quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Caráter e masculinidade

Estou fazendo esta postagem, mas depois, num outro post relacionado, comentarei os resultados desta pesquisa... Penso ser bastante interessante.

O caráter é mais importante para definir a masculinidade do que atributos físicos e vida sexual, sugere uma pesquisa feita com 27 mil homens em oito países, inclusive o Brasil.


Publicada na edição desta semana da revista científica Journal of Sexual Medicine, a sondagem entrevistou homens entre 20 e 75 anos sobre os fatores que definem qualidade de vida e masculinidade. Entre os entrevistados, 16% sofriam de disfunção erétil.

Segundo os resultados, a maioria dos entrevistados (33%) considera que ser visto como um homem honrado e ter o controle da própria vida (28%) são os principais atributos da masculinidade. Em contrapartida, apenas uma minoria citou ser atraente (1%) e ter sucesso com as mulheres (1%) como fatores que definem a identidade masculina.

O estudo ressalta ainda que a percepção sobre a identidade masculina não é diferente para os homens impotentes entrevistados na pesquisa. "As percepções dos homens sobre a masculinidade diferem de maneira significativa dos estereótipos da literatura", diz o estudo.

"Ao contrário dos estereótipos, em todos os países analisados, atributos envolvendo respeito social foram citados com muito mais freqüência como fatores que definem a masculinidade do que aqueles apenas concentrados na sexualidade", afirma o texto.

Brasil

No Brasil, os pesquisadores entrevistaram cerca de 5 mil homens de diferentes faixas etárias. Entre os brasileiros entrevistados, ser visto como um homem honrado foi citado como o atributo mais importante da identidade masculina para a maioria (41%).

Além da honra, fatores como a manutenção do controle da própria vida (27%) e ter um bom trabalho (12%) também foram citados como importantes na construção da masculinidade. No entanto, atributos mais sexuais como ser atraente (0%) e ter sucesso com as mulheres (1%) parecem ter menos importância na definição da identidade masculina, citados por uma minoria dos entrevistados.

Além do Brasil, os homens entrevistados na Espanha, México, Estados Unidos e França também definem a honra como o principal atributo da masculinidade. Já na Alemanha, Reino Unido e Itália, ter o controle da própria vida foi citado como fator mais importante.

"O conjunto de resultados dessa pesquisa ressalta a importância para os homens dos aspectos não-sexuais na construção da identidade masculina", diz o estudo.


Qualidade de vida

Além dos fatores que contribuem para a construção da identidade masculina, o estudo também analisou a percepção dos homens sobre os atributos que definem uma boa qualidade de vida.

A maioria dos entrevistados (29%) citou "ser saudável" como o principal atributo de uma boa qualidade de vida, seguido por "harmonia na vida familiar"(26%) e "bom relacionamento com a parceira" (22%). No entanto, aspectos mais materiais foram considerados menos importantes para a definição de uma boa qualidade de vida pelos homens entrevistados. Fatores como "vida sexual satisfatória" e "ter uma boa casa" foram citados por apenas 3% dos participantes.

Contribuição

De acordo com Julia Heiman, principal autora do estudo, os resultados podem contribuir para uma melhor compreensão acerca da opinião dos homens sobre sua própria identidade.

"Perguntar a vários homens o que engloba seu senso de masculinidade é muito útil para a mídia e para a pesquisa. Esses resultados sugerem que devemos prestar atenção e perguntar, ao invés de assumir que sabemos", afirma Heiman.

Segundo a autora, os resultados também podem contribuir para uma melhor compreensão acerca da opinião dos homens que sofrem de impotência e ajudar os médicos a elaborar melhor suas táticas de tratamento. Isso porque não houve diferença na percepção sobre masculinidade entre daqueles que sofriam de disfunção erétil e os que não apresentavam problemas sexuais.

"Os resultados sugerem com clareza que os médicos devem reconsiderar o conceito de que a disfunção erétil e outros problemas sexuais abalam o centro da identidade masculina", afirma o estudo.
Fonte: Terra

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Terço, nudez e religião

Notoriamente, um desrespeito à religião, como pode? Fotografar-se para uma revista que servirá para homens e mulheres se excitarem, masturbarem e terem seus desejos- fantasias- mais secretas sendo satisfeita a um toque num orgasmo! Absurdo...

Nem tanto. Não sou muito do tipo capitalista não, tenho minhas ressalvas quanto se objetificar o ser. Mas também não sou a favor do escândalo sentido pelos católicos quanto o terço recaído sobre os seios nus. Se a crítica pousasse sobre as futilidades do ‘tudo se vender e comprar’, tornando o ser um objeto da nota, ou do status que ela simboliza, tudo bem, seria concorde! Entretanto, seria exigir muito dos padres tal aferição. Oras, supostamente eles não transam, são recalcados, e odeiam as mulheres...

Vejam o que eles elegeram para Maria, a mãe de Deus, fizeram-na eternamente virgem! Coitadinha... Nunca conheceu o que é viver, mesmo ela tendo um filho, permaneceu virgem! Por que eles odeiam as mulheres e querem tomar delas o prazer, deixá-las histéricas, e cheias de frustrações, como pode? Se Maria não transou, Carol Castro não poderá usar um terço recaído sobre seus seios nus.



Será que para os bispos da CNBB Carol Castro nasceu com roupas? Maria certamente nasceu, porque ela era virgem, pura, casta e CASTRADA. Carol Castro, ao invés de usar um terço sobre seus seios nus e se fotografar, deveria entrar para o convento, afinal, seria uma mulher a menos na concorrência... E quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Ou seria, quem tem olhos para ler e é alfabetizado, leia.

Enfim, deu até vontade de me fotografar nu, mas o terço ficaria suspenso (será que ficaria suspenso por eu não poder usá-lo, ou ficaria suspenso balançando para lá e para cá sem um lugar macio para recair?).



quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Eis a verdadeira abominação!

Igreja Universal terá que devolver mais de R$ 50 mil de dízimo à fiel


Fotos: Sidney Lopes/EM/D.A Press

Edson Luiz e sua mãe, Dulce Conceição de Mello, 65 anos


A Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver ao fiel Edson Luiz de Melo todos os dízimos e doações feitas por ele. De acordo com o processo movido por sua mãe, Edson, que é portador de enfermidade mental permanente, passou a freqüentar a igreja em 1996 e desde então era induzido a participar de reuniões sempre precedidas e/ou sucedidas de contribuição financeira.

Segundo o advogado que representou o fiel, Walter Soares Oliveira, a quantia total a ser restituída será apurada com base nas provas, mas certamente ultrapassará os R$ 50 mil. Além de devolver as doações, a Igreja Universal ainda terá de indenizar o fiel em R$ 5 mil por danos morais. No processo consta que "promessas extraordinárias" eram feitas na igreja, em troca de doações financeiras e dízimo. Teria sido vendida a Edson Luiz, por exemplo, a "chave do céu". A vítima também recebeu um "diploma de dizimista" assinado por Jesus Cristo. Com isso, as colaborações doadas mensalmente chegaram a tomar todo o salário do fiel, que trabalhava como zelador

Edson chegou a receber até um diploma de dizimista assinado por Jesus Cristo. Em virtude do agravamento de sua doença, Edson foi afastado do trabalho, quando então passou a emitir cheques pré-datados para fins de doação à igreja. Ele ainda fez empréstimos em um banco e vendeu um lote por um valor irrisório, para conseguir manter as doações à instituição religiosa.

Processo

  • Em 1ª Instância o juiz havia ponderado que a incapacidade permanente do fiel só se deu a partir de 2001, quando houve sua interdição. Dessa forma, ele entendeu que a igreja não poderia restituir valores de doação anteriores àquele ano, motivo pelo qual estipulou em R$ 5 mil o valor que deveria ser devolvido.

  • Já em 2ª Instância, o desembargador Fernando Botelho, relator do recurso, considerou que o fiel não tinha "condições de manifestar, à época dos fatos, livremente a sua vontade, já que dava sinais (quando da emissão dos cheques de doação à igreja) de ter o discernimento reduzido” sendo “os negócios jurídicos ali realizados nulos", e por isso determinou, juntamente com os outros dois desembargadores, a devolução do valor integral das doações.A decisão ainda cabe recurso judicial.

(Com informações de Emerson Campos/Portal Uai)

Oportunidade para o diálogo

Recebi diversos e-mails, de várias pessoas como o André, Roberto, Wesley, Antônio, Marco Paulo, Robson e Rodrigo com o mesmo pedido e as mesmas justificativas... Resolvi, entretanto, postar, aqui, a resposta que os encaminhei. Enfim, o questionamento deles pode ser o questionamento de outros também.

Na mensagem dos rapazes o pedido foi o mesmo: moderar as mensagens no mural de recados e, também, nos comentários. A causa de pedir, também, foi muito semelhante, recaindo sobre o fato de tais acusações desconexas causarem indignação, desconforto e trazerem conteúdo homofóbico.

Acontece que outros já me pediram isto também, mas relutei em moderar, porque vislumbro a oportunidade de mostrar quem é quem nessa história. Quero dizer que fica evidente que os gays são discriminados de forma violenta pelos evangélicos e católicos, enfim, pela comunidade cristã. A diferença está na forma como encaramos. Os cristãos reacionários nos agridem e nós procuramos nossos direitos, cobramos da justiça o seu papel. O que os chateiam, pois querem continuar impunes e desrespeitadores.

Por outro lado, contemplo de forma muito positiva o conteúdo que temos e a oportunidade de respondê-los, Sócrates (filósofo grego) dizia que o homem erra e comete o mal pela ignorância. O que é evidente nas pessoas que entram aqui no blog para ofenderem de forma muito pessoal. É isso mesmo, eles descarregam aqui suas frustrações, penso que isso chega a ser terapêutico para eles, num primeiro momento descarregam o ódio de si mesmos, e depois lêem o que temos ofertado. Assim crescem junto conosco, através do diálogo que estabelecemos com eles.

Eu também não gosto, pessoalmente, dos ataques, às vezes fico tão descontente que posto algum artigo comentando o que eles fazem, até que meio desaforado também. Enfim, irrita abrir sua caixa de mensagens e ter um tanto de gente querendo fazer chantagem e ameaças inúmeras... às vozes do inferno e do juízo equivocado. Mas tenho a certeza de que muitos aprendem e se 'libertam' de seus temores nesse espaço. Por isso, não tenho moderado, entretanto, se mais manifestações dos leitores desse blog quiserem que eu passe a moderar é só me pedirem, tendo assim pela a maioria à decisão!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Professor de Educação Física é acusado de abusar sexualmente de crianças em escola de São Paulo

Polícia apreendeu fotos de crianças nuas no apartamento do suspeito.
Cerca de 200 crianças tinham aulas com o acusado
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Um professor de educação física de uma escola de Alumínio, a 79 km de São Paulo, é acusado de abusar sexualmente de alunos. Ele dava aulas para cerca de 200 crianças.

A mãe de uma das crianças procurou a polícia após notar uma mudança no comportamento do filho. O menino, de 11 anos, disse a uma psicóloga que era abusado sexualmente pelo professor.Após receber a denúncia, a polícia apreendeu três máquinas fotográficas e um computador no apartamento do suspeito.

Peritos conseguiram recuperar várias fotos. As imagens mostram crianças nuas e cenas de abuso sexual. Segundo a polícia, aparecem alunos do professor.

O docente está preso por atentado violento ao pudor. A polícia quer saber se ele também participa de uma rede de pedofilia que veicula fotos de crianças nuas pela internet.


Fonte: Globo.com

Marcha para Jesus- Belo Horizonte/MG


Fiéis de várias igrejas evangélicas se uniram na marcha para Jesus, em Belo Horizonte.

A concentração foi na Praça da Liberdade na manhã deste sábado, 16. Gente de todas as idades, famílias inteiras com camisetas, bandanas e faixas dançavam e cantavam ao som de uma banda que tocava ao vivo, em um caminhão de som.

Pedindo paz, a multidão rezou e abençoou o Palácio do governo. A marcha deu a volta na praça e desceu a avenida Brasil, tomando toda a pista central e parando o trânsito. Da Praça Tiradentes, a passeata seguiu descendo a avenida Afonso Pena e depois a Amazonas até a Praça da Estação, onde um palco enorme foi montado para os shows musicais. E tudo acabou em samba.

Fonte: Jornal da Alterosa 2ª Edição

Infelizmente é uma manifestação que pede respeito e paz, mas na prática são os primeiros a declararem guerras e desrespeitarem de forma torpe e mesquinha a liberdade individual dos outros.

Infelizmente é tudo muito alegre, mas toda a alegria não passa de casca, são como latas vazias tinindo ao vento.

Pregam um amor confuso, egoísta e de natureza duvidosa. O que na verdade não é amor, mas é o PODER travestido com as marcas altruísticas, e no fim impõe grilhões.

Infelizmente é tudo muito santo, tão santo que é algo surreal. A hipocrisia opera na santidade! Oram pelos governantes, para que governem bem, e quando estão no poder são os primeiros a se corromperem e depois se defenderem em nome da santidade.

É tudo tão inocente que no final só poderia acabar mesmo em samba ou em pizza!




segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Banheiro Masculino

Obra do designer holandês Meike van Schijndel.

A polêmica foi criada, banheiros em restaurantes na Alemanha têm mictórios na forma de boca feminina. O designer foi considerado ofensivo às mulheres e tem sido bastante criticado.

O que me faz refletir: se fosse um homossexual, acusando a agressividade do simbolismo, seria taxado de ditador gay por algum servo severo fervoroso por aí, que anda vomitando falácias na internet, em nome da violência e ódios próprios.

Sobre os mictórios- eles são originais, mas de fato, a simbólica envolta é no mínimo deselegante, contudo se as boquinhas não tivessem batom! Mas, ainda sim não é algo politicamente correto, pois pode ofender subjetivamente uns e outros. Ofensas não são legais, mesmo que a intenção original não seja a mesma.

domingo, 17 de agosto de 2008

Cristiano Ronaldo




Uma pesquisa divulgada pelo jornal "The Sun" revela que o jogador Cristiano Ronaldo é a celebridade mais admirada pelo público gay inglês.

A justificativa do grupo que o elegeu como ícone não poderia ser diferente. O corpo sarado, o cabelo penteado para trás, os dentes brilhantes e as jóias atraíram os votos. O representante do grupo ressalta: "Ele é o homem dos sonhos das mulheres e dos homens gays".


Fonte: IG Gente

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Promiscuidade um conceito xenofóbico

Parece-me estranho o conceito de promiscuidade tal como se vislumbra na atualidade. Parece-me estranho alguém casado dizer que transa com a secretária, ou com a melhor 'amiga' de sua esposa e, ainda sim, não se considerar promiscuo tal como se tem conceituado hodiernamente. Parece-me agressivo quando o CONCEITO DE PROMISCUO recai sobre o gay, a prostituta ou a mulher.

Penso que esse diálogo daria uma tese de mestrado, mas não é a pretensão, pelo contrário, aqui gostaria de expor da idéia sem o mérito do 'científico' pelo cientificismo... Apenas uma reflexão ética em uma incidência moral, costumeira, social...

A promiscuidade se liga, na história, diretamente a um conceito comumente difundido nas sociedades clássicas antigas: a xenofobia. Este termo não será entendido, aqui, em nosso diálogo, como preconceito amplo, mas, in stricto sensu, na sua forma semântica composta xenophobos; onde xenos= estrangeiro, phobos= aversão.


Não é difícil compreender que a sociedade grega, no início, manteve uma postura fechada aos estrangeiros, e entendia-se por estrangeiro aquele que não era helênico, ou que falava com dificuldades o idioma grego. O etnocentrismo era um paradoxo em Atenas, pois o estrangeirismo ao mesmo tempo em que ajudou o desenvolvimento da filosofia, constituia um mal, uma MISTURA indesejável, e de consequências trágicas à aristocracia na era sofistica. O comportamento gerado em Atenas foi o laconismo, enquanto o estrangeiro era encarado como um mal necessário às atividades comerciais.

A postura ideológica assumida na Grécia era contra o hibridismo considerado a um cidadão como vergonhoso, insulto, desastre, ultraje, prejudicial. Essa postura grega contida na filosofia, também, rezava que toda forma misturada era prejudicial. Assim quando a alma se misturava ao corpo se tornava prisioneira neste. Quando se misturava aos prazeres da carne prejudicava sua libertação, sua razão sofria demérito. Portanto, às formas hibridas não era vislumbrada a ordem, pelo contrário, a mistura solapava à ordem, destruía à razão, era prejudicial às tradições.

Com os romanos veio a pax romana, e com esta um novo conceito para a mistura. Acontece que os romanos não podiam, à semelhança dos gregos, auferir significado destrutivo às associações. Eles dependiam das mesmas para controlar o império, submetendo o governo, administrativamente, aos povos dominados. Entretanto, permitindo à cultura local seu acesso próprio às divindades, e significados ímpares, que cada uma trazia de sua formação singularmente.

Assim, hibrida, o termo em latim, equivalente ao hybridos grego foi perdendo seu significado de desastre, insulto, vergonha. No latim, em princípio, hibrida era usado, também, para designar os bastardos, perdendo a força negativa foi usual à interpretação pela associação ou mistura. Mas a cultura era helênica, e os próprios romanos não eram tão tolerantes a despeito do altruísmo para terem um conceito, tão aberto, livre do próprio etnocentrismo comum às culturas antigas. Assim, surge um conceito de mistura desordenada, confusa, truncada.

Promiscuo foi se estabelecendo, com os conceitos de híbrido, para enfraquecer a própria ideologia grega que via em toda e qualquer mistura algo ruim, e só tolerava por conta do comércio. Roma, entretanto, não podia conceber a mistura, de per si, como os gregos faziam, como execrável. Afinal, os romanos imperavam pela mistura, consentindo-a dentro do império. Como não podiam viver sem suas formas etnocêntricas, contudo, a mistura que fora condenada, era aquela desordenada, que não se submetia aos valores helênicos. Promiscuo era o confuso, o sem ordem, o sem lei, o perdido na mistura.

Não demorou muito para o cristianismo se apoderar desse termo potente e necessário. Enfim, o cristianismo, logo no primeiro século, misturado com a razão estóica condenou a mistura com o modus vivendi dos romanos e propôs à salvação! Tudo que vinha de Roma era promiscuo para um cristão, inclusive, a sexualidade do povo do império. Assim, na conotação, promiscuo se apropriou do libertino , pois na era cristã, a vida de Roma era uma mistura de libertinagem e crueldades contra a santidade. E assim o termo chegou à contemporaneidade.

Bem, aqui se tem a construção histórica do conceito, na próxima postagem vou continuar abordando a promiscuidade. Entretanto, partindo da reflexão ética, propondo uma moral prática na conseqüência da inserção ao meio gay.

domingo, 10 de agosto de 2008

Homem fica grudado depois de trepar com banco


Que situação constrangedora... Um morador de Hong Kong precisou chamar os bombeiros para se livrar de uma encrenca bizarra.



Solitário, ele tentou se aproveitar de buracos em objeto na praça.
Bombeiros de Hong Kong levaram a vítima - e o banco - para hospital.


O cidadão, de 41 anos, estava solitário enquanto passeava pelo parque Lan Tian, na madrugada de quarta para quinta-feira (7). Foi quando ele teve a idéia de fazer sexo com um banco de metal instalado no parque. Ele colocou seu membro em um dos buracos do banco e... acabou entalado.



Em pânico, ele chamou a polícia, que acionou o corpo de bombeiros local. Para retirá-lo, os paramédicos recomendaram que o banco fosse retirado do local.



A vítima precisou ser levada para o hospital ainda com o banco preso ao pênis.



Fonte: Globo.com



sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Seminário homossexualidade e religião





Galera para maiores informações cliquem na foto que ela ficará maior e vocês poderão ler o conteúdo do seminário, telefone para contato, etc...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Será necessária lei que criminalize a homofobia?

Uma pergunta que se tornou complexa e debatida na atualidade. Uma pergunta que para muitos não deveria nem sequer existir, pois o preconceito, em si mesmo, já era assunto para ser superado, entendem alguns. Outros acham que falar de determinadas atitudes discordantes não seriam, necessariamente, preconceitos.

Enfim, ontem conversava com um travesti que mora no meu condomínio. Conhecemos-nos há um bom tempo, se não me falhe à memória- 15 anos- mas, só ontem, tive a curiosidade de saber como ele se tornou um travesti. Não esperava que tivesse sido da forma como ele relatou, afinal, a história de vida de Claudinha revela traços desse preconceito que a seguirão e não serão apagadas pelo tempo.

Mário, aos dezoito anos, chega a sua residência, depois de uma semana fora de casa, totalmente diferente. Transformado por fora, não mudado por dentro... Tudo começou aos treze anos, Mário tem um pai coronel das forças armadas, que logo percebera nele uma tendência "afrescalhada", o pai de Mário não se incomodava em jogar tal circunstância na cara do jovem menino, que sofria com as insinuações e desprezo do pai, que preferia seus, agressivos, três irmãos do que a ele, posto à margem, sem ao menos um porquê real. Logo, Mário se viu obrigado a fazer Karatê, contrariando suas tendências românticas, poéticas e reflexivas.

Bem, as surras também se faziam presentes, e eram corretivas. Não por causa de alguma traquinagem, ou desaforo, mas eram dadas, pelo simples fato, de o fazerem mais macho. Mário viveu sufocado durante toda sua adolescência, magoado, ferido, violado. O seu pai o tolerava, por sua condição de filho, mas não o amava por uma suposta condição imaginária, temerária... Um garoto sensível, que, até então, só queria ser como os outros, mas seu lado pacífico, gentil, o afastava dessa possibilidade.

Assim Mário cresceu, e com ele cresceram as acusações de bichinha, gayzinho, mulherzinha. O que sempre era constrangedor, pois, de fato, nunca havia experimentado uma relação homoafetiva. Mas, se sentia atraído por tê-la, afinal, o que era tão proibido, tão amaldiçoado? Foi quando ele se permitiu em uma! Aos dezessete anos, pouco tempo faltava para inteirar dezoito, seu primeiro namoradinho, inesquecível, seu primeiro e último namoradinho... Afinal, na noite em que completou dezoito anos, o seu pai presenciou Mário e seu amor se abraçando afetuosamente, e quando o jovem garoto entrou em casa tomou uma surra que o fez perder três dentes. Então, ele fugiu de casa, não pela surra, mas pelo ódio do seu pai a bater e falar coisas que doeram bem mais do que qualquer bofetada... Ele não era mulherzinha, era tão somente o Mário! Arrasado, discriminado, surrado.

Uma semana se passou, e ele agora com 18 anos espera seu pai estar em casa para ir pegar suas roupas, Mário estava transformado, já não era mais o Mário, mas a Claudinha! O garoto colocou silicone industrial nas nádegas, pernas, peitos e foi ver o que seu pai achava. Nesse momento, Claudinha chorou, quando contou que ao ver o pai disse: “então coronel, o senhor sempre quis que eu fosse mulher, mulherzinha... Eu não era gayzinho, nem sou mulherzinha! Agora sou Claudinha, mulher, para realizar seu desejo”.

Mário teve seu nariz quebrado nessa noite e chamou a policia...

Será necessária a criminalização da homofobia? De certo, sim! A história da Claudinha aponta exatamente para isso. Gays muitas vezes são tolerados dentro de suas casas, pelos seus pais, irmãos, enfim, família. Mas quem disse que tolerância é um bem? O verbete foi usado na época da libertação dos escravos pelas classes mais ricas, e significava suportar um mal necessário (os negros livres). Os gays não são um mal, que os admitir se faz necessário. Alguns pensam assim, como no velho discurso evangélico: “Deus ama o pecador, mas abomina o pecado”. Ou seja, nós toleramos os homossexuais, mas não admitimos seu modo de ser. Os toleramos, pois é um mal necessário.

Claudinha foi massacrada durante toda sua adolescência por uma idéia, ela foi tolerada numa família, mas não vivenciou uma família de fato. A homofobia tácita vem ceifando vidas, sentimentos em nome de posturas idealizadas, rígidas e justificadas seja no exército, seja na Bíblia, seja em qualquer lugar... A criminalização acabará com a tolerância e fará a inclusão, tolerar não é incluir, não é aceitar, não é amar.

Infelizmente, vivemos numa sociedade onde quem quer ofender um homossexual, pelo fato, simples, da homossexualidade o faz com plenos poderes, com totais requintes psíquicos de exclusão. Sem se ver obrigado a reparar o dano da ilicitude. Há lei? Sim há! Mas ela não é respeitada, valorizada, internalizada, pois a homofobia, sim, é interna da sociedade. A criminalização obrigará a reparação de danos, regularizará, de vez, o comportamento social e trará dignidade a tanta gente boa e sofrida por uma idéia fixa.

Há alguns anos Claudinha fora espancada pelo pai por ser gay, no dia 26/07/2008 um grupo foi espancado na porta de um shopping, em Santo André, pelo mesmo motivo. Todos os dias, pessoas são excluídas de rodas sociais por serem gays.

Seria a criminalização algo tão banal ou desnecessário?


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Avisos

Chantagem apocalíptica!

Galera, nem adianta encher minha lixeira com mensagens de fim de mundo, inferno, evangelística, testemunho de EX-alguma coisa, porque não leio! Mas, como sei que vocês não irão parar, tenho o prazer de dizer que todas elas vão direto para
LIXEIRA.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Ops!

Galera, o mural de recados está com seu provedor em manutenção. Depois ele aparece de novo! E o contate-me, no menu fale conosco, pode dar uma mensagem de erro, mas alguns e-mails me chegaram, qualquer coisa é só vocês me avisarem aqui nos comentários!

sábado, 2 de agosto de 2008

Imperador Adriano, história para o cinema!

O ator Daniel Craig, estrela dos filmes de James Bond, assinou contrato para interpretar o imperador romano Adriano em filme cuja produção começa em breve. As informações são do jornal “Daily Star”.

O cineasta britânico John Boorman será o co-roteirista do filme, uma adaptação do romance “Memórias de Adriano”, da escritora Marguerite Yourcenar. Segundo o “Daily Star”, o filme terá orçamento entre US$ 50 e US$ 60 milhões.

Militar e bissexual, o imperador Adriano viveu de 117 a 138 a.C., e dizem os historiadores que ele manteve um relacionamento com um adolescente grego enquanto casado.
Este mês, o Museu Britânico inaugurou a mostra “Hadrian: Empire and Conflict” (Adriano: Império e Conflito, em tradução literal), que traz 180 objetos relacionados com a vida do imperador, vindos de 28 países.

Fonte: Dykerama.com

A história do imperador Adriano sempre me facinou, não por ele ter sido IMPERADOR ROMANO, nem tão pouco por ser classificado na lista dos "bons imperadores", embora isso contribua bastante (ou não, porque Nero, Calígula e os demais cesares me fascinam também).

Adriano era letrado, criou no Direito romano os éditos perpétuos (131dc), uma espécie de unificação da legislação que existia. Admirador da cultura grega, ajudou à expansão do helenismo. Viveu por 12 anos, de seu império, fora da cidade de Roma, viajando por toda a expansão territorial de seu governo. Também foi arquiteto, construindo o panteão romano, e a Villa Adriana, mas ainda não é por isso que sua história me fascina.

Curiosamente, numa de suas viagens, em Bitínia, Adriano conhece Antínoo, um adolescente de origem grega, e o leva como seu escravo. Adriano era 34 anos mais velho que o rapaz, e sua relação com ele, no início, figurava-se pelo estatuto da pessoa (onde o cidadão romano podia penetrar seus escravos, mantendo relações sexuais).

Entretanto, a relação de Adriano com Antínoo passou a figurar bem mais do que a relação do pátrio poder romano e suas posses. Eles se amavam, tanto, que alguns historiadores acreditam que Antínoo não tenha sido acidentado e morrido precariamente, mas, tão somente, tenha cometido suicídio, em sacrifício no Nilo, para salvar o império de Adriano. Eles (Adriano e Antínoo) eram iniciados nos mistérios de Elêusis, dando contorno místico à vida desses dois. Como no Egito acreditavam que o sacrifício de um jovem, no Nilo, traria benefícios dos deuses em favor de quem se morria. E como o imperador Adriano passava por uma fase difícil de sua política, com a saúde debilitada, revoltas em algumas partes do império, seca e fome em outras, essa tônica ganha força.

Os fatos são: aos 20 anos Antínoo morre nas águas do Nilo, e Adriano chora, chora como se fosse mulher (assim relatam os historiadores da época). Ergue no Egito a cidade de Antinópolis; eleva Antínoo à divindade, construindo a ele vários templos e bustos por todo o império. Até uma estrela ganhou o nome do mancebo, e Adriano escreveu um epitáfio dedicado ao jovem.

Depois da morte de Antínoo, o imperador Adriano viveu por mais 8 anos e morreu. Essa história é trágica, mas bela! E me fascina pela forma despojada de viver o amor, de se sacrificar por ele. Não compete a mim julgar se estupidez, ou crendices... A questão é: o amor vivido entre os dois foi, pelos dois, eternizado. Tanto no sacrifício, mostrando total abnegação em favor de alguém, quanto na memória desse sacrifício, que se eterniza numa estrela, em templos, por toda cidade, num período curto de tempo, quando então, a morte também se faz bem-vinda...

Confusão e pancadaria no Shopping ABC, em Santo André-SP

Não havia me pronunciado antes, pois queria saber melhor sobre o desenrolar dos fatos. Mas, o que não altera a indignação, revolta e insegurança, causadas pelo descaso da policia civil, ao se recusar em fazer o BO, alegando serem as vítimas não inocentes na confusão.

Acontece que as agreções foram realizadas pelo preconceito, pela homofobia. Em média, 300 pessoas (entre gays, emos, travestis e transexuais) todos os finais de semana se reúnem no shopping ABC, e foram agredidas, no último dia 26/07, por um grupinho de 60 pessoas, que utilizando o orkut, fizeram apologia ao crime, formaram quadrilha, em prol da perturbação da ordem pública, agrediram pessoas, causando lesões corporais e, por fim, as vítimas não tiveram direito ao BO, porque a policia civil, confundida de seu papel, resolveu julgar o caso, em questão, em demérito dos que apanharam, que foram agredidos e desrespeitados no próprio Direito Constitucional, que garante a liberdade de ir e vir. Ou seja, foram vitimadas duas vezes, as pessoas que ali sofreram o preconceito.

Ao ler a reportagem pelo site A Capa tomei conhecimento da participação da vereadora Heleni Paiva, do PDT. Ela acompanha o desenrolar da situação, cobrando das autoridades as medidas legais cabíveis nesse circo de horrores.

Foi então que escrevi à vereadora, no intuito de somar às vozes, fazer força ao coro. Afinal, esse tipo de coisa pode virar moda, uma vez que tanto ódio tem sido distribuído no Brasil por conta do PL 122/06. Em que a vereadora, graciosamente, me respondeu:

Caro Renato.

É muito bom sabermos que não estamos sozinhas nesta luta. Não sei se é de seu conhecimento mas há 25 anos passados montei a uma das primeiras ONGs do Brasil contrária á xenofobia e intolerância, a TULIPA. Fico horrorizada que após tantos anos
ainda tenhamos, com tantos avanços tecnológicos tenhamos de defender pessoas e segmentos vítimas da intolerância.

Einstein genial pensador, quando pediu que fosse retirado qualquer contexto dos direitos humanos das religiões enunciou "...desenvolvimento livre e responsável do indivíduo, de tal modo que ele possa colocar seus poderes, livre e prazerosamente
a serviço de toda a humanidade" SIGO FIELMENTE O PRINCÍPIO.

Junto a ONG ABCDS tivemos ontem uma reunião com o comando da policia militar e houve o compromisso estar presente no local. Mas, só isto não basta, pedimos que o reservado da PMSP, pesquise o renascimento e evolução destes grupos homofóbicos. Temos o compromisso. Quanto a policia civil, a Secretaria de Justiça do
Estado de São Paulo vem á cidade para verificar o ocorrido. É uma pena mas não conseguimos que as vítimas lavrassem o Boletim de Ocorrência, o que impede, segundo a policia civil, a apuração dos fatos. Não estamos calmos em relação ao fato, pois nos preocupa o sentimento de nossa cidade voltar a ser triste palco dos crimes de ódio.

Deixo saudações,

Heleni.

Bem galera, essa resposta me tranqüilizou, quanto o fato, de saber que as ONGs e as autoridades se moblizaram em prol da garantia da paz e ordem pública. Quanto às vítimas, a solidariedade de nosso BLOG...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Namoro Gay


Paul Oberon*
A maioria de nós já fracassou em ter namoros saudáveis como adolescentes, durante a época escolar e, até mesmo, como jovens adultos. Crescer sendo gay não nos deu o apropriado modelo de papéis para um namoro bem sucedido entre dois homens/ou duas mulheres. Como resultado, nós podemos ter tropeços em namoro desastrados. Nós temos que avaliar muito, por nós mesmos, através de tentativas e erros e, ainda assim, muita coisa pode permanecer confusa.
Vamos dar uma olhada em algumas das questões mais comuns que os gays encontram no namoro e algumas simples maneiras de encará-las.
Superando a homofobia: pela razão que muitos de nós crescemos escondendo nossa atração por outros homens/mulheres temos que aprender a estar confortáveis em expressar sentimentos românticos. Por anos, tivemos a batalha internalizada da homofobia, então, precisamos aprender a aceitar e amarmos a nós mesmos. Visto que a sociedade, ainda, não aprova nosso amor uns pelos outros, devemos providenciar nosso próprio suporte positivo para nossa comunidade. Quando decidimos nos engajar na "dança" do namoro somos, então desafiados a estender esse amor ao outro.
A etiqueta do namoro: o modelo heterossexual da etiqueta do namoro não se aplica muito bem ao namoro das pessoas do mesmo sexo. Quem pede quem em namoro? Quem abre a porta do carro, etc., quais são as expectativas de gênero? – fica tudo confuso. Temos um modelo de etiqueta de namoro para dois homens/ou duas mulheres? Na verdade, nós temos, mas esta é difícil de ser articulada. Nossa etiqueta é mais próxima de um jogo de acasalamento. Diz respeito mais às nossas vontades e desejos, menos ao comportamento obrigatório reforçado pelas regras sociais. Nós tendemos a escrever nosso próprio e simplificado roteiro. Se estamos interessados, prosseguimos e seguimos o roteiro. Se não estamos interessados, simplesmente não o fazemos. A etiqueta é basicamente sobre decidir como nós queremos lidar um com o outro, enquanto namoramos – se formalmente, informalmente, seriamente ou casualmente. Isso pode incluir a maneira como nós fazemos planos, refazemos nossa programação, seguimos o namoro e terminamos uma situação de namoro.
Uma queixa comum que se ouve é de que não conseguimos retorno de chamadas telefônicas de alguém em quem estamos interessados em prosseguir. Isso é um desastre para aqueles que estão na expectativa, se não recebem um retorno. E, se as pessoas não estão interessadas, simplesmente elas não respondem. É legal dizer que a coisa não rolou, que não houve interesse. Por exemplo, você pode tentar dizer algo como, "foi bom, eu me diverti, mas não sinto que uma química para namoro está acontecendo entre nós ... acho que é mais uma energia para amizade". Você acha que isso esmagaria o cara/ou a menina? Acho que não! Provavelmente será mais útil para ele/ela receber esse retorno e saber que tem que partir para outro/a.
O poder da atração: o que distingue amigos de namorados é a atração. Sendo assim, nós somos "físicos" por natureza, a atração tende a ser algo que nos empurra para a "dança" do namoro. Amizades geralmente são feitas de maneira casual e lenta. Mas pedir alguém em namoro pode ser um verdadeiro ato de coragem.
À medida que crescemos, normalmente, não nos sentimos confortáveis demostrando nossa atração por outros caras, portanto, pedir outro homem em namoro (ou outra mulher em namoro) requer a admissão de uma atração. Nós nos sentimos vulneráveis ao expor nossos sentimentos, especialmente, se temos medos de rejeição. Mas o poder dessa atração pode ajudar-nos a afastar qualquer timidez e hesitação.
A química das diferenças: O conceito de yin/yang, que representa as energias opostas na filosofia chinesa, aplica-se bem para compreensão da química que parece levar-nos para um relacionamento romântico. Enquanto, similaridades são, geralmente, uma boa base para amizade, alguns traços dinâmicos de personalidade ou características físicas que são contrárias à nossa, frequentemente, atrai-nos uns para os outros. Visto que somos do mesmo gênero, esse dinâmico yin/yang supre as diferenças úteis e necessárias para bons relacionamentos.
A importância da compatibilidade: enquanto as diferenças criam uma química, os valores compartilhados criam uma fundação sobre a qual podemos construir um sólido relacionamento. Nós precisamos concordar sobre o que queremos da vida e para qual a direção queremos que a nossa vida vá. Casar nossos princípios e ideais ajudará compartilhar uma visão comum e possibilitará uma maior chance de crescermos juntos ao longo do tempo.
Minimizando falsos começos: até encontrar o parceiro/a certo/a, que dura, falsos começos serão uma parte natural dos encontros (ou desencontros). Nós não podemos controlar o aparecimento do/a parceiro/a certo/a, embora possamos estar cientes do tipo de pessoa que não tem sido saudável para nós, baseados em experiências passadas e, qual o tipo de pessoa que, provavelmente, seria uma melhor escolha. Quando pensamos que encontramos a pessoa certa, mas, descobrimos que, ainda, não foi daquela vez, é frustrante, e isso nos sugere uma reavaliação de como nós imaginamos ser a Pessoa Certa. Às vezes, pensamos que queremos um tipo de pessoa e acabamos encontrando outro. Outras vezes, ao invés de procurarmos a Pessoa Certa, pegamos a Pessoa Próxima esperando que esta transforme-se naquele Príncipe Encantado (ou naquela Princesa Encantada)!
Quando conhecemos aquele cara especial (aquela menina especial) e colocamos muita atenção no futuro prematuramente, estamos acelerando a "dança" do namoro. Pulando à frente de um "futuro-idealizado" e de um "futuro-falado" leva embora a chance de experimentar o que está, genuinamente, se desenvolvendo no presente.
A paquera (a corte) - o prelúdio para o relacionamento: diferente da paquera heterossexual, os gays não têm papéis fortemente definidos. A paquera para um homem gay/mulher gay pode ser tão excitante como revelar-se homossexual. É muito similar; aumenta sua experiência pessoal, você experimenta novos comportamentos que expandem os seus limites e aumenta a sua auto-estima. Quando você está, realmente, interessado em alguém, a paquera é como uma vitrine do seu interesse. Durante a paquera nós conseguimos conhecer o outro e decidir o ritmo que funciona para ambos. Uma grande quantidade de "dar e receber" é necessária para informar aos dois (as duas) como as coisas estão indo.
Em ambos, no namoro e na paquera nós aprendemos muito sobre nós mesmos. Nós estamos constantemente transformando e amadurecendo. Aquela pessoa a quem nós elegemos para a paquera precisa ser alguém com quem nós podemos continuar a crescer juntos. Desenvolvendo ambos, individualmente e juntos, é o ideal.

7 passos para um namoro bem sucedido
1. Amar o outro começa com amar a você mesmo primeiro. Atrair e amar outro cara (outra menina), requer melhoria da baixa auto-estima ou eliminar a homofobia remanescente da sua criação.
2. Siga a regra de ouro geral da etiqueta para uma abordagem geral no namoro. Eu acho que a regra de ouro número um a ser seguida aqui é, quando em dúvida, é tratar os outros da maneira que você gostaria de ser tratado. É incrível como a nossa comunidade é pequena. Acredite, você verá aquela pessoa novamente em algum outro contexto, portanto, não faça ao outro, algo que não seja legal.
3. Veja a declaração dos sentimentos da outra pessoa a você como um elogio. Para ajudar reduzir ou eliminar a intimidação de pedir alguém em namoro, aceite a sua exposição de sentimento como um elogio. Você realmente está valorizando aquela pessoa a quem está pedindo em namoro. É equivalente a dizer, "eu acho você muito atraente!" e um elogio é um maravilhoso presente, portanto, não tenha medo de elogiá-lo/la.
4. Experimente pessoas diferentes de você mesmo. Reflita sobre o tipo de pessoa a quem você tem sido atraído/a e observe se elas eram o seu oposto de alguma maneira significativa. Isso pode ajudá-lo a compreender melhor o tipo de cara/de menina que está atraindo você. Você ganhará um melhor senso das diferenças que estão lhe estimulando.
5. Busque por pessoas com valores similares aos seus. Valores são as coisas que consideramos mais importantes na vida. Elas tornam a nossa linguagem comum e abre perspectivas para nós. Deixe que os seus valores lhe guie nos seus encontros e na seleção de seus parceiros/suas parceiras.
6. Esteja no presente. É importante estar no "aqui e agora" quando você começa a sair com alguém. Isso o/a ajudará reduzir falsos começos. Indo mais devagar pode lhe dar maior chance de realmente conhecer a outra pessoa. Portanto, se decidir se separar será menos súbito e você não sentirá a mágoa de um falso começo de maneira tão rápida e má.
7. Crie regras para a paquera juntos. Estabeleça suas próprias regras individuais, mas esforce-se, tanto quanto possível, na reciprocidade. A paquera unilateral pode implicar em uma falta de interesse mútuo. Preste atenção para o ritmo e fluxo de sua relação. Observando o ditado "é necessário dois para dançar um tango" (ou "um não querendo, dois não brigam") leva a uma saudável paquera que pode estabelecer uma conexão mais profunda entre as pessoas.

  • Traduzido por Geraldo M. de Carvalho, extraído do Jornal Edge 407, em 17/02/1999.
*O autor é psicoterapeuta norte-americano.