sábado, 29 de maio de 2004

Programa vai combater o ódio a homossexuais


A cada dois dias é assassinado um homossexual no Brasil, o que dá uma média de 180 mortes por ano. A estatística, uma das mais elevadas do continente americano, se repetiu nos últimos três anos. Os motivos vão do ódio pela orientação sexual (homofobia) à violência, inclusive policial, à discriminação e à falta de assistência do poder público.

Para enfrentar esse quadro, o governo federal lançou nesta terça-feira o programa Brasil sem Homofobia, que envolverá ações de dez ministérios em articulação com o Ministério Público, o Poder Judiciário, o Congresso Nacional e os órgãos de segurança pública do País.

Lançamento

O auditório Tancredo Neves, do Ministério da Justiça, foi tomado por representantes coloridos e alegres de 140 entidades de gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais de todo o País, que foram prestigiar o ato, presidido pelo ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda. Estiveram presentes também a líder do governo no Senado, Ideli Salvati (PT-SC), a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, e membros da bancada de defesa dos direitos dos homossexuais no Congresso, entre eles os deputados Fernando Gabeira (sem partido/RJ) e Luciano Zica (PT-SP).

Ações

O programa prevê uma série de ações nas áreas da saúde, segurança pública, trabalho, educação e cidadania. Segundo Nilmário Miranda, os homossexuais são vítimas rotineiras de manifestações odiosas em todos os segmentos da sociedade, a começar na família. Ele disse que a discriminação se reproduz na escola, no mercado de trabalho e no convívio social, obrigando o homossexual a viver confinado em guetos.

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