Pastor denuncia homofobia na sua própria igreja e é demitido pela comissão administrativa
Virou notícia em Vitória da Conquista um ato de discriminação contra um membro da Igreja Batista da Graça, ganhando até proporção estadual. O pastor Sérgio Emílio Meira Santos, após ter prestado queixa na polícia contra o que considera uma prática homofóbica ocorrida em sua congregação, foi até demitido do cargo de pastor.
Por Laís Vinhas
pastor Sérgio Emílio Meira Santos |
O pastor da Igreja Batista da Graça, Sérgio Emílio Meira Santos, compareceu agora à tarde ao Distrito Integrado de Segurança Pública/Disep para prestar queixa contra o que considera uma prática homofóbica ocorrida dentro de sua congregação. Segundo o religioso, um adolescente de 16 anos, membro da igreja, estaria sofrendo constrangimentos em função de sua orientação homossexual, o que teria acarretado, inclusive, sua demissão da condição de pastor em função da defesa que fez para que o jovem continuasse freqüentando a igreja.
Inconformado com a situação, o pastor esteve hoje, acompanhado do pai do adolescente, Carlos André da Silva, na sala da delegada plantonista Carla Rodrigues, a quem narrou toda a situação. Logo depois, pai e filho prestaram queixa contra integrantes do conselho administrativo da Igreja. Entre as pessoas citadas, está a ex-vereadora e vice-presidente do Conselho, Helita Figueira que, segundo informou o pastor, teria manifestado publicamente durante um culto da igreja sua insatisfação quanto à freqüência do jovem homossexual na congregação, fato relatado à delegada Carla Rodrigues.
Segundo o pastor, a opção sexual do adolescente motivou uma reunião do conselho, quando ele voltou a defender que, com base nas Escrituras Sagradas, não poderia, “em hipótese nenhuma”, negar a freqüência do adolescente aos cultos, inclusive na condição de músico. Logo depois – lembra o pastor – recebeu em casa uma carta assinada por membros do conselho informando sobre sua demissão do cargo. Entre outras coisas, alegava-se que o mesmo não estaria cumprindo a contento suas atribuições de pastor. Para ele, as alegações foram apenas uma “nuvem de fumaça” para encobrir os reais motivos da demissão.
Fonte: Vitória da Conquista: site da cidade
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