Evangélica, psicóloga e agora submetida à censura pública pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em 31/07/2009, ela se dedica a "curar" homossexuais, embora, com esperteza, evite a palavra "doença" e afirme apenas "tratar" gays em conflito com seus valores.
Sabemos que esses conflitos existem. No entanto, em vez de buscar a razão por trás deles e tornar a pessoa agente de sua própria vida, Justino vai na contramão: por que ajudá-la a solucionar a situação? Melhor formatá-la à "sociedade".
Já vimos esse filme.
Por décadas, gays foram cobaias de todos os procedimentos possíveis e imagináveis de "reorientação sexual", inclusive alguns bárbaros, como a emasculação.
Os resultados, confirmados recentemente pela APA (American Psychological Association): questionáveis e duvidosos, somados a grande sofrimento por parte da maioria. Ora, mesmo que a "reorientação" existisse, seria ético fornecer um "tratamento" cujos custos não sustentam os "benefícios"? E por que apenas se defende a reorientação para gays, mas nunca para os héteros?
A resposta é óbvia: porque, misturando religião e psicologia, Justino e sua trupe consideram que a homossexualidade tem um erro fundamental, e isso, que se constitui em um julgamento moral a priori, não tem base científica, mas religiosa. Portanto, fique esperto: parece terapia, mas é homofobia.
Editorial de minha autoria publicado na revista Sex Boys 62. Acima, a foto de Rozangela Justino sem maquiagem, óculos escuros e peruca. Ela tem saído disfarçada para criar um factoide, como se estivesse ameaçada por alguma "milícia gay" ou "brigada cor-de-rosa", algo que efetivamente não existe.
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