segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dublador e pastor evangélico se recusa "dar a voz" a personagem gay

Marco Ribeiro, o dublador de Sean Penn no Brasil, se recusou a fazer a voz do ator no filme "Milk- A Voz da Igualdade", informa nesta segunda-feira Silas Martí, da Folha de S.Paulo

No filme, que rendeu o segundo Oscar na carreira de Penn, o ator interpreta Harvey Milk (1930-1978), ativista gay e primeiro homossexual a ser eleito para um cargo político nos EUA.

"Não me sentia à vontade para fazer o filme", afirmou Ribeiro, 38, que é também pastor evangélico, à Folha. "Não tive vontade porque tenho a voz envolvida com outras questões, assim como não faço determinados comerciais."

"Não é que [Ribeiro] tenha algo contra homossexuais, é que as pessoas ao seu redor confundem sua profissão de ator com o lado religioso", afirmou Marlene Costa, 55, diretora de dublagem de "Milk", que substituiu Ribeiro pelo ator Alexandre Moreno.



Não é preconceito, mas nem a voz se quer compartilhar, mas não entenda como preconceito, é apenas convicção ideológica, daquelas que os gays não podem ter direitos, ou que os negros deveriam morrer, ou serem escravizados pelos brancos novamente, ou ainda, que os judeus merecem ser apátridas, ou espalhados por campos de concentração por toda a face da terra.

Não é preconceito, mas emprestaria- se a voz para qualquer outro papel como já aconteceu, inclusive, papeis de violência contra os próprios gays. Mas não é preconceito, de forma alguma, apenas convicções próprias de um cidadão que tem seu direito de expressar, mesmo que essa expressão violente a expressão de outros declaradamente.

Não é preconceito, mas, talvez, seja cinismo ou hipocrisia, e o irônico: partiu de um PASTOR EVANGÉLICO! Mas preconceito não é, ou me recuso a acreditar, como, na gratuidade, acredito no COELINHO DA PÁSCOA e no PAPAI NOEL também.

Infelizmente temos que conviver na Idade Média pelo fato das idéias, para alguns, serem inalcançadas pela falta da capacidade de se letrar naquilo que é complexo, e exigir um mínimo de inteligência aceitável, mas que nem todos possuem. Por isso muitas vazes o preconceito vem travestido de protesto, recusa, ou ataque... Tudo para camuflar aquilo que ele realmente é: BURRICE!

20 comentários:

  1. Ofender as pessoas com palavras é muito fácil, não é? Já tentou pelo menos uma vez questionar a si mesmo sobre o fato de estar errado (a). Se você crê em Deus, pergunte a Ele, tenho certeza que pode te responder.

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  2. A liberdade em geral otorga o direito de alguém se recusar a dublar um ativista gay. Isto tem a ver com ideologia, como o próprio pastor Marco Ribeiro afirma. Creio que as pessoas hoje em dia confundem preconceito com ideologia. Hoje muito se fala em ética, mas esta não pode se sobrepor aos conceitos e padrão de conduta que cada um de nós aprendemos e escolhemos durante nossa vida. Se uma pessoa se recusa a fazer uma dublagem de um gay, como é o caso, deve ser respeitado o direito desta pessoa. Onde está a liberdade de escolha???

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  3. Bom, respondendo ao primeiro anônimo:

    Não sei se ofender seria algo muito fácil, na verdade a ofensa é subjetiva, tanto é que para você foi uma ofensa a defesa do Direito à cidadania do gay ser gay, sem ter que responder moralmente por isso.

    Questionamentos sempre nos fazemos, e vc, que nos escreve, sem ao menos se identificar, já se questionou sobre suas verdades, ou isso te ofenderia muito?

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  4. A liberdade em si mesma não é facultada de outorgas para alguém, ou para alguma coisa, ou seja, ela não confere nada como mandato, não imputa nem atribui, caso contrário, não seria liberdade, pois não daria ao próprio ente a condição de não possuí-la, restringindo-a em si mesma na sua própria essência teleológica.

    Assim, a principiologia da liberdade é simplesmente a condição de se ser ou não. Não imposta, não imputada, não outorgada, mas, simplesmente conditio sine qua non daquilo que se é ou não é.

    Filosoficamente liberdade seria condição de um ser que, efetivamente, expressa os aspectos da sua essência e/ou natureza. Mas também é a própria faculdade (autonomia) de não expressa-los.

    Ainda como faculdade pensada na filosofia, tal liberdade, teria um problema relativo a determinação de seus próprios limites: leis, organizações políticas, sociais e econômicas. Desta feita, a liberdade não outorga nada, e ainda que outorgasse ela seria condicionada à própria RESPONSABILIDADE de não se perder no fator ideológico, limitante de sua própria potencialidade.

    Então ANÔNIMO 2, temos um problema conceitual em relação ao que vc pensa de liberdade, daquilo que se constrói na mesma. E também se confunde no fator ideológico, quando separa deste a origem do preconceito, uma vez, que é crasso erro, ou, evidente falta de formação antropológica.

    Toda ideologia exacerbada cria a discriminação social, quando o homem, na sua sociedade, considera seus valores, sua ética, sua moral, sua cultura e modus vivendi acima dos outros povos vizinhos ou pares de si, ele age com o, então, denominado, etnocentrismo. Quando os mesmos valores são investidos contra seus próprios pares sociais, na mesma sociedade, tem-se o preconceito, que é fruto último desta ideologia que você desassocia, ingenuamente, da ideologia primeira.

    Ele poderia não dublar o ator, nisso não há problemas, mas, ele, simplesmente, não dublará pelo fato do ator interpretar um gay, NISTO SIM HÁ PROBLEMAS, e o mais evidente é o da estupidez e ignorância tácita que permeiam o ideal religioso daqueles que assim procedem.

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  5. Preconceito puro. Não quis dublar por ser o personagem um gay, é fato indiscutível. Será que esse senhor se sentiria à vontade para dublar o general que atirou a primeira bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, matando milhares de pessoas como resultado direto da explosão? Ou Hitler. Ou o demente religioso Jim Jones que levou mais de 900 seguidores ao suicídio coletivo. Ou Torquemada que alimentou as fogueiras da intolerãncia? Quando me deparo com pessoas assim como esse pastor e seus seguidores fanáticos, tenho cada vez mais dificuldade em aceitar este Deus hebreu. É inconcebível que qualquer forma de inteligência desperdiçaria tanto tempo e esforço para produzir um fragmento de vida tão inferior.

    Vocês fanáticos, não escapam a qualquer lei da vida; tudo que nós, ‘os outros’, precisamos enfrentar, vocês igualmente precisam. Não podem proteger-se das forças da natureza e das leis da vida mais do que qualquer um nós. Tudo que vocês podem fazer, todos podem, também. Suas alegações de que são ‘iluminados’ ou ‘porta-vozes de Deus’ na Terra são falsas e hipócritas. Dignifiquem-se senhores, como seres humanos e justifiquem suas vidas sendo, realmente, IRMÃOS de toda a humanidade e cidadãos honrados do Universo.


    Um abraço

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  6. Oi!
    Sou o anônimo que escreveu às 14:07h.

    Vocês caracterizam as pessoas contrárias às práticas homossexuais de intolerantes, preconceituosas, fanáticos e outros rótulos mais, mas na verdade, quando falam disto, estão a olhar para um espelho, porque bastou este dublador se negar a fazer este serviço, para receber todas estas críticas. Não seriam, agora, vocês os intolerantes?
    Eu não tenho intenção alguma em atacar e nem ofender a ninguém; só estou fazendo estes questionamentos, porque os comentários de vocês me apresenta como um paradoxo.

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  7. Anônimo das 14: o7hs, na verdade não há espelho nenhum aqui, só se alguma coisa, neste espaço, refletida, seja, tão somente, o achar que o tácito negar, em oposição, de se dublar um gay não seja preconceito, sendo que a ÚNICA RAZÃO que o levou não dublar o personagem é o fato do personagem SER GAY. Em outras palavras, a única coisa refletida é seu querer minimizador, fingindo não ser a questão aquilo que ela se constitui de per si.

    O dublador, pastor, não se negou a um serviço qualquer, ele se negou ao serviço pelo fato de se ter que emprestar sua voz a um PERSONAGEM GAY.

    De fato, combatemos a intolerância, sendo intolerantes com os intolerantes... Agora, também não há aqui paradoxos, só há falta de entendimento óbvio, por maquiagem de circunstâncias incômodas, ou por querer se DEFENDER o próprio preconceito retirando-o do foco. Isto é lamentável, mas sua postura de bom moço cheio de questionamentos sinceros, se engana alguém, este alguém só pode ser você mesmo! E isso, também, é lamentável; pessoas que em semelhança dos preconceitos difusos levantam, em nome de questionamentos sinceros, ódios próprios.

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  8. O que mais me incomoda é esse babaca se dizer um artista, qdo além de preconceituoso, não vincula seu nome a verdadeira obras artisticas. Sendo um pastor, deveria mais que todos ter a intenção de fazer a tua voz espalhar boa cultura e boas ações como exemplo para melhorar este mundo. O filme MILK não é somente sobre os gays e sim sobre um ativista politico que abraçou as causas das minorias (negros, orientais, mulheres, gays). Como um artista, fico estremamente decepcionado que este idiota ganhe dinheiro com nossa arte. Principalmente utilizar dela pra divulgar a sua igreja. Continue dublando O MEMBRO DE OURO e pregando que tem Filhos de Deus que merecem o Céu mais que outros.
    HIPÓCRITA!!!!!!!

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  9. "Gospel"Por favor não seja prolixo pra responder.
    Ele tem o DIREITO de trabalhar da forma como ele quiser. Afinal não está no contrato dele a obrigação de aceitar tudo.
    Agora veja um exemplo meio esdrúxula, mas totalmente possivel: se um ator gay se recusa contracenar com uma mulher porque o seu parceiro tem ciumes, ele está tendo preconceito contra os heteresexuais? E porventura se ele não aceitar, os heterosexuais vão fazer esse escarcéu todo que os gays estão fazendo com isso?
    Por favor, os próprios gays carregam a auto-discriminação.
    Se sentem rejeitados porque a própria NATUREZA não aceita. Como existe a fala no filme: Homosexuais NÃO procriam. E Sean Penn retruca: '...vamos continuar tentando'. Primeiro se ajustem com a natureza. Depois procurem seus 'direitos'.

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  10. Bem Correia, não sou prolixo, agora faça um esforço maior para compreender, sempre que superamos nossas dificuldades avançamos como pessoas melhores.

    O exemplo que você deu, de fato é esdrúxulo, pois se no contrato dele é previsto a OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, sendo previsível que ele não faça é normal, mas, caso ele não faça algo, simplesmente, pelo fato de alguém, em alguma circunstância, declarar- se gay é aviltante.

    Assim, seu exemplo é minimalista; dizer que alguém deixou de interpretar algum papel por ciúmes do parceiro é diferente, totalmente, de se negar EMPRESTAR a voz à dublagem para um personagem gay, portanto, não faça esdrúxulo a semelhança de seu preconceito, seus argumentos. Um exemplo, entretanto, que assumiria a grandeza da contingência, seria o fato dele se recusar contracenar com um NEGRO OU JUDEU, da mesma forma que isso é preconceito, a recusa da voz à dublagem de um gay TAMBÉM.

    E pelo contrário, Correia, os heterossexuais não protestam contra os gays, quem, de fato, preocupa- se com os homossexuais são aqueles que querem afirmar sua própria heterossexualidade sem, de causa, possuírem-na. Esses sim, manifestam-se desfavoravelmente à homossexualidade, alegando que a mesma é contrária à natureza.

    Argumento este sem sustentação científica, afinal, toda cultura humana é contrária à natureza, assim, o simples fato de você beber água em um copo é contrário à natureza. O fato de você dialogar ou debater ideias se utilizando de computadores e internet é contrário à natureza. Afinal, você ao se utilizar do argumento contrário à natureza não deve saber ao certo o que é a cultura.

    Entretanto, para sua decepção, a atividade homossexual não é contrária à natureza, pois a frase carregada de que sexo é sinônimo de procriação é um erro conceitual crasso, daqueles que somente os eclipsados da razão cometem, ou arrazoam. A natureza pede que, naturalmente, o animal se alivie de suas cargas pulsativas, e para tal, faça-se o sexo. A natureza não determina que, naturalmente, o sexo seja feito entre pares macho e fêmea, apenas determina que a necessidade básica de qualquer animal é o alívio das pulsões. Ou seja, natural é o sexo, independente se a consequência gerará a reprodução ou não. Natural é a reprodução, mas não, conditio sine qua non, de que somente entre animais de sexos opostos ela se dará, satisfazendo à completude da natureza, ou sua proposta, porque a única proposta é o alívio da pulsão, ou o GOZO!

    Assim, dito isso, arrume argumentos melhores para desferir seu preconceito, afinal, até para se defender alguma coisa se tem que ter um mínimo de inteligência dizível.

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  11. Foi uma decisão mercadológica, e não de "princípios" ou foro religioso. O pastor julgou que teria menos rebanho se fizesse o trabalho. Ah, se os tais fiéis assistissem (ou entendessem) o humor fino dos Simpsons... Tô lembrando aqui de uma frase clássica do Flanders: "- Senhor Deus, por que me fizeste isso? eu sigo direitinho a Bíblia: até aquelas partes que se contradizem umas às outras..."
    Ué, dessa série você participa, caro pastor? Pior: como um dos diretores de dublagem! Mais: ele já dublou o viadíssimo do Waylon Smithers na série, além do próprio Flanders! Por que isso o senhor pôde fazer, meu caro? Ah, já sei: ali vc está protegido contra reconhecimentos... longe do olhar de Deus... quer dizer.. do Deus Mercado... do Deus Imagem de Bom Pastor... que conveniente.

    Os vendilhões não são (nem serão) mais expulsos do templo, pois eles o compraram.

    PS: antes que perguntem: não sou gay e não sou religioso; sou cineasta e escritor, e muito me entristece e revolta atitudes como essa. Vamos fazer um paralelo: olhemos pro passado; há 130 anos havia escravidão, e negros e índios não eram gente. Não é vergonhoso lembrar que um dia nossa sociedade (branca, capitalista, cristã e machista) pensou assim? E nós evoluímos pouco... Muito em breve os direitos dos homossexuais estarão consolidados, e a atitude do nosso dublador vai soar mais ou menos assim:
    "Dublador se recusa a dublar Denzel Washington: -'Temos cor diferente... minha voz não... combina'".
    "Dublador não emprestará sua voz a Tom Berenger no filme "Brincando nos Campos do Senhor", pois o americano interpreta um "pele vermelha": -'Sou anticomunista, desde criancinha'".
    "Dublador não fará vozes nacionais no filme "Dúvida", pois a película não esclarece se o padre molestou ou não o garoto:-'Eu não quero ficar na dúvida; é contra minha religião'".

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  12. Hermano
    E muito interesante toda essa discução. Mas o fato é : que o dublador não fez sua parte por acrditar em algo e isso ele tem direito. Não somos obrigados a gostar de tudo e de todos, mas esse dublador não deveria usar a sua escolha pessoal para justificar a susa decisão, mesmo que fosse este o motivo. Não sou a favor e nem contra o que ele fez,só acho que não foi certo d aparte dele. e enquanto a ter restrições por questões ideologicas, esse mesmo dublador fez o filme chamado trovão tropical que possui um numero enorme de palavrões e comentarios de baixo calão. isso sim seria motivo mais serio para não dublar um filme, na minha opinião.

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  13. O mesmo coment. que fiz no ambrosia.
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    Esqueçamos religião. Eu veria também pelo lado machista que a maior parte dos homens têm. É muito fácil julgar, no caso dele, que também é pastor. E levanta-se uma outra questão: não seria preconceito religioso acusar o dublador, sendo que nem o próprio revelou seus motivos de recusa? Questões culturais, éticas e religiosas nem sempre dá pra discutir, mas dá pra respeitar.
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    Beijos

    Núbia - www.nubibella.com

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  14. Existe uma diferença entre preconceito e a escolha do que achamos certo ou errado. Percebo que muitas vezes se faz mistura entre as duas coisas. Se uma pessoa faz uma escolha baseada na consciência do que ela tem sobre o certo e o errado, logo de início não se pode dizer que ela age com preconceito.
    Por exemplo: não encontro problema em trabalhar ao lado de alguém que se diz "homossexual", desde que me respeite; não vejo problema em estudar em uma sala de escola com uma pessoa que se diz ser "homossexual", desde que me respeite; mas, se for convidado a ir em uma boate gay, a principio, irei recusar o convite, entretanto, por causa da minha recusa, você não poderá dizer que eu estou sendo preconceituoso; concorda? Não posso defender 100% uma pessoa que não conheço, mas de repente foi isto que aconteceu!
    Pode me chamar de Alexandre. É meu segundo nome.

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  15. Bem o caso é o seguinte: Vamos pensar nessa notícia dada com um enfoque hipotético, mas símile, ou seja, vamos trocar os personagens envolvidos, substituir o gay pelo negro. A notícia ficaria assim:

    Dublador de Sean Penn no Brasil, se recusou a fazer a voz do ator no filme "Milk- A Voz da Igualdade", informa nesta segunda-feira Silas Martí, da Folha de S.Paulo

    No filme, que rendeu o segundo Oscar na carreira de Penn, o ator interpreta Harvey Milk (1930-1978), ativista NEGRO e primeiro NEGRO a ser eleito para um cargo político nos EUA.

    "Não me sentia à vontade para fazer o filme", afirmou dublador, 38, que é também pastor evangélico, à Folha. "Não tive vontade porque tenho a voz envolvida com outras questões, assim como não faço determinados comerciais."

    "Não é que [o dublador] tenha algo contra os NEGROS, é que as pessoas ao seu redor confundem sua profissão de ator com o lado religioso", afirmou Marlene Costa, 55, diretora de dublagem de "Milk", que substituiu o dublador pelo ator Alexandre Moreno.

    Também podemos pensar nisto em exemplo hipotético símile com os personagens político Alemão e judeu, a notícia ficaria assim:

    No filme, que rendeu o segundo Oscar na carreira de Penn, o ator interpreta Harvey Milk (1930-1978), ativista JUDEU e primeiro JUDEU a ser eleito para um cargo político nos EUA.

    "Não me sentia à vontade para fazer o filme", afirmou dublador, 38, que é também DEPUTADO ALEMÃO, à Folha. "Não tive vontade porque tenho a voz envolvida com outras questões, assim como não faço determinados comerciais."

    "Não é que [o dublador] tenha algo contra os JUDEUS, é que as pessoas ao seu redor confundem sua profissão de ator com o lado POLÍTICO", afirmou Marlene Costa, 55, diretora de dublagem de "Milk", que substituiu o dublador pelo ator Alexandre Moreno.

    Portanto, alguém não tem o direito, mesmo crendo em um ideal, discriminar a outrem, pois fere o direito coletivo de se ser aquilo que se é independente das ideologias. E não tenho o direito de discriminar o negro, nem o judeu, por serem eles negro e judeu! Por mais que alguém não goste do negro ou do judeu (e isso a pessoa tem direito), pelos motivos ideológicos que forem, entretanto, este não tem o direito de externar os seu motivos, pois eles são ilícitos, afrontativos, desumanos. A opinião do desgostar não é bem-vinda, pois sua expressão incide sobre a DIGNIDADE DE OUTRA PESSOA OU GRUPOS DE PESSOAS.

    Bem, quanto ao fato de não se sentir incomodado de se trabalhar ao lado de um gay, de se estudar ao lado de um gay, mas,incomodar-se em ir numa boate gay, acho justo, direito e perfeito, mas, não seria justo recusar um trabalho em emprestar sua voz a dublagem de um gay, SIMPLESMENTE, pelo fato da pessoa ser gay. E justificar dizendo: tenho minha voz envolvida noutras questões: Ou seja, o EVANGELHO, A PREGAÇÃO DO EVANGELHO, que no caso seria um proibitivo, pois a vida do ativismo gay é pecado, ou dublar um gay é fazer com que eu diminua o preconceito em dizer que os gays vão para o inferno, por serem gays e viverem assim,e, até, confundir o povo da congregação, ao passo que eles achariam normal tal situação.

    Então ir numa boate gay ou não, não é preconceito àquele que se recusa, por não ser o ambiente ideal para pessoa, que não é gay. Como eu não me sentiria bem numa sinagoga e nem num terreiro de candomblé, entretanto, recusar dublar um gay por motivos ideológicos é preconceito. Como seria preconceito eu recusar de dublar um rabino, ou um pai de santo, SIMPLESMENTE, por se ser judeu, ou afrodescendente.

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  16. Desculpem-me, mas vou parar de trocar comentários sobre este assunto, porque, dois dos lados das opiniões, haverá argumentos, consistentes ou não, para um debate muito prolongado, e eu bem sei que não podemos, a respeito de coisas semelhantes a esta e seus envolvimentos, convencer alguém a despeito do que acreditamos ser certo ou errado.
    Se me permitem, vou oferecer a única coisa que posso fazer por quem quer que seja. Se alguém precisa da ajuda de Deus para resolver qualquer problema que seja, pode contar com minhas orações.
    Alexandre

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  17. Alexandre, ore por esse pastor-dublador, então. Ele está precisando.

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  18. Não sou gay nen sinpatizo com a causa,mas não vejo nada demais em um pastor dublar um personagem homoseexual,pois ele já dublou personagens homossexuais antes,isso não degrine a imagem de nenhum profissional.

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  19. Nossa.. comentários acirrados... briga de dois direitos fundamentais, liberdade de pensamento versus não-discriminação. Bom, em direito constitucional aprendemos que não existem direitos fundamentais absolutos e que diante de colisão entre os mesmos, deverá haver ponderação de ambos (preservação), até que chegue-se a aplicação do melhor ao caso. Aqui deparamos um direito subjetivo de subjugar pessoas homossexuais (considerando a ofensa a toda coletividade gay e não a um gay especifico), em face de mero interesse subjetivo racista/preconceituoso, sob o manto da liberdade de pensamento. A liberdade de pensamento por outro lado, direito constitucional não serve jamais para proteger qualquer ser humano para a pratica de discriminação, tendo a propria ordem constitucional determinado que a República Federativa do Brasil, é, e objetiva a criação de uma sociedade sem preconceitos. Assim, a conduta do pastor, foi preconceituosa, contraria ao ordenamento constitucional, cuja aplicação horizontal nas relacões humanos, rechaça qualquer utilização de direitos fundamentais para causar dano a outrem. O ser humano é apenas uma categoria, especie, qualquer tentativa de reclassificação social do mesmo é um comportamento anti-social, anti-humano, egoisto.

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