A próxima edição do festival de música italiano de Sanremo, que será realizado em fevereiro, já ganha a atenção popular devido à música "Luca era gay", que afirma que o homossexualismo tem cura e que é cantado por um homossexual que afirma ter se "reconvertido".
Vários coletivos homossexuais já expressaram repúdio ao cantor Povia, responsável pela controversa música e que, em entrevista que será publicada na quinta-feira no suplemento do jornal "Il Giornale" - antecipada hoje por alguns veículos de comunicação -, assegura que uma pessoa não nasce, mas se torna gay.
Sem pai
"Meus pais se separaram quando eu era pequeno e meu pai saiu de casa. Fiquei sozinho em um ambiente feminino, brincava de boneca. Engana-se quem pensa que uma pessoa nasce gay. Você se apaixona por um homem porque é isso que você gostaria de ser", explica sua teoria o cantor.
"Os homossexuais vivem um frenético nomadismo sentimental. É compreensível: como qualquer outro, buscam algo diferente de si mesmos. Se encontram no outro apenas algo parecido, a relação não pode ser mais que efêmera e compulsiva. Não pode existir estabilidade e fidelidade no mundo gay", afirma.
Como a própria história que narra na música, que concorrerá entre os dias 17 e 21 de fevereiro em Sanremo junto a artistas como Albano ou Iva Zanicchi, o próprio Povia confessa na revista que, após anos se considerando homossexual, se casou com uma mulher, Teresa.
Milagre
"Para mim, foi um milagre. Durante uma peregrinação, conheci Teresa e, após um ano de namoro, nos casamos", explica Povia, que justifica o fato de ter abandonado o homossexualismo pela propagação do vírus da Aids entre os gays nas sociedades ocidentais.
No entanto, os coletivos homossexuais afirmam que a história da canção, e, talvez, do próprio músico, são fruto das afirmações do grupo de tratamentos fundado pelo psicólogo americano Joseph Nicolosi.
"Povia é um militante dos grupos de tratamentos reparadores fundado pelo americano Joseph Nicolosi, convencido de que o homossexualismo deve ser curado e de que a relação amorosa entre dois homens é passageira", diz em comunicado de imprensa Aurelio Mancuso, presidente do coletivo Arcigay.
Cura Gay? Acho que lidar com essa questão como se fosse uma doença não ajuda em nada e ainda alimenta um preconceito assim como havia com os leprosos no século XIX. Não encaro como doença, nem a OMS o faz, então por que insistir nisso?
ResponderExcluirAbraços