quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Natal de Jesus, o grande paradoxo cristão

Não sou escritor, nunca fui... Tenho formação teológica, psicológica e jurídica (acadêmico). Quando aceitei, ou chamei para mim, a tarefa de escrever neste blog, nunca esperava encontrar o que por aqui encontrei. Não sou escritor! Mas, a teologia, a psicologia e o Direito me deram intimidade com as palavras, com as escrita, e mesmo assim, nesse universo vasto em que vivo, múltiplo em suas formas, não consegui me acostumar com o que encontrei aqui...

Hoje fui comprar um presente, que darei de natal para uma amiga, é um livro, do Rubem Alves, e passando suas páginas me defrontei com o seguinte pensamento: "... o simples gesto de amor que se é feito por alguém compensa toda vida.". Fui longe, e me peguei pensando no blog. Juntei os fatos, e uma tristeza imensa tomou meu coração.

O natal de Jesus fala de amor...É isso que se anuncia nessa época, é disso que fala às passagens bíblicas do relato do nascimento: GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS (Lc 2,14). E é interessante que os cristãos, durante todo esse ano, que nos visitaram nesse site,fizeram exatamente o oposto disso, o oposto desse amor!

Trouxeram nas suas pregações, absurdas, o desamor sem medidas, incitaram o ódio e dele fizeram sua maior apologia, a grande bandeira em nome de uma fé estúpida e demente. Fé contrária ao Cristo, em nome do Cristo! Lembro-me de um pastor Luterano (IECLB) que sofreu, processo judicial, por difamar os homossexuais, e também sofreu restrições da Igreja pelo mesmo comportamento. Esbarrei-me com esse pastor no ORKUT, numa das comunidades, não oficial da Igreja, e lá estava ele se vitimando, se passando por perseguido, e logo quando defendi os gays sofri censuras na comunidade, que excluíam os meus textos e preservavam os do pastor contra mim! Hilter fazia o mesmo, todo o discurso que era antinazista, era censurado, enquanto ódio, dor e morte eram apregoados em nome da purificação do mundo.

Sim, meu coração foi tomado por tristezas ao me recordar desses fatos, pois percebi que grande parte da humanidade está condenada na sua própria pequenez, ignorância e tolice, e que nem todos que dizem Senhor, Senhor herdarão o Reino de Deus. E que todos que se inflamaram no ódio e no desprezo, contra quem quer que seja, serão argüidos pelos seus próprios ódios. E o natal não passa desse paradoxo, de um amor desconhecido, ou de um amor odiado, selado e corrompido.

Infelizmente, alguém, qual é o sentido do natal? Os cristãos não sabem...
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Um comentário:

  1. Todo preconceito é desumano.

    Como já dizia Eisntein:

    "Tristes tempos os nossos! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito".

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