quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Resposta ao Ciro Zibordi: Heterofobia de Ricky Martin


Foi com muito humor que li a postagem de Ciro Zibordi sobre a heterofobia de Ricky Martin, aliás, não poderia deixar de ser engraçado, Ciro é pastor ASSEMBLEIANO, e isso, por si só, já é inusitado. Afinal, quando nós queremos uma opinião séria e cientifica sobre alguma coisa, recorremos sempre aos pastores da Assembleia de Deus, eles sempre têm uma opinião a respeito de qualquer coisa!

Na opinião abalizada do pastor, Ricky quer que seu sentimento em relação a si mesmo e sua orientação sexual sejam superiores aos sentimentos dos outros. Essa é a perfeita interpretação de um contexto literário e histórico nos óculos do pastor. Portanto, quando Ricky, em suas palavras, afirma que quer que seus filhos digam ao mundo: “meu pai é gay e ele é muito legal” o pastor conclui que, na verdade, Ricky quer dizer que um pai heterossexual é inferior numa escala metafísica do ser, e dispara: “Martin me parece preconceituoso e discriminador, próprio de quem não respeita as diferenças”.

Óbvio que eu jamais poderia querer que Ciro, como assembleiano que é, interpretasse o contexto de forma lúcida, isso seria pedir demais, seria como pedir a um analfabeto que lesse e interpretasse Carlos Drummond de Andrade! Ou, ainda, que um bêbado agisse com postura sóbria. Não me parece próprio. Noutra aferição, seguindo o raciocínio do pastor, quando Ricky diz do olhar heteronormativo causando confusão e estranheza; quando um garoto gay é obrigado pelas convenções sociais, em um passeio no parque, a olhar e sentir tesão por uma garota. O pastor afirma que Ricky está levantando uma bandeira em que até fisiologicamente os homossexuais são superiores aos heterossexuais. Seria engraçado ver o Ciro interpretando as indicações de uma bula de remédio! Até mesmo, quando ele dispara que natural é ser homem e mulher, isso é cientifico, pois a bíblia diz!

Uma das primeiras lições aqui, que podemos tirar, é que mesmo dentro de algo cômico o sujeito se revela. Assim, eu não gostaria de trabalhar com o pastor, nem ser paroquiano dele. Ciro sofre de complexo de inferioridade, e deve ser uma pessoa difícil de lidar, afinal, o rancor dele abarca todas as coisas, o inferioriza, ele se sente minimizado pelo simples fato de alguém sentir orgulho de alguma coisa. Destarte, como se não bastasse, ele condena o outro pela sua própria frustração, como se o outro fosse responsável pelo sentimento destroçado que ele nutre em si mesmo. Daí fica uma reflexão: Como devemos definir o comportamento de quem, a se ver diante do outro se frustra com a felicidade e orgulho alheios e procura convencer a todos de que isso é bíblico, pois se trata de moralidade e santidade? Eu o definiria como preconceituoso, discriminador e homofóbico.

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    Ciro Zibordi

    Na revista Veja desta semana foi publicada uma entrevista do astro portorriquenho Ricky Martin. Há pouco tempo, ele admitiu ser homossexual, o que é um direito que lhe assiste. Entretanto, ao que parece, isso não foi o bastante. Ele quer agora provar que ser homossexual denota muito mais que ser diferente dos heterossexuais. Significa ser superior a eles!

    Ao falar a respeito de como deseja ser definido por seus filhos, na escola, Martin afirmou: “Quero mais é que eles falem a seus amigos: ‘Meu pai é gay e ele é muito legal. Seu pai não é gay. Triste o seu caso’. Quero que eles sintam orgulho em fazer parte de uma família moderna”. Ora, quer dizer então que um pai heterossexual é inferior a um pai homossexual? O filho de um pai heterossexual não pertence a uma família moderna? É um filho triste pelo fato de seu pai não ser um homossexual? Esse pensamento de Martin me parece preconceituoso e discriminador, próprio de quem não respeita as diferenças.

    Martin também disse: “Quando você é garotinho e seus pais o levam ao parque, alguém logo diz: ‘Olha que bonita aquela garota! Que graça! Você gostou dela?’ Somos levados a sentir atração pelo sexo oposto, e isso provoca uma confusão enorme quando se sente algo diferente. A pressão toda é para sermos como os outros; é mais fácil. Hoje sinto que os outros é que são diferentes, não eu. [...] Queria que o mundo entendesse que amar do jeito que eu amo não é revolucionário, é natural”. Em outras palavras, o indivíduo heterossexual — fisiologicamente homem — é inferior ao indivíduo homossexual, também homem na sua constituição fisiológica. Isso é um verdadeiro absurdo!

    Mais uma afirmação falaciosa de Ricky Martin: “Todo gay nasce gay. A vida social às vezes se opõe a essa natureza, e aí começa o conflito”. Essa tese não pode ser confirmada, à luz da ciência. O que é normal e natural, cientificamente, é ser homem e mulher. Aliás, a Bíblia diz que Deus nos criou assim: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27).

    É legítimo uma minoria pedir que a maioria a respeite, conquanto seja diferente dela. Mas é um contrassenso uma minoria querer provar, a ferro e fogo, que é superior à maioria! Os homossexuais — que são, de fato, diferentes da maioria das pessoas, visto que não aceitam a sua constituição fisiológica — gostam de acusar de homofobia os que possuem opinião contrária à deles. Fica aqui uma pergunta para reflexão: Como devemos definir o comportamento de quem, ao assumir a homossexualidade, procura convencer a todos de que pertence a uma super-raça, moderna e mais evoluída? Eu o definiria como preconceituoso, discriminador e heterofóbico

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