Por muito tempo acreditei na bondade do ser humano- não conseguia imaginar a humanidade má de per si. Muito embora minha formação luterana, protestante, tradicional e histórica apontasse, na teologia, um homem mau, fraco, débil e pecador. Ainda sim, para mim, a maldade se fazia pela alienação e não constituía algo intrínseco do ser. O homem a qualquer tempo poderia se libertar, conhecer-se, descobrir-se e transcender-se.
Fiz psicologia e teologia uma em seqüência à outra, e cursei a faculdade cedo, logo aos meus 17 anos de idade. A psicologia me apontava o homem meio; suas pulsões, suas necessidades, sua constituição epistêmica, tudo girando em volta do que se estabelecia no social. Isso reforçava a teoria adquirida na teologia, onde o homem era relativo, nem bom, nem mau... Apenas uma dialética dessas possibilidades. Mas a Reforma dizia: é mau, incapaz do bem.
Bem, eu estava errado, pelo menos até eu rever esse conceito que se abate sobre mim. Este blog notificou aos leitores de evangélicos norte-americanos que apontaram a gripe suína como castigo divino à tolerância gay. Agora com muito desgosto, o partido republicano culpa os hispânicos de serem parasitas inúteis, portadores de doenças que contaminam o solo americano (clique aqui para ler a reportagem). Ódio, homofobia, xenofobia, agressividade, preconceito. A Reforma está mais sensata à realidade do que minhas teorias sobre o homem e sua capacidade ética- psíquica.
Enfim, infelizmente o homem é assim, infelizmente somos desse jeito como diria a canção:
Quanta beleza existe no mar, o homem não quer contemplar;
Quanto descanso existe na paz, o homem só pensa em matar;
Quanta ternura existe no amor, e o homem só quer odiar.
Se a gente compreendesse o amor que Deus nos dá, o inferno poderia se acabar;
Se a gente compreendesse o amor que Deus nos dá, o inferno poderia se acabar.
Tenho um selo lá no meu blog para voce: selo “Esse blog tem estilo
ResponderExcluirsenhor adoro seu blog, mas me desculpe discordar de sua opinião acho muito simplista resumir a humanidade em boa ou má, acho que ela já demonstrou ter um comportamento muito contraditório e imprevisivel, é capaz de atos nobres, éticos e cheios de compaixão mas também como brilhantemente relataste pode ser mesquinha, indiferente e egoísta. mas peço ao senhor que além de sua fé religiosa, quero lhe pedir por favor que volte a acreditar no ser humano, abço
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