quinta-feira, 19 de junho de 2008

Família

Por falar em família, não posso deixar de pensar no ideal que envolve esse termo. Por convenção se aceitou, que ela, a família, é a célula mater da sociedade. O modelo família feliz é eternizado no pensamento do homem, com toques cristãos de santidade; objeto a ser alcançado, ou, ainda, consagrado. Uma família feliz, poderia pensar a lógica, é fruto de homens e mulheres maduros e estruturados. Entretanto, a coisa não funciona assim... Muitos cristãos conservadores saem à defesa da família, entretanto, o mal moderno também é fator gerado nos núcleos desse modelo social.

As disputas, o egoísmo, o narcisismo, a inveja e uma série de outros sentimentos estão envoltos no núcleo familiar. E, por como tabu, não são trabalhados nos indivíduos, que crescem indiferentes a si mesmos, às suas famílias e aos outros. Na família, como em Alice nos país das maravilhas, o mundo encantado não pode ser destruído... Os temas infelizes das pessoas, como: angustia, frustração, baixo-estima e tantos outros são disfarçados aos olhares de todos. A santidade que reina é demoníaca! Afinal, as pessoas que convivem não vivem, apenas desejam, tacitamente, o aniquilamento do outro, enquanto disfarça numa atitude dissimulada suas verdadeiras pretensões. Esses mesmo indivíduos trabalham, freqüentam o meio social e trazem nele o reflexo de suas neuras e comportamentos mal resolvidos.

Desta feita, penso que uma imagem, que poderia retratar bem aquilo que estou pensando, seria essa aqui, desta foto! Eis a família feliz... Um homem nu, fazendo pose como se estivesse à frente do espelho, vislumbrando seu próprio ego narcisista, e uma mãe com a filha no colo, também nuas, espancando sua filha por ciúmes do marido. O fato da nudez reflete, ou pode ser interpretado como, os personagens sem as máscaras sociais da aceitação e do disfarce do sentimento, que para muitos é sombrio, mas cultivado no seio da célula mater. Assim, a família moderna e feliz se estrutura pela ausência e indiferença do masculino, e pela parcialidade feminina, manipulando a relação e descontando suas frustrações.

Sendo assim, poderia dizer: "EU TENHO MEDO!"

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