Ontem, dia 29 de fevereiro de 2012, o movimento LGBT sentiu
na pele, novamente, a proposição política da PRESIDENTE Dilma Rousseff, em que convidou,
graciosamente, o líder da IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS, senador
da república e bispo, Marcelo Crivella, para assumir uma pasta ministerial: a
da pesca! Aliás, pescar é com o bispo mesmo: pesca dízimos, ofertas, contas
bancárias de sua organização religiosa em paraísos fiscais... Grande nome indicou a Casa Grande, quis
dizer, o Palácio do Planalto, afinal, em um governo em que a corrupção não é
bem-vinda, nada melhor do que o nome do líder da Igreja Universal do Reino de Deus,
ao que pese, isenta, de caráter ilibado, e que NÃO RESPONDE A NENHUM PROCESSO
SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO E ESTELIONATO, PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, na
atualidade.
O problema é que, enquanto a senhora PRESIDENTE acena
para Crivella e a bancada evangélica , a despeito de tudo que o PT informa em
seu blog, sobre as políticas do Governo Federal destinadas aos LGBTs , o
movimento gay não vê uma só iniciativa do governo, que seja EFETIVA e concreta
em favor dessa mesma população. Por
exemplo, no blog da presidentE consta a
informação, que o Brasil lutou na ONU para a aprovação da mais significativa
resolução de Direitos Humanos em prol da população LGBT, em que essa passa a exigir
políticas de recuo da violência contra homossexuais no mundo. Enquanto isso, no
Brasil, nós temos o PLC 122/06 que trata do mesmo tema, e o GOVERNO FEDERAL
simplesmente DESCONHECE O PROJETO e não faz o mínimo esforço para que o mesmo
seja aprovado. Até mesmo, sabemos da força do governo no Congresso Nacional,
quando o assunto é APROVAÇÃO DE MATÉRIAS DE INTERESSE DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA. O que é isso? Para o mundo se
posa de engajado em políticas humanitárias, internamente, faz que não vê o
massacre promovido contra a população LGBT em troca do amor dos evangélicos?
No blog da presidentE consta a informação, que houve empenho do
governo na defesa junto ao STF da ADI que reconheceu a UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOAS
DO MESMO SEXO, e então o governo apenas seguiu a corrente, a moda da
judiciário, pois de longe, a intervenção do governo, nessa matéria, era
desnecessária ... A ADI foi proposta pelo GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
E PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, o governo da PRESIDENTE DILMA, poderia ter
ajuizado a ação, mas não fez, não moveu uma palha, ficou inerte, nem defesa
brilhante, sequer, fez no pleno, afinal, essas defesas orais nos foram
garantidas pelas entidades LGBTs quanto Amicus Curiae. Que defesa é essa, que a presidência da
República está reivindicando no caso do STF e a União Estável, que defesa é
essa, que ninguém viu? Ao que conste o
Advogado Geral da União é chamado para se manifestar em uma ADI por força do
ART. 103 § 3º da CR/88, ou seja, ele foi, porque faz parte dos atributos da
função... E qual foi o passo seguinte do
Governo Federal à aprovação do reconhecimento das uniões estáveis homossexuais?
VETAR o Kit anti-homofobia, com a alegação da boca da própria presidentE, que em seu governo não haveria propaganda
de opção sexual.
E por falar em Kit anti-homofobia, no blog da presidentE, diz
que esse não foi vetado, apenas suspenso para ser melhorado... Se for para
melhorar do jeito da campanha contra o HIV do ministério da saúde, é melhor não
ter mesmo! O kit estava perfeito, mas a Dilma que acena para a bancada
evangélica não pode concordar com seu conteúdo, pelo seu preconceito homofóbico
político eleitoreiro. Daí fala-se da criação de secretárias da diversidade, ou
o Conselho Nacional LGBT, e sobre isso deixo um link para que você, leitor,
possa ver, ler e avaliar o que os membros desse conselho dizem sobre ele: Associação Brasileira de Estudos da Homocultura
Dilma e seu governo são uma incógnita para os LGBTs!
"A presidente, porque só escreve presidenta quem foi estudanta!"
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