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quinta-feira, 18 de março de 2021

O BOM CRISTÃO



Non nobis, domine, domine. Non nobis, domine. Sed nomini, sed nomini tuo da gloriam! (Sl 115,1).
Uma canção antiquíssima na vida da cristandade retirada do livro dos Salmos, entoada, certamente, nos primeiros anos da Igreja, com certeza vivenciada nos mosteiros cristãos, até porque, constam no prólogo da Regra de São Bento os dizeres:
“...São aqueles que, temendo o Senhor, não se tornam orgulhosos por causa de sua boa observância, mas, julgando que mesmo as coisas boas que têm em si não as puderam por si, mas foram feitas pelo Senhor, glorificam aquele que neles opera, dizendo com o profeta: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai Glória." (RB Prol. 29,30).
Cantada pelos Templários quando venciam algum inimigo, sua melodia é viciante, pena que não o suficiente para transformar a realidade da súplica dessa canção em ação positiva da cristandade. Aliás, que confunde seus interesses pessoais com a glória de Deus.
Uma vez li em um livro da bíblia que: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação (Rm 13,1). Foi, então, que pensei em Bolsonaro…
O que fizemos para Deus ordenar sobre o povo um “comensal da morte”? Há também uma frase antiga que diz que o líder é o reflexo de seu povo, alguns discordarão e, certamente, dirão: “eu não sou como Bolsonaro!”, às vezes nos imaginamos muito melhores do que realmente somos! Que judeu, em sã consciência, admitiria que matar o filho de Deus é um bom negócio? São pessoas boas, do bem e de bem… Entretanto, matar Jesus (com quem discordavam) não é um mal em si mesmo, ele é desordeiro. Os alemães não eram todos nazistas, entretanto os que não eram não fizeram muita coisa para frear os que eram (não havia alemão protestando contra os campos de concentração, embora Lutero foi considerado o pai dos protestantes) . Como diz uma frase do filme Hannibal: “As pessoas não dizem o que pensam, apenas providenciam para que sua vida não melhore”!
Bolsonaro é o reflexo da morte e sempre foi. Em 1999, em entrevista, ele desejava uma guerra civil no Brasil que matasse 30 mil; sua campanha à presidência da República foi junto aos cristãos fazendo armas com dos dedos; sua política sanitária, na pandemia, depois de eleito é praticamente inócua. Mas Bolsonaro reflete, consideravelmente, o que é a cristandade no Brasil. Ah, claro! Logo saltará algum piedoso dizendo: “eu sou cristão, mas não sou de Bolsonaro!”… É, talvez… O repúdio aos direitos civis dos gays, o repúdio ao pobre estudar e frequentar aeroporto, o repúdio de se preservar minimamente um sistema jurídico garantirista e não punitivista/ elitista, o repúdio por prostituta ter direito, o desejo de juízo sobre os outros, àqueles que pensam diferente de você, mas que não necessariamente são inimigos, o desejo do enriquecimento, do lucro, do dinheiro, do poder e da glória, claro, em nome de Jesus, tudo isso em demérito do próximo e de quem pede pão para saciar sua fome, o torpor da morte em eleger alguém que desde sempre não teve o menor compromisso com a vida, mas é contra o aborto, gays e imoralidade assentam a frase: “as pessoas não dizem o que pensam, apenas providenciam que sua vida não melhore”. Desde que esse desordeiro morra, tanto faz, bandido bom é bandido morto! Crucifiquem-no.
Não só armas matam, os vírus também. Depois de tanto ruminar juízo e devassidão, depois de tanto desejar as facilidades da prosperidade, enquanto a única promessa de Cristo é a vida, Deus certamente deu a nossa nação um líder que é a imagem e a semelhança de seu povo e não, isso não é castigo, é apenas a consequência de não se dar valor ao que é essencial, é o reflexo de não valorizar o que mais foi prezado por Deus em Jesus, a própria vida pelo bem de todos. Bolsonaro é o reflexo do bom cristão!
Kyrie eloison;
Christie eloison;
Kyrie eloison.

sábado, 23 de setembro de 2017

O novo método dos evangélicos de evangelizar os gays e destruir direitos civis


Engana-se quem pensa que o ataque da senhora Rozângela Justino é algo isolado, ou uma tentativa apática, desesperada, sem fundamentos, para tentar validar sua profissão e sua fé.

Evangélicos começaram atacar massivamente as questões de conteúdo sexual. Eles se mobilizarão em todos os lugares: escolas, igrejas, mídia, judiciário, legislativo e executivo. Eles possuem um discurso, um método e uma meta.

O discurso

Você não ouvirá que ser gay é uma doença, eles não dirão isso a você! Eles concordarão com a ciência que diz que ser homossexual não é portar em si uma patologia. Acusarão a mídia de ser sensacionalista e espalhar essa falsa ideia de que eles consideram ser gay um fator doentio.

Eles dirão que querem o desenvolvimento científico, por prezarem tal desenvolvimento, acreditam que os estudos sobre a sexualidade não devam ser impedidos; que terapias de ORIENTAÇÃO sexual devam ser difundidas pela psicologia.

Eles não usarão em seu discurso o termo (RE)orientar, mas defenderão que qualquer pessoa deva ter o direito à orientação sexual que bem desejar. Afinal, para eles não é doença ser gay, mas uma OPÇÃO, UMA ESCOLHA que o indivíduo faz por ser depravado, imoral e viver em pecado.

No discurso você também não escutará esses termos: pecado, safadeza, imoralidade, mas, com certeza, escutará o termo DIREITO DE ORIENTAÇÃO DA SEXUALIDADE que, em suma, na boca de um evangélico, é ESCOLHA, OPÇÃO.

Eles defenderão isso, em que o direito à orientação sexual é desejar deixar de ser gay e, em nome da liberdade científica, tal processo é passível de realização, é uma escolha pessoal e individual, legítima de qualquer um. Com isso, o termo opção sexual será mitigado para desejo legítimo de uma assistência em que a pessoa se oriente e se aceite não gay.



O método

Não haverá discursos religiosos, não será usado o nome de Jesus, nem a bíblia. Tudo será feito através do direito da pessoa possuir a liberdade de uma orientação sexual que não lhe traga constrangimento.

O orgulho gay será colocado em cheque, não o atacarão, mas dirão que nem todas as pessoas sentem-se bem sendo homossexuais e elas têm o direito de tentar algo para ser felizes.

Farão esse discurso chegar ao judiciário, ao legislativo, ao executivo. O método não é o confronto direto, não é o combate agressivo, mas o indireto. Aquele que se mostra não combater, mas só advogar outra possibilidade, advogar uma “liberdade aparente de orientação” que, no fundo, não passa de terapia de reversão.

Concentrarão esforços para minimizar o orgulho gay, que chamarão de lobby , de propaganda de uma suposta felicidade que retira o direto de pessoas tentarem se rever e, quem sabe, aceitarem- se diferentes (ou seja, escolhendo, por exemplo, serem heterossexuais e não homossexuais).

A meta

Eles têm como meta sufocar o avanço da “agenda gay”, sufocar o direitos dos homossexuais casarem, adotarem filhos, terem direito à herança, pensão, ou seja, a meta é acabar com o direito civil dos homossexuais e voltar a renegá-los à esfera da margem social.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Adão e Ivo, uma variante possível!




O desejo travesti de Adão

por: Renato Hoffmann

Certa vez, eu conversava com um professor de Letras, da UFMG, momento em que me surpreendi com o olhar sobre o personagem Frankenstein, da escritora romântica, inglesa, Mary Shelley. Na ocasião, o professor   relacionou-o como o primeiro travesti da história da literatura. A analogia usada, em tom de poesia, foi muito curiosa, significativa, além de bela e provocativa. De forma contemporânea, claro, sem se dar ao método de uma exposição acadêmica, contudo de uma riqueza inenarrável.

Vez ou outra, escutamos por aí que: “Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo”, assim sendo, os favoráveis a esse argumento concluem:  “esse mesmo Deus não é a favor da homossexualidade, pois, se fosse, ele teria criado o homem para o homem, a mulher para a mulher e não a mulher para o homem”.
                     
Ora, sabemos que a Bíblia não fala literalmente em um Adão, não o estabelece como um único homem criado. A expressão hebraica para Adão, no sentido amplo, é Adamah: terra, solo, chão fértil e significa, na essência, HUMANIDADE, aquilo que pode ser cultivado, modelado. Há quem diga de solo vermelho. O termo é diferente de eres, que significa terra em oposição ao céu, ao mar, terra matéria, substância, há vários outros sentidos como o político: delimitação de domínio de um clã, de uma tribo, o geográfico: fronteiras, terras delimitadas, regiões.


A narrativa da revelação nos diz que Deus criou o ser humano (´adam) com o solo vermelho, fértil, cultivável (´adamah). Nesse momento não há distinção de gênero; Deus cria a humanidade, ou o ADAMAH.

Filosoficamente o Ser é só, é próprio que o homem viva a solidão, contudo,  ele só se dá conta de sua condição, quando ao seu semelhante percebe e não consegue transpor-se nele, no outro. Assim, o Ser é o que é, e o outro continuará sendo o que é, um sem se transpor no outro, cada um sendo indivíduo de si mesmo. Jean- Paul Sartre dirá nessa perspectiva que o outro é o inferno (o inferno é o outro).

A narrativa bíblica diz que Deus viu que o homem estava só e resolveu criar para ele uma companheira, assim Adão caiu em um profundo sono. Ora, se em um primeiro momento a narrativa fala de uma humanidade, bem certo que os gêneros nela já estejam definidos (mas não distintos), o escritor eloísta, em sua teodiceia, resolve explicar esse sentimento VAZIO do Ser, dando a ele uma companheira. Essa companheira nada mais seria do que o sonho de Adão. Adão sonha consigo mesmo (o sujeito sempre fala de si), Eva, nada mais é do que o desejo de Ser do próprio Adão. Eva é o Adão travestido nas escrituras, é tudo aquilo que o ADÃO não tem coragem de ser, assumindo-se em si mesmo... Eva é a mulher do fruto proibido, da desobediência: é o Adão se libertando do jugo de ser macho e se vendo feminino, percebendo-se delicado, passivo, histérico. Na narrativa ele dorme, enquanto é moldado em si mesmo, enquanto perde a vara, para receber o varão. E nisso Adão se compraz!

Adão e Eva, Ivo e Eva, Adão e Ivo nada mais é, nas escrituras, do que o desejo travesti de Adão.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Uma defesa para Silas Malafáia.



Você, leitor do Gospel LGBT, certamente ficou arrepiado com o título dessa postagem, mas não há outra coisa a se fazer aqui, nesse momento, depois de ler em alguns blogs evangélicos, alguns posicionamentos contrários ao Silas Malafaia e a temática GAY.

Obviamente, que essa não é uma defesa no sentido de se dizer que o Silas é o cara e está com a razão em que ele diz! Não sou louco! Mas será uma defesa sim, naquilo que considero, agora, uma questão de lado, de polos, entender isso se torna crucial, nesse momento.

Semana passada, li no blog GENIZAH  um post que dizia: Calvinistas, Pelagianos e a Homossexualidade - uma visão reformada... O texto era uma tentativa de harmonizar a mensagem calvinista com as questões gays, no sentido de dizer que um homossexual, mesmo não escolhendo ser homossexual, é um pecador como qualquer outro, e necessitado da graça, como qualquer outro, e como qualquer outro será julgado, pelo pecado original, portanto, como qualquer outro, quando abraçar a boa nova da justificação, abandonará a prática homossexual, abandonará o sexo, não diz o texto claramente isso, mas fica implícita a condição do CELIBATO AOS GAYS.  

O texto é até interessante, pois não faz distinção do que seja o pecado original, e diz que todos estão debaixo dele, incapazes de assumir em si mesmos a moralidade, santidade, salvação, etc. Até um erro teológico significativo, pois o pecado original não tem relação direta com a moralidade, nem com as obras... No caso, você pode ser impecavelmente moral, impecavelmente bom, mas mesmo assim não será salvo! Isso, pois, a condição humana é uma condição caída da graça, sem méritos algum para os olhos de Deus e, por mais que eles possam existir, por mais que eles possam fazer parte da história humana, eles não são suficientes para salvar o homem de sua queda, de redimi-lo.

O texto é sutil, mas trata a homossexualidade como PECADO, e a heterossexualidade é vista como mandamento! Outras coisas implícitas também fazem parte do texto, como os gays são infelizes, ou morrem de AIDS, tudo construído num jogo de palavras maquiadas de bondade e aceitação, mas punitivas, repressoras, opressoras...

Hoje, lendo o mesmo blog, vi uma defesa ao deputado Jean Willys, contra uma chamada de guerra, vinda por parte dos evangélicos nas redes sociais, contra o mesmo deputado. No caso, o blog condenou a postura de Silas Malafaia, que está criando uma guerra entre GAYS e evangélicos, fazendo os ânimos se acentuarem e, o pior, trazendo a alcunha de homofóbicos como verdadeira aos cristãos.

E aqui, eu quero fazer uma defesa à postura de Silas Malafaia! Óbvio que a turma do Genizah, do Caio Fábio e de outros, não estão preocupados com os gays, eles estão preocupados com a exposição da hipocrisia. Silas Malafaia escancarou o verbo e partiu para o ataque, ele deixou o discurso hipócrita, implícito e fingido, e começou a dizer tudo o que ele pensa dos gays, começou a esboçar todo ódio, toda rejeição, toda não aceitação vinda por parte dos cristãos em relação aos homossexuais. E, óbvio, que isso está fazendo as pessoas tomarem uma posição, e essa tomada de posição é o que preocupa, pois a turma do Genizah não quer abandonar o discurso camuflado de bondade, para continuar pregando o ódio, manipulando. Já o Silas foi direto, foi sincero, deu a cara, mostrou quem é! Nesse aspecto, gostando ou não do Malafaia, concordando ou não com ele, tenho que admitir que a postura que ele assume é honesta em relação seus sentimentos e a comunidade homossexual. Já a turma do Genizah vem com o morde e assopra, fala mal do Silas, pois este está polarizando a coisa, retirou a máscara e permitiu que o Brasil conhecesse a verdadeira face dos evangélicos.

Não há diálogo com a igreja cristã histórica... Se você é gay e cristão é bom procurar uma Igreja Inclusiva, pois os históricos fedem à hipocrisia. Salve Malafaia, que foi honesto e gritou seu ódio, pelo menos sabemos quem é ele, sem fingimentos ou rodeios, como a turma do Genizah, que pensa como o Malafaia mas não assumem! 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

É o filho de Robinson Cavalcanti um monstro?



Todos os dias e, invariavelmente, a Rede Bandeirantes leva em suas ondas de transmissão, para todo o Brasil, o programa Brasil Urgente. Todos os dias e, invariavelmente, seu âncora, José Luís Datena, tem a função de fazer aumentar a audiência dessa emissora com o sensacionalismo colhido do fruto da desgraça alheia.

Acontece que Datena é oportunista em explorar o senso comum, na verdade, em explorar uma irracionalidade comum: o criminoso é o outro! E o outro, em questão, sempre vem a ser: os grupos taxados como criminosos; as pessoas de baixa renda, os FILHOS ADOTIVOS, o homossexual, enfim, todos que carregam, na esfera do sub, suas identidades de cidadãos de segunda categoria.

Aqui, em particular, há um corte paradoxal, afinal, muito da audiência dada ao Brasil Urgente vem da população de baixa renda, fato esse que se explica pelo apelo religioso que o apresentador usa: “somos pessoas do bem, e pessoas do bem têm Jesus no coração! Quem mata e comete crimes não tem Deus, não acredita em Deus, pois quem acredita em Deus não mata não comete crimes”.  Isso, inclusive, rendeu um processo contra a Bandeirantes, por grupos de ateus, que tiveram o direito de resposta garantido.

Esses dizeres trazem o que a sociedade pensa como um todo, mas, que Datena transforma em um mantra, que é acompanhado pelo telespectador como algo honroso, que o diferencia dos demais, que o coloca dentre aqueles de honra e caráter ilibados. Assim, há uma hipnose,  em que esse cidadão de baixa renda é levado a acreditar que ele está jogando do lado do bem, no apoio de seu justiceiro: o Datena, contra o marginal, delinquente, que tem leis frouxas de um legislativo frouxo.  Ou seja, o próprio cidadão de baixa renda compra um discurso de elite, que na teia social, o classifica como um potencial criminoso sem lei.

Na verdade, crime bárbaro é aquele que acontece nas classes mais abastadas; o caso Nardoni, emocionou o país, veio da classe média alta, enquanto, na mesma época, crianças morriam pelas mãos de seus próprios pais, em lugares mais afastados do Brasil, e ninguém se emocionou, ou sequer deu conta do feito.

O que acontece, e isso é muito próprio, é que programas como o Brasil Urgente, não têm a missão de informar, ou prestar serviço público algum. Tais programas apenas exploram a desgraça alheia e transformam seus produtores e âncoras em milionários, enquanto o povo padece.  Enquanto mais desgraça melhor! Assim sendo, nunca se ouvirá, nesses programas, que a marginalidade, em contrassenso, não é um desvio praticado por uma minoria restrita, não são as pessoas do mal que delinquem, mas  tal comportamento é largo em toda a sociedade, atinge a maioria de seus membros.

A sociedade elegeu um grupo criminoso, e ele, CIDADÃO DO BEM, acha que não está enquadrado no grupo criminalizável de seu país, sequer abre a legislação penal para verificar sua conduta, pois, independente dela ser crime ou não, ele não faz parte do labbing approach, criminoso é o outro! Como também as políticas de segurança públicas sempre são destinadas a um grupo, o de classe mais baixa, e sempre nela a culpa é do armamento desse sujeito, nunca é da corrupção social e de seu aparelho repressor, nunca a culpa é do cidadão do bem e de seus honoráveis representantes.

Considerado o que foi introduzido em primeira análise, uma pergunta tem que ser feita: Será que o filho de Robinson Cavalcanti é um monstro, cruel, assassino?

Óbvio, que para a maioria das pessoas ele o é! E contra fatos não há argumentos, ele praticou dois homicídios, qualificados, contra seus próprios pais ADOTIVOS, o rapaz está dentro de um grupo  que, de per si, assume a desgraça alheia e o opróbrio da existência. Era ele drogado, outro grupo criminalizável, e se voltou contra um homem de bem, um bispo, um cidadão honrável, que tinha Deus no coração. E, a ademais, nada justifica um homicídio, certo?

Errado! Alguns fatores justificam, sim, um homicídio, a legítima defesa, o estado de necessidade, o estrito cumprimento do dever legal; outros fatores  minoram a culpabilidade, retiram dela aquela reprovação inicial, reduzindo, inclusive, a pena, ou seja, não exclui a ilicitude no todo, mas há que se levar em conta, pois o homicida, em questão, não é tão monstro, tão cruel, tão execrável, nesse caso há que considerar os casos em que o agente comete o fato típico impelido por motivo de relevante valor social ou moral, OU SOB DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, ainda sob INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA.

Robinson Cavalcanti era moralista, para sociedade, em geral, é simples culpar o filho adotivo, afinal, o adotado já é símbolo de todos os males dentro de um lar... E, esquece-se, essa mesma sociedade, que filhos biológicos cometem os mesmos crimes, e por motivos sórdidos, como disputa por herança, parcialidades no lar, dentre outros, quem não se lembra de Suzane Louise Von Richthofen,  que matou os pais com a ajuda do namorado, e não demonstrou nenhum remorso, até hoje, e nem quis se matar no instante seguinte.  Assim, é melhor, então, acusá-lo de drogado ingrato, nunca na mente social a culpa será do cidadão de bem honrado, mesmo o código penal tratando da INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA, mesmo o código penal tratando da VIOLENTA EMOÇÃO.

Robinson Cavalcanti se tornou obsecado pela moral exacerbada, sua ruptura com a Igreja Evangélica Anglicana do Brasil, condenando-a como igreja de permissividade, igreja de imoralidade, porta-nos para um olhar mais cauteloso sobre como Robinson conduziu seu próprio filho ao mundo das drogas. O mesmo desamor que ele apregoou contra os homossexuais, intentando em verdadeira caça as bruxas dentro da IEAB, ele, certamente, reproduziu sob seu filho, sob os erros de seu filho... Nunca vi um moralista tolerar o erro alheio... Quanto mais quando esse erro é fruto de uma genética que não condiz com a genética do adotante...  Fico imaginando o bullying sofrido por esse rapaz; bullying que machuca a alma, que tortura o espírito, que reduz  a moral ao destroço mais vil e cruel, jogando a autoestima no chão, ao pó, conduzindo pessoas à loucura, à insanidade, no sentimento sôfrego do olhar para si mesmo e se encontrar como alguém digno de algo, de alguma coisa.  

A frieza, distância, a reprovação, o nojo, a cobrança humilhante, o favor que é jogado na face conduzem o lar a desarmonia, ao desequilíbrio... O comportamento desviante do filho de Robinson não é exclusivo do desviado, há uma propulsão, um incentivo, um caminho que o conduziu a isso: a OMISSÃO DO AMOR, em favor de uma cobrança severa, de uma moral cristã austera.

O rapaz que matou o seu pai, naquela trágica noite, talvez só fizesse um pedido: por favor, não me julgue com tanto ódio e condenação. Um pedido negado, quem sabe? Fazendo nascer toda retribuição que, no momento da emoção a flor da pele, cumpre o papel que o desamor de anos buscou: a morte! A falta de amor mata! E, ao final, aquele que desejou ardentemente um pouco mais de atenção, de carinho e compreensão, e sempre foi negado, busca, então, sua própria punição: EU MATEI MEUS PAIS, O QUE EU FIZ? EU MEREÇO MORRER! E, nessa doença que a moral severa plantou naquelas vidas, o filho adotivo, que amou, que odiou, que buscou a atenção, agora se pune, querendo ceifar também sua vida indigna, marcada para o resto dos seus dias, pois seu último intento falhou,o destino com ele foi trágico, ele não conseguiu se punir! Eis os frutos da MORAL CRISTÃ!

E a despeito de ensinamento bíblico: “não julgueis para não serdes julgados”, tenho que perguntar: por que a "monstruosidade" do filho pode ser julgada e a do pai moralista, homofóbico, intolerante, não? Por que de uma hora para outra ele pode virar santo e aquele que foi atormentado, conduzido ao opróbrio tem que pagar por todos os erros do mundo?

O que Robinson pregou e disseminou não está em juízo? 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

GENIZAH E OS PROFETAS DO PINTO E DA VAGINA



Quando Carlos Nascimento, no jornal do SBT, disse que nós já fomos mais inteligentes, no episódio em que Luiza volta do Canadá, pontualmente, eu discordei do âncora... Penso que a futilidade faz parte da vida, e que novas formas de sociedade estão em ebulição, dentre elas, redes sociais, que sim, podem ser notícia por fazer de um anônimo celebridade em questões de segundos, como com a Luiza, que mesmo no Canadá, ficou sabendo... Enfim, uma reportagem sobre as novas mídias e marketing.

Por outro lado, Carlos Nascimento acertou quando disse que já fomos mais inteligentes... Por exemplo, quando o brasileiro suspeitava de pastores evangélicos, que pediam dízimos e ofertas e trocavam seus carros velhos por máquinas zero quilômetros, com o dinheiro do povo. Mas, não acertou tanto assim... Afinal, sempre em contra partida se deixou dominar pela Igreja Católica e seus ideais metafísicos, ou por algum político de discurso eloquente e rostinho bonito: pois é, quem não se lembra do Collor?


Mas, lendo alguns artigos do Genizah foi que eu, de fato, acreditei na estupidez e na imbecilidade! Oras, num dos artigos do blog tem por anúncio: Quantas vezes as meninas do Big Brother Brasil se masturbaram diante das câmeras da TV Globo? E logo a baixo, como subtítulo em destaque: O Brasil mergulha fundo na iniquidade.

"Ai, nação pecadora, povo carregado de iniqüidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao SENHOR, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás." Isaías 1.14:4 (SIC)

Eu tenho vergonha de viver em um país onde o assunto da semana é este e o da semana passada foi o estupro no na TV.

O Genizah conclama seus leitores a se mobilizarem para não permiterm que o Brasil seja lançado, às gerações futuras, na iniquidade, afinal, são cristãos e não esquentadores de banco, blá, blá, blá, blá... etc, blá, blá!

Essa mesquinhez, hipócrita, sórdida, mascarada de santidade, não é diferente daquilo que Malafaias, Hinns, Santiagos, Macedos, Hernandes e tantos outros fazem... Iniquidade não nos fala de masturbação, ninguém é iníquo por sentir TESÃO, ou tocar em seus órgãos genitais... E demais, qual o problema de falar isso abertamente ou na mídia? Esse pudor fétido, virulento que o Genizah prega é fruto de uma mente decadente, que enxerga no pinto e na vagina o mal do mundo, produto de uma frustração sexual manipulada e manipuladora, oriundas da religião por subjugar os fiéis, como ovelhas, aos ditames severos dos pastores espertalhões, no final, o Genizah foi buscar apoio, novamente em MARCO FELICIANO, mas não é esse a quem eles fingem criticar?
A guerra santa do Genizah é a guerra do sexo e do pudor, moralistas de plantão, que não têm nada a acrescentar e, portanto, fazem do PINTO E DA VAGINA os ícones de santidade, castidade e pudor, num discurso direitista, enganam milhares... Isso é fundamentalismo disfarçado de EVANGELHO, anti-ecumênicos, ultraconservadores, dizem apresentar um Reino de Deus, que nem o próprio Deus conhece! Mas tudo isso numa fala mansa... Afinal, não é bom despertar suspeitas das reais intenções... Dizem criticar os vendilhões, mas lucram $$ com a mesma crítica, e ao final, Malafaia, Terra Nova, Feliciano, não deixam de ser, para eles, fonte de renda $$$$$$$$$

Nós já fomos mais inteligentes, nunca vi o Genizah, por exemplo, mobilizar-se com tanta veemência contra a pobreza, isso mesmo cara-pálida! Nesse artigo catstrófico do Genizah, contra a natureza e as necessidades fisiológicas, o Genizah foi contundente, até usou Isaías para falar de uma iniquidade, em que, a despeito, Isaías nunca falou! Mas contra a pobreza esse blog de intenções duvidosas nunca foi tão profícuo ou tão ferrenho quanto!

E ao que pese, Isaías nunca falou do sexo como algo iníquo, pelo contrário, no texto usado Isaías 1,4 o profeta está falando contra a iniquidade, a injustiça, dos políticos de Israel contra os pobres, o próprio Deus está desprezando o culto desses senhores, e não é porque eles se MASTURBAM NÃO, pelo contrário, as pessoas que levam oferendas para Iahweh são as mesmas que não se importam em fazer o direito (mishpât) funcionar, que não fazem justiça ao desprotegido órfão e à abandonada viúva. Isaías, em um dos textos proféticos mais violentos contra um culto que funciona só para mascarar as injustiças que se cometem no dia-a-dia contra os pobres, pede aos príncipes de Sodoma e ao povo de - na verdade, de Jerusalém - para ouvirem a palavra de Iahweh. Ele fala de príncipes de Sodoma, não como algo sexual, o pecado de Sodoma é a injustiça social, onde os ricos exploram os pobres e se gloriam disso, então no capítulo 1, o mesmo que o Genizah usou diz:

10 Escutem a palavra de Javé, chefes de Sodoma; preste atenção ao ensinamento do nosso Deus, ó povo de Gomorra: 
11 Que me interessa a quantidade dos seus sacrifícios? - diz Javé. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de novilhos. Não gosto do sangue de bois, carneiros e cabritos.
12 Quando vocês vêm à minha presença e pisam meus átrios, quem exige algo da mão de vocês?
13 Parem de trazer ofertas inúteis. O incenso é coisa nojenta para mim; luas novas, sábados, assembléias… não suporto injustiça junto com solenidade. (1:10-13).
16 Lavem-se, purifiquem-se, tirem da minha vista as maldades que vocês praticam. Parem de fazer o mal,
17 aprendam a fazer o bem: busquem o direito, socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva. (1:16-17)


E assim, o que se pode concluir disso tudo, é que o Genizah OCULTOU o verdadeiro sentido do texto, usou a bel prazer, para guerrear contra o PINTO E A VAGINA enquanto o pobre que se dane, e isso não passa de mais um engodo evangélico... Solamento!




segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eis o mistério da fé! (2)




Pedi a Cindy para reproduzir um belíssimo texto que ela escreveu, em diálogo com o post aqui: Eis o mistério da fé, mas, quero fazer melhor:

ESTOU RECOMENDADO A VOCÊ LEITOR DO GOSPEL LGBT QUE CLIQUE AQUI NO LINK PARA TER ACESSO A ESSE FANTÁSTICO PENSAMENTO DA CINDY, NO SITE A CAPA! Gente, vale a pena, de fato, porque ficou show!

domingo, 24 de julho de 2011

Eis o mistério da fé!


Interessantíssimo como os blogs cristãos se silenciaram em relação ao massacre da Noruega. Aliás, interessante nada, CONVENIENTE MESMO! Pouco tempo atrás, em um debate contra a ala conservadora, dita não fundamentalista, mas tão fundamentalista quanto os que se declaram, diziam a mim que os cristãos são pacíficos e que não pregam a violência; numa clara amnésia histórica, eles apagaram as inquisições católicas e protestantes; retiraram Hitler e a Segunda Guerra mundial de cena; esquecerem-se de Bush pai e filho, na empreitada “santa”, metodista, no Iraque; dos grupos terroristas cristãos (católicos e protestantes) na Irlanda do Norte, dentre outros fatos.

Óbvio, e não estranho, pelo menos a mim, que para se advogar uma passividade cristã em relação ao mundo, nós teríamos que nos esquecer, sinicamente, em prol de manipular os fatos, toda a HISTÓRIA CRISTÃ (afinal quando se trata de cristãos, nem os cristãos homossexuais passivos, são passivos! Pelo contrário, tem muita biba que fica macho no momento de defender a igreja e o fundamentalismo). E quem assim procede tem um intuito claro, específico, obsessivo, a defesa da “Bíbria”: o mau-hálito de Deus, a Palavra de Deus.

O que na oportunidade, não posso fugir do fato dos próprios cristãos, aqui no Brasil, no massacre de Realengo, virem com a historinha do: “toma que o filho é teu meu senhor!”. Numa tentativa, desesperada, de jogarem para os islâmicos a responsabilidade pelo fanatismo religioso, que consumou na morte de doze crianças numa escola no Rio de Janeiro. Tudo para não vincular a agressividade fundamentada na fé cristã do rapaz aos próprios cristãos, que durante anos o bombardearam com conceitos esquizofrênicos, paradoxais, bipartidos de uma realidade física e outra espiritual, em choque, em luta pelas almas pecadoras. Óbvio, que na primeira oportunidade a Igreja tentou se livrar do efeito vinculador, etnocentricamente, jogando para o Islã à agressividade da ação. Até que descobriram que o garoto acreditava na ressurreição dos mortos, mensagem EXCLUSIVAMENTE cristã, e inegável! O que houve? Um silêncio profundo da cristandade, que começou desviar o assunto e pensar sobre outros temas, menos comprometedores.

Assim, o massacre da Noruega foi provocado POR UM CRISTÃO FUNDAMENTALISTA, que em nome de Deus, do Cristo, da “Bíbria” o mau-hálito de Deus, a Palavra de Deus e da fé, abriu em fogo em uma ação que consumou a vida de dezenas de pessoas, dizem, até o momento, mais de 90 vítimas e feriu outras 97.

Assim quero destacar a reportagem do SÍTIO IG, nas seguintes partes:

“... O autor do duplo atentado na Noruega, Anders Behring Breivik, que qualificou seu ato de "cruel, mas necessário", colocou na internet um manifesto de 1,5 mil páginas conclamando à violência contra muçulmanos e comunistas. O longo documento intitulado "2083 - Uma Declaração Europeia de Independência", postado em inglês no dia do atentado duplo, afirmou que a elite europeia, "os multiculturalistas" e os "enaltecedores da islamização" seriam punidos por seus "atos de traição". O texto também declara a "guerra de sangue" contra os imigrantes muçulmanos e os marxistas.

O manifesto está assinado como Andrew Berwick.O uso de um pseudônimo anglicano poderia ser explicado por uma passagem no manifesto descrevendo a fundação, em abril de 2002 em Londres, de um grupo chamado de Cavalheiros do Templo - uma ordem medieval fundada para proteger os peregrinos cristão na Terra Santa depois da Primeira Cruzada.

O norueguês é ligado a grupos ultradireitistas, fundamentalistas cristãos e islamófobicos. A polícia e o advogado disseram que Breivik, de 32 anos, confessou ser autor dos dois atentados, mas rejeitou responsabilidade criminal pelo dia que chocou a pacífica Noruega e representou o mais mortal para o país desde a Segunda Guerra Mundial. Ele foi acusado de terrorismo e deve ser indiciado na segunda-feira.

Segundo Lippestad, conhecido por ter defendido famosos neonazistas, Breivik disse ter como motivação para os ataques o desejo de causar uma revolução na sociedade norueguesa. "Ele queria uma mudança na sociedade e, sob sua perspectiva, precisava forçar isso por meio de uma revolução", afirmou. "Ele queria atacar a sociedade e sua estrutura."

EIS O MISTÉRIO DA FÉ!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Prayers for Bobby (Orações para Bobby)- Legendado em PORTUGUES

Recomendo que se você possui um lenço, então, assista a esse filme com ele em mãos! Aqui no blog, o filme está na íntegra:



Este é um filme baseado na história verídica de um jovem homossexual, que aos 20 anos suicida-se.

"Eu não posso deixar que ninguém saiba que eu não sou hétero. Isso seria tão humilhante. Meus amigos iriam me odiar, com certeza. Eles poderiam até me bater. Na minha família, já ouvi várias vezes eles falando que odeiam os gays, que Deus odeia os gays também. Isso realmente me apavora quando escuto minha família falando desse jeito, porque eles estão realmente falando de mim... Às vezes eu gostaria de desaparecer da face da Terra."

Estas palavras estão escritas no diário de Bobby Griffith, quando tinha 16 anos. A sua mãe, "Mary Griffith", interpretada por Sigourney Weaver, a senhora dos ELIEN, sabedora da sexualidade do filho acredita"curar" o filho com base na religião e terapias, para quatro anos depois (1979) Bobby lançar-se de uma ponte. Um filme intenso, dramático, e que espelha ainda hoje a realidade de muitas e muitos jovens no mundo! Mary após a morte do filho questiona-se a si e ao fundamentalismo religioso, redime-se da sua posição homofobica tornando-se uma defensora dos direitos GLBT.



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Papa fecha convento em que freiras dançavam em cerimônias



Papa fecha convento em que freiras dançavam em cerimônias O papa Bento 16 mandou fechar um famoso convento em Roma, de acordo com informações de jornais italianos.

Publicação: 27/05/2011 08:00 Atualização: 27/05/2011 08:15
 

O jornal La Stampa informou que o monastério da Basílica di Santa Croce in Gerusalemme (Basílica da Santa Cruz de Jerusalém) estaria sendo fechada devido a "irregularidades" litúrgicas, financeiras e morais.

Segundo os jornais, alguns monges cistercianos da igreja foram transferidos para outras congregações na Itália. O abade Simone Fioraso, um extravagante ex-estilista de Milão, já tinha sido transferido do mosteiro há dois anos.

O jornal Il Messaggero informou que Fioraso tinha restaurado o convento, que estava muito danificada, e aberto um hotel no local, em que realizava concertos. Ele também realizou uma maratona de leitura da Bíblia que foi transmitida pela televisão e constantemente atraía celebridades para visitar o mosteiro, em que promovia uma abordagem menos convencional da religião. Uma das freiras do mosteiro, Anna Nobili, ex-dançarina erótica, fez várias apresentações de dança com outras freiras durante cerimônias religiosas.

Investigação

O Vaticano teria expressado sua insatisfação com os boatos a respeito do mosteiro.
"Uma investigação descobriu provas de irregularidades litúrgicas e financeiras, além de (irregularidades de) estilo de vida, que provavelmente não estavam de acordo com o de um monge", teria dito ao jornal britânico Guardian o padre Ciro Benedettini, um porta-voz do Vaticano.

O inquérito foi feito pela Congregação dos Institutos de Vida Consagrada do Vaticano e seus resultados ainda não foram publicados, segundo o La Stampa.

A Basílica de Santa Croce é uma das mais antigas e famosas de Roma, foi construída em volta de uma capela do século 4. A igreja é um dos locais mais importantes de peregrinação na capital italiana e acredita-se que ela guarda relíquias sagradas.

sábado, 21 de maio de 2011

Inquisição evangélica amordaça Pr. Gondim

Contra os fatos não há argumentos, bom brocardo, e útil nesse momento! Geralmente, a militância gay, por parte dos NAZISTAS cristãos, sofre a acusação de tentar impor uma MORDAÇA GAY na população; que nossas lutas e conquistas só servem para elevar determinado grupo societário (o grupo dos gays marginalizados) em um patamar de privilégios sociais sem que nenhum outro grupo o tenha de igual forma...

Bem, entretanto, quando situação está na prática, o que se vê são os FATOS controversos, aqueles que nos acusam de amordaçar, APLICANDO SEM CERIMÔNIAS a amordaça e acusações, tomando de assalto o sujeito e sua LIBERDADE DE EXPRESSÃO, simplesmente por que discordam!

Os EVANGELINAZISTAS fingem que querem defender direitos iguais, mas sua atuação é de tolhimento, de exclusões e censuras tais como nos regimes fascistas e, de igual forma, ditatoriais.

Foi assim, nas cadeiras da INQUISIÇÃO EVANGÉLICA DO BRASIL, que o PASTOR Ricardo Gondim se assentou, foi julgado e condenado ao exílio das ideias, da expressão e das palavras... AMORDAÇARAM GONDIM, como querem amordaçar o Brasil, Estado laico, nas fileiras do sectarismo, do rancor e da doutrina evangélica e sua moral duvidosa!

Renato Hoffmann

A carta de despedida do Gondim

 www.ricardogondim.com.br

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Após quase vinte anos, fui convidado a “des-continuar” minha coluna na revista Ultimato. Nesta semana, recebi a visita de Elben Lenz Cesar, Marcos Bomtempo e Klênia Fassoni em meu escritório, que me deram a notícia de que não mais escreverei para a Ultimato. Nessa tarde, encerrou-se um relacionamento que, ao longo de todos esses anos, me estimulou a dividir o coração com os leitores desta boa revista. Cada texto que redigi nasceu de minhas entranhas apaixonadas.

Fui devidamente alertado pelo rev. Elben de que meus posicionamentos expostos para a revista Carta Capital trariam ainda maior tensão para a Ultimato. Respeito o corpo editorial da Ultimato por não se sentir confortável com a minha posição sobre os direitos civis dos homossexuais. Todavia, reafirmo minhas palavras: em um estado laico, a lei não pode marginalizar, excluir ou distinguir como devassos, promíscuos ou pecadores, homens e mulheres que se declaram homoafetivos e buscam constituir relacionamentos estáveis. Minhas convicções teológicas ou pessoais não podem intervir no ordenamento das leis.

O reverendo Elben Lenz Cesar, por quem tenho a maior estima, profundo respeito e eterna gratidão, acrescentou que discordava também sobre minha afirmação ao jornalista de que “Deus não está no controle”. Ressalto, jamais escondi minha fé no Deus que é amor e nos corolários que faço: amor e controle se contradizem. De fato, nunca aceitei a doutrina da providência como explicitada pelo calvinismo e não consigo encaixar no decreto divino: Auschwitz, Ruanda ou Realengo. Não há espaço em minhas reflexões para uma “vontade permissiva” de Deus que torne necessário o orgasmo do pedófilo ou a crueldade do genocida.

Por último, a Klênia Fassoni advertiu-me de que meus Tweets, somados a outros textos que postei em meu site, deixam a ideia de que sou tempestivo e inconsequente no que comunico. Falou que a minha resposta à Carta Capital sobre a condição das igrejas na Europa passa a sensação de que sou “humanista”. Sobre meu “humanismo”, sequer desejo reagir. Acolho, porém, a recomendação da Klênia sobre minha inconsequência. Peço perdão a todos os que me leram ao longo dos anos. 

Quaisquer desvarios e irresponsabilidades que tenham brotado de minha pena não foram intencionais. Meu único desejo ao escrever, repito, foi enriquecer, exortar e desafiar possíveis leitores.

Resta-me agradecer à revista Ultimato por todos os anos em que caminhamos juntos. Um pedaço de minha história está amputada. Mas a própria Bíblia avisa que há tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Meu amor e meu respeito pela família do rev. Elben, que compõe o corpo editorial da Ultimato, não diminuíram em nada.

Continuarei a escrever em outros veículos e a pastorear minha igreja com a mesma paixão que me motivou há 34 anos.

Ricardo Gondim

Soli Deo Gloria

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Deputado afirma que base evangélica não vai votar nada enquanto “kit gay” não for proibido

O deputado federal Anthony Garotinho, em nome da Frente Parlamentar Evangélica, falou que enquanto o kit “Escola sem Homofobia” não for proibido de ser distribuído para escolas pública, os 70 deputados da Frente Evangélica não votarão mais nada na Casa.

O deputado e ex-governado do Rio disse também que vem sendo perseguido pelo MEC e pelo Governo Federal por sua oposição ao kit que pretende conscientizar alunos e professores em relação a diversidade sexual.

Fonte: Cena G

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Preta Gil diz que lutará para que Bolsonaro não seja reeleito no RJ

Publicado no Jornal OTEMPO em 18/05/2011

preta

A cantora Preta Gil disse ontem - Dia Internacional de Luta contra a Homofobia -, em seminário sobre casamento civil entre homossexuais na Câmara dos Deputados, que "vai lutar" para que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) não seja reeleito no Rio de Janeiro. "O que ele quer é ibope, é aparecer às nossas custas", completou Preta Gil, que está no centro da polêmica envolvendo o político.

Bolsonaro não foi ao seminário e disse que só iria se fosse convidado e se "tivesse segurança". Ele provocou os colegas: "Quem é contra (o kit anti-homofobia) é homofóbico e quem está quieto está no armário. Se defender a família e as crianças é ser homofóbico, eu vou acabar usando uma camiseta nesse sentido. Se vou perder voto, estou me lixando".

Abaixo-assinado. O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, Toni Reis, disse que vai entregar à Câmara e ao Senado abaixo-assinado com cerca de 100 mil assinaturas em apoio ao projeto de lei que criminaliza os atos de homofobia. Prevista para a semana passada, a votação no Senado foi adiada por pressão da bancada evangélica.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pastor Silas Malafaia vai realizar marcha contra LGBT


O pastor Silas Malafaia está organizando uma marcha na frente do Congresso Nacional para criticar o projeto de lei que criminaliza a homofobia.

A manifestação será no dia 29 de junho, um dia após o Dia Internacional do Orgulho LGBT.
Em seu programa de tevê, transmitido em diversas emissoras, o religioso incentiva  “os que defendem a família” a pedir folga ou trabalhar até o meio-dia de forma a integrar a marcha.

 

Fonte Cena G

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Homossexual é marcado no pulso por sua orientação

Universitário é "marcado" em ataque homofóbico dentro do campus


O estudante Quinn Matney, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, teve seu pulso queimado por um objeto metálico em um ataque homofóbico ocorrido dentro do campus.

Quinn contou que caminhava pelo campus quando um homem agarrou seu pulso e o marcou com um objeto metálico quente, gritando palavras homofóbicas.

"Alguém agarrou meu pulso e apertou um pedaço de metal nele. E disse: ´esse é um gostinho do inferno, sua bicha´!". O estudante disse que afastou o agressor com um soco no rosto.

A polícia investiga o crime e já o considera um ataque motivado por homofobia.

Fonte: Cena G

terça-feira, 12 de abril de 2011

Homofobia na UFMG: estudantes de Letras agredidos

UFMG Vista aérea: Campus Pampulha

Quatro estudantes gays teriam sido agredidos na última calourada do curso de letras da maior universidade de Minas, segundo denúncias. Segundo um jovem, ele levou tapas no rosto e seu companheiro, chutes. Um casal de mulheres teria sofrido agressões verbais.

O fato teria ocorrido na madrugada do sábado retrasado (dia 2), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A festa havia começado na noite anterior. Como de costume, mais de uma centena de pessoas festejava a chegada dos novos alunos do curso. As dependências do prédio da Faculdade de Letras (Fale) e jardins próximos ficaram tomados de alunos de vários cursos, segundo relatos.

A festa era frequentada por vários casais - gays e heteros. A abordagem repentina de um homem desconhecido da comunidade estudantil causou estranhamento nos alunos, já que ele, segundo informam os estudantes, demonstrava um comportamento homofóbico.

A primeira vítima do homem teria sido um casal de meninos que trocava beijos na festa. Um deles, estudante de ciências sociais, contou ter levado um tapa no rosto e, o outro, um chute. "Esse cara chegou e já veio separando a gente. Ele gritava: ‘isso é coisa de veado, não aguento mais isso’", informou um dos agredidos. O homem foi embora xingando. Nenhum dos agredidos reagiu.

Ao deixar a festa, o casal passou em frente ao prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humana (Fafich), onde novamente teriam sido surpreendidos pelo mesmo homem. "Ele veio e me deu outro tapa, do mesmo jeito. Várias pessoas estavam passando e ficaram em choque", contou o aluno.

Grupo. Os ataques surpreenderam o estudante, que afirmou que o homem estava acompanhado de várias pessoas. "Foi tão de repente que fiquei sem reação. Jamais imaginei que isso pudesse acontecer na universidade", disse o jovem.

A UFMG foi procurada pela reportagem e informou que ainda não foi comunicada oficialmente. Hoje, uma carta-manifesto, redigida pela Assembleia Nacional dos Estudantes e assinada por centros acadêmicos, será levada à reitoria. O assunto vem sendo divulgado na internet.

Intolerância

Cartazes pediram respeito à diversidade

No mesmo dia em que houve o ataque homofóbico aos estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vários cartazes foram afixados nas dependências da instituição defendendo o respeito à diversidade sexual. Nada disso, porém, foi suficiente para evitar a agressão.

Dentro da universidade, quem recebe os relatos de atos de violência contra gays e lésbicas é o Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (Gudds). Segundo Daniel Arruda Martins, integrante do conselho, casos de violência homofóbica na universidade não são raros. "Agressões desse tipo aconteceram no passado e continuam acontecendo".

Segundo Martins, a reitoria da UFMG está ciente dos fatos. "Mas não vemos ações mais enérgicas, de cunho educativo", critica.

O Brasil é o país campeão no ranking de crimes homofóbicos no mundo, segundo pesquisa do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgada semana passada. Em 2010, houve aumento de 31,3% nas ocorrências, com 260 assassinatos. (RRo)

Fonte: O Tempo

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Assassino do Realengo: uma história cristã

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E de repente estava diante de um “pedaço de carta”, lia aquelas palavras como uma navalha penetrando em minha carne, rasgando... Atônito!

Tenho dois sobrinhos e não suportei o fato de imaginá-los numa situação desesperadora e, então, de súbito, voltei-me ao jovem; àquelas palavras, todo seu desespero, toda sua agressividade.

A sociedade se encontra passada, não há explicações... Talvez, antes, algo que acontecia nas terras de cima, lá no norte das Américas, agora, logo ali, no Rio de Janeiro! Aqui em baixo, próximo das nossas casas, perto dos nossos parentes; dos nossos filhos, sobrinhos, netos, amigos, amantes, sim, nas nossas escolas!

Ouvir dizer, na fila do banco, que aquele moço deveria ser enterrado com o capeta! Uma lagrima caiu de meus olhos, lembrei-me da carta. Poucas coisas nessa vida tem a capacidade de me impressionar, mas, essa carta... Puxa vida!

Sabe, já escrevi cartas e, em muitas delas, uma preocupação me movia: expressar o que se passava dentro do meu coração, na minha alma. Como ficar indiferente àquele pedaço de texto? Em uma tragédia, geralmente, as pessoas se indignam contra a aparente causa, o desafeto imediato: “aquele assassino, monstruoso!”, mas há uma carta!

Sim, um pedido de perdão, um grito de socorro, um desejo de alento: “Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu”.

Cada palavra um punhal, mas não de um cruel assassino, o assassino não é ele! E não se estarreça com o que digo. Wellington não tinha antecedentes criminais, ele é tão vítima quanto às vítimas dessa tragédia. Vítima de algo que acontece no Brasil todos os dias, vítima de todos os domingos, vítima de programações de televisão, nas madrugadas, ou nos sábados pela manhã. Vítima da pureza, da santidade, da moral exacerbada, da hipocrisia dos falastrões: vítima da RELIGIÃO, do fundamentalismo, da esperança da ressurreição, de um Cristo justiceiro, de um Deus irado na justiça despótica, severo.

Alguém anunciou: “ele era muçulmano.”. Ei, pera lá! Muçulmano que acredita na ressurreição dos mortos, na segunda vinda do Cristo? Isso é coisa de cristão! Daqueles que passam o sábado ouvindo dizer da vitória de Cristo! Ou que passam as madrugadas buscando com quem falar; para alguém escutar!

Wellington foi vítima de um sistema religioso perverso, de preconceitos contra o próximo, de preconceitos contra si mesmo, preconceitos que ele adquiriu e, talvez, se pelo menos ele tivesse sua mãe por perto... Dela sentiu falta, pediu perdão, mas continuou, em nome de seu preconceito, vitimar os outros, como dele foi vítima. Não havia saídas... não havia escape! Ele já estava morto... Vitoriosos em Cristos mataram sua alma, o show da fé se transformou no circo de horrores, um pesadelo que se sonha acordado. Ele até quis falar, mas, como de praxe, fingiam que o escutavam, enquanto mais ódio e justiça de Deus eram colocados no seu coração. Mas, ele ainda pediu para que seu corpo fosse preservado puro, na esperança de, ainda, encontrar-se, na glória, diante do trono!

Há quem diga que isso foi alvo de possessão demoníaca! Ah Nicodemos! Bem que Jesus disse: "você tem que nascer de novo, rapaz!"

Essas são as marcas imediatas do que se conhece do fundamentalismo religioso, mas e as marcas que não são visíveis? Aquelas que ficam na alma? Deus tenha misericórdia de nós!

Por: Renato Hoffmann

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Em manifestação prol Bolsonaro hackers tiram site de Preta Gil do ar

O site de Preta Gil foi retirado do ar na tarde dessa quinta-feira (31) por um grupo de hackers que se autodenomina “Comand Trubulation”. 

diminuator.phpEm um primeiro momento, foi postada uma mensagem contra a lei que criminaliza a homofobia. “Site hackeado. Abaixo a lei da homofobia. Abaixo a PL 122", postaram na página da cantora. Em seguida, foi publicado um vídeo e uma mensagem defendendo que o deputado Jair Bolsonaro tinha que ser presidente da República. O parlamentar é um dos principais opositores ao Projeto de Lei que criminaliza ações contra homossexuais.

Até essa manhã, a página ainda estava fora do ar.  Por meio do Twitter, a cantora se lamentou pelo ocorrido.

Entenda o caso - Durante o programa CQC da TV Bandeirantes veiculado na noite da última segunda-feira (28), o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), mostrou-se um homem preconceituoso ao ser indagado pela cantora Preta Gil.

A cantora questionou o deputado sobre qual seria a reação dele se seu filho namorasse uma mulher negra. A resposta: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu.” Outras declarações também foram feitas sobre homossexuais e causaram revolta.

Fonte: Otempo

domingo, 20 de março de 2011

Deputado Jean Wyllys sofre ameaças de morte

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Fonte: Gay1

O deputado federal Jean Wyllys (Psol - BA) sofreu três ameaças de morte nesta sexta-feira (18) pelo Twitter. O professor e ex-participante do Big Brother Brasil atribui os ataques a fanáticos religiosos que se opõem a ele por defender no Congresso a aprovação da união civil homossexual. Wyllys também é a favor da distribuição de material didático anti-homofobia (chamado pejorativamente de "kit gay") nas escolas públicas.

Uma das mensagens direcionadas ao deputado nesta tarde dizia: "É por ofender a bondade de Deus que você deve morrer", conta Wyllys. A segunda ameaçava: "Cuidado ao sair de casa, você pode não voltar". E, por fim, outro recado na rede social afirmava que "a morte chega, você não tarda por esperar". O baiano respondeu avisando que denunciaria os casos a delegacia de crimes virtuais.

Esta não é a primeira vez que o parlamentar - assumidamente homossexual - se envolve em polêmicas na internet. Ele já entregou a seu advogado material que conseguiu guardar de dois perfis do Twitter que defendiam o assassinato de gays. Um dos internautas defendia ideias neonazistas, relata. Outro misturava ataques com pregações evangélicas. "São fanáticos, são pessoas doentes", afirma. "Não posso minimizar a responsabilidade dos pastores evangélicos nisso, porque eles conduzem as pessoas demonizando minorias".

Wyllys é favorável ao PLC 122, projeto de lei desarquivado pela senadora Marta Suplicy (PT - SP), que trata da união homoafetiva. Ele afirma que também foi alvo de críticas por conta de discursar a favor do polêmico "kit gay". Esse foi o "apelido" dado pelo deputado evangélico Jair Bolsonaro (PP - RJ) a cartilhas e vídeos sobre preconceito e bulliyng que o Ministério da Educação quer distribuir em escolas públicas.

Exposição

Quando primeiro se envolveu com ofensas a homossexuais na internet ainda este ano, o deputado conta que não havia sido atacado diretamente. Ele nega, porém, que a atitude de levar os dois primeiros casos à polícia tenha provocado retaliações. "Só reagi porque estavam incitando a morte de homossexuais".

Wyllys acredita que tenha se tornado alvo fácil também pelo status de "celebridade" conquistado com a participação no reality show da TV.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Habemus stultos : interpretações das igrejas evangélicas sobre as catástrofes

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Chega a tocar nas esferas da imbecilidade, o argumento que vem sendo disseminado, no meio evangélico, sobre a soberania de Deus e seus desígnios em relação às catástrofes NATURAIS.

Eu tenho senso de ridículo, mas a paralisia mental supersticiosa que envolve o movimento evangelicalista e reformado tem me dado náuseas nesses últimos dias.

Pastores e blogueiros têm ido aos seus respectivos públicos (e cada um tem o público que merece), dizendo que Deus está no controle de todas as coisas, e que se aconteceu alguma desgraça sobremaneira forte, ela assim procedeu pela vontade divina. Em contra partida, outros afirmam que Deus nada tem em relação a isso, e que deveras, ele também foi pego de surpresa, pois não deseja o mal.

Esse tipo de anencefalia era bem comum entre os medievais. Aliás, era o primeiro, o paradigma para todos os outros tipos de explicações. E não me assustarei, depois de tudo, se escutar ou ler por aí que essas catástrofes NATURAIS ocorrem por conta do pecado humano, uma forma de Deus sinalizar à humanidade sua insatisfação com a mesma. Óbvio que isso já ocorre silenciosamente, quando alguns por aí declaram: “Deus deseja ser conhecido assim, podemos não compreender, mas é como ele quer ser conhecido!”.

A tolice cristã é algo insuperável, quando os chamo de medievais, claro que estou ofendendo a memória do povo que viveu na Idade Média! Os cristãos são PRIMITIVOS. Sempre quando assisto algum filme que um deus qualquer, de uma tribo aborígene qualquer, deseja sacrifícios de sangue humano para aplacar sua ira e não castigar o povo, eu me lembro do Jeová! Sempre quando assisto filmes que envolvem as práticas de antropofagia, eu me lembro dos cristãos, comendo o corpo e bebendo o sangue de seu deus-homem.

As catástrofes recebem o nome de NATURAIS pelo dificultoso fato de se compreender, que são provocadas NATURALMENTE, sem intervenção qualquer de artifícios tecnológicos ou místicos. É uma lógica complicadíssima, mais difícil que física quântica! Assim, quando alguém constrói uma casinha para ter sua maravilhosa vida aos pés de um morro, em uma região de forte precipitação atmosférica, não precisa perder tempo orando, rezando a Deus para que o morro não venha a baixo, pois isso, mais cedo ou tarde, vai acontecer. O fato é natural, previsível, estimado, possível, verificado, funciona de acordo com a lógica dos efeitos físicos, programados pela própria natureza, conforme sua geografia, geologia, clima e desgaste.

Quando, alguém ocupa uma área plana, na beira de mar, no CÍRCULO DE FOGO DO PACÍFICO e não constrói uma muralha entre a área ocupada e o próprio mar, com certeza, e não precisa rezar ou orar a Deus para que não aconteça, pois vai acontecer, terá sua cidade costeira, litorânea, varrida pelas ondas provocadas pelos maremotos; aquelas ondas no mar que se dão devidas às atividades sísmicas da terra. E, ainda que se tenha radar sísmico, havendo um forte tremor com seu epicentro próximo à costa, 30 minutos, 20 minutos que for o tempo para se evacuar a região é pouco, e NATURALMENTE as mortes vão acontecer, não por desígnios místicos, mas pelo contexto natural e imprudência, aliadas a irracionalidade humana.

A terra é programada em suas atividades físicas e climáticas, essas atividades modificam o próprio espaço natural, muitas dessas modificações ocorrem pela destruição do espaço atual para sua própria renovação. O homem é dotado de razão para que ele se relacione com o meio ambiente, o compreenda, e assim usufrua do espaço ambiental da melhor forma possível. Mas ao longo da história, os homens ignoram a natureza, constroem casas e civilizações aos pés de vulcões ativos, de regiões com falhas tectônicas, em morros e beira de morros, enfim, depois se perguntam: “por que Deus deixou isso acontecer?” Deus não deixou, era programado para que acontecesse; programado NATURALMENTE. Deus não está nos mais altos céus colocando seu dedinho no pacífico só para que este sofra um abalo, e ele olhe para os japoneses e ria de seus olhinhos puxados se esbugalhando com o desespero e então diga: “zuei!”. Isso não é o mito de Ló e sua esposa de sal.

Por mais que esses tolos continuem pregando um Deus irado e facínora que através de seus decretos quer provar aos homens sua soberania, as catástrofes naturais continuarão naturais. Esse pensamento é uma parte das mentes afetadas pela revelação e mania de grandeza frustradas em muitos teólogos e projetadas em Deus. Gente, Calvino, de onde eles bebem, tinha hemorroidas! E é apontado como o tirano cruel de Genebra, rabugento, rancoroso e desumano. Tudo, por conta de sua homossexualidade reprimida, mas denunciada em 1577 por Jerome Bolsec.

Deus é amor, e as catástrofes com morte humana acontecem, não por desígnios divinos, mas pela negligência do homem na relação com a natureza, subestimando-a, pensando num domínio hipotético ignoram as zonas de riscos naturais. Não sejam tolos!