A Reforma Protestante como um movimento político da cultura do século XVId.C
1500 d.C, o que esperava um jovem daquela época? Quem eram os pobres, o povo? Como se davam as paixões, os amores? O que eles comiam ou bebiam? O que significava a religião de um homem? O que estava acontecendo na Europa no século XVI?
Pois é, são perguntas fáceis de responder, desde que o período não seja de transição cultural, de profundas mudanças, aliás, de mudanças violentas e sanguinárias. O que não muda, em absoluto, o fato de, tudo isso ser, antes que qualquer coisa, POLÍTICA, portanto, qualquer olhar romântico é ilusório, fictício, superficial, da analise última, que estabelece na relação das mudanças e dos interesses dos homens, que muito embora recaiam sobre a religião e a religiosidade, mas, no contexto sócio-histórico, essa religião é fé, é governo, é império, é política e economia, enfim, é a própria sociedade em seu sitz im leben.
Por isso, não assiste razão, quando um religioso evangélico, ao falar dos reformadores, refere-se a Lutero como herói, a Calvino como ídolo, e a Henrique VIII como um soberano que procurava atender os interesses da Inglaterra frente aos desmandos da política papal. Numa tentativa de justificar a Reforma como uma obra santa, imaculada, cheia de interesses do bem, propostas por homens e mulheres de bem. Uma leitura mística e supervalorizada de fatos que chocam pela sordidez e jogo de interesses imorais de ambos os lados (protestante e católico).
Como, também, em situação contrária, não assiste razão na história secular, quando esta diz que a Reforma tenha sido APENAS uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média, e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais. Uma leitura reducionista e preconceituosa do verdadeiro contexto social que a Igreja e a teologia ocupavam na vida cotidiana.
Assim, por exemplo, Lutero (fundador da minha igreja), extrapolou, em muito, às questões teológicas quando mandou perseguir judeus, anabatistas e camponeses. Teve arroubos pentecostais com as questões do diabo... Lutero era medieval! Adulterou parte das escrituras em sua tradução para o alemão, e falou algumas bobagens teológicas, que na sua época, foram tomadas como verdade e princípio.
Nesse primeiro olhar gostaria de deixar esse vídeo que mostra alguns deslizes de Lutero, foi amplamente divulgado em comunidades virtuais de público judeu, e não é invenção, difamação, de fato, o que consta lá foi defendido politicamente pelo reformador:
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