quinta-feira, 3 de maio de 2012

Censura magistrado?




Obviamente, que nesse momento, em que produzo nessas laudas esses rabiscos, meus olhos lacrimejam. Não tanto sem razão, mas, sobretudo, pela falta da mesma, em que o injustificável se torna justo, o insensato se torna nobre e a insanidade passa ser almejada no rol das normalidades, não patológica, que conduzem a boa qualidade de vida para uma população qualquer, que não pensa por si mesma.  É quase que um sentimento nazista! Essa história de que: “posso não concordar com nenhuma palavra que você disser, mas defenderei, até a morte, o direito de você dizê-las.”, tem um fulcro perverso, quando, retirada do ideal iluminista, que defende a liberdade, e passa ser usada de forma a privilegiar a liberdade de uns falarem e de outros se calarem ETERNAMENTE.

De fato, a sensação é de se estar na Europa na década de 1940, sob bombardeios, insultos, gente tentando sobreviver em um modelo meticulosamente planejado, por alguns nobres nacionalistas, que exaltavam a fé cristã, em um radicalismo doentio, e estouram a Segunda Guerra Mundial , essa liderada por um exército nazifascista perseguidor, preconceituoso, devastador.

A raça que deveria prevalecer era a ariana, e em nome da liberdade dessa raça se expressar, todos os outros grupos, que estavam fora dos valores por essa raça defendidos, deveriam ser exterminados, silenciados. Então, em nome da legítima LIBERDADE DE EXPRESSÃO, os nazistas massacraram 6 milhões de judeus, afinal, eles não gostavam deles, e se expressaram da forma mais íntima e livre que às LEIS ALEMÃS assim permitiam. Enquanto os nazistas se EXPRESSAVAM LIVREMENTE, nesse  direito absoluto de dizer, homossexuais, ciganos, Testemunhas de Jeová, judeus,  negros, etc... Deveriam ser silenciados, exterminados.

Assim, entendeu, em nome dessa LIBERDADE DE EXPRESSÃO ABSOLUTA,  o senhor magistrado, Victorio Giuzio Neto, que Silas Malafaia não deve ser censurado no seu direito de atacar a comunidade gay, e, enquanto reina a legítima liberdade de expressão ABSOLUTA de Silas Malafaia, os gays vão sendo silenciados, humilhados, massacrados, e ao invés de poderem responder, ter o mesmo espaço, a mesma paridade de ações, a eles cabem o inconfundível direito de desligarem a televisão, ou mudarem de canal!

Brilhante sentença excelentíssimo doutor juiz federal , Victorio Giuzio Neto, professor da PUC-SP, afinal, poderemos  continuar assistindo, todos os dias, pelo Brasil a fora, o direito de liberdade ABSOLUTA  de expressão de homens e mulheres que não gostam de homossexuais, poderem se expressar agredindo-os, matando-os, denegrindo-os, insultando-os, enquanto aos mesmos caberá a liberdade de gritar de dor, essa expressão magnífica da existência,  enquanto são espancados por seus algozes que também, nada mais fazem do que a legítima manifestação da BOA EXPRESSÃO!

Agora, excelentíssimo juiz Victorio Giuzio Neto responda uma pergunta, faria o senhor parte da  UJUCASP? 

3 comentários:

  1. Renato, eu fiquei indignado com essa sentença. Até parece que o juiz combinou com o mala aí pra falar o mesmo discurso... terrível!!!

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    1. Para as pessoas que assistiram todo o vídeo que foi motivo desta ação, ficou claro que não houve homofobia e nenhum tipo de apologia. Se os organizadores da parada gay não acharam ofensivo o que fizeram com os santos da igreja católica, então nenhum homossexual ou ativista gay deveria se sentir atacado pelo Pr. Silas ao cobrar das lideranças católicas um posicionamento ante o fato. Está aí pra todos verem que os autores da ação usaram palavras e expressões ditas pelo pastor totalmente fora do contexto. Ficando evidente com isto que os ativistas homossexuais não têm direito de criticar ninguém, por não suportarem receber críticas.

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  2. Discordo radicalmente.

    A expressão de Malafaia é instigadora de irracionalidade e, portanto, violência, sim. Homofóbica, sem dúvida.

    Mais estranho ainda é ter sido ela proferida por um PASTOR evangélico, nesses termos, requerendo um suposto "respeito" à fé católica que NENHUMA igreja evangélica tem: afinal, é sabido por qualquer evangélico a posição da igreja evangélica sobre as imagens católicas: idolatria, apostasia e daí para pior.

    Querem falar de respeito ao catolicismo? Que tal começarem a praticar isso nos cultos, nas escolas bíblicas dominicais? Pois, pelo menos, a Parada Gay apenas reinterpretou as imagens dos santos, com mensagem pró-vida de sexo seguro, bastante positiva - e não declarou, de púlpito, em nenhum momento, que a igreja católica tem uma fé falsa, distorcida, não cristã, apóstata e idólatra, como dizem os evangélicos.

    Nesse sentido, não apenas Malafaia foi homofóbico. Foi HIPÓCRITA.

    Aliás, não deixa de faltar à percepção que a própria Igreja Católica, que teria por que se incomodar com o uso das imagens, teve manifestações muito mais suaves sobre o episódio, tanto que não foram alvo de ação.

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