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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Frei é preso com adolescente em Cuiabá

Frei é preso em flagrante com adolescente em motel

Polícia indiciou o religioso por crime de estupro de vulnerável. Em depoimento, garota disse estar apaixonada por Erivan Messias

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O frei Erivan Messias, da paróquia Nossa Senhora do Guadalupe, em Cuiabá, foi preso em flagrante na noite desta segunda saindo de um motel com uma adolescente de 16 anos. Eles teriam um relacionamento amoroso há pelo menos dois meses.

De acordo com a delegada Juliana Palhares, foi esse o tempo que durou a investigação da Polícia Civil sobre o frei. A polícia resolveu apurar o caso após o recebimento de denúncias anônimas. “Durante a investigação foi possível perceber a proximidade entre o acusado e a adolescente”, disse a delegada. Segundo ela, os encontros aconteceram sucessivas vezes, sempre em motéis.

Tanto no momento do flagrante quanto no depoimento, o frei permaneceu em silêncio. Ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e está preso no anexo 1 da Penitenciária Central do Estado. Já a adolescente, quando supreendida, caiu em choro. Em seu depoimento, ela disse estar apaixonada por Erivan. “Ele pode ter usado a liderança como religioso para aliciá-la”, explicou Juliana.

A família da garota frequentava a paróquia regularmente e tinha um contato próximo com o religioso. A mãe da adolescente ficou muito abalada quando soube que a filha tinha um caso com o frei, contou a delegada.

Palhares afirmou que não possui informações se Erivan também tinha relações com outras adolescentes. Ele pode pegar até 15 anos de prisão. A Paróquia Nossa Senhora do Guadalupe não quis se pronunciar sobre o caso.

Violência sexual contra menores em 2010

A prisão do frei aconteceu no mesmo dia em que a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá apresentou um balanço sobre violência sexual contra menores no ano de 2010.

Foram, ao todo, 247 inquéritos para apurar crimes sexuais, como exploração sexual, favorecimento à prostituição, corrupção de menores e estupro de vulnerável.

Fonte: IG

sábado, 15 de maio de 2010

A Igreja que disfarça

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A Igreja Católica anda as voltas com sua reputação, e para tentar melhorar sua gasta imagem, diante da sociedade, ela resolveu eleger um “bode expiatório” (acho que cordeiro expiatório teria mais vínculos com a questão, mas..). Numa tentativa sôfrega de culpar alguém pela IMORALIDADE DO CLERO, a santa madrasta, Igreja, elegeu os gays.

Em semelhança de Silas Malafaia, aquele showman evangélico, que costuma dizer que homossexualidade é algo comparável com a zoofilia e a pedofilia, o Prefeito para a Congregação da Doutrina da Fé se viu numa boca de sinuca, quando não soube esclarecer à comunidade científica de onde vinham as informações que a homossexualidade estava relacionada, com vínculos, à pedofilia.

Mas, no Brasil, a CNBB, em suas diretrizes oficiais, resolveu respaldar a idéia, querendo promover uma limpeza em seus quadros vocacionais, onde o candidato ao sacerdócio, não poderia ter tendências à homossexualidade. Uma forma implícita de camuflar a responsabilidade pela pedofilia dentro de seus quadros presbiterais e episcopais, e assim desviar o assunto, de fato, grave e endêmico para um assunto do tabu imaginário da sociedade heteronormatizada.

Também, vale lembrar, que tal postura tende a uma média, uma vez que o único brasileiro membro da Congregação para a Doutrina da Fé, e secretário para os assuntos de Doutrina da CNBB, o bispo de Belo Horizonte, D. Walmor Oliveira de  Azevedo , assina o documento.

Um tiro no pé, a meu ver, uma vez que a população de sacerdotes gays é imensa, e isso não os faz pedófilos, mas tão somente sustenta a hipocrisia da homofobia internalizada, e não colocará fim ao problema dos homens que gostam sexualmente de criancinhas, sejam do sexo masculino ou feminino.

A Igreja está sem chão, e não sabe como resolver esse problema, uma coisa é certa, mais escândalos estão por vir.

Foto: Catedral da Boa Viagem- BH/MG

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cardeal é pressionado a provar suposto elo entre homossexualidade e pedofilia

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Número 2 do Vaticano descartou que abusos tenham relação com celibato.
Especialistas contestaram seus argumentos nesta terça (13).

Autoridades, médicos e movimentos de defesa de grupos homossexuais no Chile pediram ao secretário de estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, que prove as ligações da homossexualidade com a pedofilia, como afirmou na véspera em Santiago.

"Eu não tenho essa opinião, gostaria de conhecer os estudos científicos que ele diz ter. Tenho uma grande estima pelo Cardeal Bertone, mas tenho a sensação que neste caso ele está equivocado", afirmou o senador democrata-cristão Patricio Walker.

Estudei o tema, não sou psiquiatra, mas advogado. No entanto, já apresentei muitos projetos contra a pedofilia, que agora viraram lei. A pedofilia é um transtorno mental de caráter sexual que afeta tanto homossexuais como heterossexuais", comentou.

"Essa ligação foi desacertada. O celibato causa mais danos a um ser humano que a condição de homossexualidade, opção tomada livremente. Estou constrangido com as palavras deste alto dignatário da Igreja", afirmou por sua vez o deputado comunista Hugo Gutiérrez à AFP.

"A gente nunca vai parar de se surpreender com as declarações dessas pessoas. A Igreja deveria ser mais bondosa e caridosa com os homossexuais, em vez de ficar atribuindo pecados a eles", completou.

O líder do Movimento de Integração e Libertação Homossexual (Movilh), Rolando Jiménez, também exigiu que o cardeal mostrasse provas que justificassem suas afirmações.

Especialistas médicos também descartaram a ideia. "Não me parece possível pensar que haja uma relação direta entre o homossexualidade e a pedofilia", disse a professora da Universidade do Chile Tamara Galleguillos.

Galleguillos afirmou que durante seu trabalho no Serviço Médico Legal do Chile "os heterossexuais pedófilos eram vistos de forma igual aos homossexuais pedófilos, não eram diferenciados".

Na segunda-feira, durante coletiva de imprensa, o número dois do Vaticano afirmou que a pedofilia entre os sacerdotes tem mais a ver com a homossexualidade que com o celibato.

"Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e me disseram recentemente, que há relação entre homossexualidade e pedofilia. Isso é verdade, esse é o problema", completou.

Bertone anunciou que o Vaticano tomará novas iniciativas surpreendentes contra a pedofilia. "Não posso antecipar, mas outras iniciativas estão sendo pensadas", disse o cardeal.

Fonte: Globo.com

LGBT: Repudiation of Vatican statements

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OFFICIAL ABGLT POSITION ON VATICAN STATEMENTS ABOUT HOMOSEXUALITY

ABGLT – the Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Association – is a national network, founded in 1995, currently having 237 member organizations throughout Brazil. Its mission is to defend and promote the citizenship of these segments of the population. ABGLT is also active on the international scenario and has consultative status with the United Nations Economic and Social Council.

In the face of the statement made by the Vatican’s Secretary of State, Cardinal Tarcisio Bertone, this Monday (12/04/2010) that it is “homosexualism” (sic), and not celibacy, that should be related to pedophilia, ABGLT publicly manifests itself as follows:

In its by-laws, ABGLT makes it clear that it is against pedophilia, regardless of the sexual orientation of gender identity of those who practice it, whether they be heterosexual or homosexual. During its 1st Congress, held on January 20th to 24th 2005, in Curitiba, Paraná, Brazil, ABGLT decided in favour of the defence of the Secular State and against the sexual exploitation and abuse of children and adolescents. It is ABGLT’s understanding that pedophilia is a disorder, as per the International Classification of Diseases 10 - F65.4: 302.2, and that the sexual abuse of children and adolescents is a crime. ABGLT has a permanent campaign on its website against pedophilia and the sexual abuse of children and adolescents: http://www.abglt.org.br/port/luta_pedofilia.php;

Many studies on pedophilia and the sexual abuse of children and adolescents indicate that the majority of these crimes is perpetrated by heterosexual people, without this implying that heterosexuality causes pedophilia. The issues relating to pedophilia itself are very complex and cannot be reduced to a simplistic differentiation based on the sexual orientation of the aggressors. What does arise as a tendency in the studies is that the crimes are committed by people who are close to, hold authority over and count on the trust of the underaged, such as parents, relatives, priests;

ABGLT does not accept this provocation by the Vatican against Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender (LGBT) people, which is nothing more than an attempt to draw attention away from the more important problem that proliferates within the bosom of the Catholic Church, and which undoubtedly should be explained and clarified to society in general;

ABGLT defends the Secular State and understands that religious freedom does not give the Vatican the right to judge with its own laws its peers who abuse children and adolescents. ABGLT maintains that ordained people who commit the crime of sexual abuse of children and adolescents, in addition to receiving due healthcare, must be subject to the penalties provided for by secular laws, in the same way as the rest of the population. As such, ABGLT joins other human rights organizations and demands that the Vatican provide an explanation regarding the crimes committed by catholic priests, and that it does not blame the LGBT community in this irresponsible manner;

ABGLT, differently to fundamental religious sectors, defends sexual education for children and adolescents, in order for them to learn to have autonomy over their bodies, and learn to protect themselves from and report abuse at home, in churches, and wherever else it may occur;

ABGLT calls on professional, human rights and LGBT organizations, both national and international, to make pronouncements on this matter;

ABGLT hopes that the Vatican’s Secretary of State, Cardinal Tarcisio Bertone, will be capable of showing the minimum of respect to the families of the children abused by priests and bishops of the Catholic Church, and that, instead of placing the blame of its scandals on the homosexual community, it reflects on the past and on the harm that the Church has historically caused to Black people, the disabled, women, Jews, gypsies, homosexuals and children and adolescents throughout the world. Will the Church, in the future, also ask forgiveness of the homosexual community for yet another injustice it is committing now?

Long live the Secular State. For the right for children and adolescents to have Sexual Education, for the punishment (under secular laws) of ordained people who sexually abuse children and adolescents, for a new Church that respects the human rights of all citizens, indiscriminately.

ABGLT - Brazilian Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Association

LGBT: Repúdio sobre declarações do Vaticano

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NOTA OFICIAL DA ABGLT SOBRE DECLARAÇÕES DO VATICANO REFERENTES À HOMOSSEXUALIDADE

A ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – é uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, que congrega 237 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.

Diante da declaração do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que afirmou nesta segunda-feira (12/04/2010) que é o “homossexualismo” (sic), e não o celibato, que deve ser relacionada à pedofilia, a ABGLT vem a público se manifestar:

A ABGLT deixa claro no seu estatuto que é contra a pedofilia, seja ela praticada por pessoas de qualquer orientação sexual ou identidade de gênero, heterossexuais ou homossexuais. A ABGLT, no seu primeiro Congresso, realizado de 20 a 24 de janeiro de 2005, em Curitiba, Paraná, Brasil, deliberou pela defesa e garantia do estado laico e contra a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. A ABGLT entende que a pedofilia é um transtorno, conforme a Classificação Internacional de Doenças 10 - F65.4: 302.2, e que o abuso sexual de crianças e adolescentes é crime. A ABGLT mantém uma campanha permanente contra a pedofilia e o abuso sexual de crianças e adolescentes: http://www.abglt.org.br/port/luta_pedofilia.php ;

Diversos estudos sobre a pedofilia e sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes apontam que a maioria destes crimes é perpetrada por heterossexuais, sem que isto signifique que a heterossexualidade cause a pedofilia. As questões relacionadas à pedofilia propriamente dita são muita complexas e não podem se reduzir a tão simplista diferenciação baseada na orientação sexual dos agressores. O que surge de fato como tendência nos estudos é que os crimes são praticados especialmente por pessoas que têm proximidade, exercem autoridade e possuem confiança em relação às crianças e aos adolescentes, como pais, familiares, religiosos;

A ABGLT não aceita esta provocação do Vaticano contra as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, que não passa de uma tentativa de desviar a atenção do problema maior que se prolifera dentro do seio da Igreja Católica, o qual deve - sim - ser explicado e esclarecido para a sociedade em geral;

A ABGLT defende um Estado Laico e entende que a liberdade religiosa não garante ao Vaticano o direito de julgar com suas próprias leis os seus pares que abusam de crianças e adolescentes. A ABGLT entende que religiosos que cometam crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes, além de ter o devido acompanhamento dos serviços de saúde, devem ser submetidos às penas previstas pela lei secular, assim como o restante da população. Assim, a ABGLT se soma às demais instituições de direitos humanos e pede que o Vaticano se explique sobre estes crimes cometidos por sacerdotes católicos, e que não culpe de forma irresponsável a comunidade LGBT;

A ABGLT, diferente dos setores fundamentalistas religiosos, defende a educação sexual para crianças e adolescentes, de tal modo que aprendam a ter autonomia sobre seu corpo, e a se proteger e denunciar abusos dentro de casa, nas igrejas e em qualquer outro lugar;  

A ABGLT convoca as organizações profissionais, de direitos humanos e LGBT, nacionais e internacionais, a se pronunciarem sobre o assunto;

A ABGLT espera que o Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, tenha o mínimo de respeito para as famílias das crianças abusadas por padres e bispos da Igreja Católica, e que, ao invés de jogar a culpa de seus escândalos para a comunidade homossexual, reflita sobre o passado e o mal que historicamente a Igreja tem feito aos negros, deficientes, mulheres, judeus, ciganos, homossexuais e crianças e adolescentes em todo o mundo. Será que futuramente a Igreja vai pedir perdão também aos homossexuais por mais este erro que está cometendo agora?

Viva o Estado Laico. Pelo direito da Educação Sexual de crianças e adolescentes, pela punição (conforme as leis seculares) de religiosos que abusam sexualmente de crianças e adolescentes, por uma nova Igreja que respeite os direitos humanos de todos os cidadãos e todas as cidadãs, sem distinção de qualquer natureza.

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ateus querem a prisão do Papa

Ateus britânicos vão pedir prisão do papa por abusos na Igreja

da BBC Brasil

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Dois renomados ateus britânicos expressaram sua intenção de processar o papa Bento 16 pelo seu papel nos casos de abusos sexuais envolvendo padres da Igreja Católica em diversas partes do mundo.

Os escritores Richard Dawkins e Christopher Hitchens disseram que moverão um processo contra o papa tanto na Justiça do Reino Unido, país que o pontífice visitará em setembro, quanto na Corte Penal Internacional.

Dawkins, biólogo de formação, é um conhecido autor de livros que questionam a validade e a veracidade das religiões. Seu trabalho mais conhecido, "Deus, uma ilusão", vendeu mais de 1,5 milhão de cópias e virou um best-seller publicado em mais de 30 países.

Hitchens é filósofo e cientista político pela Universidade de Oxford, e colunista de diversas publicações, como "Vanity Fair", "Harper's" e "Granta".

A argumentação jurídica seguiria a mesma lógica da ação que culminou com a prisão do ex-ditador chileno Augusto Pinochet durante sua visita a Londres em 1998.

Os pensadores alegam que o pontífice "não é imune à prisão no Reino Unido" porque, apesar de ser o chefe do Vaticano, não é um chefe de Estado reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas).

"Acredito que a Justiça britânica rejeitará (o argumento de imunidade do papa)", disse o advogado especializado em direitos humanos que representará os escritores, Mark Stephens.

"Se o papa viesse em visita de Estado, normalmente um chefe de Estado teria imunidade soberana. O que defendo é que ele não é um soberano, não é chefe de Estado, por isso não pode se valer dessa defesa."

Dawkins e Hitchens e seu advogado creem que podem acusar o papa de crime contra a humanidade.

Escândalos

Bento 16 tem sido alvo de críticas diante das inúmeras denúncias de abusos de menores que surgiram, porque ele chefiava o braço da Santa Sé responsável pela disciplina.

Em muitos casos o papa, então cardeal Joseph Ratzinger, é acusado de omissão. Mas no fim da semana passada veio a público uma carta de 1985 em que ele resiste à ideia de destituir das funções sacerdotais o padre americano Stephen Kiesle, acusado de abuso sexual.

O então cardeal Ratzinger afirmou na carta que o "bem da Igreja universal" precisava ser levado em conta em um ato como a destituição das funções sacerdotais.

O Vaticano confirmou a assinatura do cardeal no documento, revelado pela agência de notícias Associated Press.

Em resposta à divulgação da carta, o porta-voz do Vaticano disse que o documento foi apresentado "fora do contexto".

 

Fonte: UOL

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Imoralidade do clero, um caso para justiça

Igreja deve colaborar com Justiça para apurar casos de pedofilia, diz Vaticano

Objetivo é restabelecer a confiança dos fieis, segundo porta-voz. Segundo ele, número de novas denúncias parece estar diminuindo.

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A Igreja Católica deve prosseguir colaborando com a Justiça para investigar todas as denúncias de pedofilia contra o clero, como a única forma de restabelecer a confiança dos fieis, declarou nesta sexta-feira (9) o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi:

"Além da atenção às vítimas, é necessário prosseguir com a colaboração com as autoridades civis, competentes nos planos judicial e penal, levando em conta as especificidades jurídicas e de circunstâncias nos diferentes países… É a única forma que nos permitirá restabelecer um clima de justiça e de plena confiança na instituição eclesiástica.".

Afirmou em declarações à Rádio Vaticano.

A Igreja está abalada há várias semanas por uma série de escândalos de pedofilia cometidos por padres ou religiosos.

"Mas parece que o número de denúncias de novos abusos, como acontece nos Estados Unidos, está diminuindo", afirmou Lombardi.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Igreja se diz "humilhada" com casos de pedofilia em Alagoas

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Foto: Curia Diocesana de Penedo

 

A Diocese de Penedo afirmou que a Igreja Católica se sente triste e humilhada com as recentes acusações de pedofilia envolvendo monsenhores e padres em Arapiraca (AL). A Igreja informou que todas as medidas previstas pelo direto canônico foram tomadas “energicamente” contra os acusados no escândalo.

Nesta terça-feira (6) à noite, a Diocese emitiu nota onde expressou solidariedade às vítimas do "fato aberrante" e comunicou a "suspensão total das ordens sagradas" do monsenhor Luiz Marques Barbosa, 82, flagrado em um vídeo praticando sexo com um jovem supostamente de 18 anos. Outros dois padres e um monsenhor foram afastados preventivamente apenas das celebrações e respondem a processos canônicos.

"Entristece-nos e humilha-nos pensar na situação dramática das possíveis vítimas e da Igreja escarnecida e vilipendiada a causa do comportamento imoral de quem deveria ser mestre de fé e de conduta ilibada", diz o texto, assinado pelo bispo Dom Valério Breda.

Para a Igreja, o escândalo circulou pelo "mundo inteiro" e "expôs à pública execração o pecado revoltante, que clama por justiça e por inadiável e radical purificação e conversão".

Pela primeira vez, a Igreja admitiu uma possível reparação em caso de comprovação de pedofilia e ofereceu apoio às vítimas. “Sentimos ainda mais dilacerante e urgente o apelo por justiça e por reparação, caso seja confirmada a acusação de abuso ou constrangimento sexual contra menores pelos padres citados. Se há jovens vítimas, a Igreja se posiciona incondicionalmente ao lado deles”, afirmou.

A Igreja ainda garantiu que vai ajudar a Polícia Civil e o Ministério Público nas investigações de casos de pedofilia envolvendo autoridades religiosas. "Reiteramos o nosso irrestrito compromisso em contribuir eficazmente e favorecer o inquérito policial, instaurado para averiguar a veracidade das denúncias formuladas pelas supostas vítimas, ao tempo em que nos colocamos a total dispor das autoridades de polícia e da justiça para tudo o que se fizer necessário".

Dom Valério ainda respondeu às críticas do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pedofilia, de que a Diocese teria sido informada das denúncias de abuso sexual e não teria informado às autoridades e apenas “afastado os padres de paróquia para que eles continuassem abusando em outro lugar”.

“Cabe o esclarecimento de que somente com a veiculação do programa televisivo ‘Conexão Repórter’, da Emissora SBT, em 11 de março de 2010, apresentando denúncias e identificando os envolvidos, foi que a Diocese tomou conhecimento daqueles fatos”, assegurou o bispo, que afastou os acusados dois dias após a divulgação da reportagem.

CPI

Também nesta terça-feira, a CPI da Pedofilia definiu as datas e os 17 nomes das pessoas que vão depor na cidade de Arapiraca entre os dias 16 e 18 abril.

Os padres acusados, as duas delegadas que investigam o caso e 12 testemunhas e possíveis vítimas (entre elas três menores de 18 anos) serão ouvidos pelos senadores integrantes da CPI.

Fonte UOL

domingo, 4 de outubro de 2009

O vínculo homossexual negado na Igreja


Neste artigo, o político e sociólogo italiano Luigi Manconi analisa a relação entre a Igreja católica e a homossexualidade a partir do caso de Dino Boffo, ex-diretor do jornal dos bispos italianos, Avvenire, que renunciou após especulações sobre sua sexualidade. O texto foi publicado no jornal L’Unità, 27-09-2009. A tradução é de Benno Dischinger.



Se na Itália a confissão cristã majoritária não fosse a católica, e sim a de uma igreja reformada – quem sabe? a metodista – tudo o que aconteceu nas últimas semanas simplesmente não teria acontecido. Aquela igreja metodista teria, de fato, aceitado serenamente que o diretor de seu cotidiano fosse um homossexual, talvez convivendo com uma pessoa do mesmo sexo, sem que isso produzisse escândalo e o tornasse chantageável. Digo isto porque, distando algumas semanas da deflagração do “affaire Boffo”, talvez se possam considerar pacatamente algumas implicações daquela ocorrência que, paradoxalmente, foram ignoradas. E que, no entanto, constituem a raiz mais profunda de toda a questão: ou seja, a relação entre a Igreja católica e a homossexualidade.

Fique claro: não há nenhuma prova das opções sexuais do ex-diretor de Avvenire e, sobretudo, não há razão no mundo para que estas mesmas opções, ou as de quem escreve, ou as do diretor deste jornal, constituam motivo de interesse público. E, no entanto, não resta dúvida que a questão controversa e trágica da relação entre a Igreja e a homossexualidade – ou melhor: a remoção dela – represente o verdadeiro nó, emaranhado e dolorido. Desde sempre aquela igreja precisou mensurar-se com as consequências de duas escolhas doutrinariamente motivadas e inspiradas por sua própria natureza de comunidade auto-suficiente: a do celibato dos sacerdotes e a da vocação pedagógica como principal missão civil.

Disso também derivou a desgraçada sobreposição entre a homossexualidade – alimentada por um ambiente fortemente integrado, conotado em sentido masculino e machista – e a pedofilia: tentação, esta última, sempre recorrente no interior da relação educativa entre adultos e adolescentes. Tal sobreposição tornou ainda mais rígido o tabu eclesial da homossexualidade, impedindo que fosse enfrentada com liberdade (além de ser com misericórdia mais afinada) aquela preferência sexual que as modernas disciplinas da psique consideram constituir uma dentre as opções possíveis – e naturais – da personalidade. Para a Igreja, ao invés, se trata de uma “inclinação objetivamente desordenada” (Catecismo da Igreja católica, 2003). Além disso, as opiniões públicas contemporâneas separaram, pouco a pouco mais nitidamente, a pedofilia como perversão e como crime, da homossexualidade entre ad ultos consensuais.

A Igreja católica de nenhum modo foi capaz disso. De um lado, não soube enfrentar tempestivamente o fenômeno da pedofilia em seu interior, nem indagar suas raízes mais profundas; de outro, continuou assimilando a homossexualidade ao abuso dos menores. O resultado é, dizendo pouco, desastroso: a pedofilia resiste, embora o comportamento do Vaticano tenha se tornado mais rigoroso. E, em relação à homossexualidade a pastoral confirma ser tão clara quanto dramaticamente inadequada: se reconhece a existência de uma “inclinação” homossexual (cuja “gênese psíquica” seria em grande parte inexplicável) que prevê “compaixão” e terapia, e a mesma é considerada em si não pecaminosa desde que não praticada. O que conflita agudamente com uma aquisição fundamental da mentalidade contemporânea.

Ou seja, a idéia que a “liberdade dos modernos” consiste em viver a própria condição (mesmo que considerada desvantajosa ou de minoria, de privação ou de debilidade) com dignidade: e vivê-la significa não reprimi-la, e sim declará-la e realizá-la. O que é exatamente o contrário de quanto recomenda a Igreja, que indica, ao invés, a sublimação: em termos religiosos, pela castidade a ser atingida através das “virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, com a prece e a graça sacramental, podem e devem aproximar-se da perfeição cristã (ainda do Catecismo, 2003).

Na linguagem da Igreja, a referência à “graça sacramental” requer, entre outras coisas, a confissão como procedimento de contrição-arrependimento-expiação. O homossexual pode, assim, confessar a própria queda (a prática sexual) e retornar à comunhão dos fiéis; salvo depois prever uma possível nova queda e uma nova confissão. Bento XVI reafirmou há apenas algumas semanas: “Deus persegue as culpas e protege os pecadores”. Mas, é precisamente este o nó crucial: uma comunidade que vive no próprio interior aquela contradição encontra-se constrangida por essa própria cultura a considerar uma parte de si como algo a ser ocultado, medicado, tratado – no melhor dos casos – “compassivamente”. Enquanto a mentalidade contemporânea elabora categorias como “valorização das diferenças” e “igual dignidade”: e os cri stãos (e os párocos e os bispos) percebem o seu fascínio. É um verdadeiro pecado (até mesmo em sentido próprio) que Dino Boffo se tenha demitido: isso permitirá que aquele mecanismo de remoção ainda se perpetue. E, com ele, o sofrimento de tantos homossexuais cristãos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bispo flagrado com pornografia infantil se entrega à polícia no Canadá

Material pornográfico foi achado no computador do religioso.
Ele se afastou de seu cargo, alegando motivos pessoais.





O bispo católico Raymond Lahey se entregou nesta quinta-feira (1º) à polícia no Canadá, um dia depois de ter sido emitido um mandado de prisão contra ele. O religioso é acusado de posse de material pornográfico envolvendo crianças.

Lahey, bispo de uma diocese na província de Nova Escócia, se apresentou a uma delegacia de Ottawa acompanhado de um advogado.

Segundo a polícia, em 15 de setembro, Lahey desembarcou no Aeroporto Internacional de Ottawa em um voo vindo da Europa. Durante uma inspeção de rotina em seu computador portátil, os agentes de alfândega encontraram imagens pornográficas de menores de idade.

O inspetor Alain Boucher, porta-voz da polícia, disse que o mandado para a prisão de Lahey demorou a sair porque as pessoas que apareciam nas imagens do computador do religioso eram jovens, mas não o suficiente para a emissão de uma ordem para a apreensão imediata do computador.

Segundo o policial, só depois os peritos encontraram evidências mais sólidas de um possível caso de exploração sexual de menores.

Com as provas, em 25 de setembro a polícia acusou Lahey, que tem 69 anos de idade, de posse e distribuição de pornografia infantil.

Constrangido e pressionado, Lahey renunciou ao posto de bispo da diocese de Antigonish no último sábado. Em carta aos fiéis, ele atribuiu a renúncia a motivos pessoais e disse que precisaria de tempo para uma "renovação pessoal".

O arcebispo de Halifax, Antony Mancini, disse que só soube das reais razões da renúncia de Lahey depois que a prisão do bispo foi publicamente divulgada.

Mancini declarou ainda que o papa Bento XVI provavelmente soube da "gravidade do assunto", uma vez que Lahey lhe enviou uma carta de renúncia e o papa aceitou-a.

Lahey foi quem negociou um acordo com dezenas de vítimas de abusos sexuais cometidos por padres católicos em sua diocese.

A televisão pública canadense informou que o bispo será colocado em liberdade após pagar uma fiança de US$ 9 mil. Além de ficar impedido de se aproximar de parques e menores de idade, Lahey será proibido de acessar a internet.


Fonte: Globo. com