sábado, 31 de outubro de 2009

Bíblia só para maiores

Estive pensando nesses dias, a partir de mensagens enviadas pelo jornalista Eduardo Peret na listaGLS, uma lista de discussão da qual faço parte e pensei: por que não começar uma campanha solicitando que a Bíblia seja classificada como um livro somente para maiores de 18 anos e seu acesso a menores de idade fosse restrito, como o é o álcool, o fumo, revistas pornôs, etc.?

Motivo?

O que ela contém!

- A Bíblia tem incesto: Ló e suas filhas, Judá e Tamar
- A Bíblia tem estupro: A mulher de Juízes (que foi tb esquartejada), Judá e Tamar (de novo).
- A Bíblia tem homicídio: Caim e Abel, Davi e o antigo esposo de Bate-Seba, hebreus matando seus irmãos após a crise do Bezerro de ouro, a morte de Estêvão, a morte de Absalão.
- A Bíblia tem tortura: a paixão de Cristo.
- A Bíblia tem guerras sangrentas: a tomada da Terra prometida (as mulheres grávidas tinham a barriga rasgada), a guerra contra os filisteus, a guerra civil de Israel contra a tribo de Benjamim, o Apocalipse.
- A Bíblia tem homofobia: a ameaça de estupro dos habitantes de Sodoma, as leis do Levítico.
- A Bíblia tem xenofobia: a destruição de Sodoma e Gomorra, a invasão de Canaã, egípcios x hebreus.
- A Bíblia tem machismo e misoginia: mulheres caladas na igreja, orientações de submissão feminina no casamento, a culpa de Eva por ter trazido o pecado (Paulo a usa).
- A Bíblia tem aprovação do trabalho escravo: o trato com os servos segundo o Novo Testamento.
- A Bíblia tem contato com demônios: o episódio dos porcos, a tentação de Jesus, Satanás em Jó.

Esse tipo de literatura é saudável para menores de 18 anos?!

Por muito menos, filmes, séries, revistas e afins recebem classificação indicativa só pra maiores!

Já enviei mensagens a comunidades da UNA (União Nacional dos Ateus), STR (Sociedade da Terra Redonda) no orkut e para ativistas gays via listas de discussão. Agora, estou divulgando no Twitter. Pode ser uma ideia interessante para ajudar a conter o avanço do fundamentalismo!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sonhos sonhos são

"Sonho meu,
sonho meu,
vá buscar quem mora longe,
sonho meu."



D. Ivone Lara*

Carl Jung conta-nos que, na África, encontrou uma tribo cujos componentes negavam que sonhassem. Com sua habilidade, ele entrevistou membros dessa tribo e descobriu que isso não era verdade. O que ocorria era que apenas o cacique e o feiticeiro da tribo estavam autorizados a sonhar, pois, nos sonhos, eles recebiam mensagens sobre o melhor modo de administrarem a tribo. Aos demais membros da comunidade não cabia esse privilégio. Há pessoas civilizadas que têm medo semelhante dos seus sonhos.

Pode-se dizer que foi graças a Sigmund Freud que os sonhos adquiriram real importância, ao serem considerados um instrumento pelo qual a pessoa procura transmitir a si mesma alguma mensagem, no geral uma mensagem cifrada. Muito embora o sonho seja elaborado pelo sonhador, ele muitas vezes utiliza nisso elementos que não estão no lado consciente da nossa mente. Por outro lado, não temos como conhecer o conteúdo do lado inconsciente da mente, até porque, quando isso acontece, deixamos de falar de algo inconsciente para falarmos de algo de que agora temos consciência. De certa forma, o trabalho do psicoterapeuta consiste principalmente em auxiliar o paciente a decifrar aquela mensagem cifrada, trazendo-a do obscuro campo da inconsciência para o da consciência. Tarefa das mais difíceis, como reconheceu Jung já no fim da vida. "Nenhum símbolo onírico pode ser separado da pessoa que sonhou, assim como não existem interpretações definitivas e específicas para qualquer sonho" escreveu ele em seu derradeiro trabalho.

Nos nossos sonhos aparecem principalmente elementos simbólicos, que Freud denominava "resíduos arcaicos", o que poderia sugerir que estamos diante de material imprestável, como o que se joga na lata de lixo. Justamente por isso, Jung preferiu falar em "arquétipos", pois, embora aceitasse que esse material fosse, muitas vezes, arcaico, entendia que seu conteúdo apresenta atualidade e é extremamente útil para o autoconhecimento do sonhador, desde que devidamente interpretado.

Façamos uma comparação. Nosso físico apresenta "resíduos arcaicos", como os dedos do pé, ou artelhos. Tais órgãos atualmente não têm utilidade alguma para o ser humano, ao contrário do que ocorre com os pés dos demais primatas, que deles ainda se utilizam para apreender objetos ou agarrar-se em galhos. Depois que o nosso "tetetetravô" resolveu descer da árvore, esses órgãos, por perderem a utilidade, foram-se atrofiando. A necessidade cria o órgão, mas a sua inutilidade acaba por atrofiá-lo. O mesmo ocorre com nossas unhas que não mais utilizamos para cavar, como ainda fazem outros animais. Resultado, tirantes os violeiros, que encontram nelas alguma utilidade, e os motoristas de caminhão, que utilizam a unha do mindinho para coçar o ouvido, quem mais precisa delas? O mesmo podemos dizer dos mamilos dos primatas machos.

Meu pai brincava, dizendo que se Deus fosse perfeito, homem não nascia com tetas. Ocorre que, quando o feto se vai formando, ainda não há uma definição do gênero a que pertencerá a criatura que se está desenvolvendo. Isso só ocorre quando o elemento X ou Y do cromossoma vier a determinar quais os hormônios que aquele organismo deverá produzir para que ali tenhamos um homem ou uma mulher. Os mamilos do homem, portanto, são esboços de seios, que não se formaram por falta de estímulo hormonal. De certa forma, um "resíduo arcaico".

Nossa mente é bem maior do que nosso cérebro. Enquanto o cérebro se vai formando a partir do encontro entre o espermatozóide e o óvulo, a mente já está programada em nosso DNA.

A formiga e a abelha, ao nascerem, já trazem no cérebro o sentido de organização, que não adquirem "culturalmente", como os humanos. Isso lhes é transmitido desde tempos imemoriais, passando de geração a geração. O mesmo ocorre com as aves que já nascem sabendo voar ou sabendo nadar. Essa capacidade é, de certa forma, anterior a sua formação.

Ora, se isso ocorre com insetos e aves, por que o nosso cérebro somente conteria aquilo que a cultura nos ensina? Quando ele incorpora a mente, esta traz consigo um estoque de informações que estavam, ao que tudo indica, armazenados, em estado de latência, no DNA, tanto quanto as informações que determinarão o formato do nosso rosto, a cor dos nossos cabelos e dos nossos olhos. O problema é que muitos desses símbolos arquetípicos já nada significam para o homem moderno, como é óbvio, donde a ininteligibilidade aparente de muitos de nossos sonhos.

Muito embora seja "uma tolice acreditar-se em guias pré-fabricados e sistematizados para a interpretação dos sonhos", como diz mestre Jung, reconhece ele que, independentemente de condição cultural ou localização geográfica, alguns elementos são comuns às narrativas oníricas, como a "queda" ou o sonhador se encontrar no meio da multidão sem roupa ou com trajes inadequados.

Sou testemunha disso. Quando jovem, eu sonhava freqüentemente que estava rolando em um telhado ou à beira de um precipício. Antes de esborrachar-me lá embaixo, eu acordava muito assustado. Meus pais, tão assustados quanto eu, levaram-me a um médico, que nos tranqüilizou: aquilo era coisa comum em crianças em fase de crescimento. A relação entre uma coisa e outra, porém, jamais me foi explicada.

Estar andando no centro da cidade inteiramente nu ou sem sapatos, não produzindo qualquer reação nos passantes, é outro dos meus sonhos recorrentes. Há variações, que até hoje me ocorrem, especialmente quando estou diante de um novo projeto. Nelas, eu entro na sala de aula e descubro que deixei em casa o caderno com a lição de casa. Ou sonho que estou sendo convocado para voltar à Faculdade para fazer exame relativo a determinada matéria que descobriram que eu não havia feito. Geralmente no próprio sonho eu me indigno, dizendo que já sou um profissional bem sucedido e aquilo é um absurdo. A relação entre isso tudo (o meu parcial despreparo) e minha preocupação com o novo projeto (será que eu consigo?) é evidente.

Em seu A Interpretação dos Sonhos, mestre Freud diz textualmente que "todos aqueles que fizeram exames para universidades foram perseguidos por este mesmo pesadelo: iam ser reprovados, teriam que repetir o ano etc. Para os que fizeram provas de estudos superiores, este sonho típico é substituído por um outro: vão ter de fazer de novo um concurso difícil e objetam inutilmente, dentro do sonho, que já são há anos médicos, professores ou servidores públicos". Como é agradável sabermos que somos normais até mesmo em nossas esquisitices!

Aliás, meu neto mais velho, em vias de mudar de colégio, acaba de me informar que teve o tal sonho que o exibia sem roupa em público. Demos muita risada quando eu lhe contei que esse sonho é meu velho companheiro.

Jung registra que não apenas nos sonhos podem aparecer os tais símbolos, mas também em nossa vida desperta. Também aí tenho algo a dizer. Certa ocasião, eu participava de um congresso de juristas, em outro Estado, sendo eu um dos mais moços dos participantes. Fui escolhido para fazer o discurso de encerramento do congresso, o que me apavorou, pois eu não tinha ali o apoio dos meus livros nem estava no meu natural ambiente de trabalho. Após o jantar, esbocei o tal discurso e fui deitar. No dia seguinte eu não conseguia sair da cama, reação que faria qualquer psicólogo rir muito, pois é a construção inconsciente de um álibi: eu bem que gostaria de ir, mas esta repentina paralisia não me deixa. Meu amigo Cezar Peluso, informado do fato, veio ao meu quarto e me deu um tratamento digno do célebre analista de Bagé, à base do joelhaço.

Enquanto ele despejava aquele monte de desaforos, uma pomba assentou-se no parapeito da janela, olhou-me fixamente, rodou nos calcanhares, se é que pomba tem calcanhar, e voou para o além. Imediatamente eu saltei da cama, redigi o tal discurso, que foi apresentado à noite e mereceu aplausos generosos dos presentes, alguns dos quais até hoje se lembram desta ou daquela frase. Está aí o Sérgio Couto que não me deixa mentir.

Jung certamente vibraria com essa narrativa, pois a pomba é um símbolo caro aos cristãos, representando o Espírito de Deus, que, dentre outros atributos, seria a origem de nossas inspirações e de nossa fortaleza.
*Publicado no MIGALHAS nº. 2258

domingo, 25 de outubro de 2009

Padre celebra casamento gay em Florença

Padre italiano casa homem que mudou de sexo com outro homem
FLORENÇA - Um padre de Florença, centro da Itália, celebrou neste domingo o matrimônio de Sandra Alvino, de 64 anos, um homem que se tornou mulher há mais de 30 anos, com Fortunato Talotta, de 58 anos, sem levar em consideração as autoridades católicas, informa a imprensa.

Ambos, já casados no civil há 25 anos, não pronunciaram o clásico "sim aceito", após o discurso tradicional. O casal trocou as alianças e foi abençoado pelo padre Alessandro Santorio em Piagge, na zona industrial da capital da Toscana.

O padre ressaltou durante a cerimônia que sua decisão não era um ato de rebelião contra a Igreja, e sim "um ato de fidelidade aos fiéis, ao Evangelho e às pessoas que amo". "Era meu dever", declarou.

Há dois anos o casamento religioso foi impedido pelo arcebispo de Florença da época, o cardeal Ennio Antonelli. O atual arcebispo, Giuseppe Betori, teria pedido ao padre Santorno que não celebrasse o matrimônio.

A Igreja afirma que o casamento não é válido, já que o direito canônico exige a heterossexualidade dos noivos.

Sandra Alvino se submeteu a uma cirurgia para mudar de sexo há mais de três décadas.



Fonte: IG

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Igreja católica reforça luta contra a Aids

Instituição religiosa lança campanha para incentivar a realização de exames, além de disseminar informações sobre a enfermidade

Rodrigo Couto
Apesar de o uso da camisinha não ser consenso entre seus integrantes e de oficialmente ser repudiado pelo papa Bento XVI, a Igreja Católica no Brasil decidiu disponibilizar toda a sua estrutura para esclarecer seus seguidores — 73,8% dos 190 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — sobre a Aids e incentivá-los a procurar os serviços públicos de saúde para realizar exames que detectam a presença do vírus HIV. A ideia é aproveitar a realização de celebrações, reuniões e eventos católicos para disseminar informações sobre a enfermidade. Inédita no mundo, a campanha será lançada amanhã, em Brasília, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha.

Um dos objetivos da campanha é conscientizar os católicos sobre os riscos da Aids e, em caso de diagnóstico positivo para a doença, iniciar o tratamento o mais rápido possível. “As pessoas que não estiverem infectadas serão orientadas para continuar com o cuidado. Quem tiver o exame com resultado afirmativo será encaminhado para o acompanhamento”, explica o assessor nacional da Pastoral de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids) da CNBB, frei Luiz Carlos Lunardi. Neste primeiro momento, participam as igrejas de Manaus, Fortaleza, João Pessoa, Curitiba e Porto Alegre. “É uma experiência piloto que será avaliada e, em seguida, encaminhada às igrejas de todo o país”, afirma. De acordo com Lunardi, centenas de agentes das pastorais da Criança, da Aids e da Saúde de cada uma das cidades envolvidas já foram sensibilizados e capacitados. Eles atuarão também como agentes multiplicadores das suas comunidades.

A possibilidade de uma participação mais incisiva da igreja na luta contra a Aids surgiu durante o VI Seminário de Prevenção ao HIV, promovid o pela Pastoral da Aids em outubro do ano passado. “À época, sugerimos ao departamento de Aids que ampliasse a campanha de testagem, que, por sua vez, procurou a igreja para que ela auxiliasse na divulgação da necessidade de se fazer o teste. Várias reuniões foram realizadas para desenhar a campanha e decidiu-se por uma experiência piloto em cinco cidades”, diz Lunardi.

Segundo o coordenador do Programa Conjunto da Organização das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Pedro Chequer, a parceria é bem-vinda e importante para o combate da doença no país. “As bases da iniciativa são sólidas e não correm qualquer risco de serem desviadas para o campo religioso”, destaca.

Calendário

Em Porto Alegre, o lançamento da campanha ocorre em 10 de novembro. No dia 17 do mesmo mês será a vez de João Pessoa. Em Fortaleza, a iniciativa desembarca no dia 20. Três dias depo is será a vez de Manaus. Em Curitiba, a campanha começa dia 29. Brasília não foi incluída nesta primeira etapa e deve participar da campanha depois da avaliação dos organizadores.

A partir de 15 de novembro, serão vinculados spots em emissoras de rádio e televisão com informações sobre a iniciativa. Também está prevista a impressão de cartazes que serão fixados nas igrejas.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

III SEMINÁRIO: A HOMOSSEXUALIDADE E A BÍBLIA – VERDADES E MITOS

*Incrições Gratuítas

Durante séculos a Bíblia tem sido utilizada para promover a escravidão, a subjugação da mulher e a execração dos direitos das pessoas lésbicas, gays e transgêneros.
Há registros de perseguições e mortes de lésbicas, gays e transgêneros em todas as culturas e em todas as épocas, com o consentimento da Igreja e baseados na afirmação de que Deus e as Escrituras realmente condenariam a homossexualidade. Mas, será que a Bíblia realmente condena a homossexualidade e as pessoas homossexuais? Há argumentos válidos para se utilizar a Bíblia para cercear a Comunidade LGBT de seus direitos básicos de cidadadania?
A bancada "evangélica" no Congresso Nacional clama às Escrituras para perpetuar a opressão de gays e lésbicas neste país. "Deus fez macho e fêmea" é o jargão mais popular na boca de nossos congressistas evangélicos e na da maioria dos líderes ditos cristãos no Brasil. Será que tais pessoas têm realmente o apoio das Escrituras nesse empreendimento de exclusão e opressão contra a Comunidade LGBT?
Nós, dizemos que NÃO! Pois estudos mais recentes e sérios das Sagradas Letras mostram que elas nunca condenaram a homossexualidade. Por isso o convidamos para participar de nosso III SEMINÁRIO: A HOMOSSEXUALIDADE E A BÍBLIA, da Comunidade Betel do Rio de Janeiro.
O que diz realmente a Bíblia sobre a Homossexualidade? É o que responderemos neste Seminário.
Quem será o palestrante? Rev. Márcio Retamero, Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense, Teólogo e Pastor da Comunidade Betel.
Quando será? Dia 7 de Novembro de 2009, sábado, das 09:00 às 18:00 (intervalo entre 12:00 e 14:00).
Onde?Na sede da Comunidade BetelPraia de Botafogo, 430 - Sobreloja - Botafogo.Próx. ao Metrô e ao Botafogo Praia Shopping.
Inscrições:Pelos e-mails: eventos@betelrj.com

domingo, 11 de outubro de 2009

Stephen Gately morre aos 33 anos

Site do grupo diz que Stephen Gately morreu durante férias em Mallorca.
Boyband, que se separou em 2000, voltou a se reunir 8 anos depois.






Stephen Gately, integrante do grupo Boyzone, boyband irlandesa que fez sucesso nos anos 1990, morreu neste sábado (10) na ilha espanhola de Mallorca, onde estava de férias com o marido, Andrew Cowles.

O site do grupo, que se separou em 2000 e voltou a se reunir oito anos depois, diz que Gately, de 33 anos, "morreu de forma trágica" na noite de ontem.

O anúncio da morte do cantor causou comoção no Reino Unido e na Irlanda. Os outros integrantes da banda disseram que hoje mesmo seguiriam para a Espanha para se inteirar do ocorrido.

Até o momento, as circunstâncias do falecimento de Gately não foram esclarecidas. Segundo a polícia de Andratx (Mallorca), o artista morreu em um apartamento na região turística de Cala Llamp.

O editor da seção de espetáculos do jornal "News of the World", Dan Wootton, disse à "BBC" que Gately saiu com o marido na noite de sábado e, depois de voltar e dormir, não acordou mais.

"Estou em estado de choque. Estive com ele na segunda-feira em uma cerimônia de entrega de prêmios. Não sabemos muito sobre o que aconteceu", declarou Walsh, segundo quem Gately "era um grande homem".

O Boyzone fez muito sucesso na Europa na década de 1990, quando vendeu mais singles que o Take That.

Em junho de 1999, um ano antes de o grupo se separar, Gately assumiu sua homossexualidade e que namorava Andrew Cowles, com quem se casou em 2006, em uma cerimônia em Londres.

Depois do fim do Boyzone, Gately seguiu carreira solo, emplacando três singles na lista dos 20 mais vendidos. Ele também fez várias participações em musicais de sucesso na capital britânica.

O cantor Elton John se pronunciou sobre a morte do colega, a quem se referiu como uma pessoa "doce e amável". "Eu e David (Furnish, marido de Elton) ficamos atordoados com esta tragédia. Enviamos nosso amor e condolências a seu companheiro Andy e a todos os seus amigos no mundo todo".

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

EVOLUÇÃO: Descoberta de novo primata lança novas luzes sobre origem do homem

Pesquisadores detalham Ardipithecus ramidus, hominídeo que viveu 4,4 milhões de anos atrás na África e é nosso mais antigo ancestral




(Imagem divulgada pela Science mostra a provável imagem de Ardi, como foi apelidada o espécime fêmea do Ardipithecus ramidus.)

Washington – A estudo da evolução da espécie humana sofre uma nova reviravolta com a divulgação de pesquisas que detalham a descoberta de um novo primata, o mais próximo do elo entre o homem e o macaco já encontrado. O Ardipithecus ramidus, que significa "raiz dos macacos do chão" e foi apelidado de Ardi, faz o surgimento da espécie humana recuar em mais de 1 milhão de anos. Os cientistas haviam descoberto vários fragmentos do fósseis entre 1992 e 1994 onde hoje é a Etiópia e por 17 anos se debruçaram sobre o material recolhido, comparando-o com diversos tipos de primatas. O resultado vai ser publicado hoje, em 11 artigos na revista Science que esmiuçam as características desse ancestral.

A análise do crânio, dos dentes, da pélvis, das mãos, dos pés e de outros ossos de Ardi levaram os cientistas a deduzir que, em vida, se tratava de uma fêmea bípede, que pesava 50 quilos e media 1,20 metro. Até a descoberta de Ardi, o elo mais antigo conhecido da evolução do homem era um "homem-macaco" bípede dotado de um pequeno cérebro e que viveu entre 1 milhão e 4 milhões de anos atrás. Lucy, um fóssil de um espécime desta espécie denominada Australopithecus e que tem 3,2 milhões de anos, foi descoberto em 1974, também na Etiópia, a 72 quilômetros de onde Ardi foi encontrada. De acordo com as análises comparativas, Ardi era mais primitiva que Lucy.

Esse esqueleto, ainda mais antigo, reverte o que se pensava sobre evolução humana, avalia o antropólogo C. Owen Lovejoy, da Universidade Estadual de Kent. Em vez de o homem ter evoluído de uma criatura semelhante ao chimpanzé, a nova descoberta oferece evidências de que chimpanzés e humanos evoluíram de um ancestral comum muito antigo, mas por caminhos diferentes. "Esse não é o ancestral comum, mas é o mais perto dele que já chegamos", disse Tim White, diretor do Centro de Pesquisa em Evolução Humana da Universidade da Califórnia em Berkeley.

O estudo genético sugere que os humanos e nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, diferenciaram-se há 6 milhões ou 7 milhões de anos, embora algumas pesquisas sugiram que isso pode ter ocorrido há 4 milhões de anos. Ardi é claramente um ancestral humano e seus descendentes não viraram chimpanzés ou macacos, relataram os pesquisadores. Ela tinha uma cabeça semelhante à de macaco e dedos dos pés oponíveis que permitiam que subisse em árvores com facilidade, mas suas mãos, pulsos e pélvis mostram que ela caminhava como um humano moderno, e não como um chimpanzé ou um gorila. "As pessoas meio que assumiram que os chimpanzés modernos não evoluíram muito, que o último ancestral comum era mais ou menos como um chimpanzé e que a linhagem humana passou por toda a evolução", afirmou White. Mas Ardi é "ainda mais primitiva que um chimpanzé", disse White.

"Essa é uma das descobertas mais importantes para o estudo da evolução humana", disse David Pilbeam, curador de paleontologia do Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia de Harvard. "Está relativamente completo, já que preserva cabeça, mãos, pés e algumas partes essenciais. Representa um gênero que pode ser ancestral do australopiteco, que é o ancestral do nosso gênero, homo", disse Pilbeam, que não participou das pesquisas. "No Ardipithecus, temos uma forma não especializada que não evoluiu muito na direção do Australopithecus. Então, quando você analisa da cabeça aos pés, você vê uma criatura-mosaico, que não é chimpanzé, nem humana. É Ardipithecus", explica White.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

“Ritual de alívio”

Jovem lésbica se suicida e polícia considera hipótese de “ritual de alívio”



A Polícia Civil do pequeno município sul-mato-grossense de São Grabriel do Oeste está trabalhando com uma hipótese um pouco diferente para a morte de uma universitária de 20 anos: um suicídio que seria um ritual de alívio para ela. V.C.S foi encontrada morta em casa, na Rua Amazonas, no fim da tarde de 20 de setembro.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Gustavo Ferraris, declarou ao site Midiamax, os policiais encontraram uma corda amarrada no pescoço da jovem, o que configuraria o “ritual de alívio”. Isso porque a Polícia Militar também sabe que a vítima havia sofrido uma desilusão amorosa recentemente porque sua família não aceitava sua homossexualidade.

"Em São Gabriel, 80% das mortes como essa são por conta de relacionamento amoroso. A falta de apoio da sociedade e da família, que na maioria das vezes nem sabe dessa relação, causa tristeza. O preconceito é ainda muito forte e a pessoa não consegue ser plena no amor, ser feliz", alerta o delegado.

A jovem deixou várias cartas de despedida antes de cometer o suicídio, uma delas destinada à outra moça com uma mensagem dizendo que a vítima a amaria por toda a vida. Considerando a hipótese de suicídio como forma de alívio, a polícia está agora ouvindo familiares e amigos da vítima para ter certeza de que ela se matou por causa do preconceito dos outros.

Fonte: MIX BRASIL

Bento XVI dá declaração contra famílias homoparentais




Nesta sexta, 02, Bento 16 deu mais declarações contrárias às famílias homoparentais. Em discurso de recepção à nova embaixatriz da Holanda na Santa Sé, o papa não deixou de lado o fato de o país ter sido o primeiro do mundo a reconhecer a união gay.

"Ainda mais fundamentais que as escolas são as famílias, construídas sobre a base de um matrimônio estável e frutuoso entre um homem e uma mulher".

E foi além. Para Bento 16, "as sociedades que estimulam modos alternativos de vida por causa de uma suposta diversidade corre o risco de desencadear consequências sociais que não são parte integrante do desenvolvimento.


Fonte: MIX BRASIL

domingo, 4 de outubro de 2009

Mocidade Independente terá ala gay





A Mocidade Independente de Padre Miguel vai ter uma ala gay no Carnaval 2010. A exemplo do que fizeram Unidos da Tijuca e Salgueiro em 2009, a escola de samba da Zona Oeste do Rio vai dedicar uma parte de seu desfile aos homossexuais.


De acordo com release divulgado pela agremiação, os LGBT virão fantasiados de oncinha, numa referência à nota de R$ 50. O enredo da Mocidade será "Do paraíso de Deus ao paraíso da loucura, cada um sabe o que procura" e focará na lavagem de dinheiro e no contrabando de animais da nossa fauna.

Os interessados em encarnar uma das oncinhas da Mocidade devem comparecer aos ensaios na quadra, que rolam às quartas-feiras a partir das 20h30. Precisa levar duas fotos 3x4, comprovante de residência e cópia do RG e CPF.

Segundo os responsáveis pela ala, ser gay não será determinante, já que fatores como assiduidade e animação vão contar para a seleção final.

A quadra da Mocidade fica na R. Coronel Tamarindo, 38 - Padre Miguel.

Fonte: Mix Brasil

Lula: Yes, we can!

Estava almoçando com um amigo banqueiro quando veio a notícia de que o Rio de Janeiro havia sido escolhido cidade-sede das próximas Olimpíadas. Mandou abrir um vinho em comemoração. De manhã, um funcionário dele, em Copenhagem, mandou email informando que na cidade só se falava em Lula, uma euforia completa apenas pela presença de Lula por lá.

No restaurante, as mesas comemoraram pedindo vinhos e champagnes. Nas ruas, uma população orgulhosa do feito brasileiro. No Blog, centenas de comentários de leitores orgulhosos de serem brasileiros, finalmente orgulhosos de serem brasileiros, repito.

Chego no escritório, ligo a Internet e procuro o vídeo com o discurso de Lula, defendendo a candidatura do Rio e, depois, com Lula com os olhos marejados falando de sua maior especialidade: o modo de ser brasileiro. Tecendo loas ao Brasil, ao Rio, à ginga, à alma brasileira.

E me espanto de como é possível que parte da opinião pública ainda não tenha se dado conta da dimensão política global de Lula. Ele se tornou um dos governantes paradigmáticos do maior processo de transformações que a humanidade atravessa desde o pós-guerra.

***

A população pobre, que era custo, hoje se tornou o grande ativo dos emergentes China, Índia e Brasil. Lula representa não apenas a história de sucesso do operário que chegou a presidente. O polonês Lech Walesa também teve esse papel e não passou de mera curiosidade histórica. Já Lula tem desempenhado um papel civilizatório inimaginável.

Assumiu um país exaurido pela insensibilidade social, liderando um continente propenso a exageros populistas históricos, como contraposição aos exageros liberais. Globalmente, o fracasso das políticas neoliberais projetou uma sombra de xenofobia, intolerância e radicalização sobre todos os continentes.

Foi nesse ambiente propício à radicalização que Lula projetou sua imagem de pacificador, de agente do processo civilizatório mundial.

Com a mesma bonomia com que trata seus adversários políticos no Brasil, ou como tratava os peões de fábrica no ABC, ajudou a criar uma alternativa democrática no continente, orientando Evo Morales, contendo os arroubos de Hugo Chávez, tornando-se a esperança do Ocidente de manter uma porta aberta com o Irã.

Quando leva Obama para uma sala para explicar, em um bate-papo, como agir no caso do Irã, o severino retirante se despe de toda liturgia do cargo, dos tremeliques da diplomacia, usa a linguagem tosca e direta com que as pessoas normais se comunicam e ajuda a desenhar a nova diplomacia mundial. E com a cara do Brasil, a afetividade do Brasil, alisando as pessoas, tratando-as com o carinho brasileiro.

Na coletiva que deu após a escolha do Rio, a profissão de fé no Brasil entrará para a história. O orgulho de ser brasileiro, o “sim, nós podemos” entra definitivamente para o repertório brasileiro do século 21, do mesmo modo que JK empurrou o país com seu otimismo e sua genuína crença no valor do brasileiro.

Daqui a vinte anos, quando o país estiver definitivamente entronizado no panteão dos grandes países do mundo, será mais fácil avaliar a verdadeira dimensão de Lula, como o grande timoneiro dessa travessia.

O vínculo homossexual negado na Igreja


Neste artigo, o político e sociólogo italiano Luigi Manconi analisa a relação entre a Igreja católica e a homossexualidade a partir do caso de Dino Boffo, ex-diretor do jornal dos bispos italianos, Avvenire, que renunciou após especulações sobre sua sexualidade. O texto foi publicado no jornal L’Unità, 27-09-2009. A tradução é de Benno Dischinger.



Se na Itália a confissão cristã majoritária não fosse a católica, e sim a de uma igreja reformada – quem sabe? a metodista – tudo o que aconteceu nas últimas semanas simplesmente não teria acontecido. Aquela igreja metodista teria, de fato, aceitado serenamente que o diretor de seu cotidiano fosse um homossexual, talvez convivendo com uma pessoa do mesmo sexo, sem que isso produzisse escândalo e o tornasse chantageável. Digo isto porque, distando algumas semanas da deflagração do “affaire Boffo”, talvez se possam considerar pacatamente algumas implicações daquela ocorrência que, paradoxalmente, foram ignoradas. E que, no entanto, constituem a raiz mais profunda de toda a questão: ou seja, a relação entre a Igreja católica e a homossexualidade.

Fique claro: não há nenhuma prova das opções sexuais do ex-diretor de Avvenire e, sobretudo, não há razão no mundo para que estas mesmas opções, ou as de quem escreve, ou as do diretor deste jornal, constituam motivo de interesse público. E, no entanto, não resta dúvida que a questão controversa e trágica da relação entre a Igreja e a homossexualidade – ou melhor: a remoção dela – represente o verdadeiro nó, emaranhado e dolorido. Desde sempre aquela igreja precisou mensurar-se com as consequências de duas escolhas doutrinariamente motivadas e inspiradas por sua própria natureza de comunidade auto-suficiente: a do celibato dos sacerdotes e a da vocação pedagógica como principal missão civil.

Disso também derivou a desgraçada sobreposição entre a homossexualidade – alimentada por um ambiente fortemente integrado, conotado em sentido masculino e machista – e a pedofilia: tentação, esta última, sempre recorrente no interior da relação educativa entre adultos e adolescentes. Tal sobreposição tornou ainda mais rígido o tabu eclesial da homossexualidade, impedindo que fosse enfrentada com liberdade (além de ser com misericórdia mais afinada) aquela preferência sexual que as modernas disciplinas da psique consideram constituir uma dentre as opções possíveis – e naturais – da personalidade. Para a Igreja, ao invés, se trata de uma “inclinação objetivamente desordenada” (Catecismo da Igreja católica, 2003). Além disso, as opiniões públicas contemporâneas separaram, pouco a pouco mais nitidamente, a pedofilia como perversão e como crime, da homossexualidade entre ad ultos consensuais.

A Igreja católica de nenhum modo foi capaz disso. De um lado, não soube enfrentar tempestivamente o fenômeno da pedofilia em seu interior, nem indagar suas raízes mais profundas; de outro, continuou assimilando a homossexualidade ao abuso dos menores. O resultado é, dizendo pouco, desastroso: a pedofilia resiste, embora o comportamento do Vaticano tenha se tornado mais rigoroso. E, em relação à homossexualidade a pastoral confirma ser tão clara quanto dramaticamente inadequada: se reconhece a existência de uma “inclinação” homossexual (cuja “gênese psíquica” seria em grande parte inexplicável) que prevê “compaixão” e terapia, e a mesma é considerada em si não pecaminosa desde que não praticada. O que conflita agudamente com uma aquisição fundamental da mentalidade contemporânea.

Ou seja, a idéia que a “liberdade dos modernos” consiste em viver a própria condição (mesmo que considerada desvantajosa ou de minoria, de privação ou de debilidade) com dignidade: e vivê-la significa não reprimi-la, e sim declará-la e realizá-la. O que é exatamente o contrário de quanto recomenda a Igreja, que indica, ao invés, a sublimação: em termos religiosos, pela castidade a ser atingida através das “virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, com a prece e a graça sacramental, podem e devem aproximar-se da perfeição cristã (ainda do Catecismo, 2003).

Na linguagem da Igreja, a referência à “graça sacramental” requer, entre outras coisas, a confissão como procedimento de contrição-arrependimento-expiação. O homossexual pode, assim, confessar a própria queda (a prática sexual) e retornar à comunhão dos fiéis; salvo depois prever uma possível nova queda e uma nova confissão. Bento XVI reafirmou há apenas algumas semanas: “Deus persegue as culpas e protege os pecadores”. Mas, é precisamente este o nó crucial: uma comunidade que vive no próprio interior aquela contradição encontra-se constrangida por essa própria cultura a considerar uma parte de si como algo a ser ocultado, medicado, tratado – no melhor dos casos – “compassivamente”. Enquanto a mentalidade contemporânea elabora categorias como “valorização das diferenças” e “igual dignidade”: e os cri stãos (e os párocos e os bispos) percebem o seu fascínio. É um verdadeiro pecado (até mesmo em sentido próprio) que Dino Boffo se tenha demitido: isso permitirá que aquele mecanismo de remoção ainda se perpetue. E, com ele, o sofrimento de tantos homossexuais cristãos.

sábado, 3 de outubro de 2009

RIO 2016 - OLIMPÍADAS






02Out2009




Leandro Fortes, Brasília, eu vi

“Lula poderia ter agido, como muitos de seus pares na política agiriam, com rancor e desprezo pelo Rio de Janeiro, seus políticos, sua mídia, todos alegremente colocados como caixa de ressonância dos piores e mais mesquinhos interesses oriundos de um claro ódio de classe, embora mal disfarçados de oposição política. Lula poderia ter destilado fel e ter feito corpo mole contra o Rio de Janeiro, em reação, demasiada humana, à vaia que recebeu – estranha vaia, puxada por uma tropa de canalhas, reverberada em efeito manada – na abertura dos jogos panamericanos, em 2007, talvez o maior e mais bem definido ato de incivilidade de uma cidade perdida em décadas de decadência. Vaiou-se Lula, aplaudiu-se César Maia, o que basta como termo de entendimento sobre os rumos da política que se faz e se admira na antiga capital da República. Fosse um homem público qualquer, Lula faria o que mais desejavam seus adversários: deixaria o Rio à própria sorte, esmagado por uma classe política claudicante e tristemente medíocre, presa a um passado de cidade maravilhosa que só existe, nos dias de hoje, nas novelas da TV Globo ambientadas nas oníricas ruas do Leblon.


Lula poderia ter agido burocraticamente a favor do Rio, cumprido um papel formal de chefe de Estado, falado a favor da candidatura do Rio apenas porque não lhe caberia falar mal. Deixado a cidade ao gosto de seus notórios representantes da Zona Sul, esses seres apavorados que avançam sinais vermelhos para fugir da rotina de assaltos e sobressaltos sociais para, na segurança das grades de prédios e condomínios, maldizer a existência do Bolsa Família e do MST, antros simbólicos de pretos e pobres culpados, em primeira e última análise, do estado de coisas que tanto os aflige. Lula poderia ter feito do rancor um ato político, e não seria novidade, para dar uma lição a uma cidade que o expôs e ao país a um vexame internacional pensado e executado com extrema crueldade por seus piores e mais despreparados opositores.

Mas Lula não fez nada disso.

No discurso anterior à escolha do Comitê Olímpico Internacional, já visivelmente emocionado, Lula fez o que se esperava de um estadista: fez do Rio o Brasil todo, o porto belo e seguro de todos os brasileiros, a alma da nacionalidade. Foi um ato de generosidade política inesquecível e uma lição de patriotismo real com o qual, finalmente, podemos nos perfilar sem a mácula do adesismo partidário ou do fervor imbecil das patriotadas. Lula, esse mesmo Lula que setores da imprensa brasileira insistem em classificar de títere do poder chavista em Honduras, outra vez passou por cima da guerrilha editorial e da inveja pura e simples de seus adversários. Falou, como em seus melhores momentos, direto aos corações, sem concessões de linguagem e estilo, franco e direto, como líder não só da nação, mas do continente, que hoje o saúda e, certamente, o aplaude de pé.

Em 2016, o cidadão Luiz Inácio da Silva terá 71 anos. Que os cariocas desse futuro tão próximo consigam ser generosos o bastante para também aplaudi-lo na abertura das Olimpíadas do Rio, da qual, só posso imaginar, ele será convidado especial.”
Enviada por: Nogueira Jr. / 21:28

* Artigo / Crônica

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bispo flagrado com pornografia infantil se entrega à polícia no Canadá

Material pornográfico foi achado no computador do religioso.
Ele se afastou de seu cargo, alegando motivos pessoais.





O bispo católico Raymond Lahey se entregou nesta quinta-feira (1º) à polícia no Canadá, um dia depois de ter sido emitido um mandado de prisão contra ele. O religioso é acusado de posse de material pornográfico envolvendo crianças.

Lahey, bispo de uma diocese na província de Nova Escócia, se apresentou a uma delegacia de Ottawa acompanhado de um advogado.

Segundo a polícia, em 15 de setembro, Lahey desembarcou no Aeroporto Internacional de Ottawa em um voo vindo da Europa. Durante uma inspeção de rotina em seu computador portátil, os agentes de alfândega encontraram imagens pornográficas de menores de idade.

O inspetor Alain Boucher, porta-voz da polícia, disse que o mandado para a prisão de Lahey demorou a sair porque as pessoas que apareciam nas imagens do computador do religioso eram jovens, mas não o suficiente para a emissão de uma ordem para a apreensão imediata do computador.

Segundo o policial, só depois os peritos encontraram evidências mais sólidas de um possível caso de exploração sexual de menores.

Com as provas, em 25 de setembro a polícia acusou Lahey, que tem 69 anos de idade, de posse e distribuição de pornografia infantil.

Constrangido e pressionado, Lahey renunciou ao posto de bispo da diocese de Antigonish no último sábado. Em carta aos fiéis, ele atribuiu a renúncia a motivos pessoais e disse que precisaria de tempo para uma "renovação pessoal".

O arcebispo de Halifax, Antony Mancini, disse que só soube das reais razões da renúncia de Lahey depois que a prisão do bispo foi publicamente divulgada.

Mancini declarou ainda que o papa Bento XVI provavelmente soube da "gravidade do assunto", uma vez que Lahey lhe enviou uma carta de renúncia e o papa aceitou-a.

Lahey foi quem negociou um acordo com dezenas de vítimas de abusos sexuais cometidos por padres católicos em sua diocese.

A televisão pública canadense informou que o bispo será colocado em liberdade após pagar uma fiança de US$ 9 mil. Além de ficar impedido de se aproximar de parques e menores de idade, Lahey será proibido de acessar a internet.


Fonte: Globo. com

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Post do blog Todas as Cores, na íntegra!

Surge um novo comportamento homossexual feminino


Uma matéria sobre o comportamento gay feminino, publicada na última edição da revista de circulação nacional IstoÉ, não poderia deixar de ser o assunto desta semana do "Blog Todas as Cores".

A reportagem "No Mundo das Lésbicas", da jornalista Verônica Mambrini, faz um levantamento e traça um paralelo entre o comportamento das homossexuais femininas em relação aos seus pares homossexuais masculinos e revela uma evolução.

Segundo a jornalista, as mulheres estão ganhando mais lugares próprios e querem ocupar cada vez mais espaço na sociedade. A intenção é fortalecer o mundo gay feminino e demarcar bem as diferenças e especificidades do universo das mulheres que amam mulheres e mostrar que elas podem ser e são bem diferentes do universo gay masculino.

Aliás, a matéria começa mesmo por aí. Aos poucos, assim como os gays masculinos (há muito mais tempo), as mulheres estão começando a ganhar mais visibilidade. Casais de meninas já são mais vistos e mais declarados. Nas escolas, faculdades e no trabalho a relação já não é mais um tabu que precisa ser escondido com sete chaves (claro que existem casos e casos) e duas meninas juntas de mãos dadas já podem ser vistas como duas namoradas e não exclusivamente como amigas. São mudanças cotidianas.

E as meninas têm razão. Curiosamente, movimentos gays são sempre mais voltados ao público masculino. Até nesse meio, sem parecer piada, as ações são meio machistas. Paradas gays (como a de São Paulo) têm como público alvo todas as esferas de gays, mas o foco sempre recai mais para os interesses dos homossexuais masculinos (basta ver as entrevistas, as matérias na mídia etc). Por conta disso, paradas exclusivas de lésbicas estão ganhando mais adeptas. Segundo uma socióloga citada na matéria, as mulheres estão militando mais. E este, sem dúvida, é um movimento recente.

A força deste público alvo está transparecendo mais em festas, eventos e na literatura. São Paulo e outras grandes cidades têm casas gays femininas ou eventos fechados para as meninas. Na área da cultura, editoras estão apostando na publicação de romances gays femininos e o número de novos títulos, de novas autoras e leitoras cresce a cada ano. Isso sem falar em filmes temáticos e até revistas.

Estes lugares, bares, boates e outras formas de entretenimento começam a ter como foco apenas as mulheres gays. E é fácil de entender. Elas querem sair apenas para ambientes de paquera exclusivamente feminina, sem serem importunadas por homens heterossexuais que normalmente são machistas e não respeitam a preferência das lésbicas ou não entendem o fato das mulheres sequer olharem para eles. E os livros, filmes e romances contam casos e histórias que elas conhecem bem.

Uma ferramente muito importante na divulgação disso tudo é a Internet. As lésbicas possuem blogs próprios, comunidades, sites específicos e até sites de relacionamento só para as lésbicas nos moldes do orkut. Um deles é o Leskut, que recebe 100 adesões diárias de novas participantes. Lá, elas se informam, trocam experiências, tiram dúvidas, se apoiam, conhecem novos lugares, livros, cinema e, porque não, arrumam namoradas.

Além do comportamento lésbico, a matéria da IstoÉ apresenta um infográfico curioso, porém limitado, com números das homossexuais femininas no Brasil. Nele, 10% da população brasileira é formada por homossexuais e Manaus é considerada a cidade brasileira onde mais mulheres se declararam bissexuais.

A matéria "No Mundo das Lésbicas" falou sobre tudo isso de forma tranquila e correta. Sem dúvida mais um serviço para ajudar a dismitificar o mundo gay em geral. Se você quiser ler o texto em sua forma integral pela Internet, clique:
ou