sexta-feira, 27 de junho de 2008

E nós não iremos responder?


Lendo uma reportagem, que reflete sobre o protesto evangélico no Congresso Nacional, no site A Capa, devo dar a mão à palmatória e dizer que concordo! A matéria assinada por Willam Magalhães traz no seu título, Protesto evangélico mostra desarticulação do movimento gay , o descontentamento e apreensão do autor em relação à capacidade de mobilização das igrejas fundamentalistas, em demérito da mobilização dos movimentos GLBT(s) na mesma causa é, sim, uma realidade.

Eu assisti, na minha residência, a manifestação pela TV SENADO, e foi deprimente ver pastores da Assembléia de Deus (Silás Malafaia, Jabes de Alencar) e muitos outros, na mesa da presidência, entregando documento assinado por eles, como se fossem representantes do povo evangélico, contra a PLC 122/06.

Na ocasião entregaram o documento ao Senador Paulo Paim, e não ao Senador Magno Malta, como consta na reportegem, este apenas discursou... e, voltou a comparar, sem escrúpulos, as relações homoafetivas com comportamento necrófilo e pedófilo. Também, tentou usar de uma persuasão marqueteira, barata e vil, ao tentar intimidar os senadores dizendo do número de evangélicos, alí presentes e, que, possivelmente, não votarão neles se deixarem passar a PLC 122/06. Bem típico do marketing agressor e chantagista contidos nessa forma de discurso em fazer tudo obra do inferno e barganhas salvíficas, aqui o discurso foi: se votarem prol PLC 122/06 a vida de vocês se tornará difícil, pois esse povo que aqui está, não só evangélicos, como católicos, espíritas e ateus, quer o direito de preservar suas famílias das aberrações contidas na PLC 122/06, que, na verdade, são anti-constitucionais (tipo, se assim procederem não herdarão o reino de Deus, ou as eleições para o próximo mandato).

Dessa forma, o recado foi dado aos senadores, e o movimento gay, de fato, tem assistido a tudo isso, sem a mesma capacidade de mobilização. Enfim, é hora de começarmos a pensar profundamente nessas questões. Afinal, o Senador Paulo Paim é defensor da PLC 122, mas sozinho é uma voz muda, gritando para ouvidos surdos!

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