A Justiça acatou nesta segunda-feira denúncia representada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo contra Edir Macedo e outras nove pessoas de seu grupo religioso. Eles são acusados de desviar dinheiro coletado dos fiéis da Igreja Universal, que deveria ser destinado à ações de caridade, para empresas de fachada. Segundo a denúncia, o grupo teria desviado cerca de R$ 8 bilhões entre 2001 e 2008 e usado o montante para aquisição de emissoras de TV e rádio, aeronaves e edifícios.
Segundo levantamentos, realizados pelos promotores que apresentaram a denúncia, foi identificado que a arrecadação da Igreja Universal, estimada em R$ 1,4 bilhão por ano, seria maior entre os meses de janeiro e julho, quando a instituição realiza uma campanha intitulada "Fogueira Santa de Israel". Nestes meses foram identificados os maiores repasses para as empresas particulares dos envolvidos no esquema do bispo.
As empresas usadas como laranja constam no relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), que foi anexado à denúncia. O relatório aponta a existência de contratos atípicos e movimentações incompatíveis com a capacidade econômica e condições físicas das empresas. Segundo o MPE, Edir Macedo não figura nominalmente como sócio de nenhuma destas empresas. Todavia, entre outras provas, depoimentos confirmam que o bispo é o verdadeiro donos destas instituições.
Edir Macedo e os demais acusados responderão agora processo criminal pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Se condenados, eles podem pegar até 13 anos e meio de prisão além do pagamento de multas.
A Justiça determinou que os réus respondam à acusação, por escrito, num prazo de dez dias.
Fonte: O Tempo
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