Publicação: 01/12/2011 21:42 Atualização: 01/12/2011 22:23
O esclarecimento de um crime ocorrido no município de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, levou a polícia a identificar um suposto psicopata, que já teria assassinato ao menos quatro pessoas em Minas Gerais. Nascido em Belo Horizonte, Albert Kroll Kardec de Souza, de 23 anos, confessou ter matado um homossexual, de modo cruel, no Sul Fluminense, e revelou aos policiais que este não foi o primeiro homicídio que cometeu. Segundo relato dele aos investigadores, quando tinha 12 anos de idade matou sua primeira vítima em Caratinga, no Vale do Rio Doce, cidade onde passava as férias com os avós e teria matado outras três pessoas.
Albert foi preso no dia 14 de outubro deste ano, sete dias depois da polícia encontrar o corpo de Marcelo Lino Antônio, de 37 anos, em um terreno baldio de Volta Redonda. Marcelo foi enforcado com uma corrente, usada para prender a coleira de um cachorro. Os primeiros passos da polícia para elucidar o crime foi percorrer lugares por onde a vítima, que era homossexual, percorreu horas antes de ser morta. “Até que uma ligação anônimo nos informou que Albert era o autor do crime”, conta o delegado titular da 93ª Delegacia de Volta Redonda, Antônio Furtado.
Com base na denúncia, os policiais foram até a casa de Albert e o levaram para prestar depoimento na delegacia. “De início ele negou o crime. Mas, como encontramos na casa dele um cachorro, cuja coleira estava sem corrente, ele acabou confessando ser o assassino”, afirma o delegado. No depoimento, Albert contou que passeava com seu cachorro quando foi assediado por Marcelo, que o teria convidado a praticar sexo.
A frieza com que Albert relatou o crime impressionou os investigadores. Ele afirmou que simulou a Marcelo o interesse em aceitar o convite e o levou até o lote vago, onde se dirigiram para próximo de uma árvore. Lá, Albert pediu que Marcelo se virasse de costas e abaixasse a calça. Em seguida, retirou a corrente da coleira e o enforcou até a morte. “Quando eu perguntei o motivo que o levou a matar a vítima, ele me disse: 'doutor, não foi eu que decidi matálo. Foi ele quem decidiu morrer quando mexeu comigo. Foi ele quem procurou a morte', e não demonstrou o menor remorso”, destaca o delegado Antônio Furtado.
Com base na confissão, foi solicitada a prisão temporária do assassino pelo prazo de 30 dias, já renovada pelo mesmo período. Para garantir solidez ao inquérito, os investigadores recolheram provas materiais, como a coleira do cachorro e imagens de circuitos de vigilância que mostravam Marcelo e Albert caminhando próximo ao local do crime. Além disso, foi realizada a reconstituição do crime, oportunidade em que o investigado relatou a posição exata em que deixou o corpo da vítima, o que não deixou dúvida aos policiais de que era ele mesmo o autor do crime.
“Há uma frase do albert que me impressionou bastante. Durante a reconstituição, ele estava fumando um cigarro no alto do terreno, próximo de onde deixou o corpom quando me disse que aquele lugar era excelente. Eu questionei por que era execelente e ele me respondeu que ali dava para matar umas 50 pessoas tranquilamente, pois ninguém veria ou ouviria nada”, conta Antônio Furtado. Após ouvir este relato, o delegado solicitou que Albert fosse submetido a um exame psiquiatrico sumário.
Transtorno de personalidade
Em entrevista, o delegado Antônio Furtado reafirmou várias vezes ter se impressionado com a personalidade de Albert. “Ele é muito irritadiço, qualquer coisa o deixa nervoso, durante os depoimentos disse que não suporta quando uma pessoa repete a mesma pergunta a ele”, diz. Além disso, segundo ele, o médico perito que fez o exame psiquiátrico afirmou que ele sofre transtorno de personalidade.
“O médico me disse que o Albert é um psicopata clássico, ou seja, ele é um personagem que se encontra na literatura médica, pois possui todos os traços de um psicopata. Ele é extremante inteligente, dissimulado, não esboça qualquer sentimento de remorso e não sente culpa de nada”, destaca o delegado, que fez questão de ressaltar que jamais esquecerá a frieza com a qual o assassino se referiu ao local onde matou Marcelo com um ambiente propício a matar.
Crimes em Minas
Quando foi levado para a carceragem, Albert revelou aos policiais que matou sua primeira vítima aos 12 anos de idade e, em seguida, matou outras três antes de matar Marcelo em Volta Redonda. “Ele só deu algum detalhe do que teria sido o último destes quatro homicídios. Falou que no carnaval de 2006, quando passava férias na casa dos avós em Caratinga, se incomou com o olhar insistente de um homem alto e forte. Ele então armou uma emboscada, e atacou a vítima a golpes de machado em uma ponte da cidade”, revela o delegado Antônio Furtado.
Há 15 dias o delegado enviou um ofício à delegacia de Caratinga relatando o caso e sugerindo que fosse feito um levantamento dos homicídios registrados na cidade sem autoria definida. Somente nesta quinta-feira ele recebeu um telefonema do delegado de Caratinga, informando que fará este levantamento. A reportagem do em.com não conseguiu localizar o delegado.
Homofobia
Marcelo era homossexual e foi morto após assediar Albert. No relato aos policiais, ele deixou a entender que o homem alto e forte que teria matado em Caratinga também o teria assediado. Mas, o delegado Antônio Furtado tem cautela para apontar se Albert tem ou não ódio contra homossexuais.
“Ele me disse que nunca se misturou com essa raça, se referindo aos homossexuais. Ou seja, ele não gosta dos gays. Mas, não podemos afirmar que as outras vítimas, se é que elas realmente existem, também fossem homossexuais. Na minha análise, ele mataria outra pessoa que o tivesse irritado, sendo ou não homossexual. O perito que o avaliou compartilha da minha opinião”, destaca o delegado.
Um vizinho de Albert relatou aos investigadores que há algum tempo ele se desentendeu com outro vizinho, que é homossexual e pai de santo. “Segundo o relato, Albert invadiu a casa do homem e quebrou tudo lá dentro. Mas não há registro desta ocorrência. Talvez porque a vítima tenha ficado com medo de denunciá-lo”, destaca Antônio Furtado.
Com base na denúncia, os policiais foram até a casa de Albert e o levaram para prestar depoimento na delegacia. “De início ele negou o crime. Mas, como encontramos na casa dele um cachorro, cuja coleira estava sem corrente, ele acabou confessando ser o assassino”, afirma o delegado. No depoimento, Albert contou que passeava com seu cachorro quando foi assediado por Marcelo, que o teria convidado a praticar sexo.
A frieza com que Albert relatou o crime impressionou os investigadores. Ele afirmou que simulou a Marcelo o interesse em aceitar o convite e o levou até o lote vago, onde se dirigiram para próximo de uma árvore. Lá, Albert pediu que Marcelo se virasse de costas e abaixasse a calça. Em seguida, retirou a corrente da coleira e o enforcou até a morte. “Quando eu perguntei o motivo que o levou a matar a vítima, ele me disse: 'doutor, não foi eu que decidi matálo. Foi ele quem decidiu morrer quando mexeu comigo. Foi ele quem procurou a morte', e não demonstrou o menor remorso”, destaca o delegado Antônio Furtado.
Com base na confissão, foi solicitada a prisão temporária do assassino pelo prazo de 30 dias, já renovada pelo mesmo período. Para garantir solidez ao inquérito, os investigadores recolheram provas materiais, como a coleira do cachorro e imagens de circuitos de vigilância que mostravam Marcelo e Albert caminhando próximo ao local do crime. Além disso, foi realizada a reconstituição do crime, oportunidade em que o investigado relatou a posição exata em que deixou o corpo da vítima, o que não deixou dúvida aos policiais de que era ele mesmo o autor do crime.
“Há uma frase do albert que me impressionou bastante. Durante a reconstituição, ele estava fumando um cigarro no alto do terreno, próximo de onde deixou o corpom quando me disse que aquele lugar era excelente. Eu questionei por que era execelente e ele me respondeu que ali dava para matar umas 50 pessoas tranquilamente, pois ninguém veria ou ouviria nada”, conta Antônio Furtado. Após ouvir este relato, o delegado solicitou que Albert fosse submetido a um exame psiquiatrico sumário.
Transtorno de personalidade
Em entrevista, o delegado Antônio Furtado reafirmou várias vezes ter se impressionado com a personalidade de Albert. “Ele é muito irritadiço, qualquer coisa o deixa nervoso, durante os depoimentos disse que não suporta quando uma pessoa repete a mesma pergunta a ele”, diz. Além disso, segundo ele, o médico perito que fez o exame psiquiátrico afirmou que ele sofre transtorno de personalidade.
“O médico me disse que o Albert é um psicopata clássico, ou seja, ele é um personagem que se encontra na literatura médica, pois possui todos os traços de um psicopata. Ele é extremante inteligente, dissimulado, não esboça qualquer sentimento de remorso e não sente culpa de nada”, destaca o delegado, que fez questão de ressaltar que jamais esquecerá a frieza com a qual o assassino se referiu ao local onde matou Marcelo com um ambiente propício a matar.
Crimes em Minas
Quando foi levado para a carceragem, Albert revelou aos policiais que matou sua primeira vítima aos 12 anos de idade e, em seguida, matou outras três antes de matar Marcelo em Volta Redonda. “Ele só deu algum detalhe do que teria sido o último destes quatro homicídios. Falou que no carnaval de 2006, quando passava férias na casa dos avós em Caratinga, se incomou com o olhar insistente de um homem alto e forte. Ele então armou uma emboscada, e atacou a vítima a golpes de machado em uma ponte da cidade”, revela o delegado Antônio Furtado.
Há 15 dias o delegado enviou um ofício à delegacia de Caratinga relatando o caso e sugerindo que fosse feito um levantamento dos homicídios registrados na cidade sem autoria definida. Somente nesta quinta-feira ele recebeu um telefonema do delegado de Caratinga, informando que fará este levantamento. A reportagem do em.com não conseguiu localizar o delegado.
Homofobia
Marcelo era homossexual e foi morto após assediar Albert. No relato aos policiais, ele deixou a entender que o homem alto e forte que teria matado em Caratinga também o teria assediado. Mas, o delegado Antônio Furtado tem cautela para apontar se Albert tem ou não ódio contra homossexuais.
“Ele me disse que nunca se misturou com essa raça, se referindo aos homossexuais. Ou seja, ele não gosta dos gays. Mas, não podemos afirmar que as outras vítimas, se é que elas realmente existem, também fossem homossexuais. Na minha análise, ele mataria outra pessoa que o tivesse irritado, sendo ou não homossexual. O perito que o avaliou compartilha da minha opinião”, destaca o delegado.
Um vizinho de Albert relatou aos investigadores que há algum tempo ele se desentendeu com outro vizinho, que é homossexual e pai de santo. “Segundo o relato, Albert invadiu a casa do homem e quebrou tudo lá dentro. Mas não há registro desta ocorrência. Talvez porque a vítima tenha ficado com medo de denunciá-lo”, destaca Antônio Furtado.
Em sua ficha criminal, consta uma denúncia de ameaça e outra de agressão doméstica, esta última registrada pela própria irmã de Albert, com que morava em Volta Redonda. Aos policias, ele admitiu ser usuário de maconha e bebida alcoólica e nega envolvimento em outros crimes.
Investigações
O inquérito sobre a morte de Marcelo foi concluído e enviado nessa quarta-feira à Justiça e ao Ministério Público. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado, que prevê pena de 30 anos de reclusão em regime fechado. “Solicitei a prisão temporária de Albert, pois ele é uma ameaça à ordem pública e pode matar facilmente se ganhar a liberdade. Acho que dificilmente ele aguardará julgamento fora das grades”, pondera o delegado Antônio Furtado. Resta agora à polícia mineira investigar se Albert teria realmente assassinado outras pessoas em Minas Gerais.
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