmingham. Durante as duas campanhas presidenciais de 1989 e 1994, foi coordenador político no Nordeste a favor do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

As informações acima aparentemente mostram um “homem do nosso tempo”, um intelectual comprometido com as causas sociais e a justiça social e – podemos dizer –, durante certo tempo, realmente foi.

Sagrado bispo pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), comandou a Diocese Anglicana do Recife entre 1997 e 2005, quando dela foi desligado por não aceitar as determinações que a IEAB aceitou da Igreja Episcopal Anglicana dos EUA em relação à aceitação e ordenação de homossexuais ao clero da igreja e à aceitação de membros leigos, dentre outras coisas.

A partir deste ponto, D. Robinson, antes um pastor considerado, por muitos, um homem avançado em suas ideias e um homem de esquerda tomou o rumo contrário: criou a dissidente Igreja Anglicana - Diocese do Recife; pleiteou, na Justiça comum, várias causas contra sua ex-igreja; e lutou o quanto pôde contra o que ele chamava de “liberalismo teológico na igreja” – logo ele, que, em anos não muito distantes, chegou a afirmar, em um de seus livros, que a monogamia heterossexual não era “bíblica” – o bispo cometeu adultério e teve um descendente fora do casamento.

Dissidência e homofobia

A brigas judiciais de Cavalcanti com a IEAB e contra um outro bispo que lhe tomou a antiga catedral anglicana do Recife são documentos públicos que todos e todas podem consultar. Amigos que tenho na IEAB falam de um Robinson Cavalcanti extremamente vaidoso, amante do dinheiro e da fama, além de um vilão. “Cabra-macho nordestino arretado”, jamais engolia uma derrota ou uma contrariedade...

Na sua dissidência com a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, uniu-se aos insatisfeitos anglicanos norte-americanos e africanos por conta da aceitação de homossexuais no clero alto e baixo da Comunhão Anglicana. Com sua ajuda, foi formada uma rede que chamo de “ramo dissidente anglicano e fundamentalista”, a GAFCON (Global Anglican Future Conference).

Desde 2005, D. Robinson dizia aos quatro ventos, por onde passava, que o cristianismo deveria voltar aos “fundamentos da fé evangélica cristã”, ou seja, ao fundamentalismo religioso. Usava como desculpa de sua expulsão e desligamento da IEAB a questão homossexual e tornou-se um dos líderes evangélicos mais homofóbicos dos nossos tempos.

Escreveu inúmeros artigos na revista Ultimato, evangélica e tradicional, rechaçando a presença e a ordenação de homossexuais ao clero anglicano ou a qualquer denominação evangélica. Dos púlpitos que ocupava de norte a sul do País, pregava com eloquência a respeito do “homossexualismo” (sic) e do que chamava de “projeto de poder do movimento homossexual organizado”, supostamente orquestrado no Brasil.

A Bíblia contém, no Novo Testamento, para não citar o Antigo Testamento, duas advertências para aqueles cristãos que disseminam no mundo sementes que frutificam em atos concretos de violência: na prisão de Jesus, Pedro toma da espada que consigo trazia e corta a orelha de um dos soldados. Jesus disse a Pedro, na ocasião, conforme o relato do Evangelho: "Pedro, guarda a tua espada, porque aqueles que lutam com a espada pela espada morrerão" – e curou a orelha do soldado. Noutra passagem, o apóstolo Paulo adverte na Carta aos Gálatas: "tudo que o ser humano semear, isso ceifará".

D. Edward Robinson de Barros Cavalcanti disseminou muitas sementes de violência no solo do Brasil com seu discurso homofóbico travestido de "piedade cristã". Aquele tipo de discurso velho, batido, já muito conhecido pelos LGBTs: "temos de amar o pecador, mas abominar o pecado".

Ao pregar e escrever artigos homofóbicos, D. Robinson, que era um intelectual considerado e aplaudido, sabia que estava semeando sementes de ódio e violência, pois o discurso religioso é performativo, ou seja, exige do fiel uma tomada de posição que gere ação.

Quantos pais não expulsaram de casas seus filhos por serem homossexuais após ouvirem ou lerem um artigo do bispo anglicano? Quantas famílias não foram atingidas por conta desse discurso religioso que exige ação concreta? Quantos LGBTs não levaram uma surra de seus pais, convictos de que estavam fazendo o "bem" para seus filhos? Quantos LGBTs não se sentiram ofendidos e até mesmo mortos em sua existência (porque a palavra que faz viver também faz morrer)? Quanto de sangue homossexual não havia nas mãos do bispo Robinson?

Todo homofóbico religioso, fundamentalista cristão, deveria saber – creio que, na verdade, sabem – que seus discursos e textos contra homens e mulheres homossexuais e bissexuais, contra travestis e transexuais, desembocam em ações concretas, violentas, na sociedade. Portanto, ainda que de forma indireta, matam e fazem matar, sujando suas mãos com o sangue homossexual.

E nós com a morte?

Sou um pastor e um teólogo comprometido com a inclusão de LGBTs na comunidade da fé cristã e comprometido na luta por toda e qualquer injustiça social, preconceito e discriminação. Atualmente, pastoreio duas igrejas – a Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo e a Igreja da Comunidade Metropolitana Betel do Rio de Janeiro. Escrevo artigos e ministro palestras de norte a sul deste País, promovendo a inclusão contra a qual D. Robinson tanto lutava.

Estávamos em lados opostos e, nos últimos anos, tive a oportunidade de estar ao lado dele por três vezes e, em nenhuma delas, tivemos a oportunidade de falar sobre homofobia e fundamentalismo religioso, porque não havia clima nem privacidade. Tenho de ser honesto que ele era um homem agradável em público, sorridente, mas sempre me parecendo fazer um esforço tremendo para ser simpático.

Sou contra todo tipo de violência, luto pela dignidade e pelo valor da pessoa humana. Abomino assassinatos, sejam de heterossexuais, sejam de homossexuais. Escrevo e luto defendendo a justiça social e denuncio – do púlpito e nos textos – a homofobia religiosa e social, o machismo, o patriarcalismo, a misoginia, o preconceito de gênero, a fome dos miseráveis e todos os outros que se enquadram na rubrica "marginais/excluídos".

Todavia, sendo bem sincero, não lamento a morte e o desaparecimento de D. Robinson. É mais uma voz homofóbica que se calou e isso, do lado de cá da minha luta, não é algo que eu deva lamentar.

Lamento, sim, a fatalidade, o contexto, a tragédia que se abateu sobre sua casa. Vejo, no triste acontecimento, a realização das advertências evangélicas acima citadas: o que luta pela espada, por esta morrerá; o que semeia, seja lá qual tipo de semente, há de colher o que semeou.

D. Robinson, com sua verborragia e escritos, semeou muita coisa ruim que desembocou em atitudes de violência e terror homofóbico, principalmente em sua área de atuação, o Nordeste do Brasil – e espero e desejo que outros líderes homofóbicos evangélicos de vertentes fundamentalistas vejam nessa tragédia um exemplo pedagógico e aprendam e desistam dessa luta insana contra as pessoas LGBTs. Espero que aprendam e que usem de seu poder para promoverem o Estado laico, a democracia e os direitos iguais para todos os cidadãos brasileiros, sendo esses LGBTs ou não.

* Márcio Retamero, 38 anos, é teólogo, historiador, mestre em História Moderna pela UFF/Niterói. É pastor da Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo e da Comunidade Betel/ICM RJ. É autor dos livos O Banquete dos Excluídos, Pode a Bíblia Incluir? e Crônicas de um Pastor Gay e lançará, na Semana Santa em SP, Você tem fome de quê? – todos publicados pela Metanoia Editora.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

É o filho de Robinson Cavalcanti um monstro?



Todos os dias e, invariavelmente, a Rede Bandeirantes leva em suas ondas de transmissão, para todo o Brasil, o programa Brasil Urgente. Todos os dias e, invariavelmente, seu âncora, José Luís Datena, tem a função de fazer aumentar a audiência dessa emissora com o sensacionalismo colhido do fruto da desgraça alheia.

Acontece que Datena é oportunista em explorar o senso comum, na verdade, em explorar uma irracionalidade comum: o criminoso é o outro! E o outro, em questão, sempre vem a ser: os grupos taxados como criminosos; as pessoas de baixa renda, os FILHOS ADOTIVOS, o homossexual, enfim, todos que carregam, na esfera do sub, suas identidades de cidadãos de segunda categoria.

Aqui, em particular, há um corte paradoxal, afinal, muito da audiência dada ao Brasil Urgente vem da população de baixa renda, fato esse que se explica pelo apelo religioso que o apresentador usa: “somos pessoas do bem, e pessoas do bem têm Jesus no coração! Quem mata e comete crimes não tem Deus, não acredita em Deus, pois quem acredita em Deus não mata não comete crimes”.  Isso, inclusive, rendeu um processo contra a Bandeirantes, por grupos de ateus, que tiveram o direito de resposta garantido.

Esses dizeres trazem o que a sociedade pensa como um todo, mas, que Datena transforma em um mantra, que é acompanhado pelo telespectador como algo honroso, que o diferencia dos demais, que o coloca dentre aqueles de honra e caráter ilibados. Assim, há uma hipnose,  em que esse cidadão de baixa renda é levado a acreditar que ele está jogando do lado do bem, no apoio de seu justiceiro: o Datena, contra o marginal, delinquente, que tem leis frouxas de um legislativo frouxo.  Ou seja, o próprio cidadão de baixa renda compra um discurso de elite, que na teia social, o classifica como um potencial criminoso sem lei.

Na verdade, crime bárbaro é aquele que acontece nas classes mais abastadas; o caso Nardoni, emocionou o país, veio da classe média alta, enquanto, na mesma época, crianças morriam pelas mãos de seus próprios pais, em lugares mais afastados do Brasil, e ninguém se emocionou, ou sequer deu conta do feito.

O que acontece, e isso é muito próprio, é que programas como o Brasil Urgente, não têm a missão de informar, ou prestar serviço público algum. Tais programas apenas exploram a desgraça alheia e transformam seus produtores e âncoras em milionários, enquanto o povo padece.  Enquanto mais desgraça melhor! Assim sendo, nunca se ouvirá, nesses programas, que a marginalidade, em contrassenso, não é um desvio praticado por uma minoria restrita, não são as pessoas do mal que delinquem, mas  tal comportamento é largo em toda a sociedade, atinge a maioria de seus membros.

A sociedade elegeu um grupo criminoso, e ele, CIDADÃO DO BEM, acha que não está enquadrado no grupo criminalizável de seu país, sequer abre a legislação penal para verificar sua conduta, pois, independente dela ser crime ou não, ele não faz parte do labbing approach, criminoso é o outro! Como também as políticas de segurança públicas sempre são destinadas a um grupo, o de classe mais baixa, e sempre nela a culpa é do armamento desse sujeito, nunca é da corrupção social e de seu aparelho repressor, nunca a culpa é do cidadão do bem e de seus honoráveis representantes.

Considerado o que foi introduzido em primeira análise, uma pergunta tem que ser feita: Será que o filho de Robinson Cavalcanti é um monstro, cruel, assassino?

Óbvio, que para a maioria das pessoas ele o é! E contra fatos não há argumentos, ele praticou dois homicídios, qualificados, contra seus próprios pais ADOTIVOS, o rapaz está dentro de um grupo  que, de per si, assume a desgraça alheia e o opróbrio da existência. Era ele drogado, outro grupo criminalizável, e se voltou contra um homem de bem, um bispo, um cidadão honrável, que tinha Deus no coração. E, a ademais, nada justifica um homicídio, certo?

Errado! Alguns fatores justificam, sim, um homicídio, a legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do dever legal; outros fatores  minoram a culpabilidade, retiram dela aquela reprovação inicial, reduzindo, inclusive, a pena, ou seja, não exclui a ilicitude no todo, mas há que se levar em conta, pois o homicida, em questão, não é tão monstro, tão cruel, tão execrável, nesse caso há que considerar os casos em que o agente comete o fato típico impelido por motivo de relevante valor social ou moral, OU SOB DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, ainda sob INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA.

Robinson Cavalcanti era moralista, para sociedade, em geral, é simples culpar o filho adotivo, afinal, o adotado já é símbolo de todos os males dentro de um lar... E, esquece-se, essa mesma sociedade, que filhos biológicos cometem os mesmos crimes, e por motivos sórdidos, como disputa por herança, parcialidades no lar, dentre outros, quem não se lembra de Suzane Louise Von Richthofen,  que matou os pais com a ajuda do namorado, e não demonstrou nenhum remorso, até hoje, e nem quis se matar no instante seguinte.  Assim, é melhor, então, acusá-lo de drogado ingrato, nunca na mente social a culpa será do cidadão de bem honrado, mesmo o código penal tratando da INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA, mesmo o código penal tratando da VIOLENTA EMOÇÃO.

Robinson Cavalcanti se tornou obsecado pela moral exacerbada, sua ruptura com a Igreja Evangélica Anglicana do Brasil, condenando-a como igreja de permissividade, igreja de imoralidade, porta-nos para um olhar mais cauteloso sobre como Robinson conduziu seu próprio filho ao mundo das drogas. O mesmo desamor que ele apregoou contra os homossexuais, intentando em verdadeira caça as bruxas dentro da IEAB, ele, certamente, reproduziu sob seu filho, sob os erros de seu filho... Nunca vi um moralista tolerar o erro alheio... Quanto mais quando esse erro é fruto de uma genética que não condiz com a genética do adotante...  Fico imaginando o bullying sofrido por esse rapaz; bullying que machuca a alma, que tortura o espírito, que reduz  a moral ao destroço mais vil e cruel, jogando a autoestima no chão, ao pó, conduzindo pessoas à loucura, à insanidade, no sentimento sôfrego do olhar para si mesmo e se encontrar como alguém digno de algo, de alguma coisa.  

A frieza, distância, a reprovação, o nojo, a cobrança humilhante, o favor que é jogado na face conduzem o lar a desarmonia, ao desequilíbrio... O comportamento desviante do filho de Robinson não é exclusivo do desviado, há uma propulsão, um incentivo, um caminho que o conduziu a isso: a OMISSÃO DO AMOR, em favor de uma cobrança severa, de uma moral cristã austera.

O rapaz que matou o seu pai, naquela trágica noite, talvez só fizesse um pedido: por favor, não me julgue com tanto ódio e condenação. Um pedido negado, quem sabe? Fazendo nascer toda retribuição que, no momento da emoção a flor da pele, cumpre o papel que o desamor de anos buscou: a morte! A falta de amor mata! E, ao final, aquele que desejou ardentemente um pouco mais de atenção, de carinho e compreensão, e sempre foi negado, busca, então, sua própria punição: EU MATEI MEUS PAIS, O QUE EU FIZ? EU MEREÇO MORRER! E, nessa doença que a moral severa plantou naquelas vidas, o filho adotivo, que amou, que odiou, que buscou a atenção, agora se pune, querendo ceifar também sua vida indigna, marcada para o resto dos seus dias, pois seu último intento falhou,o destino com ele foi trágico, ele não conseguiu se punir! Eis os frutos da MORAL CRISTÃ!

E a despeito de ensinamento bíblico: “não julgueis para não serdes julgados”, tenho que perguntar: por que a "monstruosidade" do filho pode ser julgada e a do pai moralista, homofóbico, intolerante, não? Por que de uma hora para outra ele pode virar santo e aquele que foi atormentado, conduzido ao opróbrio tem que pagar por todos os erros do mundo?

O que Robinson pregou e disseminou não está em juízo? 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Devo chorar a morte de RobinsonCavalcanti?


Robinson Cavalcanti é morto, e eu com isso?



É inegável: não dá para ficar neutro frente essa notícia. Ontem, quando abri meus e-mails, lá estava: “Renato, olha o site aqui, mataram Robinson Cavalcanti!”. Estranheza, eu confesso ter sentido e, logo, fui verificar as informações...

Não consegui sentir pena de Robinson Cavalcanti, não consegui me comover com sua morte, nem, tampouco, lamentá-la por um segundo sequer! Embora considere trágicos os fatos, e como humanista, nunca desejo tal destino a quem for, ainda sim, não lamento; não sinto; não me compadeço!

RobinsonCavalcanti, durante sua vida, empenhou-se numa INQUISIÇÃO voraz contra os gays, e a despeito de sua morte, tão violenta, e paradoxal, esse bispo incentivou, com seu discurso raivoso, o preconceito e o extermínio de milhares de gays nordestinos e brasileiros, como um todo.  E, não é sem razão, que o mesmo bispo é lembrado entre aqueles que lamentam sofregamente sua morte, como viúvas eternas de uma tragédia anunciada (afinal quem colhe vento, semeia tempestade, quem prega o ódio e o desamor, colhe violência e guerra) como: “aquela voz firme contra a avalanche do movimento gay hedonista!” (nota do Reverendo Digão, comentando o trágico). Ou ainda, o defensor da ORTODOXIA  da igreja...

 Também, é lembrado, no passado, por seu envolvimento com a Fraternidade Teológica Latino-Americana, com o Congresso de Lausane, em que, rendeu-lhe  à imagem de um homem que lutava pelo social, pelos mais fracos e pobres, um quase São Francisco de Assis... Entretanto, ele morava em uma casa confortável em Olinda, e manteve, por anos, seus filhos, confortavelmente, nos EUA. Interessante, que sempre entre essas histórias de se defender os pobres, algo contra a miséria e a exclusão, as pessoas que saem na defesa dos deserdados da sorte, enriquecem-se enquanto os pobres continuam pobres!

O problema desse religioso é o problema da maioria dos religiosos: sede de poder! E foi por conta dessa sede, que ele foi EXCOMUNGADO DA COMUNHÃO DA IEAB (Igreja Evangélica Anglicana do Brasil), mas ele não poderia confirmar isso e, logo, tacou no colo do movimento LGBT a conta por sua exclusão! À época, entretanto, não foi o que alegou a sentença prolatada do tribunal eclesiástico, que considerou sua culpa por comportamento destrutivo, difamatório e porfioso :

"Tendo em vista os fatos, e que o Tribunal Superior Eclesiástico, por unanimidade de seus membros, reconhece a culpabilidade do Bispo Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti, o Bispo Primaz decreta, na forma do Capítulo IV, Cânon 4, Artigo 1º, alínea D, dos Cânones Gerais da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a sua deposição do exercício do ministério ordenado desta Igreja. Em decorrência do que cessam todos os seus vínculos canônicos, sacramentais, pastorais e litúrgicos, bem assim com seus direitos, prerrogativas e deveres do ministério ordenado da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.”.

RobinsonCavalcanti vinha querendo derrubar o bispo primaz da comunhão anglicana do Brasil de suas funções e, assim, assumi-la, por diversas vezes intentou contra o bispo primaz e difamou a IEAB em mídia nacional, quando recebeu a excomunhão, ele (Robinson Cavalcanti) quis se fazer de vítima, dizendo estar a sofrer perseguições por ser contra a causa gay, o que o próprio Bispo da diocese do Rio de Janeiro, Revmo. Filadelfo Oliveira Neto denunciou:

Afirmar que a saída de Robinson Cavalcanti foi por causa da sagração do bispo homossexual, é sem dúvida querer esconder os verdadeiros motivos, basta observar as acusações pelas quais ele foi julgado no tribunal eclesiástico da IEAB e perceber que os motivos foram disciplinares. Embora a imagem de conflito e de perseguição tenha sido amplamente divulgada, não corresponde à realidade. Existem clérigos e leigos de tendência evangélica em toda a Província (entenda-se contra os gays), nem por isso estão sendo perseguidos. Quanto à sagração de bispos gays, em momento algum concordei com o que aconteceu, nem por isso fui discriminado ou sofri qualquer tipo de retaliação na IEAB, afinal, o pensar diferente não é razão para que alguém seja excluído, é possível manter o diálogo mesmo tendo ideias contrárias. Mesmo antes da instalação do processo eclesiástico, ele já vinha expondo a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, basta observar muitos dos textos que eram amplamente divulgados. Neles a IEAB era qualificada com uma igreja apóstata que pregava práticas anti-bíblicas e conseguintemente havia se desviado da fé. Creio que quando um líder da Igreja se insurge contra ela desta maneira, já tornou sua imagem bastante negativa”.

Robinson Cavalcanti era um doente oportunista, homofóbico, intolerante. Da época do julgamento das uniões estáveis homossexuais no STF, esse bispo foi incentivar a UNIÃO DA BANCADA EVANGÉLICA POR UMA AGENDA DE COMBATE GAY NO CONGRESSO NACIONAL, sendo que ele mesmo admitiu esse fato em uma entrevista concedida ao site Exibir Gospel:

Exibir Gospel: O fato de o casamento gay constar na pauta política nacional faz essa tensão se manter?

Dom Robinson - Sim. Por exemplo, em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) estendeu aos homossexuais o instituto das uniões estáveis. O bispo primaz da IEAB foi o único líder evangélico que saudou a resolução do STF. Enquanto isso, nós da Diocese do Recife fomos a público lamentar a decisão. Entendemos que houve uma extrapolação do Poder Judiciário, mais um choque entre o Estado e a Nação, que foi agredida nos seus valores e na sua história. No Brasil, o Poder Legislativo é o que menos legisla, o que na prática é feito pelo Poder Executivo, por meio de Medidas Provisórias, e pelo Poder Judiciário, por meio das suas interpretações questionáveis. Eu entendo que houve a legalização da imoralidade.

Quando da decisão do STF, em 05 de maio de 2011, ele declarou: 

“Tivemos representantes da Igreja Católica da CNBB e embora você tenha uma Aliança Evangélica em formação, você não tinha uma voz evangélica no tribunal,” disse ele ao The Christian Post nesta segunda-feira.

Agora, a questão é simples, frente a tudo isso exposto, eu devo questionar: Mataram Saddam Hussein  e o mundo sorriu e se alegrou, mataram Osama Bin Laden e o mundo sorriu, fez festa, alegrou-se, por que eu tenho que chorar, então, a morte de RobinsonCavalcanti? Bispo que afirmou: “os homossexuais são DOENTES! “. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

bispo Robinson Cavalcanti, contrário aos gays, é assassinado





Uma tragédia familiar em Pernambuco. Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, 29 anos, é acusado de matar seus pais adotivos a facadas na casa onde moravam, na Rua Barão de São Borja, no bairro dos Bultrins, em Olinda, Grande Recife, nesse domingo (26). Depois dos crimes, tomou veneno.


O pai, Edward Robinson de Barros Cavalcanti, 68, faleceu na hora. Ele era bispo diocesano da Igreja Episcopal Anglicana.

Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e com licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Católica de Pernambuco, Robinson Cavalcanti assumiu, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), vários cargos altos - foi coordenador de graduação, de pós-graduação e de mestrado, chefe de Departamento, além de diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE. 

Também atuou nas campanhas presidenciais de Lula, de 1989 e 1994, e também foi candidato a vice-prefeito de Olinda (1996). A mãe, Miriam Nunes Machado Cotias Cavalcanti, 64, chegou a ser socorrida no Hospital Tricentenário, também em Olinda. Ela era professora aposentada.



Os vizinhos informaram que o acusado parecia ter consumido uma grande quantidade de drogas e teria ameaçado matar também as duas irmãs adotivas. Umas delas o teria visto diante de casa amolando a faca peixeira supostamente usada nos assassinatos.
Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti havia chegado há três dias dos Estados Unidos, onde já teria sido preso por tráfico de drogas. Ele está internado sob custódia policial no Hospital da Restauração, na área central do Recife. Além do veneno, ele havia desferido contra si alguns golpes de faca.



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ROBINSON CAVALCANTI ERA CONTRA OS DIREITOS CIVIS HOMOSSEXUAIS
Depois da aprovação da legalização da união civil entre gays no Brasil, o Bispo Edward Robinson de Barros Cavalcanti lamentou que “não houve uma voz evangélica no Tribunal,” denunciando ainda que grande parte das Igrejas Evangélicas não se pronunciam sobre o assunto.

“Tivemos representantes da Igreja Católica da CNBB e embora você tenha uma Aliança Evangélica em formação, você não tinha uma voz evangélica no tribunal,” disse ele ao The Christian Post nesta segunda-feira.
O problema, ele apontou, foi que se no passado, algumas Igrejas consideravam os delitos sexuais mais graves do que os outros, “hoje o homossexualismo quer sair da lista de qualquer pecado.”

Segundo o bispo da Igreja Anglicana do Cone Sul da América, teólogo reconhecido, a grande parte das Igrejas Evangélicas no Brasil, não se pronunciam, “não só sobre o homossexualismo, mas sobre a sexualidade em geral.”

“A Igreja nem no campo legal, nem no campo teológico e nem no campo pastoral, tem feito algo de muita envergadura.”

E enfatizou que “uma crescente quantidade de pastores de Igrejas históricas, até conservadoras, de uma geração mais jovem, começam a não mais condenar o homosexualismo, e a ter uma postura relativista.”
“E tão nefasta quanto a intolerância, é a tolerância,” expressou o bispo.

Segundo ele, “A teologia rerformada diz que a pecaminosidade é o estado geral da queda, que o Calvin chama de depravação total, todas as áreas foram atingidas, não mais e não menos.”

Mas relembrou que “todas as áreas também são atingidas pelo amor, transformador e libertador de Cristo.”
Cavalcanti revelou que tem sido discriminado por pastores até conservadores, como homofóbico, “porque eu continuo a dizer que o homossexualismo é um dos pecados.”

Ele chamou atenção para o fato de que “no momento a sociedade está promovendo uma agenda homossexual e que a Igreja tem que, por um lado, estar consciente do que está acontecento, ter uma atitude amorosa pelo coração de Cristo, mas ao mesmo tempo ser firme em afirmar os valores morais da palavra de Deus, e possibilidade de transformação pelo poder do Espírito Santo.”

Como um pedido para que as Igrejas refletissem, ele escreveu dois livros na década de 70 para falar do assunto da homossexualidade, “Uma Benção Chamada Sexo” e “Libertação e Sexualidade.” Entretanto, ele constatou que a maioria era ausente de maneira geral com relação ao tema e “outras numa linha mais neopentecostal, trabalham numa só dimensão de opressão espiritual – de tirar maus espíritos ou encostos.”

Há poucas pessoas trabalhando unindo o espiritual e o científico, afirmou ele. Ele citou psicólogo cristão Carlos Tadeu Grzybowski, que trabalha com a questão homossexual e é autor do livro “Macho e Fêmea os criou.” Entretanto, o bispo denunciou que os piscólogos que trabalham com isso, tem sido perseguidos e o Conselho Federal de Psicologia do Brasil tem tentado cassar a licença de qualquer psicologo cristão. Além disso, aqueles que tem a possibilidade de atender tem que ajudá-lo [o homossexual] a continuar a ser gay e não ajudá-lo a sair [da homossexualidade].

Em seu artigo recente “Brasil: Justiça Legaliza Imoralidade,” Cavalcanti escreveu com lamentos que “a imoralidade do homosexualismo – nítido desvio de conduta e enfermidade emocional e espiritual (…), recebeu o manto da legalidade, como o objetivo de reforçar a sua legimidade.

“A imoralidade foi legalizada. O pecado foi legalizado.”

“O Brasil está de luto.”

Onde ele afirma também que, “O próximo passo será a criminalização dos heterossexuais que não admitem a normalidade do homossexualismo, o atentado à liberdade de expressão e da liberdade de religião, com a PLC 122, ora no Senado da República.”

Para Cavalcanti a mídia já vinha, há muito tempo, “manipulando a opinião pública, em uma autêntica lavagem cerebral, para quebrar as resistências, e ‘reeducar’ a nação.”

Mas ele acredita que os “cidadãos brasileiros de convicções morais baseadas nos valores da fé revelada e nos valores sempre afirmados por nossa pátria continuarão, com convicção e coragem, a expressar a sua mais veemente condenação a esse momento lamentável, que deslustrou a mais alta corte de justiça do País.”
“Ache o aparelho do Estado o que achar, decida o que decidir, nossas Igrejas continuarão a afirmar que Deus criou uma humanidade de machos e fêmeas, que ordenou que o homem se unisse à mulher, e que condena vigorosamente a sodomia.”

Fonte Radio Jornal e Samuel Júnior

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Homossexual é espancado em Brasília por 4 rapazes

GOSTARIA DE SABER COMO O GOVERNO FEDERAL, DA PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF, QUE BARROU O KIT ANTI-HOMOFOBIA VAI EXPLICAR ISSO, NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES!




O autônomo Walison Reis foi roubado eespancado por ser homossexual,Samambaia Sul, em Brasília.

Segundo o jovem, quatro rapazes roubaram vários objetos da casa dele e o agrediram dizendo que naquele bairro não era permitido ser gay. Walison levou sete pontos na cabeça e ficou com vários ferimentos pelo corpo.

Os criminosos foram identificados,prestaram depoimento à polícia e serão indiciados por lesão corporal e dano ao patrimônio, mas vão ficar em liberdade.

Dilma cadê o kit anti-homofobia? O nosso povo está SANGRANDO, PRESIDENTE! 

Fonte: Cena G

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Brasil, um país de todos?


Menos dos homossexuais, que estão indo para o Canadá!
Enquanto o governo da presidente Dilma , que não é muito versada nas regras gramaticais da língua portuguesa e, insiste em ser chamada de presidenta, isso se deve ao fato que quando estudante, ninguém disse para ela que não existe ESTUDANTA ( aliás, na atual conjuntura, penso que o sufixo ANTA casa bem com nossa presidente! ). Engrossa a agressão contra os homossexuais e vertiginosamente incentiva o derramamento de sangue pelo Brasil, o governo do Distrito Federal coloca casal gay em campanha de camisinha:

Enquanto o Governo Federal  veta a campanha voltada ao público gay para o uso de preservativos durante o carnaval, o Governo do Distrito Federal colocou um casal gay em meio a tantos outros em sua campanha.
No vídeo, aparecem vários tipos de casais: mais experientes, mais recentes, magrinhos, “pequenininho”, “grandão” e “fortão”, este último formado por dois homens que conversam e dão risada em clima de intimidade sem problema algum em meio ao pagode que rola no vídeo.

A mensagem final diz que “Nesse carnaval, seja qual for o seu parceiro, use camisinha!”.





O fato é que a política de Dilma, a presidenta com sufixo ANTA, vem paulatinamente desagradando a comunidade LGBT, e quem em resposta, ativistas em Brasília vão protestar contra o veto da propaganda gay do ministério da saúde:


Os ativistas do grupo Estruturação convidam LGBTs e simpatizantes para protesto na porta do Ministério da Saúde contra o veto à propaganda gay que seria veiculada durante o carnaval.

O ato vai ocorrer na quarta-feira (15) a partir das 17h. Serão distribuídos panfletos aos transeuntes e agitadas bandeiras do arco-íris e cartazes contra a medida.

Para o presidente do Estruturação, Michel Platini, “é inaceitável o mesmo ministério que reconhece o fato de a epidemia de AIDS dentre gays ser alta tirar do ar uma propaganda que contribuiria para diminuir os casos de transmissão. Nada explica tal ação, a não ser um conservadorismo moral que não combina com uma democracia e com o bem da saúde pública.”

Informações pelo telefone 61 8141-3113 ou pelo e-mail estruturacao@estruturacao.org.br

E enquanto nossa presidente, que prefere o sufixo ANTA, está no Brasil das maravilhas, no Pará, gay é espancado e enterrado vivo :

Um homossexual foi espancado e enterrado vivo à beira de uma estrada nas proximidades de Altamira, no oeste do Pará, mas conseguiu sobreviver.

A polícia acredita que se trate de um caso de roubo com tentativa de homicídio, mas o movimento LGBT da região diz que o crime tem relação com homofobia.

Ainda segunda as investigações, um dos acusados pelo crime mantinha um relacionamento com a vítima.
Anízio Uchôa, 50, professor de uma escola municipal, foi amordaçado em sua casa e teve bens roubados. Em seguida, foi levado a uma estrada vicinal, onde foi espancado e enterrado em uma vala.

De acordo com a polícia, o crime foi cometido por Jefferson Mello, 21, que mantinha um relacionamento com o professor, e por Thaisson de Souza, 23. Eles foram detidos no mesmo dia e confessaram o crime.
Acredita-se que o crime tenha sido cometido porque Jefferson não queria que ninguém soubesse do relacionamento com entre eles.

Com informações do site Cena G

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Gays pensam mais em suicídio do que os heteros



Na França, 12,5% dos gays já pensaram em suicídio. Dentre bissexuais masculinos, o número é 10,1%.
 
A taxa dentre a população masculinaheterossexual é de 3,2%. Portanto, os números são até quatro vezes superioresdentre gays e bissexuais!
 
A gravidade da situação é a mesma no caso das mulheres. Dentre lésbicas, o número é10,8%; dentre as bissexuais10,2%. Dentre heterossexuais femininas o índice é de 4,9%.
 
Os dados foram fornecidos pelo governo federal francês.


Fonte Cena G

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MG: Psicopata mata homossexual e confessa mais 4 assassinatos

Após matar homossexual, jovem com perfil psicopata revela outros 4 assassinatos em MGNascido na capital mineira e radicado no interior do Rio de Janeiro, rapaz de 23 anos foi preso após matar de modo cruel um homossexual em Volta Redonda e admitiu ter matado mais quatro pessoas em Minas



Publicação: 01/12/2011 21:42 Atualização: 01/12/2011 22:23
O esclarecimento de um crime ocorrido no município de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, levou a polícia a identificar um suposto psicopata, que já teria assassinato ao menos quatro pessoas em Minas Gerais. Nascido em Belo Horizonte, Albert Kroll Kardec de Souza, de 23 anos, confessou ter matado um homossexual, de modo cruel, no Sul Fluminense, e revelou aos policiais que este não foi o primeiro homicídio que cometeu. Segundo relato dele aos investigadores, quando tinha 12 anos de idade matou sua primeira vítima em Caratinga, no Vale do Rio Doce, cidade onde passava as férias com os avós e teria matado outras três pessoas.

Albert foi preso no dia 14 de outubro deste ano, sete dias depois da polícia encontrar o corpo de Marcelo Lino Antônio, de 37 anos, em um terreno baldio de Volta Redonda. Marcelo foi enforcado com uma corrente, usada para prender a coleira de um cachorro. Os primeiros passos da polícia para elucidar o crime foi percorrer lugares por onde a vítima, que era homossexual, percorreu horas antes de ser morta. “Até que uma ligação anônimo nos informou que Albert era o autor do crime”, conta o delegado titular da 93ª Delegacia de Volta Redonda, Antônio Furtado.

Com base na denúncia, os policiais foram até a casa de Albert e o levaram para prestar depoimento na delegacia. “De início ele negou o crime. Mas, como encontramos na casa dele um cachorro, cuja coleira estava sem corrente, ele acabou confessando ser o assassino”, afirma o delegado. No depoimento, Albert contou que passeava com seu cachorro quando foi assediado por Marcelo, que o teria convidado a praticar sexo. 

A frieza com que Albert relatou o crime impressionou os investigadores. Ele afirmou que simulou a Marcelo o interesse em aceitar o convite e o levou até o lote vago, onde se dirigiram para próximo de uma árvore. Lá, Albert pediu que Marcelo se virasse de costas e abaixasse a calça. Em seguida, retirou a corrente da coleira e o enforcou até a morte. “Quando eu perguntei o motivo que o levou a matar a vítima, ele me disse: 'doutor, não foi eu que decidi matálo. Foi ele quem decidiu morrer quando mexeu comigo. Foi ele quem procurou a morte', e não demonstrou o menor remorso”, destaca o delegado Antônio Furtado.

Com base na confissão, foi solicitada a prisão temporária do assassino pelo prazo de 30 dias, já renovada pelo mesmo período. Para garantir solidez ao inquérito, os investigadores recolheram provas materiais, como a coleira do cachorro e imagens de circuitos de vigilância que mostravam Marcelo e Albert caminhando próximo ao local do crime. Além disso, foi realizada a reconstituição do crime, oportunidade em que o investigado relatou a posição exata em que deixou o corpo da vítima, o que não deixou dúvida aos policiais de que era ele mesmo o autor do crime.

“Há uma frase do albert que me impressionou bastante. Durante a reconstituição, ele estava fumando um cigarro no alto do terreno, próximo de onde deixou o corpom quando me disse que aquele lugar era excelente. Eu questionei por que era execelente e ele me respondeu que ali dava para matar umas 50 pessoas tranquilamente, pois ninguém veria ou ouviria nada”, conta Antônio Furtado. Após ouvir este relato, o delegado solicitou que Albert fosse submetido a um exame psiquiatrico sumário. 

Transtorno de personalidade
Em entrevista, o delegado Antônio Furtado reafirmou várias vezes ter se impressionado com a personalidade de Albert. “Ele é muito irritadiço, qualquer coisa o deixa nervoso, durante os depoimentos disse que não suporta quando uma pessoa repete a mesma pergunta a ele”, diz. Além disso, segundo ele, o médico perito que fez o exame psiquiátrico afirmou que ele sofre transtorno de personalidade.

“O médico me disse que o Albert é um psicopata clássico, ou seja, ele é um personagem que se encontra na literatura médica, pois possui todos os traços de um psicopata. Ele é extremante inteligente, dissimulado, não esboça qualquer sentimento de remorso e não sente culpa de nada”, destaca o delegado, que fez questão de ressaltar que jamais esquecerá a frieza com a qual o assassino se referiu ao local onde matou Marcelo com um ambiente propício a matar.

Crimes em Minas
Quando foi levado para a carceragem, Albert revelou aos policiais que matou sua primeira vítima aos 12 anos de idade e, em seguida, matou outras três antes de matar Marcelo em Volta Redonda. “Ele só deu algum detalhe do que teria sido o último destes quatro homicídios. Falou que no carnaval de 2006, quando passava férias na casa dos avós em Caratinga, se incomou com o olhar insistente de um homem alto e forte. Ele então armou uma emboscada, e atacou a vítima a golpes de machado em uma ponte da cidade”, revela o delegado Antônio Furtado.

Há 15 dias o delegado enviou um ofício à delegacia de Caratinga relatando o caso e sugerindo que fosse feito um levantamento dos homicídios registrados na cidade sem autoria definida. Somente nesta quinta-feira ele recebeu um telefonema do delegado de Caratinga, informando que fará este levantamento. A reportagem do em.com não conseguiu localizar o delegado.

Homofobia
Marcelo era homossexual e foi morto após assediar Albert. No relato aos policiais, ele deixou a entender que o homem alto e forte que teria matado em Caratinga também o teria assediado. Mas, o delegado Antônio Furtado tem cautela para apontar se Albert tem ou não ódio contra homossexuais. 

“Ele me disse que nunca se misturou com essa raça, se referindo aos homossexuais. Ou seja, ele não gosta dos gays. Mas, não podemos afirmar que as outras vítimas, se é que elas realmente existem, também fossem homossexuais. Na minha análise, ele mataria outra pessoa que o tivesse irritado, sendo ou não homossexual. O perito que o avaliou compartilha da minha opinião”, destaca o delegado.

Um vizinho de Albert relatou aos investigadores que há algum tempo ele se desentendeu com outro vizinho, que é homossexual e pai de santo. “Segundo o relato, Albert invadiu a casa do homem e quebrou tudo lá dentro. Mas não há registro desta ocorrência. Talvez porque a vítima tenha ficado com medo de denunciá-lo”, destaca Antônio Furtado.

Em sua ficha criminal, consta uma denúncia de ameaça e outra de agressão doméstica, esta última registrada pela própria irmã de Albert, com que morava em Volta Redonda. Aos policias, ele admitiu ser usuário de maconha e bebida alcoólica e nega envolvimento em outros crimes.

Investigações
O inquérito sobre a morte de Marcelo foi concluído e enviado nessa quarta-feira à Justiça e ao Ministério Público. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado, que prevê pena de 30 anos de reclusão em regime fechado. “Solicitei a prisão temporária de Albert, pois ele é uma ameaça à ordem pública e pode matar facilmente se ganhar a liberdade. Acho que dificilmente ele aguardará julgamento fora das grades”, pondera o delegado Antônio Furtado. Resta agora à polícia mineira investigar se Albert teria realmente assassinado outras pessoas em Minas Gerais.