quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pastores abortam parada gay em BH


A Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara de Belo Horizonte barrou projeto de lei que institui o Dia Municipal da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Dos cinco integrantes da comissão, apenas dois votaram. Ambos contra. Carlos Henrique (PR) e Divino Pereira (PMN), ambos pastores evangélicos. O presidente da CLJ, Sérgio Fernando (PHS), ligado ao movimento da Igreja Católica conhecido como Renovação Carismática, se absteve.

Os outros dois integrantes da comissão, João Vitor Xavier (PRP) e o relator do texto, Pablito (PTC), ambos a favor do projeto, reclamaram do tratamento dado pelos colegas à proposição. “Eles votaram contra por motivos pessoais e não avaliaram o texto constitucionalmente, mas no mérito, o que deve ser feito exclusivamente no plenário”, argumentou Pablito. Conforme os dois parlamentares, não há qualquer impedimento na legislação para que o projeto fosse aprovado. “Derrubaram por motivos religiosos”, pontuou João Vítor Xavier.

O vereador afirma ainda ter sido vítima de uma manobra para que o projeto fosse derrubado mais facilmente. “Existe um acordo informal entre os integrantes da comissão. As sessões só começam às 13h30. Cheguei às 13h20 e o projeto já havia sido derrubado”, acusou. Além de reprovarem o projeto, os vereadores transferiram a relatoria da proposta para o pastor Carlos Henrique.

João Vitor afirma ainda que o presidente da comissão também votaria contra o projeto na hipótese de empate na votação. “Minha opinião é que ele votaria com os pastores”, afirma. Sérgio Fernando diz que se absteve “porque não tinha conhecimento formado no sentido jurídico”. Os dois vereadores que votaram contra o texto não retornaram contato feito pela reportagem. O presidente da comissão afirmou que tanto Carlos Henrique quanto Divino Pereira não justificaram o voto contrário ao texto. “É uma posição do parlamentar”, argumentou.

Pelo regimento da Câmara de Belo Horizonte, o novo relator tem cinco dias úteis para apresentar novo parecer sobre o projeto. O posicionamento do parlamentar será submetido à CLJ, o que deverá ocorrer segunda-feira, quando acontecem as reuniões ordinárias da comissão. A autora do projeto, que prevê a comemoração da data em julho, é a vereadora Luzia Ferreira (PPS), presidente da Câmara. Em viagem a Brasília, a parlamentar não foi localizada para comentar a decisão da CLJ
Fonte: Portal UAI

4 comentários:

  1. Acho que essas pessoas são muito prepotentes, são deuses ou algo do tipo ? Muita ignorãncia.

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  2. Absurdo esse povo, como negam os nossos direitos como se nós fossemos obrigados a nos submeter aos padrões morais da fé deles, em um ESTADO LAICO! eu tenho asco de crente!

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  3. Se pensassem, esses (malditos) vereadores veriam que, trocando os personagens da lei em questão, também haveria a possibilidade de algum outro vereador ir contra uma data católica como Corpus Christ, ou alguma data que evangélicos comemorem, por exemplo.

    Direitos iguais para todos, sejam cristãos, Gays, prostitutas, mulheres, crianças. Isso não existe no Brasil...

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  4. Vocês estão muito equivocados, nós cristãos não julgamos o "ser gay" nós julgamos suas atitudes sendo elas pecaminosas e que na própria bíblia sagrada diz que Deus abomina todas essas coisas, vocês levam passagens bíblicas como a da foto acima como se fossem levadas ao contexto homossexual, eu acho que como "cristãos" vocês deveriam avaliar se Jesus no lugar de vocês faria o mesmo. Creio que vocês deveriam buscar mais a palavra para poder julgar os cristãos por não apoiarem suas atitudes. Galera não diz que ser homossexual está certo mais fala que os homens que tiveram relação com outros homens foram apedrejados pois Deus abomina essas atitudes, não sei se deu para vocês entenderem, mais Deus não odeia os gays, nós cristãos não odiamos vocês pelo contrário nós amamos vocês como pessoas, mais condenamos suas atitudes por serem erradas. Tenham um pouco de curiosidade e procurem saber se o que vocês tem feito é certo. Espero que vocês vejam como uma crítica construtiva e não me julguem por dizer o que penso da atitude que vocês tomam.

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