Qualidade de vida
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Caráter e masculinidade
Qualidade de vida
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Terço, nudez e religião
Nem tanto. Não sou muito do tipo capitalista não, tenho minhas ressalvas quanto se objetificar o ser. Mas também não sou a favor do escândalo sentido pelos católicos quanto o terço recaído sobre os seios nus. Se a crítica pousasse sobre as futilidades do ‘tudo se vender e comprar’, tornando o ser um objeto da nota, ou do status que ela simboliza, tudo bem, seria concorde! Entretanto, seria exigir muito dos padres tal aferição. Oras, supostamente eles não transam, são recalcados, e odeiam as mulheres...
Vejam o que eles elegeram para Maria, a mãe de Deus, fizeram-na eternamente virgem! Coitadinha... Nunca conheceu o que é viver, mesmo ela tendo um filho, permaneceu virgem! Por que eles odeiam as mulheres e querem tomar delas o prazer, deixá-las histéricas, e cheias de frustrações, como pode? Se Maria não transou, Carol Castro não poderá usar um terço recaído sobre seus seios nus.
Será que para os bispos da CNBB Carol Castro nasceu com roupas? Maria certamente nasceu, porque ela era virgem, pura, casta e CASTRADA. Carol Castro, ao invés de usar um terço sobre seus seios nus e se fotografar, deveria entrar para o convento, afinal, seria uma mulher a menos na concorrência... E quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Ou seria, quem tem olhos para ler e é alfabetizado, leia.
Enfim, deu até vontade de me fotografar nu, mas o terço ficaria suspenso (será que ficaria suspenso por eu não poder usá-lo, ou ficaria suspenso balançando para lá e para cá sem um lugar macio para recair?).
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Eis a verdadeira abominação!
Fotos: Sidney Lopes/EM/D.A Press
Edson Luiz e sua mãe, Dulce Conceição de Mello, 65 anos
A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver ao fiel Edson Luiz de Melo todos os dízimos e doações feitas por ele. De acordo com o processo movido por sua mãe, Edson, que é portador de enfermidade mental permanente, passou a freqüentar a igreja em 1996 e desde então era induzido a participar de reuniões sempre precedidas e/ou sucedidas de contribuição financeira.
Segundo o advogado que representou o fiel, Walter Soares Oliveira, a quantia total a ser restituída será apurada com base nas provas, mas certamente ultrapassará os R$ 50 mil. Além de devolver as doações, a Igreja Universal ainda terá de indenizar o fiel em R$ 5 mil por danos morais. No processo consta que "promessas extraordinárias" eram feitas na igreja, em troca de doações financeiras e dízimo. Teria sido vendida a Edson Luiz, por exemplo, a "chave do céu". A vítima também recebeu um "diploma de dizimista" assinado por Jesus Cristo. Com isso, as colaborações doadas mensalmente chegaram a tomar todo o salário do fiel, que trabalhava como zelador
Edson chegou a receber até um diploma de dizimista assinado por Jesus Cristo. Em virtude do agravamento de sua doença, Edson foi afastado do trabalho, quando então passou a emitir cheques pré-datados para fins de doação à igreja. Ele ainda fez empréstimos em um banco e vendeu um lote por um valor irrisório, para conseguir manter as doações à instituição religiosa.
Processo
- Em 1ª Instância o juiz havia ponderado que a incapacidade permanente do fiel só se deu a partir de 2001, quando houve sua interdição. Dessa forma, ele entendeu que a igreja não poderia restituir valores de doação anteriores àquele ano, motivo pelo qual estipulou em R$ 5 mil o valor que deveria ser devolvido.
- Já em 2ª Instância, o desembargador Fernando Botelho, relator do recurso, considerou que o fiel não tinha "condições de manifestar, à época dos fatos, livremente a sua vontade, já que dava sinais (quando da emissão dos cheques de doação à igreja) de ter o discernimento reduzido” sendo “os negócios jurídicos ali realizados nulos", e por isso determinou, juntamente com os outros dois desembargadores, a devolução do valor integral das doações.A decisão ainda cabe recurso judicial.
(Com informações de Emerson Campos/Portal Uai)
Oportunidade para o diálogo
Na mensagem dos rapazes o pedido foi o mesmo: moderar as mensagens no mural de recados e, também, nos comentários. A causa de pedir, também, foi muito semelhante, recaindo sobre o fato de tais acusações desconexas causarem indignação, desconforto e trazerem conteúdo homofóbico.
Acontece que outros já me pediram isto também, mas relutei em moderar, porque vislumbro a oportunidade de mostrar quem é quem nessa história. Quero dizer que fica evidente que os gays são discriminados de forma violenta pelos evangélicos e católicos, enfim, pela comunidade cristã. A diferença está na forma como encaramos. Os cristãos reacionários nos agridem e nós procuramos nossos direitos, cobramos da justiça o seu papel. O que os chateiam, pois querem continuar impunes e desrespeitadores.
Por outro lado, contemplo de forma muito positiva o conteúdo que temos e a oportunidade de respondê-los, Sócrates (filósofo grego) dizia que o homem erra e comete o mal pela ignorância. O que é evidente nas pessoas que entram aqui no blog para ofenderem de forma muito pessoal. É isso mesmo, eles descarregam aqui suas frustrações, penso que isso chega a ser terapêutico para eles, num primeiro momento descarregam o ódio de si mesmos, e depois lêem o que temos ofertado. Assim crescem junto conosco, através do diálogo que estabelecemos com eles.
Eu também não gosto, pessoalmente, dos ataques, às vezes fico tão descontente que posto algum artigo comentando o que eles fazem, até que meio desaforado também. Enfim, irrita abrir sua caixa de mensagens e ter um tanto de gente querendo fazer chantagem e ameaças inúmeras... às vozes do inferno e do juízo equivocado. Mas tenho a certeza de que muitos aprendem e se 'libertam' de seus temores nesse espaço. Por isso, não tenho moderado, entretanto, se mais manifestações dos leitores desse blog quiserem que eu passe a moderar é só me pedirem, tendo assim pela a maioria à decisão!
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Professor de Educação Física é acusado de abusar sexualmente de crianças em escola de São Paulo
Cerca de 200 crianças tinham aulas com o acusado.
Fonte: Globo.com
Marcha para Jesus- Belo Horizonte/MG
Fonte: Jornal da Alterosa 2ª Edição
Infelizmente é uma manifestação que pede respeito e paz, mas na prática são os primeiros a declararem guerras e desrespeitarem de forma torpe e mesquinha a liberdade individual dos outros.
Infelizmente é tudo muito alegre, mas toda a alegria não passa de casca, são como latas vazias tinindo ao vento.
Pregam um amor confuso, egoísta e de natureza duvidosa. O que na verdade não é amor, mas é o PODER travestido com as marcas altruísticas, e no fim impõe grilhões.
Infelizmente é tudo muito santo, tão santo que é algo surreal. A hipocrisia opera na santidade! Oram pelos governantes, para que governem bem, e quando estão no poder são os primeiros a se corromperem e depois se defenderem em nome da santidade.
É tudo tão inocente que no final só poderia acabar mesmo em samba ou em pizza!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Banheiro Masculino
O que me faz refletir: se fosse um homossexual, acusando a agressividade do simbolismo, seria taxado de ditador gay por algum servo severo fervoroso por aí, que anda vomitando falácias na internet, em nome da violência e ódios próprios.
Sobre os mictórios- eles são originais, mas de fato, a simbólica envolta é no mínimo deselegante, contudo se as boquinhas não tivessem batom! Mas, ainda sim não é algo politicamente correto, pois pode ofender subjetivamente uns e outros. Ofensas não são legais, mesmo que a intenção original não seja a mesma.
domingo, 17 de agosto de 2008
Cristiano Ronaldo
A justificativa do grupo que o elegeu como ícone não poderia ser diferente. O corpo sarado, o cabelo penteado para trás, os dentes brilhantes e as jóias atraíram os votos. O representante do grupo ressalta: "Ele é o homem dos sonhos das mulheres e dos homens gays".
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Promiscuidade um conceito xenofóbico
Penso que esse diálogo daria uma tese de mestrado, mas não é a pretensão, pelo contrário, aqui gostaria de expor da idéia sem o mérito do 'científico' pelo cientificismo... Apenas uma reflexão ética em uma incidência moral, costumeira, social...
A promiscuidade se liga, na história, diretamente a um conceito comumente difundido nas sociedades clássicas antigas: a xenofobia. Este termo não será entendido, aqui, em nosso diálogo, como preconceito amplo, mas, in stricto sensu, na sua forma semântica composta xenophobos; onde xenos= estrangeiro, phobos= aversão.
A postura ideológica assumida na Grécia era contra o hibridismo considerado a um cidadão como vergonhoso, insulto, desastre, ultraje, prejudicial. Essa postura grega contida na filosofia, também, rezava que toda forma misturada era prejudicial. Assim quando a alma se misturava ao corpo se tornava prisioneira neste. Quando se misturava aos prazeres da carne prejudicava sua libertação, sua razão sofria demérito. Portanto, às formas hibridas não era vislumbrada a ordem, pelo contrário, a mistura solapava à ordem, destruía à razão, era prejudicial às tradições.
Com os romanos veio a pax romana, e com esta um novo conceito para a mistura. Acontece que os romanos não podiam, à semelhança dos gregos, auferir significado destrutivo às associações. Eles dependiam das mesmas para controlar o império, submetendo o governo, administrativamente, aos povos dominados. Entretanto, permitindo à cultura local seu acesso próprio às divindades, e significados ímpares, que cada uma trazia de sua formação singularmente.
Assim, hibrida, o termo em latim, equivalente ao hybridos grego foi perdendo seu significado de desastre, insulto, vergonha. No latim, em princípio, hibrida era usado, também, para designar os bastardos, perdendo a força negativa foi usual à interpretação pela associação ou mistura. Mas a cultura era helênica, e os próprios romanos não eram tão tolerantes a despeito do altruísmo para terem um conceito, tão aberto, livre do próprio etnocentrismo comum às culturas antigas. Assim, surge um conceito de mistura desordenada, confusa, truncada.
Promiscuo foi se estabelecendo, com os conceitos de híbrido, para enfraquecer a própria ideologia grega que via em toda e qualquer mistura algo ruim, e só tolerava por conta do comércio. Roma, entretanto, não podia conceber a mistura, de per si, como os gregos faziam, como execrável. Afinal, os romanos imperavam pela mistura, consentindo-a dentro do império. Como não podiam viver sem suas formas etnocêntricas, contudo, a mistura que fora condenada, era aquela desordenada, que não se submetia aos valores helênicos. Promiscuo era o confuso, o sem ordem, o sem lei, o perdido na mistura.
Não demorou muito para o cristianismo se apoderar desse termo potente e necessário. Enfim, o cristianismo, logo no primeiro século, misturado com a razão estóica condenou a mistura com o modus vivendi dos romanos e propôs à salvação! Tudo que vinha de Roma era promiscuo para um cristão, inclusive, a sexualidade do povo do império. Assim, na conotação, promiscuo se apropriou do libertino , pois na era cristã, a vida de Roma era uma mistura de libertinagem e crueldades contra a santidade. E assim o termo chegou à contemporaneidade.
Bem, aqui se tem a construção histórica do conceito, na próxima postagem vou continuar abordando a promiscuidade. Entretanto, partindo da reflexão ética, propondo uma moral prática na conseqüência da inserção ao meio gay.
domingo, 10 de agosto de 2008
Homem fica grudado depois de trepar com banco
Solitário, ele tentou se aproveitar de buracos em objeto na praça.
Bombeiros de Hong Kong levaram a vítima - e o banco - para hospital.
O cidadão, de 41 anos, estava solitário enquanto passeava pelo parque Lan Tian, na madrugada de quarta para quinta-feira (7). Foi quando ele teve a idéia de fazer sexo com um banco de metal instalado no parque. Ele colocou seu membro em um dos buracos do banco e... acabou entalado.
Em pânico, ele chamou a polícia, que acionou o corpo de bombeiros local. Para retirá-lo, os paramédicos recomendaram que o banco fosse retirado do local.
A vítima precisou ser levada para o hospital ainda com o banco preso ao pênis.
Fonte: Globo.com
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Seminário homossexualidade e religião
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Será necessária lei que criminalize a homofobia?
Enfim, ontem conversava com um travesti que mora no meu condomínio. Conhecemos-nos há um bom tempo, se não me falhe à memória- 15 anos- mas, só ontem, tive a curiosidade de saber como ele se tornou um travesti. Não esperava que tivesse sido da forma como ele relatou, afinal, a história de vida de Claudinha revela traços desse preconceito que a seguirão e não serão apagadas pelo tempo.
Mário, aos dezoito anos, chega a sua residência, depois de uma semana fora de casa, totalmente diferente. Transformado por fora, não mudado por dentro... Tudo começou aos treze anos, Mário tem um pai coronel das forças armadas, que logo percebera nele uma tendência "afrescalhada", o pai de Mário não se incomodava em jogar tal circunstância na cara do jovem menino, que sofria com as insinuações e desprezo do pai, que preferia seus, agressivos, três irmãos do que a ele, posto à margem, sem ao menos um porquê real. Logo, Mário se viu obrigado a fazer Karatê, contrariando suas tendências românticas, poéticas e reflexivas.
Bem, as surras também se faziam presentes, e eram corretivas. Não por causa de alguma traquinagem, ou desaforo, mas eram dadas, pelo simples fato, de o fazerem mais macho. Mário viveu sufocado durante toda sua adolescência, magoado, ferido, violado. O seu pai o tolerava, por sua condição de filho, mas não o amava por uma suposta condição imaginária, temerária... Um garoto sensível, que, até então, só queria ser como os outros, mas seu lado pacífico, gentil, o afastava dessa possibilidade.
Assim Mário cresceu, e com ele cresceram as acusações de bichinha, gayzinho, mulherzinha. O que sempre era constrangedor, pois, de fato, nunca havia experimentado uma relação homoafetiva. Mas, se sentia atraído por tê-la, afinal, o que era tão proibido, tão amaldiçoado? Foi quando ele se permitiu em uma! Aos dezessete anos, pouco tempo faltava para inteirar dezoito, seu primeiro namoradinho, inesquecível, seu primeiro e último namoradinho... Afinal, na noite em que completou dezoito anos, o seu pai presenciou Mário e seu amor se abraçando afetuosamente, e quando o jovem garoto entrou em casa tomou uma surra que o fez perder três dentes. Então, ele fugiu de casa, não pela surra, mas pelo ódio do seu pai a bater e falar coisas que doeram bem mais do que qualquer bofetada... Ele não era mulherzinha, era tão somente o Mário! Arrasado, discriminado, surrado.
Uma semana se passou, e ele agora com 18 anos espera seu pai estar em casa para ir pegar suas roupas, Mário estava transformado, já não era mais o Mário, mas a Claudinha! O garoto colocou silicone industrial nas nádegas, pernas, peitos e foi ver o que seu pai achava. Nesse momento, Claudinha chorou, quando contou que ao ver o pai disse: “então coronel, o senhor sempre quis que eu fosse mulher, mulherzinha... Eu não era gayzinho, nem sou mulherzinha! Agora sou Claudinha, mulher, para realizar seu desejo”.
Mário teve seu nariz quebrado nessa noite e chamou a policia...
Será necessária a criminalização da homofobia? De certo, sim! A história da Claudinha aponta exatamente para isso. Gays muitas vezes são tolerados dentro de suas casas, pelos seus pais, irmãos, enfim, família. Mas quem disse que tolerância é um bem? O verbete foi usado na época da libertação dos escravos pelas classes mais ricas, e significava suportar um mal necessário (os negros livres). Os gays não são um mal, que os admitir se faz necessário. Alguns pensam assim, como no velho discurso evangélico: “Deus ama o pecador, mas abomina o pecado”. Ou seja, nós toleramos os homossexuais, mas não admitimos seu modo de ser. Os toleramos, pois é um mal necessário.
Claudinha foi massacrada durante toda sua adolescência por uma idéia, ela foi tolerada numa família, mas não vivenciou uma família de fato. A homofobia tácita vem ceifando vidas, sentimentos em nome de posturas idealizadas, rígidas e justificadas seja no exército, seja na Bíblia, seja em qualquer lugar... A criminalização acabará com a tolerância e fará a inclusão, tolerar não é incluir, não é aceitar, não é amar.
Infelizmente, vivemos numa sociedade onde quem quer ofender um homossexual, pelo fato, simples, da homossexualidade o faz com plenos poderes, com totais requintes psíquicos de exclusão. Sem se ver obrigado a reparar o dano da ilicitude. Há lei? Sim há! Mas ela não é respeitada, valorizada, internalizada, pois a homofobia, sim, é interna da sociedade. A criminalização obrigará a reparação de danos, regularizará, de vez, o comportamento social e trará dignidade a tanta gente boa e sofrida por uma idéia fixa.
Há alguns anos Claudinha fora espancada pelo pai por ser gay, no dia 26/07/2008 um grupo foi espancado na porta de um shopping, em Santo André, pelo mesmo motivo. Todos os dias, pessoas são excluídas de rodas sociais por serem gays.
Seria a criminalização algo tão banal ou desnecessário?
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Avisos
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Ops!
sábado, 2 de agosto de 2008
Imperador Adriano, história para o cinema!
O cineasta britânico John Boorman será o co-roteirista do filme, uma adaptação do romance “Memórias de Adriano”, da escritora Marguerite Yourcenar. Segundo o “Daily Star”, o filme terá orçamento entre US$ 50 e US$ 60 milhões.
Militar e bissexual, o imperador Adriano viveu de 117 a 138 a.C., e dizem os historiadores que ele manteve um relacionamento com um adolescente grego enquanto casado. Este mês, o Museu Britânico inaugurou a mostra “Hadrian: Empire and Conflict” (Adriano: Império e Conflito, em tradução literal), que traz 180 objetos relacionados com a vida do imperador, vindos de 28 países.
Fonte: Dykerama.com
A história do imperador Adriano sempre me facinou, não por ele ter sido IMPERADOR ROMANO, nem tão pouco por ser classificado na lista dos "bons imperadores", embora isso contribua bastante (ou não, porque Nero, Calígula e os demais cesares me fascinam também).
Adriano era letrado, criou no Direito romano os éditos perpétuos (131dc), uma espécie de unificação da legislação que existia. Admirador da cultura grega, ajudou à expansão do helenismo. Viveu por 12 anos, de seu império, fora da cidade de Roma, viajando por toda a expansão territorial de seu governo. Também foi arquiteto, construindo o panteão romano, e a Villa Adriana, mas ainda não é por isso que sua história me fascina.
Curiosamente, numa de suas viagens, em Bitínia, Adriano conhece Antínoo, um adolescente de origem grega, e o leva como seu escravo. Adriano era 34 anos mais velho que o rapaz, e sua relação com ele, no início, figurava-se pelo estatuto da pessoa (onde o cidadão romano podia penetrar seus escravos, mantendo relações sexuais).
Entretanto, a relação de Adriano com Antínoo passou a figurar bem mais do que a relação do pátrio poder romano e suas posses. Eles se amavam, tanto, que alguns historiadores acreditam que Antínoo não tenha sido acidentado e morrido precariamente, mas, tão somente, tenha cometido suicídio, em sacrifício no Nilo, para salvar o império de Adriano. Eles (Adriano e Antínoo) eram iniciados nos mistérios de Elêusis, dando contorno místico à vida desses dois. Como no Egito acreditavam que o sacrifício de um jovem, no Nilo, traria benefícios dos deuses em favor de quem se morria. E como o imperador Adriano passava por uma fase difícil de sua política, com a saúde debilitada, revoltas em algumas partes do império, seca e fome em outras, essa tônica ganha força.
Os fatos são: aos 20 anos Antínoo morre nas águas do Nilo, e Adriano chora, chora como se fosse mulher (assim relatam os historiadores da época). Ergue no Egito a cidade de Antinópolis; eleva Antínoo à divindade, construindo a ele vários templos e bustos por todo o império. Até uma estrela ganhou o nome do mancebo, e Adriano escreveu um epitáfio dedicado ao jovem.
Depois da morte de Antínoo, o imperador Adriano viveu por mais 8 anos e morreu. Essa história é trágica, mas bela! E me fascina pela forma despojada de viver o amor, de se sacrificar por ele. Não compete a mim julgar se estupidez, ou crendices... A questão é: o amor vivido entre os dois foi, pelos dois, eternizado. Tanto no sacrifício, mostrando total abnegação em favor de alguém, quanto na memória desse sacrifício, que se eterniza numa estrela, em templos, por toda cidade, num período curto de tempo, quando então, a morte também se faz bem-vinda...
Confusão e pancadaria no Shopping ABC, em Santo André-SP
Acontece que as agreções foram realizadas pelo preconceito, pela homofobia. Em média, 300 pessoas (entre gays, emos, travestis e transexuais) todos os finais de semana se reúnem no shopping ABC, e foram agredidas, no último dia 26/07, por um grupinho de 60 pessoas, que utilizando o orkut, fizeram apologia ao crime, formaram quadrilha, em prol da perturbação da ordem pública, agrediram pessoas, causando lesões corporais e, por fim, as vítimas não tiveram direito ao BO, porque a policia civil, confundida de seu papel, resolveu julgar o caso, em questão, em demérito dos que apanharam, que foram agredidos e desrespeitados no próprio Direito Constitucional, que garante a liberdade de ir e vir. Ou seja, foram vitimadas duas vezes, as pessoas que ali sofreram o preconceito.
Ao ler a reportagem pelo site A Capa tomei conhecimento da participação da vereadora Heleni Paiva, do PDT. Ela acompanha o desenrolar da situação, cobrando das autoridades as medidas legais cabíveis nesse circo de horrores.
Foi então que escrevi à vereadora, no intuito de somar às vozes, fazer força ao coro. Afinal, esse tipo de coisa pode virar moda, uma vez que tanto ódio tem sido distribuído no Brasil por conta do PL 122/06. Em que a vereadora, graciosamente, me respondeu:
Caro Renato.
É muito bom sabermos que não estamos sozinhas nesta luta. Não sei se é de seu conhecimento mas há 25 anos passados montei a uma das primeiras ONGs do Brasil contrária á xenofobia e intolerância, a TULIPA. Fico horrorizada que após tantos anos
ainda tenhamos, com tantos avanços tecnológicos tenhamos de defender pessoas e segmentos vítimas da intolerância.
Einstein genial pensador, quando pediu que fosse retirado qualquer contexto dos direitos humanos das religiões enunciou "...desenvolvimento livre e responsável do indivíduo, de tal modo que ele possa colocar seus poderes, livre e prazerosamente
a serviço de toda a humanidade" SIGO FIELMENTE O PRINCÍPIO.
Junto a ONG ABCDS tivemos ontem uma reunião com o comando da policia militar e houve o compromisso estar presente no local. Mas, só isto não basta, pedimos que o reservado da PMSP, pesquise o renascimento e evolução destes grupos homofóbicos. Temos o compromisso. Quanto a policia civil, a Secretaria de Justiça do
Estado de São Paulo vem á cidade para verificar o ocorrido. É uma pena mas não conseguimos que as vítimas lavrassem o Boletim de Ocorrência, o que impede, segundo a policia civil, a apuração dos fatos. Não estamos calmos em relação ao fato, pois nos preocupa o sentimento de nossa cidade voltar a ser triste palco dos crimes de ódio.
Deixo saudações,
Heleni.
Bem galera, essa resposta me tranqüilizou, quanto o fato, de saber que as ONGs e as autoridades se moblizaram em prol da garantia da paz e ordem pública. Quanto às vítimas, a solidariedade de nosso BLOG...
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Namoro Gay
- Traduzido por Geraldo M. de Carvalho, extraído do Jornal Edge 407, em 17/02/1999.