Por : Rafael Eurol (leitor do Gospel LGBT)
Por que tanta homofobia no contexto evangélico brasileiro?
O principal objetivo deste manifesto é o foco da homofobia
dentro do contexto evangélico brasileiro dos últimos anos. Apesar de reconhecer
a importância de se falar também na homofobia dentro do contexto da Igreja
Católica. Mas, os principais motivos para não entrar nesse assunto, agora, é
que a própria essência da teologia católica, a respeito da sexualidade, está
estagnada no tempo a “mil anos”! Então, como iniciar um diálogo sensato sobre a
homossexualidade com uma teologia que considera o sexo exclusivamente para a
reprodução, proíbe a utilização de camisinha aos seus fiéis, não aceita o
divórcio e exalta o celibato como ápice da piedade e santidade?
Por outro lado, a teologia protestante ou evangélica,
apresenta-se “um pouco” mais aberta à discussão. Nela há possibilidade de
questionamento, apesar de pouca. Esse é um dos motivos pelo qual restringi a
falar especificamente da teologia e igreja evangélica. Não só por isso, mas
principalmente porque me sinto mais a vontade, sendo cristão evangélico,
estudioso da Palavra e ter minha formação em teologia em um seminário batista;
O tema da homofobia me convocou especialmente por ser gay e conviver com
bullying’s e violências homofóbicas diariamente há anos. Além disso, a pesquisa
feita na USP, pela Fundação Perseu Abramo e coordenada pelo professor Gustavo
Venturi em 2009, mostra que os evangélicos são os religiosos mais homofóbicos
no Brasil. Entre os religiosos que têm tendência a comportamentos homofóbicos,
os evangélicos lideram o ranking com 31%, contra 24% dos católicos, 15% dos
praticantes do candomblé e 10% dos kardecistas.
Diante de tal violência em nome de Deus, resolvi abordar os
dois temas ao mesmo tempo: homofobia e a igreja evangélica, ou como prefiro
chamar: “homofobia cristã evangélica”, que atinge não só os gays cristãos, mas
à sociedade em geral.
Resolvi utilizar esse termo especificamente, porque acho
mais apropriado, uma vez que se verifica entre os religiosos, uma
particularidade na homofobia. Poderia se dizer que homofobia cristã evangélica
nada mais é que a utilização de interpretações literais da Bíblia por grupos
fundamentalistas evangélicos para impor o seu estilo de vida religioso a toda
sociedade civil brasileira. Ou seja, alguns líderes oportunistas querem impor à
sociedade um jugo que nem os próprios cristãos conseguem carregar, como os
próprios fariseus e religiosos faziam nos tempos de Jesus, e que Jesus combatia
veemente.
Espanto-me sempre com a homofobia no Brasil a cada vez que
vejo e revejo reportagens e noticias sobre violências contra homossexuais na
mídia, quando ouço muito mais fatos através de amigos, quando fico sabendo que
o Brasil é o país que mais mata gays no mundo e principalmente quando eu mesmo
sofro “na pele” com o preconceito. Preconceito que nos atos mais sutis de sua
manifestação, são por vezes os mais dolorosos: são aqueles que quando pessoas
especiais de repente mudam completamente sua relação com você pelo simples fato
de tomar conhecimento de sua orientação sexual, o que ocorre principalmente
entre os “irmãos” evangélicos.
Como ultimamente tem crescido o avanço do ódio e a luta
contra os direitos das pessoas lgbtts, tendo como carro chefe a bancada de
religiosos na política e pastores midiáticos vendedores de bugigangas
milagrosas, decidi escrever esse artigo, até mesmo como estratégia de desabafo,
o que na psicanálise poderia ser chamado de sublimação.
Não são raras as vezes que me deparo meditando e buscando
entender: Porque tanta homofobia no meio evangélico? Eu realmente questiono
isso, porque quando eu leio os evangelhos, os ensinamentos de Cristo e vejo seu
exemplo, esforço-me para ser um
discípulo Seu. E como um discípulo dele, eu procuro sempre olhar com atenção para os excluídos e os que sofrem, assim como aprendi com o Mestre
através das Escrituras e do meu relacionamento pessoal com ele. A parábola do
Bom Samaritano, apresentada por Jesus, é a que mais descortina a situação de
desamor que vivemos hoje com a Igreja de Cristo em relação aos gays no Brasil.
Como na parábola, os sacerdotes e levitas passam de largo ao ouvir os gritos
dos gays quando precisam, e mais do que isso, os acarretam com mais
sofrimentos. Então aparece outro em cena, o Bom Samaritano, alguém que não era
considerado pelos religiosos como um bom religioso, e ele ajuda o ferido,
necessitado e injustiçado, sendo este Samaritano, figura de alguém que ama o
seu próximo, ao contrário dos sacerdotes e levitas ocupados com suas próprias
mesquinharias.
O discurso evangélico sobre os gays não muda, é sempre a
mesma hipocrisia velada: Amamos os gays, MAS não aceitamos a prática do
homossexualismo – termo médico referente à doença já abolido pela medicina e
usado ainda pelos “fariseus”. Continuam dizendo: “Amamos os gays, assim como
também amamos os assassinos, os ladrões, os estupradores, os pedófilos, etc.
Desculpe, o dito amor está muito distante de ser verdadeiro, ao comparar com
criminosos: é como se fosse um amor de segunda classe: “com um amor amo minha
mãe, família, igreja e amigos, com outro amo os assassinos, ladrões, pedófilos
e gays”. Enquanto afirmam: “amamos os gays”, pastores midiáticos famosos
conclamam multidões para “baixar o porrete em cima dos gays, para esses caras
aprender” (Sr Silas Maldafala) em plena rede de TV nacional. Enquanto dizem:
“amamos os gays, dizem que tem o direito de xingá-los de bichas, veados,
imorais, promíscuos, pedófilos, aliciadores de menores, traficantes e de bater
nos gays ou até matar sem receber pena aumentada por discriminação. Tais
“evangélicos” dizem que amam, mas usam o ódio contra os homossexuais como
pretexto (evangélico vota em evangélico) para eleger candidatos a fim de evitar
que um grupo tenha direito de ter seus direitos de cidadão assegurados no seu
país.
Diante de tantos motivos para indignar qualquer “pessoa de
bem” desse país contra essa “igreja amorosa”, tentei elencar alguns fatores
sociais que talvez pudessem explicar por que o Brasil, mesmo sendo considerado
o país mais cristão do mundo, é o país campeão
em matar gays e lgbtt no mundo; à frente, inclusive, dos países muçulmanos que
têm leis para matar gays e mulheres em praças publicas. Não só isso, mas por
que o ódio e a violência na população brasileira contra os gays e lgbtts, não
tem diminuído, mesmo com a ascensão econômica dos últimos anos, a qual colocou
o Brasil em 6° lugar no ranking dos países mais ricos do mundo?
Primeiro, faz-se necessário lembrar que historicamente o
Brasil é um país de tradição católica, desde a sua colonização. Fato que
poderia nos indicar uma forte tendência moral e ética religiosa no povo, mas sabemos
que não é assim. Pois por mais que o Brasil seja o maior país católico do
mundo, a corrupção, a prostituição, a pobreza e outras mazelas sociais ainda
estão presentes no país.
Dentro desse contexto, nasce outro fenômeno religioso no
país: o surgimento do movimento protestante. Que poderia se dividir em três
grupos, em três tempos distintos. Inicialmente vê-se o protestantismo das
igrejas históricas com presença maciça de missionários vindos do exterior.
Depois o crescimento espantoso dos pentecostais, principalmente nas classes
mais baixas, e por último, o surgimento dos neopentecostais nos últimos 30
anos, com as mega-churchs que
arrastam as massas através da mídia.
Segundo estimativas do IBGE com a Fundação Getulio Vargas,
até 2009 a população evangélica no Brasil era de 20,2 %. Estimativas da SEPAL
(Superintendência de Evangelização para a America Latina) afirma um numero
maior: um pouco mais de 30%. A estimativa de crescimento da fé evangélica é de
50% para a próxima década. A maioria dessa população é de novos membros advindos
do catolicismo, que aderem uma nova religião por promessas melhores que as da
religião anterior: ao invés de vida humilde na terra e um gozo na eternidade
pregado pelos católicos em suas missas de tom fúnebre, os evangélicos, em seus
“shows de fé” inundados pela teologia da prosperidade, pregam a sedutora
teologia da prosperidade, com promessas de uma vida de gozo, dinheiro e
felicidade na terra, onde a eternidade encontra pouco espaço ou nenhum para ser
pregado.
Tendo em vista o crescimento dos evangélicos e ao mesmo
tempo do retrocesso nas conquistas para garantia de direitos aos homossexuais,
encontro alguns fatores pelo qual considero que favorece a homofobia cristã
evangélica de crescer:
O primeiro fator que favorece a homofobia cristã evangélica
é que em seus cultos, o principal a ser anunciado não são os valores. O que
mais é destacado são as “conquistas”, os “milagres”, as “bênçãos”, os carros e
casas novos, as “curas”, e na grande maioria das vezes não se veem ser pregados
valores como amor, bondade, tolerância, misericórdia, altruísmo, justiça. Um
dos motivos para isso é que para receber as “bênçãos” de Deus, o fiel não
precisa atentar para seu comportamento ético, precisa apenas dar seu dízimo
sagrado, entregar ofertas com altos financeiros, como por exemplo, o valor do
aluguel de sua casa, e comprar livros e CDs de pastores “ungidos” que passam em
qualquer operadora de cartão de crédito, inclusive os cartões gospel’s e das
“igrejas” com selo Visa e Mastercad.
Além de não se pregar ensinos que valorizam o ser humano, um
segundo fator constatado por pesquisas, que poderia explicar a intolerância e
violência por parte de evangélicos contra os gays é que os evangélicos fazem
parte em sua maioria de outro grupo onde ocorre maior numero de atitudes
preconceituosas contra lgbtts: o grupo que apresenta menor índice de
escolaridade. Esses foram os resultados encontrados na pesquisa realidade pela
Fundação Perseu Abramo, coordenada pelo professor da Universidade de São Paulo
(USP) Gustavo Venturi, que intrevistou 2000 pessoas em todo Brasil em mais de
150 cidades. A pesquisa mostrou que quanto mais anos de estudo, menos
homofobia, ou seja, enquanto entre os que nunca frequentaram a escola o índice
de homofóbicos é 52%, no nível superior é apenas 10%.
É triste constatar que a união de religiões fundamentalistas
que interpretam livros sagrados de maneira literal (“ao pé da letra”) junto com
uma população com poucos recursos educacionais forma a simbiose perfeita para a
proliferação da homofobia e de atrocidades feitas em nome de Deus. É muito
comum você entrar em uma igreja evangélica e ouvir um sermão com interpretações
distorcidas, baseadas em textos isolados, sem contextualização do texto lido e
bom uso da teologia e hermenêutica – ciência de interpretação – além de uso de
traduções errôneas de palavras bíblicas dos originais como a NVI e Bíblia na
Linguagem de Hoje.
Essa constatação poderia nos levar à hipótese de que os
evangélicos estariam apenas reproduzindo as opiniões preconceituosas e o senso
comum já circulante em seu próprio meio social. Todavia, não podemos associar
que essas mazelas sociais promovem a homofobia. Mas constatamos que essa doença
chamada homofobia alimenta-se de pouca educação, e pouco acesso à cultura, da
mesma forma que gripes e infecções acometem mais facilmente pessoas
fragilizadas por acesso restrito a recursos sanitários, má alimentação e
hábitos de higiene negligentes.
O terceiro
fator que propaga a homofobia cristã evangélica, e que talvez seja o mais
influente: São os pastores midiáticos (oportunistas) e as bancadas religiosas
no Senado e no Congresso, os quais oferecem um banquete de acusações como os de
“fariseus aos pecadores", cozido no molho do sangue das vítimas lgbtt’s brasileiras.
Estes fazem uso das televisões e das rádios de concessão pública, para
arrebanhar milhões de fiéis em concentrações religiosas, verdadeiros currais
eleitoreiros, recolher ofertas altíssimas, vender milhares de cds, livros,
Bíblias com estudos e toda quinquilharia gospel comerciável possível com preços
abusivos. Se usar de má fé ao pregar uma teologia da prosperidade que abusa do
bolso e da mente das pessoas já não bastasse, tais líderes religiosos se lançam
na mídia como heróis e protetores da igreja evangélica brasileira. Intitulam-se
bispos, apóstolos, anciãos, pastores presidentes, encarregados de protegerem a
igreja das contaminações do mundo e do diabo.
O que na verdade os tais líderes religiosos televisivos
fazem não é pregar o evangelho a todos, mas, sim, elegerem seus candidatos
"ungidos" e "honestos" na maioria das vezes pop stars
Pastores e Cantores e controlar rigorosamente os votos do curral evangélico
para fazer politicagem suja com trocas de favores ilícitos e assim restringir o
direito da maioria dos cidadãos brasileiros de poderem seguir a orientação
sexual que sentirem vontade.
Esses pastores da morte concentram seus esforços para barrar
todo e qualquer tipo de projeto de lei que tente assegurar o casamento
igualitário para gays, a saúde (campanha contra a AIDS para a população lgbtt)
a vida, PLC 122 que pune crimes de violência física e moral por motivação de
ódio contra homossexuais – a qual foi
apelidada maldosamente de mordaça gay pelo Sr. Silas Maldafala, barram o ensino
à tolerância à diversidade de orientação sexual nas escolas (apelidado de kit
gay) além de incentivar publicamente o ódio contra lgbtts ao rotular essa
população como imorais e classificá-la ao lado de ladrões, prostitutas,
pedófilos, pederastas, zoófilos, traficantes entre outras coisas, quando não
conclama o povo a “baixar o porrete em cima dos gays” (Sr. Silas Maldafala).
Dessa forma, tais líderes com super poderes (poderes
políticos e religiosos) querem impor uma verdadeira ditadura aos que não
professam qualquer identificação com seus pensamentos mesquinhos, desumanos e
preconceituosos. Não respeitam a laicidade do Estado e os direitos dos que não
são evangélicos. Eles querem que todos sejam heterossexuais, para irem todos
para o céu, mesmo que a maioria da população não queira ser evangélica, ou ir
para um céu preconceituoso, onde não entra quem não é evangélico; ficam de fora
até mesmo alguns evangélicos, se eles forem gays, lésbicas, transexuais ou
transgênero.
Esses líderes, que exercem uma liderança marcadamente
autoritária, não abrem espaço para o diálogo para os cristãos que não concordam
com a teologia da homofobia cristã evangélica, mas impõe seu pensamento com mão
de ferro, excluindo qualquer um de sua comunidade ou do paraíso futuro que
questione o fator que parece ter sido transformado no fator principal que
diferencia quem é evangélico de quem não é: o fato de aceitar ou não que ser
gay é abominação e digno de toda rogação de praga, pedra e condenação, tanto
nessa vida quanto na futura. Fazendo isso, julgam como se juízes fossem.
Além disso, ao querer proibir a união estável entre pessoas
do mesmo sexo e do casamento civil e outras leis que protegem os direitos
constitucionais dos LGBT's brasileiros, suas ações anti-democráticas tem
objetivo de obrigar LGBT's a viverem na heteronormatividade, tirando assim o
livre arbítrio das pessoas, algo que nem o próprio Deus não faz. Essas ações
parecem revelar as mesmas intenções da Antiga Santa Inquisição Católica: quem
não "engole cegamente toda a verdade cristã católica, é perseguido, morto,
e o mais importante: tem seus bens materiais roubados pela Linda Igreja".
Essa nova versão da Inquisição, poder-se-ia muito bem ser batizada de
"Nova Inquisição Evangélica". Dessa vez, implantada não por papas medievais, mas pela
"moderna" "bancada evangélica", que quer se utilizar dos
recursos do Estado para fazer sua evangelização e transformar o Estado num Instrumento de salvação
compulsória, garantindo assim que todos os brasileiros tenham a
"salvação" da alma "melhor assegurada" - longe dos gays.
Esses "pregadores da (DES)Graça" enchem a boca
para falar do fim do mundo e de como é a estratégia do demônio para dominar o
mundo e a resposta é simples: enchendo a terra de gays, aos quais destruiriam
as famílias, por acabar com a reprodução de pessoas. Apesar de ser ridículo,
muitos acreditam nessa fábula. Tudo teria sido um plano arquitetado pelo
próprio Satanás articulado nas profundezas do inferno para colocar um
anti-cristo gay no controle do universo para desafiar a Deus e à Igreja.
Pois bem,
apesar de alguns não se importar, muitos gays, lésbicas, travestis, transexuais
e transgêneros sofrem com a violência divulgada e propagada pela “igreja”. Acho
que a Igreja tem um lado maravilhoso de trazer coisas boas para essa terra. Mas
nem por isso, podemos deixar de denunciar os erros por ela cometidos. Assim
como Lutero, Calvino, Zwinglio e outros reformadores trouxeram luz para uma
Igreja mergulhada na escuridão há 500 anos. Hoje a Igreja hoje precisa olhar mais
uma vez para a cruz e ver o Amor de Deus que foi de se sacrificar em favor do
mundo e não em julgar o mundo, condená-lo, e lançá-lo no inferno. Pois para
isso, já existem os “fariseus” de plantão e a hora certa disso acontecer de
fato pertence a Deus. A Igreja tem uma obrigação ética de abordar o assunto,
repensar e agir efetivamente, levando em conta uma sociedade em momento de
transformação. Ao invés de cometer o erro de barrar a evolução da sociedade,
como fez ao barrar a ciência na Idade Média, deveria ser pioneira e
incentivá-la à maior tolerância, amor e bondade como fez a Reforma Protestante
ao criar o modelo de escolas e universidades que temos até hoje.
Diferente
do que dizem os pregadores da desgraça, oportunistas de plantão, nenhum gay ou
lésbica ou transexual quer obrigar que as pessoas os aceitem como
religiosamente correto, mas quer ser aceito pela sociedade (não pela igreja)
como um cidadão que tem acesso aos mesmos direitos que qualquer outro: quer
viver sem medo de ser morto por ser gay, sem sofrer agressões físicas ou
verbais por ser gay, ter acesso à saúde, planos de saúde, acesso aos órgãos da
justiça quando forem constituir família, acesso à educação sem sofrer bullying
durante toda a formação escolar, enfim, não ter nenhum direito restrito pelo
fato de ser gay, assim como ninguém pode ter nenhum direito civil restringido
no Brasil pelo fato de ser adepto dessa ou daquela religião, ou mesmo de
nenhuma.
Acho que sou realista ao pensar que isso demandará muito
tempo para mudar. Mas certamente demandará mais se ficarem todos de braços
cruzados.
O povo brasileiro em geral e também o curral religioso,
excluídos da política, cultura, educação, saúde e outros direitos, lembra-me
muito aquela musica da abertura da novela global Rei do Gado, onde mostravam os
lindos pastos verdejantes preenchidos pelos rebanhos bovinos que corriam
desesperadamente numa só direção ao som da musica: "ooo vida de gado, povo
marcado, povo feliz". Que esse rebanho de Deus, em algum momento perceba
que é necessário, acima de tudo respeitar ao próximo – se não conseguem
simplesmente amar como Cristo ordenou. E isso implica em cada um cuidar da sua
própria salvação e não em obrigar os outros a aceitar as suas opiniões, que
muitas vezes caem em agressões verbais e físicas, ao invés de demonstrações de
amor e ternura como bem cabe a um cristão. Se querem salvar a alma dos
brasileiros, que sejam dando o exemplo de amar e respeitar as pessoas, e não
obrigando que elas sejam perfeitas, como elas se julgam ser, com atitudes
hipócritas como essas.
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