quarta-feira, 21 de março de 2007

RELIGIÃO NÃO MÁGICA E A MAGIA DA VIDA

Não se pode negar a força do movimento evangelicalista no Brasil. Isso é evidente, por si só, nas eleições para as câmaras de vereadores, assembléias legislativas e congresso nacional. As, denominadas, bancadas evangélicas, sempre em crescimento na expressão política, ajudam no retrocesso da magia da vida.

Não é uma critica pela critica, desde o começo foi assim, a religião se autodenominou inimiga da magia; em seus códigos de fé, àquilo que era simples, emaranhou-se com a percepção do sagrado (que não é mágico), e dominou a forma de ser, adestrou o simples, converteu o popular, subjugou à forma aprisionando-a em conceitos elevados, que nem mesmo, a religião, deu conta de explicar!

A fé não mágica aprisionou a magia da fé... Não compreendem o sorriso, em seus códigos, dizem que os que muito sorriem, esses agem como tolos. Não compreenderam as crianças e as colocaram às margens, inexpressivas pela simplicidade, pela magia. Queimaram as mulheres, vivas, por igualarem-nas as bruxas!

A fé não mágica uniu-se à razão, prostituta dos gregos, que condenou os sentimentos ao engano, e destruiu uma parte da essência do homem, que na magia se permite sonhar (e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós. IPe 3,15b)! E como a religião não mágica é fria de sentimentos, insensível à magia, ela se comercializou; vendeu indulgências e construiu o ocidente capitalista. Fez guerras em nome da vida, que para preservá-la, destruiu-a! Não é assim, como p.ex. o presidente dos EUA, que é metodista, age? É contra o aborto, contra o divórcio, contra as pesquisas de células-tronco, contra casamento de homossexuais, tudo para defender a vida, que é dizimada no Iraque, no Afeganistão, no oriente, em nome da fé não mágica que busca o petróleo.

A fé não mágica se desenvolveu em uma instituição religiosa, que congrega bilhões de pessoas no mundo. Que é contra o aborto, o divórcio, o casamento gay, o uso de camisinha, dizem para defesa da vida... Enquanto seus lideres praticam orgias assombrosas, subjugam a magia da vida aos outros, para o domínio racional insensível dos homens. Não é bom que eles (os homens vivam), portanto vamos acabar com o que é mágico, com o que faz se sonhar... Vamos vender um sonho incerto, que pode ser manipulado; a fé, uma esperança no escuro racional, análogo, paradoxal, destorcido. Enquanto o incerto, que se faz força, ação, que se torna EU, que se sente, que é humano, esse (o incerto, certo) vamos proibi-lo!

Mas a razão se fez sentimentos, também, e viveu entre nós; e vimos sua majestade, única, empedernida de sorriso e sinceridade. Isso é magia, aquilo que se pode pensar, é aquilo que se pode sentir, é aquilo que se pode agir, é aquilo que se pode viver... Com leveza, respeito, na simplicidade de ser! (E o verbo habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória como à do unigênito do pai.). Deve ser por isso que o crucificaram, ele era mágico!



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