Certa vez, em um artigo, afirmei que ninguém quer um pobre por perto... Esse pensamento não é fruto de um arroubo político, de teorias libertárias e revolucionárias, pelo contrário, é simples constatação do quotidiano, daquilo que muitas vezes elegemos para nós e, em contraprestação, renegamos todo o resto que se difere de um ideal muito próprio e pessoal.
A verdade é que o homem ocidental recusa a ideia de fracasso, de derrota, por um modelo de vida social altamente competitivo, em que, no fim último, são valorizados e reconhecidos aqueles que obtiveram significativas posses materiais, sendo, os restantes, estigmatizados como coitados, indignos, sofredores... Colocados à margem, chegam a causar repulsa em muitos por contraporem o ideal material, capitalizado, desejado e perseguido no imaginário coletivo.
Em uma sociedade de ideal financeiro, em que se vale pelo que se tem, possui, e não pelo que se é, em que a propriedade é colocada acima da pessoa e de sua dignidade, todos aqueles que não conseguem evoluir nesse meio, de um modo ou outro, são marcados pela ausência de uma identidade positiva, em outras palavras, o homem, para sociedade, vale aquilo que ele tem, se ele não tem nada, ele não vale nada!
No meio gay isso é um fator ainda mais excludente, pois uma das características das comunidades homossexuais é: seus membros possuírem um poder aquisitivo acima da média, e um nível de formaçâo pessoal e acadêmica de igual forma elevadas. Entretanto, existem as exceções, e elas não são poucas, e, às vezes, bem mais acentuadas do que se possa imaginar.
Assistindo a esse vídeo abaixo fico a imaginar que, hoje, até para se sentir alguém amado por Deus tem que se pagar por isso. Contudo, somos adeptos de uma teologia inclusiva e o que temos feito para mudar isso? O que temos incluído; será o homem em sua integralidade, ou parte desse homem, em que só se considera humano e alguém, aqueles que têm posses? Fica a reflexão para o nosso modo de ser cristão inclusivo:
Lindo artigo, Renato, lúcido e pertinente - e uma reflexão necessária... Você nos autorizaria a reproduzi-lo em nosso blog (com os devidos creditos, claro, e link para cá?) :-)
ResponderExcluirGrande abraço!
:-)
Olha, estão mais que autorizados, e para mim é uma honra poder compartilhar com vcs! Pode sim! ;)
ResponderExcluirEstá lá, Renato! Valeu! Bjs! :-)
ResponderExcluirhttp://diversidadecatolica.blogspot.com/2011/08/somos-inclusivos.html