Esta é uma crônica.
Anos atrás, solteiro, lembro quando fui a um desses estabelecimentos de sexo fácil: paga-se a entrada e espera-se encontrar alguém lá dentro para as tais brincadeiras lúdicas, sem compromisso e com o conforto de todos os equipamentos em volta.
Achei interessante o comportamento de praticamente todos os passivos – ou versáteis que estavam abertos à passividade: de toalha, como todos estávamos, passavam, sem cerimônia, a mão sobre a “zona sul frontal” de qualquer incauto. Não notando sinal de excitação, imediatamente o descartavam.
Interessante... E deselegante.
Na época em que comecei, não me recordo de ser uma prática tão comum. Entendíamos – ou EU entendia? – que a excitação vinha da própria brincadeira, ao longo dela... E não antes, sem a qual ninguém brincava de nada.
Penso que eu talvez seja da época em que ser passivo tinha sua magia, mesmo que essa época seja mais mítica que real. Então, talvez eu só goste de pensar assim.
De qualquer forma, acredito que havia um quê de “cortesã”, no sentido do termo que se aplicava às acompanhantes e amantes de luxo nas antigas cortes.
Às vezes, tenho a impressão de que, conforme aumentou o interesse na passividade, perderam qualidade os adeptos.
Hoje, vejo muitos passivos, e muitos tão jovens, que ficaram muito chatos, muito carentes ou muito deselegantes.
Na época em que comecei, ou talvez seja por causa do lugar em que comecei, parecia haver até o senso de uma “irmandade passiva”. Éramos, sim, caçadoras e concorrentes entre nós – mas com regras na disputa.
Por exemplo: nunca, nunca, nunca tirávamos a carne da boca de outra, entendam isso no sentido denotativo ou figurado.
Se alguém de nós via “a caça” primeiro e a pegava, nada fazíamos com esta sem autorização daquele. Às vezes, até perdíamos o “bofe” para manter “a amiga” – ou, ao menos, tínhamos a finesse de aproveitá-lo fora da vista dela e manter a discrição para não machucá-la gratuitamente.
Hoje, não.
As “bees” que veem você com um, mesmo que seja o menos bonito do pedaço, não só querem gongar você e roubar o outro pra si – como ainda empatam seu sexo. De propósito. E com cara de desafiante: “que que você vai fazer, mona?!”
Outro exemplo, só para ter mais um, mas há outros... Muitas vezes, também não sabem manter a discrição sobre seus amantes, e sabemos que há tantos homens que, por qualquer que seja o motivo, se veem obrigados a viver as relações entre iguais na clandestinidade.
Não sei se cabe a nós julgar, mas, para o sexo, isso não deveria importar, porém. Não estou falando de namoros ou relacionamentos estáveis, de casamento – mas das toalhas.
Então, muitos passivos viraram carentes, invasivos, ameaçadores – e esses homens clandestinos ficam atemorizados.
Aí, o que fazem?
Viram "g0ys".
Preferem confiar no "parça de futebol", que, enfim, também tem algo a esconder – que no passivo mais assumido que, um belo dia, pode ficar histérico e mandar um e-mail para a mulher ou namorada dele contando tudo. Com fotos e mensagens gravadas, é claro. Ou um Whatsapp, que é mais moderno.
... E depois muitos reclamam que faltam ativos "no mercado". Não sei se faltam... Ou se eles estão se escondendo .
Venham conhecer minha história http://contosdeleu.blogspot.com.br
ResponderExcluirBoa tarde, sou o Junior de Maringá, eh verdade as passivas estão muito abusadas, e procriando como um vírus, num sei se depois de ser muito ativo a cara começa a sentir uma coçeira no edi, soh sei que passiva tem de monte ativos, estão em extinção, rsrs, bom mas eh verdade, vc tah caçando discreta e sossegada daí a mona aparece e empata tudo, outro dia tava na sauna a bee quis empatar a foda, daí o bofe ficou constrangido e com medo, pedi a ele que desse uma volta, levei a bee pelos cabelos pra dentro do banheiro e chutei o pau da barraca, bom ela não fica mais empatando a foda de ninguém lah coisa que fazia sempre, agora fica no seu canto, caçando linda e discreta, acho isso horrível de acontecer, pois jah somos praticamente caçados e abatidos pelos homofóbicos, mas as vezes eh precisodar umas duras, pra recuperar o respeito e a dignidade.
ResponderExcluir