Obviamente, que nesse momento, em que produzo nessas laudas
esses rabiscos, meus olhos lacrimejam. Não tanto sem razão, mas, sobretudo,
pela falta da mesma, em que o injustificável se torna justo, o insensato se
torna nobre e a insanidade passa ser almejada no rol das normalidades, não
patológica, que conduzem a boa qualidade de vida para uma população qualquer,
que não pensa por si mesma. É quase que
um sentimento nazista! Essa história de que: “posso não concordar com nenhuma palavra que você disser, mas
defenderei, até a morte, o direito de você dizê-las.”, tem um fulcro perverso,
quando, retirada do ideal iluminista, que defende a liberdade, e passa ser
usada de forma a privilegiar a liberdade de uns falarem e de outros se calarem
ETERNAMENTE.
De fato, a sensação é de se estar na Europa na década de
1940, sob bombardeios, insultos, gente tentando sobreviver em um modelo
meticulosamente planejado, por alguns nobres nacionalistas, que exaltavam a fé
cristã, em um radicalismo doentio, e estouram a Segunda Guerra Mundial , essa liderada
por um exército nazifascista perseguidor, preconceituoso, devastador.
A raça que deveria prevalecer era a ariana, e em nome da
liberdade dessa raça se expressar, todos os outros grupos, que estavam fora dos
valores por essa raça defendidos, deveriam ser exterminados, silenciados.
Então, em nome da legítima LIBERDADE DE EXPRESSÃO, os nazistas massacraram 6
milhões de judeus, afinal, eles não gostavam deles, e se expressaram da forma
mais íntima e livre que às LEIS ALEMÃS assim permitiam. Enquanto os nazistas se
EXPRESSAVAM LIVREMENTE, nesse direito
absoluto de dizer, homossexuais, ciganos, Testemunhas de Jeová, judeus, negros, etc... Deveriam ser silenciados,
exterminados.
Assim, entendeu, em nome dessa LIBERDADE DE EXPRESSÃO
ABSOLUTA, o senhor magistrado, Victorio
Giuzio Neto, que Silas Malafaia não deve ser censurado no seu direito de atacar
a comunidade gay, e, enquanto reina a legítima liberdade de expressão ABSOLUTA
de Silas Malafaia, os gays vão sendo silenciados, humilhados, massacrados, e ao
invés de poderem responder, ter o mesmo espaço, a mesma paridade de ações, a
eles cabem o inconfundível direito de desligarem a televisão, ou mudarem de
canal!
Brilhante sentença excelentíssimo doutor juiz federal , Victorio
Giuzio Neto, professor da PUC-SP, afinal, poderemos continuar assistindo, todos os dias, pelo
Brasil a fora, o direito de liberdade ABSOLUTA
de expressão de homens e mulheres que não gostam de homossexuais, poderem
se expressar agredindo-os, matando-os, denegrindo-os, insultando-os, enquanto
aos mesmos caberá a liberdade de gritar de dor, essa expressão magnífica da
existência, enquanto são espancados por
seus algozes que também, nada mais fazem do que a legítima manifestação da BOA
EXPRESSÃO!
Agora, excelentíssimo juiz Victorio Giuzio Neto responda uma
pergunta, faria o senhor parte da UJUCASP?
Renato, eu fiquei indignado com essa sentença. Até parece que o juiz combinou com o mala aí pra falar o mesmo discurso... terrível!!!
ResponderExcluirPara as pessoas que assistiram todo o vídeo que foi motivo desta ação, ficou claro que não houve homofobia e nenhum tipo de apologia. Se os organizadores da parada gay não acharam ofensivo o que fizeram com os santos da igreja católica, então nenhum homossexual ou ativista gay deveria se sentir atacado pelo Pr. Silas ao cobrar das lideranças católicas um posicionamento ante o fato. Está aí pra todos verem que os autores da ação usaram palavras e expressões ditas pelo pastor totalmente fora do contexto. Ficando evidente com isto que os ativistas homossexuais não têm direito de criticar ninguém, por não suportarem receber críticas.
ExcluirDiscordo radicalmente.
ResponderExcluirA expressão de Malafaia é instigadora de irracionalidade e, portanto, violência, sim. Homofóbica, sem dúvida.
Mais estranho ainda é ter sido ela proferida por um PASTOR evangélico, nesses termos, requerendo um suposto "respeito" à fé católica que NENHUMA igreja evangélica tem: afinal, é sabido por qualquer evangélico a posição da igreja evangélica sobre as imagens católicas: idolatria, apostasia e daí para pior.
Querem falar de respeito ao catolicismo? Que tal começarem a praticar isso nos cultos, nas escolas bíblicas dominicais? Pois, pelo menos, a Parada Gay apenas reinterpretou as imagens dos santos, com mensagem pró-vida de sexo seguro, bastante positiva - e não declarou, de púlpito, em nenhum momento, que a igreja católica tem uma fé falsa, distorcida, não cristã, apóstata e idólatra, como dizem os evangélicos.
Nesse sentido, não apenas Malafaia foi homofóbico. Foi HIPÓCRITA.
Aliás, não deixa de faltar à percepção que a própria Igreja Católica, que teria por que se incomodar com o uso das imagens, teve manifestações muito mais suaves sobre o episódio, tanto que não foram alvo de ação.