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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um terço dos alunos rejeita colegas homossexuais

De acordo com a pesquisa “Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas”, que foi realizada há 3 anos, 63,1% dos estudantes do Distrito Federal alegam ter visto pessoas supostamente homossexuais sofrerem preconceitos; e 27,8% declararam não desejar ter um homossexual como colega.

Diante dessa realidade, o deputado federal Jean Wyllys afirmou que a Frente Parlamentar LGBT vai atuar para que iniciativas legislativas sejam aprovadas para combater o problema e o deputado Luiz Couto ressaltou a necessidade de debater o assunto com as comunidades nas quais os colégios estão inseridos.



Fonte: Cena G

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Movimento gay esboça reação:Ubes e ABGLT vão procurar governo para negociar liberação de parte do kit

 Publicado originalmente em O tempo


A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) estão tentando negociar com o governo a liberação de dois, dos três vídeos que compõem o kit informativo de combate à homofobia nas escolas públicas de ensino médio.

Nessa quinta-feira (26), a Ubes apoiou a decisão da presidenta Dilma Rousseff de suspender a distribuição do kit informativo. No entanto, segundo o presidente da entidade, Yann Evanovick, parte do material deve ser liberada. Para ele, apenas o vídeo sobre bissexualismo tinha conteúdo inadequado e não pode ser veiculado nas escolas.

A Ubes e a ABGLT querem que o governo convoque os movimentos sociais para um debate amplo ainda na semana que vem. “Queremos ser recebidos pela presidenta Dilma. O ministro da Educação, Fernando Haddad, também disse que vai nos receber semana que vem, esperamos só a confirmação”, afirmou Evanovick.

O presidente da Ubes disse que os movimentos sociais estão em preparativos para lançar uma campanha nacional de combate à homofobia nas escolas. “Se o governo não topar liberar o material, nós vamos liberar e estruturar uma campanha nacional de combate à homofobia nas escolas do país”.

Além disso, o movimento estudantil fará uma mobilização na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados na semana que vem. “Não vamos aceitar chantagem de grupos políticos, preconceito não é uma moeda de troca”.

Na última quarta-feira (25), o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) afirmou que para convencer o governo a suspender a produção do material de combate à homofobia, a bancada evangélica da Câmara ameaçou não colaborar com os projetos do Executivo.



AGÊNCIA BRASIL

Caminhada pela EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA

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respeite

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Professora transexual aprova “kit anti-homofobia”

Li essa matéria no G1, da globo.com, e gostei muito, então, repasso aqui no blog. Como de costume repasso os artigos que leio e me chamam a atenção de alguma forma.
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Professora transexual diz que alunos sabem lidar com a diversidade


Marina Reidel foi vítima de homofobia antes de passar por 'transformação'.
Ela aprova kit do MEC e diz que ganhou o respeito de pais e estudantes.


Paulo Guilherme Do G1, em São Paulo
 
Marina Reidel é transexual e dá aulas em uma escola pública de Porto Alegre (Foto: Arquivo pessoal)
Os estudantes adolescentes sabem lidar com tranquilidade quando lhes é apresentado em sala de aula o tema da diversidade sexual. É a conclusão que chegou  a professora Marina Reidel por sua experiência didática em uma escola pública de Porto Alegre. Ela se sente muito à vontade para falar sobre o tema que gerou a polêmica suspensão do projeto "Escola sem homofobia", que iria debater a diversidade sexual nas escolas públicas por meio de vídeos e uma cartilha – o chamado" kit anti-homofobia". Marina é transexual desde os 30 anos (ela não revela a idade) e é tratada com respeito por alunos, pais e diretores por seu trabalho em sala de aula.

De família com ascendência alemã, Marina sempre teve o carinho dos pais, que viam o filho brincando com bonecas desde pequeno. Mas nunca teve diálogo necessário para falar sobre sua orientação sexual em casa. Talvez por isso tenha demorado tanto tempo para assumir a sua condição. 

De família com ascendência alemã, Marina sempre teve o carinho dos pais, que viam o filho brincando com bonecas desde pequeno. Mas nunca teve diálogo necessário para falar sobre sua orientação sexual em casa. Talvez por isso tenha demorado tanto tempo para assumir a sua condição.

No trabalho nas escolas viveu duas realidades distintas. Antes de decidir se tornar transexual, deixando o cabelo crescer e assumindo a sua feminilidade, Marina era o professor Mário e, como homossexual, era vítima de preconceito nas escolas.

“Enquanto eu era um gay não assumido tive alguns problemas”, conta a professora, que faz mestrado em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Teve um pai que não aceitava que eu desse aula para a filha dele. Uma mãe retirou a filha da escola porque não aceitou o fato de ela ter um professor homossexual. Eu até fui ofendido por um aluno da oitava série. Registrei boletim de ocorrência e ele acabou saindo da escola.”

Depois que se tornou transexual, as coisas mudaram. Mario avisou a direção da escola que iria se ausentar por alguns meses e voltaria diferente. A diretora e os outros professores prepararam os alunos para receber esta mudança. E a transexual voltou à escola como uma respeitada professora Marina. “Depois que me transformei ninguém questionou nada sobre minha história ou meu trabalho. Nem os meus alunos, que têm de 10 a 17 anos. E os pais confiam na escola e no trabalho que a gente faz.”

Marina participou de trabalhos de capacitação promovidos pelo MEC sobre a questão da diversidade sexual nas escolas. Teve acesso aos vídeos preparados para o kit anti-homofobia e até promoveu com os alunos trabalhos abordando o tema. “Tivemos trabalhos excelentes sobre a conscientização desta temática”, avalia.

Ela lidera uma associação de professores transexuais do país. Diz que tem 15 professores transexuais nas escolas da rede pública, sendo quatro no Rio Grande do Sul. “Deve haver mais, mas nem todo mundo assume sua condição”, diz. Ao saber da suspensão da distribuição do material didático voltado para a orientação do professor, Marina achou um retrocesso. Ela diz que muitos professores querem abordar a temática, mas não têm material didático para se basear. E outros professores não querem se envolver com o tema por “preguiça”. “Eles se preocupam só com seus conteúdos enquanto na sala de aula temos violência, bullying, homofobia, drogas...”

Sobre a proibição do kit preparado a pedido do MEC, Marina disse que a interferência dos políticos está atrapalhando o desenvolvimento de uma questão importante para a educação brasileira. “Acho muito estranho é que na educação todo mundo dá palpite. No posto de saúde ninguém diz para o médico o que deve ser feito. Por que nós educadores temos que dar ouvidos às pessoas que não entendem de educação e querem dar pitacos no nosso trabalho? Por que os deputados evangélicos podem se meter tanto se o estado é laico?”

sábado, 30 de abril de 2011

Ministro da Justiça repreende Bolsonaro

MJ

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tornou a causar polêmica na Câmara dos Deputados, ao criticar o material do Ministério da Educação para combate de homofobia nas escolas. Nessa quarta-feira, durante sessão da Comissão de Direitos Humanos sobre segurança pública, Bolsonaro disse ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que "não teria orgulho de ter um filho gay" e chamou o material do MEC de "kit gay". Indiretamente, o deputado atacou o colega parlamentar Jean Wyllys (PSOL-RJ), que é professor e se declara homossexual.

"Este é o ambiente propício para colocar isso. Uma pessoa já disse aqui que as melhores professoras que teve foram as prostitutas. Tem professor que é gay. Será que é bom também?", afirmou Bolsonaro. A presidente da comissão, deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), advertiu o comentário do deputado, dizendo que não aceitaria provocações. Jean Wyllys reagiu, respondendo que se sentia "profundamente ofendido" com a declaração do colega. Sustentando o bate-boca, Bolsonaro disse que era vítima de preconceito. "Estou sofrendo preconceito homossexual", declarou, aos gritos.

O ministro Cardozo defendeu o deputado do PSOL e o material do Ministério da Educação. “O limite do direito é o direito do outro. É na escola que se combate os preconceitos”, afirmou Cardozo.

Jair Bolsonaro tenta se defender, na Corregedoria da Câmara, a acusações de racismo e preconceito contra homossexuais, por declarações concedidas a um programa de televisão em março.

Fonte Gay1

domingo, 17 de abril de 2011

Amor gay: Adolescente se declara para outro na porta de escola



Belo Horizonte, capital das Minas Gerais, um dia como qualquer outro! Um dia de sol... As pessoas se levantam, cedo, vão para o trabalho, faculdades, escolas em geral e, foi numa dessas escolas (essas de adolescentes, ensino fundamental e médio), que o inesperado aconteceu.

Na sociedade heteronormativa, quando uma pessoa vai se declarar enamorado por outra, logo se pensa no homem se declarando para mulher, mas, nessa escola, a subversão foi total:

Saída de aula na Escola Guilherme de Azevedo Lage, o carro de som, desses que mandam correios elegantes, tocava no portão dos alunos. Celulares filmando, curiosos perguntavam: “o que é isso?” e a resposta era: “ deve ser aniversário de alguém!”, outros contudo, duvidavam: “não a mensagem lá é de AMOR!

Com as mentes atiçadas, e no desejo de saber quem se declararia para quem, que menina receberia o galanteio de seu amado, indagavam: “nossa, essa menina terá coragem de sair?”, mas, o cupido anunciava: “Quem aqui conhece o Michael?” As pessoas estranharam, ora é uma menina quem vai pedir! E elas comentavam entre si. A ordem estava invertida no conceito heteronormativo.

O cupido começou ler à carta; Michael do outro lado da rua; celulares apostos, filmando; a multidão estava ouriçada e, de repente... um homem apareceu com um bouquet nas mãos, diante de Michael, que apresentava certo constrangimento... A multidão se punha a gritar, delirar, ia a loucura, o homem entregou as flores e se ajoelhou. A multidão se excitava ainda mais, gritava: “beija, beija, beija...”, e ao sabor do inusitado, da subversão, DO ORGULHO de se ser o que é! Do não preconceito, Michael beijou seu amado, na porta de sua escola, diante da multidão que aplaudia alegre o encontro de dois corações que se amam.

Tudo isso aconteceu numa rua em Belo Horizonte, no Brasil. Quando não se tem preconceito, e nem vergonha a felicidade e a realização são mais presentes na vida do ser humano.

Viva o orgulho gay!

Aqui você pode assistir a cena do encontro de Michael e seu amado.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

Livros de ensino religioso em escolas públicas estimulam homofobia e intolerância, diz estudo

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Uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que o preconceito e a intolerância religiosa fazem parte da lição de casa de milhares de crianças e jovens do ensino fundamental brasileiro. Produzido com base na análise dos 25 livros de ensino religioso mais usados pelas escolas públicas do país, o estudo foi apresentado no livro “Laicidade: O Ensino Religioso no Brasil”, lançado na última terça-feira (22) em Brasília.
“O estímulo à homofobia e a imposição de uma espécie de ‘catecismo cristão’ em sala de aula são uma constante nas publicações”, afirma a antropóloga e professora do departamento de serviço social, Débora Diniz, uma das autoras do trabalho.

A pesquisa analisou os títulos de algumas das maiores editoras do país. A imagem de Jesus Cristo aparece 80 vezes mais do que a de uma liderança indígena no campo religioso -limitada a uma referência anônima e sem biografia-, 12 vezes mais que o líder budista Dalai Lama e ainda conta com um espaço 20 vezes maior que Lutero, referência intelectual para o Protestantismo. João Calvino nem mesmo é citado.

O estudo aponta que a discriminação também faz parte da tarefa. Principalmente contra homossexuais. “Desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e “o homossexualismo não se revela natural” são algumas das expressões usadas para se referir aos homens e mulheres que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. Um exercício com a bandeira das cores do arco-íris acaba com a seguinte questão: “Se isso (o homossexualismo) se tornasse regra, como a humanidade iria se perpetuar?”.

Nazismo

A pesquisadora afirma que o estímulo ao preconceito chega ao ponto de associar uma pessoa sem religião ao nazismo – ideologia alemã que tinha como preceitos o racismo e o anti-semitismo, na primeira metade do século 20. “É sugerida uma associação de que um ateu tenderia a ter comportamentos violentos e ameaçadores”, observa Débora. “Os livros usam de generalizações para levar a desinformação e pregar o cristianismo”, completa a especialista, uma das três autoras da pesquisa.

Os números contrastam com a previsão da Lei de Diretrizes e Base da Educação de garantir a justiça religiosa e a liberdade de crença. A lei 9475, em vigor desde 1997, regulamenta o ensino de religião nas escolas brasileiras. “Há uma clara confusão entre o ensino religioso e a educação cristã”, afirma Débora. A antropóloga reforça a imposição do catecismo. “Cristãos tiveram 609 citações nos livros, enquanto religiões afro-brasileiras, tratadas como ‘tradições’, aparecem em apenas 30 momentos”, comenta a especialista.

*com informações da Agência UnB

sábado, 15 de maio de 2010

Faces da Igreja Católica

Escola católica recusa matrícula de filho de lésbicas


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Uma escola católica em Massachusetts, nos Estados Unidos, se recusou a aceitar a matrícula de um garoto de 8 anos de idade, filho de um casal de lésbicas.
O aluno não foi aceito na instituição porque o relacionamento das duas mulheres "não condiz com o ensinamento da igreja".

A mãe do garoto, que não teve o nome revelado desabafou: “Estou acostumada com a discriminação na minha idade e com o fato de ser lésbica, mas não esperava que meu filho fosse também.

A direção da escola alegou que os professores não estavam preparados para responder às questões que eventualmente o menino iria enfrentar porque os ensinamentos da instituição sobre casamento entrariam em “conflito” com a visão de sua família.

Fonte: Cena G

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ensino religioso em escolas públicas pode gerar discriminação, avalia professor

Da Agência Brasil

O ensino religioso que aborda uma doutrina específica pode gerar discriminação dentro das salas de aula, segundo o sociólogo da Unesp (Universidade Estadual Paulista), José Vaidergorn. "O ensino religioso identificado com uma religião não é democrático, pode ser considerado discriminatório", disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Vaidegorn, o ensino voltado para uma determinada religião pode constranger os alunos que não compartilham dessas ideias. O professor ressalta ainda a possibilidade de que, dependendo da maneira que forem ministradas, as aulas de religião podem incentivar a intolerância entre os estudantes. "Em vez da educação fazer o seu papel formador, o seu papel de suprir, dentro das suas condições, as necessidades de formação da população ela passa a ser também um campo de disputa política e doutrinária."

As aulas de religião estão previstas na Constituição de 1988. No entanto, um acordo entre o governo brasileiro e o Vaticano, em tramitação no Congresso Nacional, estabelece o ensino católico e de outras doutrinas.

O presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, contesta a justificativa apresentada na lei de que o ensino religioso é necessário para a formação do cidadão. "Não podemos considerar que a questão ética, a questão moral, o valores sejam privilégios das religiões", ressaltou. A presença do elemento religioso não faz sentido na educação pública e voltada para todos os cidadãos brasileiros, segundo ele. " A escola é pública, e a questão da fé é uma coisa íntima de cada um de nós".

Ele indicou a impossibilidade de todos os tipos de crença estarem representados no sistema de ensino religioso. Segundo ele, religiões minoritárias, como os cultos de origem afro, não teriam estrutura para estarem presentes em todos os pontos do país.

Além disso, as pessoas que não têm religião estariam completamente excluídas desse tipo de ensino, como destacou o presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), Daniel Sottomaior. "Mesmo que você conseguisse dar um ensino religioso equilibradamente entre todos os credos você ia deixar em desvantagem os arreligiosos e os ateus."

Sottomaior vê com preocupação a possibilidade de a fé se confundir com os conhecimentos transmitidos pelo sistema educacional."Como o aluno pode distinguir entre a confiabilidade dos conteúdos das aulas de geografia e matemática e o conteúdo das aulas de religião?"

Para o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Lyrio Rocha, a religião é parte importante no processo educacional. "Uma educação integral envolve também o aspecto da dimensão religiosa ao lado das outras dimensões da vida humana", afirmou.

Daniel Mello
Fonte: UOL

sábado, 28 de março de 2009

I Encontro Regional do Projeto Escola sem Homofobia – Curitiba, Março de 2009


Teve lugar em Curitiba, no período 18 e 19 de março de 2009, o primeiro de uma série de cinco encontros regionais do projeto Escola sem Homofobia. O evento reuniu representantes dos movimentos sociais do LGBT (lésbicas, gays, travestis e transexuais), acadêmicos, pesquisadores, representantes das Secretaria Estaduais e Municipais de Educação, Saúde e Direitos Humanos dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.




O Projeto Escola sem Homofobia, financiado pelo Ministério da Educação através de recursos aprovados por Emenda Parlamentar da Comissão de Legislação Participativa, é uma ação colaborativa de organizações da sociedade civil (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais - ABGLT, Pathfinder do Brasil, Reprolatina , ECOS e GALE) e conta com a orientação técnica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação.

Além das discussões regionais, que terão prosseguimento com encontros em São Paulo, Brasília, Salvador e Belém, o Projeto irá desenvolver uma pesquisa sobre a homofobia no ambiente escolar em dez capitais brasileiras, cujos resultados serão divulgados até o final deste ano. Vão fazer parte do estudo escolas de Manaus, Porto Velho, Recife, Natal, Goiânia, Cuiabá, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Outras ações também estão previstas pelo Projeto, como a produção de materiais educacionais abordando o tema da homofobia, sua distribuição para 6.000 escolas do sistema público de educação fundamental e médio e a capacitação de professores na sua correta utilização.

Segundo Danielly Queirós, técnica da SECAD e presente no encontro de Curitiba, o Projeto será um importante instrumento na busca de subsídios para a implementação de políticas públicas. “A discriminação e o preconceito estão dentro e fora das escolas. Não culpamos o professor, pois a homofobia está na sociedade. Temos de dar instrumentos para que ele saiba lidar com essa questão”. A responsável pelo Programa Saúde e Prevenção nas Escolas do Programa Nacional de DST/Aids também esteve presente no encontro de Curitiba e ressaltou a importância que as ações do Projeto Escola sem Homofobia podem ter na redução das vulnerabilidades de jovens lésbicas, gays, travestis e transexuais à infecção pelo HIV e outras DSTs.

O diretor da Pathfinder do Brasil, Carlos Laudari, instituição que gerencia o projeto, ressalta a importância de se dar o primeiro passo no debate da diversidade de gêneros no ambiente escolar. “A homofobia está em todas as áreas, parte do professor, do aluno, da família e é reflexo do estereótipo criado na sociedade. Não vai ser fácil. Mas estamos lançando a semente para que nenhum jovem deixe de ir à escola por conta de sua orientação sexual”.

Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (ABGLT), Toni Reis, acredita que iniciar o debate sobre a homofobia no ambiente escolar é extremamente necessário, visto que um grande número de adolescentes abandonam as escolas, principalmente os travestis e transexuais, sem dúvida alguma o grupo mais vulnerável às situações de estigma, discriminalção e violência. Professoras transexuais, presentes no encontro de Curitiba, ressaltaram o despreparo dos profissionais da educação para a convivência com a homossexualidade e a falta de discussões sobre o assunto com os estudantes.

O Projeto Escola sem Homofobia, que tem por finalidade implementar ações que promovam ambientes políticos e sociais favoráveis à garantia dos direitos humanos e da respeitabilidade das orientações sexuais e identidade de gênero no âmbito escolar brasileiro, posiciona o Ministério da Educação como um dos líderes do Executivo na execução do Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB (Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais) e de Promoção da Cidadania de Homossexuais “Brasil sem Homofobia”.