quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sessão Pipoca: The Trip



Fiquei parado, atônito, enquanto as lágrimas escorriam pela minha face, sem voz, sem saber, ao certo, o que pensar, o que dizer, apenas fazia um pedido no meu coração, um clamor silencioso, profundo, sequioso: “POR FAVOR, SEJAM FELIZES!”. Enquanto a cena passava diante dos meus olhos, e minha garganta se fechava em nó, uma vontade louca de gritar, de implorar:  “POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO, NÃO TERMINE ASSIM!”.

Achei-me aos prantos, e tudo por culpa de Steve Braun, sua excelente interpretação no papel de Tommy. Pois é, de cara você se apaixona pelo moço, fora a beleza física, o jeitinho amável, que ele deu ao Tommy, conquista... Mas, não só isso, o roteirista acertou no drama, acertou nas falas, acertou em nos emocionar, nesse amor romântico impossível de ser vivido, pelo menos, para um dos dois! Impressionante, mas voltei à época de colégio, do Romantismo na literatura, da idealização da amada, do pessimismo em não poder permanecer com ela, do mal do século!

Quer assistir um bom filme? Então prepare seu lencinho e venha se apaixonar com The Trip. Pipocas à mesa, clica aí: 


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Justiça de BH autoriza casamento homossexual


Carlos Eduardo e Jorge irão formalizar união em abril próximo

Eduardo e Jorge: autorização para casamento foi publicada na sexta-feira no Diário Oficial de Minas Gerais
Estado de Minas: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/02/26/interna_gerais,352968/justica-de-bh-autoriza-casamento-homossexual.shtml


Em 16 de abril, o cartório do 2º Subdistrito de Registro Civil fará mais um casamento em Belo Horizonte. Os noivos escolheram a data com cuidado, de forma a coincidir com o dia do início do namoro, quando os dois se conheceram, há sete anos. Como se trata de uma cerimônia apenas no civil, os familiares queriam oferecer um almoço, mas eles recusaram a gentileza. Fazem questão de brindar os amigos e a família com uma recepção. Esses seriam os proclamas de um casamento qualquer, mas se torna especial no momento em que se revela os nomes dos noivos em questão. 

Com autorização da Justiça, publicada na última sexta-feira no Diário Oficial de Minas Gerais, o consultor de negócios Carlos Eduardo Guimãraes de Oliveira, 31 anos, e o analista de TI Jorge Chediack Miguel, 30, passam a ser o primeiro casal homoafetivo a se unir no civil em Belo Horizonte, exatamente como fazem os noivos heterossexuais. Eles vão adotar os sobrenomes um do outro (Chediack e Oliveira) e vão se casar no regime de comunhão total de bens. Como padrinhos e testemunhas, terão os amigos Erica Regina e Wagner Lopes, da parte de Eduardo, e do lado de Jorge, o irmão dele Guilherme Chediack e a amiga Natália Figueiredo. “É o natural da vida se conhecer, namorar, noivar e casar. Já temos planos para os próximos cinco anos, como conhecer o mundo e futuras aquisições de imóveis. Ainda não pensamos em adotar filhos”, relata Eduardo.

Eduardo e Jorge moram juntos desde 2005. Em 2010, passaram a viver uma união estável, legalizada por meio de escritura pública. Com base na decisão do juiz Valdir Ataíde Guimarães, da 11ª Vara de Família de Belo Horizonte, conseguiram converter a união estável em casamento. Segundo os termos da sentença, seus efeitos jurídicos e legais serão retroativos a 2005. “Cansaram de dar conselhos para a gente ir a Manhuaçu ou a cidades do Nordeste onde o casamento gay já é aceito, mas eu queria casar na minha cidade, por mais que ela tenha fama de conservadora”, afirma Eduardo. 

É o primeiro caso de casamento civil homoafetivo na capital mineira a se tornar público desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a união homossexual à heterossexual, em maio de 2011. A decisão do STF, de 2011, não é equivalente a uma lei sobre o assunto. O artigo 1.723 do Código Civil estabelece a união estável heterossexual como entidade familiar. O que o Supremo fez foi estender esse reconhecimento a casais homossexuais. “Eles comprovaram ter o verdadeiro intuito de formar uma família”, afirma a advogada Giulianna Sena, autora da ação. 

Convivência 

No decorrer do processo, ajuizado em novembro passado, a advogada orientou os dois a demonstrar a convivência pública, duradoura e contínua. Para tanto, eles apresentaram fotos onde aparecem juntos em situações de família, com os próprios pais e com amigos em comum. O casal anexou ao processo declarações de amigos e colegas de trabalho, autenticadas em cartório, e até a declaração da proprietária do apartamento que eles alugavam, que testemunhou a favor das reais intenções dos noivos. 

 “Sei que a decisão vai provocar antipatia em muita gente, porque o preconceito ainda é grande”, avalia a advogada, que omitiu da própria família estar cuidando do caso. “Venho de uma família muito católica, vou à igreja, mas depois que passei a conviver com eles percebi que são bem posicionados socialmente e formam uma família de muito respeito”, diz Giullianna. “Eles são aceitos pelos pais do Jorge. Eduardo já não tem mais família, mas a mãe dele chegou a conhecer o Jorge. Também são muito queridos entre os amigos”, acrescenta a advogada, que considera a decisão da Justiça mineira um avanço. Em outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, autorizações semelhantes vêm sendo concedidas há um ano e meio.

Memória
Primeira permissão em Manhuaçu


O primeiro casamento homossexual com registro civil em Minas Gerais foi realizado em março do ano passado em Manhuaçu, na Zona da Mata. Wanderson Carlos de Moura, de 34 anos, e Rodrigo Diniz Rebonato, de 18, foram autorizados pela Justiça local a oficializar a união. O ato abriu caminho para que outros relacionamentos fossem formalizados no estado. Wanderson e Rodrigo entraram com uma ação na Justiça, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O juiz da comarca, Walteir José da Silva, acompanhou o posicionamento do STF, que considerou a união estável de pessoas do mesmo sexo como uma unidade familiar.

A culpa é dos gays?



Site atribui responsabilidade aos gays por mulheres estarem solteiras em Campo Grande.

Isso mesmo, você não leu errado, agora a culpa pelas mulheres não conseguirem namorados é dos GAYS, segundo site de Campo Grande.

Com a seguinte chamada:  Com tanto gay na cidade, o que sobrou para as mulheres em Campo Grande? O site tenta relacionar os gays com as desventuras amorosas das mulheres heterossexuais. Uma compreensão machista, preconceituosa e absurda... Daqui a pouco vão dizer que a culpa das mulheres terem dor de cabeça na hora de trepar é dos gays! (Renato Hoffmann).

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Gente, vamos esclarecer quatro coisas muito importantes:

1- Gays e mulheres héteros não "concorrem" entre si. Mulheres héteros procuram homens héteros. Homens gays procuram homens gays - e há os bis que transitam entre os dois grupos, ou seja, os públicos são diversos, e a concorrência é impossível.

2- Em qualquer lugar do mundo, e também em Campo Grande, gays são sempre minoria entre as orientações sexuais, de 4% a 10%, segundo pesquisas e estudos. Portanto, ainda que existam mais mulheres que homens na cidade, isso é reclamar de barriga cheia. Quer dizer que porque no máximo 10% dos homens são gays, as meninas não conseguem descolar UM entre os outros 90% restantes? Tá boa...

3- Se, tirando os gays, sobram os homens "canalhas", os que "não querem nada sério" e os "aproveitadores", isso é culpa dos homens héteros, não dos gays. Se os homens héteros não estão comparecendo como deviam, o que têm os gays a ver com isso?

4- Vá reclamar com Deus porque nasce mais mulher que homem em Campo Grande...

Aff! (João Marinho)

Segue a matéria na íntegra:

Com tanto gay na cidade, o que sobrou para as mulheres em Campo Grande?

Ângela Kempfer e Anny Malagolini
Na mesa do bar, as três amigas solteiras só comprovam o que as mulheres há tempos vêm reclamando. Hoje em dia há tanto gay em Campo Grande que falta opção hetero para a mulherada.
Antigamente, a reclamação era contra os cafajestes, que não queriam um relacionamento sério. Agora, o alvo é a turma gay. “Há anos tem muito gay na balada e, levando em conta que há mais mulher do que homem na cidade, claro que dificulta mais ainda a paquera e arrumar namorado”, comenta Viviane, de 29 anos.
Para não parecer preconceito, ela ressalta que a confirmação vem até da concorrência. “Tenho muitosamigos gays e eles mesmos assumem isso, que a mulherada perdeu espaço”
A comerciária Taty Santinoni diz que depende da balada. Na eletrônica, por exemplo, não adianta investir que provavelmente vai levar um fora porque o cara não gosta de mulher. “É um problema, diminui nossos partidos”, explica.
"No final do jogo, o que sobra é alguém comprometido, sertanejo ou canalha", protesta a universitária Giuliana Pedra, de 26 anos.
O resultado é tempos sem alguém para chamar de seu. Solteira há mais de cinco anos, Natália, 25 anos, reclama que se ainda hoje está sem namorado é por pura falta de pretendente. A vontade de encontrar a famosa tampa da panela existe, mas descobrir alguém é que está difícil. “O circuito de Campo Grande é pequeno e isso diminuí as chances”, avalia.
A preocupação começou por conta da idade. “Daqui a pouco tenho 30 e quero ter uma família”. As amigas brincam que estão à espera de um milagre. Já Natália acha que quanto mais pede, menos chances tem de namorar. Então, como estratégia, ela fingi que não quer, para driblar o azar.
Gabriela, também solteira, conta que aproveita a vida, o que tem seus prós e contras. Mas já adianta que na noite não paquera. A amiga Gabriele, solteira há menos tempo, só um mês depois de um namoro que durou 5 anos, quer aproveitar a vida de solteira e ainda não sentiu na pele a dificuldade para se arranjar um namorado.
Em outra mesa, duas amigas, que ficaram com medo de revelar a nome, estão sozinhas há mais de sete anos. Uma delas acredita que o a falta de homem no mercado para um compromisso sério também se dá pela ausência de homens dispostos a ficar com uma só, já que hoje em dia as mulheres estão "mais fáceis".
“Querer eu quero, mas tá difícil”, reclama Gabriela, de 25 anos. Ela conta que só namorou uma vez, aos 18 anos de idade, e de lá pra cá "até pegar gripe tá difícil". Tímida, ela não gosta de sair à caça, prefere um programa calmo, como um encontro em um barzinho com as amigas, e enquanto isso ela espera a alma gêmea chegar. “Uma hora chega”.
Para as experientes, as noites já comprovaram que balada não é local certo para quem quer compromisso. "Os que não são gays, não querem compromisso sério, na maioria das vezes. Também não acredito que se possa encontrar alguém pra namorar na balada", diz a secretária Evelin, de 28 anos.
"O jeito é encontrar alguém que faz parte do mesmo círculo de amigos”, reforça a bancária Lizziane, de 23 anos.
(Obs: A foto original foi substituída a pedido de entrevistadas que se sentiram prejudicadas com comentários no Facebook).
http://www.campograndenews.com.br/lado-b/comportamento-23-08-2011-08/com-tanto-gay-na-cidade-o-que-sobrou-para-as-mulheres-em-campo-grande


Querem desprestigiar os gays!



O Vaticano lançou uma crítica sobre a matéria publicada nos meios de comunicação, em que afirmava que havia um lobby gay, infiltrado na Sé romana, capaz de influenciar os cargos mais importantes da instituição, promovendo pessoas ou demovendo-as.

Assim, na crítica, o Vaticano afirmou que estavam tentando caluniá-los, bem, o termo calúnia nem deveria ter sido empregado, uma vez que, juridicamente, calúnia é imputação de falso crime às pessoas. Mas, a crítica trouxe um quê... um desprestígio, ou uma tentativa do mesmo, ao associar o Vaticano às relações homoafetivas.

Pois bem, de fato, houve um desrespeito, um desprestígio, mas não ao Vaticano, desprestígio e desrespeito aos gays, em serem nivelados por baixo, igualados à máfia papal, difamados como manipuladores de um conservadorismo hipócrita, onde, na realidade, não passa de uma “gaiola das loucas”, que joga lama para todos os lados, em um comportamento gay demente, subjugando a todos num jogo de interesses espúrios, em que, no final, prevalece  o sexo desenfreado!

Desrespeito aos gays, em sugerir que são dissimulados e propagadores da própria homofobia cultural que a instituição católica apregoa durante milênios de sua existência.

A tentativa de colocar no cenário do Vaticano homossexuais dementes, enrustidos, lutando por um poder espúrio, é molecagem de uma reportagem sensacionalista, que desrespeita a causa gay e o sofrimento da mesma população, que luta por DIREITOS IGUAIS nas sociedades em que se inserem.  

Colocar os gays como seres poderosos dentro do vaticano é debochar da comunidade gay, da sua consciência, da sua expressão, no mundo! 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Uma defesa para Silas Malafáia.



Você, leitor do Gospel LGBT, certamente ficou arrepiado com o título dessa postagem, mas não há outra coisa a se fazer aqui, nesse momento, depois de ler em alguns blogs evangélicos, alguns posicionamentos contrários ao Silas Malafaia e a temática GAY.

Obviamente, que essa não é uma defesa no sentido de se dizer que o Silas é o cara e está com a razão em que ele diz! Não sou louco! Mas será uma defesa sim, naquilo que considero, agora, uma questão de lado, de polos, entender isso se torna crucial, nesse momento.

Semana passada, li no blog GENIZAH  um post que dizia: Calvinistas, Pelagianos e a Homossexualidade - uma visão reformada... O texto era uma tentativa de harmonizar a mensagem calvinista com as questões gays, no sentido de dizer que um homossexual, mesmo não escolhendo ser homossexual, é um pecador como qualquer outro, e necessitado da graça, como qualquer outro, e como qualquer outro será julgado, pelo pecado original, portanto, como qualquer outro, quando abraçar a boa nova da justificação, abandonará a prática homossexual, abandonará o sexo, não diz o texto claramente isso, mas fica implícita a condição do CELIBATO AOS GAYS.  

O texto é até interessante, pois não faz distinção do que seja o pecado original, e diz que todos estão debaixo dele, incapazes de assumir em si mesmos a moralidade, santidade, salvação, etc. Até um erro teológico significativo, pois o pecado original não tem relação direta com a moralidade, nem com as obras... No caso, você pode ser impecavelmente moral, impecavelmente bom, mas mesmo assim não será salvo! Isso, pois, a condição humana é uma condição caída da graça, sem méritos algum para os olhos de Deus e, por mais que eles possam existir, por mais que eles possam fazer parte da história humana, eles não são suficientes para salvar o homem de sua queda, de redimi-lo.

O texto é sutil, mas trata a homossexualidade como PECADO, e a heterossexualidade é vista como mandamento! Outras coisas implícitas também fazem parte do texto, como os gays são infelizes, ou morrem de AIDS, tudo construído num jogo de palavras maquiadas de bondade e aceitação, mas punitivas, repressoras, opressoras...

Hoje, lendo o mesmo blog, vi uma defesa ao deputado Jean Willys, contra uma chamada de guerra, vinda por parte dos evangélicos nas redes sociais, contra o mesmo deputado. No caso, o blog condenou a postura de Silas Malafaia, que está criando uma guerra entre GAYS e evangélicos, fazendo os ânimos se acentuarem e, o pior, trazendo a alcunha de homofóbicos como verdadeira aos cristãos.

E aqui, eu quero fazer uma defesa à postura de Silas Malafaia! Óbvio que a turma do Genizah, do Caio Fábio e de outros, não estão preocupados com os gays, eles estão preocupados com a exposição da hipocrisia. Silas Malafaia escancarou o verbo e partiu para o ataque, ele deixou o discurso hipócrita, implícito e fingido, e começou a dizer tudo o que ele pensa dos gays, começou a esboçar todo ódio, toda rejeição, toda não aceitação vinda por parte dos cristãos em relação aos homossexuais. E, óbvio, que isso está fazendo as pessoas tomarem uma posição, e essa tomada de posição é o que preocupa, pois a turma do Genizah não quer abandonar o discurso camuflado de bondade, para continuar pregando o ódio, manipulando. Já o Silas foi direto, foi sincero, deu a cara, mostrou quem é! Nesse aspecto, gostando ou não do Malafaia, concordando ou não com ele, tenho que admitir que a postura que ele assume é honesta em relação seus sentimentos e a comunidade homossexual. Já a turma do Genizah vem com o morde e assopra, fala mal do Silas, pois este está polarizando a coisa, retirou a máscara e permitiu que o Brasil conhecesse a verdadeira face dos evangélicos.

Não há diálogo com a igreja cristã histórica... Se você é gay e cristão é bom procurar uma Igreja Inclusiva, pois os históricos fedem à hipocrisia. Salve Malafaia, que foi honesto e gritou seu ódio, pelo menos sabemos quem é ele, sem fingimentos ou rodeios, como a turma do Genizah, que pensa como o Malafaia mas não assumem! 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sessão Pipoca: Mambo Italiano


Um filme muito curioso, embora seja uma comédia leve, uma caricatura de determinados comportamentos existentes na comunidade italiana, mas que se você tiver um amigo italiano, ele negará veementemente que isso tenha, por um mínimo que seja, a chance de ser um aspecto próprio do modus vivendi deles. E com certeza irá te chamar de maledetto, caso você escreva qualquer coisa dando razão a caricatura trabalhada na película... Não sei por que, mas sinto que tenha algo pessoal aqui... Cazzo!

Embora seja uma leve comédia, a história traz o drama de muitos homossexuais: sair ou não sair do armário? E na escolha dos personagens, os encontros, os dramas, os desencontros e as consequências são revelados no decorrer da trama.

É um bom filme, portanto, pipocas à mesa, boa sessão! (Clique em Close to play que o vídeo inicia)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Banho Turco/ Hamam -- Il Bagno Turco- Sessão Pipoca



Esse filme eu descobri por conta do meu professor de italiano, que constantemente me estimula a escutar diálogos em italiano, em filmes com dublagem nessa língua.

Assim fui pesquisar e me envolvi com a história de Francesco, um jovem arquiteto, que vive às voltas com sua esposa. Ao receber uma herança, deixada por sua tia na Turquia, para este país ele vai, na tentativa de comercializar o patrimônio. Até que ele descobre que aquilo constava no espólio era uma SAUNA.
Encantado com as possibilidades ele se envolve em um relacionamento homossexual, sigiloso, secreto, delicioso!

O filme traz um ar punitivo no final, o que me fez desgostar um pouco, mas nada que estrague o enredo, a descoberta, o envolvimento e a realidade social vigente.
Pipoca na panela... Um bom filme para você:

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Marvel volta a publicar história com personagens gays... Wolverine está na fita!


Wolverine Hércules? Sim, a favor do beijo gay!

por João Marinho
 
Não vejo qual o problema de tantos leitores brasileiros revoltados com esse arco de história gay da Marvel, que ocorre em um universo alternativo.

Para quem não está por dentro, a editora, que já casou o também gay e mutante Estrela Polar, acaba de publicar uma história em que Wolverine, o "macho-alfa" das garras de adamantium, beija torridamente o filho de Zeus, Hércules - e, repito, em um universo alternativo, o que significa que a versão "clássica" do mutante permanece incólume.


Aliás, o autor do Lanterna Verde gay da DC Comics, concorrente da Marvel, já tinha declarado que, quando as histórias com o novo personagem (que nem é o mais famoso e também é uma versão em universo paralelo...) começaram a ser publicadas, as piores reações vieram... do Brasil!

Ora, se há mais de uma versão do mesmo herói, uma tradicional e outra homossexual, por que tanta comoção num beijo entre Wolverine e Hércules? Cada leitor escolhe a versão que lhe agradar – e gregos e troianos vivem em harmonia.

Depois, sinceramente, com personagens que morrem, renascem, mudam de uniforme, alter-ego, de origem, têm suas histórias reiniciadas e remodeladas como são os das HQs, sério que dá para dizer "o Wolverine não é personagem gay", como li?

Tem herói que até de pai e mãe muda! De planeta! Ou de lado... Não me parece que orientação sexual deva ser intocável. Ainda mais num universo alternativo...

Se um beijo gay entre um mutante e um semideus incomoda tanto, ainda mais - repito - em um universo alternativo, é porque há algo de muito podre "no reino da Dinamarca".

Creio que nem Zeus, que, apaixonado por Ganimedes, sequestrou o belo efebo para o Olimpo, ligaria tanto para o novo caso de seu filho...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mendacium Mille Veritates Corrumpit



Atento aos passos de Silas Malafaia, não pude deixar de perceber algo sutil em sua fala, mas que revela muito de sua personalidade destruidora, aborrecida, abominável. Muito embora, isso aconteça em um momento em que se acredite que ele não mereça mídia; que rebater o que ele diz é dar forças ao mesmo... Eu venho discordando dessa opinião corrente no meio.

A lógica para isso é bastante simples: Malafaia quer o que qualquer outro pastor evangélico quer! Creio que seja, exatamente, por isso, que não fico espantado em ler um texto do pastor Renato Vargens, intitulado: O que eu achei da entrevista do Silas Malafaia a Marília Gabriela, em que na mesma, o Renato, que diz discordar do Silas em muitas coisas, só conseguiu mostrar discordância na questão da TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, porque de resto, defendeu-o muito!

Em que pese acusação contrária, Renato Vargens e Silas Malafaia sobrevivem do mesmo metiê: exploração da fé com liderança em igreja local e vendas de artigos religiosos. Os dois querem mídia, aliás, como qualquer outro cura d’almas. Isso tanto é verdade, que Renato Vargens resolveu pegar carona na entrevista do seu compadre, e escreveu uma "carta de resposta para Marília Gabriela", seu intuito despretensioso é apenas a verdade! A verdade das Escrituras... Engraçado, tem tanta gente passando fome, precisando do conforto de Deus e não recebem nada desses líderes, ah sim, eles não têm um programa de televisão!

Não sei por que, mas uma frase me veio à mente: A MENTIRA DESTRÓI MIL VERDADES. E não penso na mentira como algo funcional aqui, e sim como algo essencial!

Os mais piedosos podem até falar em “influência cristã”, aliás, foi exatamente isso que me chamou a atenção no discurso do Malafaia, quando isso ele afirmou para Marília Gabriela: "Eu quero influenciar todos os meios", obvio que o Renato Vargens, de igual forma, quer influenciar, e que pastor que não quer exercer influência?

Pena que esse verbete, influência, signifique: prestígio, ascendência, predomínio, PODER! E onde há o poder não há amor, não há misericórdia (Leonardo Boff), porque ele (o poder) desconhece esses termos; pena que a mentira essencial, que é a alienação do ser, destrua a verdade essencial, que é o próprio ser! Pena que esses são os pastores do rebanho de Deus!

Que Ele tenha compaixão humanidade! 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Silas Malafaia e a psicologia



Silas Lima Malafaia é registrado como psicólogo profissional sob o nº: 24.867CRP/RJ. Ou seja, o Conselho Regional de Psicologia do Estado do Rio de Janeiro, bem como, o Conselho Federal de Psicologia reconhecem-no como PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE MENTAL E COMPORTAMENTAL.

Silas, desde muito, em seus discursos televisivos, é uma pessoa que se orgulha pela diplomação de bacharel em psicologia. Não é um orgulho normal, afinal, no meio em que cresceu as pessoas não davam o menor valor às ciências ou aos estudos, até mesmo, muitas vezes, ter um diploma era sinal de falta de fé ou ameaça às Escrituras. Tudo isso, como busca de uma expressão pessoal, individualista da experiência direta com Deus. Assim, mesmo que as Assembleias de Deus possam ter os cursos teológicos e, até mesmo, editoras e livros na área, os jovens seminaristas sofriam e sofrem o desestímulo por pleitearem alguma diplomação pessoal. Como nas palavras abaixo, de um pentecostal, falando sobre si e a teologia:

“Ser pentecostal pode ser bem complicado, às vezes... Caso você queira fazer teologia, possivelmente encontrará algumas objeções pelo caminho. Ainda hoje muitos imaginam o saber teológico como sendo algo contrário a uma vida de comunhão e poder espirituais...”

Moisés Bezerril, professor no Seminário Presbiteriano do Norte em Recife; Mestre em Teologia
Sistemática pelo Centro de Pós Graduação A. Jumper (SP) e Ministro Presbiteriano. No artigo: Dons extraordinários, em que fala dos pentecostais, afirmou:

Quero inicialmente dizer que os pentecostais não são famosos por teologia; a formulação teológica nunca foi o “forte” do pentecostalismo. Desde os seus primórdios, eles gostam de dizer ao mundo que não gostam muito de teologia. Porém, hoje já se vê pentecostais que estudam, têm seminários, mas o início da história do pentecostalismo não é com raciocínio teológico, ao contrário, é com a “experiência” que vão dar sempre a formulação teológica. Dessa forma, não podemos procurar estudo substancial sobre este assunto na tradição pentecostal, pois não há profundidade. Consultei um comentário de seis autores de várias linhas teológicas sobre a questão do que significa que é “perfeito” em 1 Co.13 e o exame mais fraco do texto, o argumento mais fraco, é o pentecostal, é a análise pentecostal.

Assim, no meio de tantas pessoas sem formação alguma, sem um diferencial, Silas buscou na psicologia, no bacharelado, um “plus”, algo que o colocasse em evidência, até mesmo, uma vez que seu sogro o considerava medíocre, indigno, de sua filha. Fato esse constatado em diversas pregações do próprio Silas, citando, com certa mágoa e revanchismo a figura do pai de sua esposa.

Ora, Silas contornou o problema da diplomação e falta de fé, aliando o carisma ao título. E como no meio em que ele cresceu, e se fez, não são as ciências o fio condutor da sabedoria e, sim, a experiência, logo, nosso personagem conseguiu fazer valer seu diploma, como um diferencial.

Numa retórica agressiva, desprovida dos argumentos científicos, mas carismática, sensacionalista e balizada pelo argumento de autoridade, mesmo que abandonando o pensamento acadêmico, ele referendou a bíblia (de forma não científica), como se a própria ciência legitimasse as Escrituras. E como ele não estava contrário à experiência pentecostal, seu diploma foi aceito como esse “plus”, muito embora sua opinião não tenha nada de academia, desde a época que o mesmo saiu da faculdade.

Na verdade, Malafaia se encontra num processo psíquico de reforço positivo e, tão somente por isso, ele mantém sua inscrição no conselho, afinal, embora seja psicólogo clínico, não clinica! Não sobrevive disso, não exerce a função. Mas, tem tal situação como seu troféu pessoal, naquele diferencial, início de tudo, do seu revanchismo contra seu sogro, que sustentou sua coroação, dentro das Assembleias de Deus, como um homem sábio.

Ah Freud, sempre Freud! Mas, dessa vez, Alfred Adler Explica: complexo de inferioridade! Vejamos: Silas tem mania de grandeza, ele sempre fala de números, multidões, e destaque, ao se referir sobre a Parada do Orgulho Gay ele disse: “ela só levou 500 mil às ruas, enquanto a Marcha pra Jesus levou 2 milhões.”. Ao mesmo tempo em que, de forma sôfrega, demasiada, engrandecia os jornais de grande circulação nacional que deram destaque ao evento. Ele tentou combater, com um argumento desesperado, reflexo de seu complexo inferior, os 4 milhões e meio de pessoas que foram às ruas de São Paulo, mesmo com chuva, celebrar o orgulho gay! Desdenhou, como se aquilo que ele falasse fosse à máxima da verdade, algo que, para si mesmo, serve como justificativa, ainda que mentira, falácia, para confortar sua expectativa de grandeza.



Sobre a manifestação em Brasília, essa última de 2011, ele disse: “levamos 80 mil pra frente do Congresso, enquanto os homossexuais um grupo efêmero, nós somos muito maiores do que eles!”. Fora a mania de poder, riqueza, luxo: Avião que custou uma bagatela de 12 milhões de dólares, limusine alugada por 7 mil reais o dia, para desfilar durante 5 dias na Bahia.

Bem, mas o que Adler expõe mesmo? O desejo de poder é fundado no complexo de inferioridade, como meio de superação do mesmo, numa personalidade idealizada, mas não real, que o indivíduo faz de si mesmo, inclusive como afirmação de masculinidade, ou seja, o desejo de poder que é agravado pela necessidade de superar o "Complexo de Inferioridade" ou de afirmar a masculinidade.

Assim, é um estado neurótico do indivíduo, que tem por fundamento o sentimento de insuficiência ou incapacidade para enfrentar a vida e os seus problemas, provocado por sintomas reias ou imaginários; defeito físico, situação financeira constrangedora, ou algum fracasso recordado, não superado, não vencido internamente. O neurótico procura compensar a sua insuficiência real ou imaginária, seja pela tentativa de sobressair numa atividade física, artística ou cultural/intelectual, o que constitui uma reação positiva, seja procurando ultrapassar o seu sentimento de inferioridade agindo, consciente ou inconscientemente, com cautela, calculismo e arrogância, a fim de apresentar aos outros uma personalidade que não possui.

Sobre o Silas esse sentimento ainda é verificável, ou seja, questões internas que ainda não foram solucionadas, questões que ele ainda sente que deve percorrer o que torna o seu ideal tanto mais dominador e proporcionalmente voltado às questões de grandiosidade, tendo em conta que a identificação de si mesmo faz-se pelo olhar do outro, seu público e a quem ele deseja provar vitória! Aliás o próprio nome de sua igreja é VITÓRIA em cristo. O nome de seu programa de TV, o mesmo, o que corrobora, tais questões, para a ratificação do caso in tela.

E Freud não diz nada?

Na verdade, bem mais que se possa imaginar. Quando Malafaia se enche num sentimento agressivo, condenatório, ainda que tente justificá-lo em Efésios 5, 11. 13. Na verdade, ele está, segundo Freud, tendo uma formação de defesa do ego chamada de Formação Reativa, esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao desejo real. Trata-se de uma inversão clara e, em geral, inconsciente do verdadeiro desejo. Como outros mecanismos de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, em primeiro lugar, na infância. As crianças, assim como incontáveis adultos, tornam-se conscientes da excitação sexual que não pode ser satisfeita, evocam consequentemente forças psíquicas opostas a fim de suprimirem efetivamente este desprazer. Para essa supressão elas costumam construir barreiras mentais contrárias ao verdadeiro sentimento sexual, como por exemplo, a repugnância, a vergonha e a moralidade.

Não só a ideia original é reprimida, mas qualquer vergonha ou autorreprovação que poderiam surgir ao admitir tais pensamentos em si próprios também são excluídas da consciência. Infelizmente, os efeitos colaterais da Formação Reativa podem prejudicar os relacionamentos sociais. As principais características reveladoras de Formação Reativa são seu excesso, sua rigidez e sua extravagância. O impulso, sendo negado, tem que ser cada vez mais ocultado.

Através da Formação Reativa, alguns pais são incapazes de admitir certo ressentimento em relação aos filhos, acabam interferindo exageradamente em suas vidas, sob o pretexto de estarem preocupados com seu bem-estar e segurança. Nesses casos a superproteção é, na verdade, uma forma de punição. O esposo pleno de raiva contra sua esposa pode manifestar sua Formação Reativa tratando-a com formalidade exagerada: "não é querida..." A Formação Reativa oculta partes da personalidade e restringe a capacidade de uma pessoa responder a eventos e, dessa forma, a personalidade pode tornar-se relativamente inflexível (fonte: PsiqWeb).

Assim, eu não temeria afirmar que, COM CERTEZA, Silas Malafaia tem sentimentos homoafetivos mal resolvidos em si, na sua estrutura psíquica.

E a questão da cassação no Conselho Regional de Psicologia?

O problema é bem mais sério do que o Malafaia tenta colocar. Na verdade, em um vídeo recente, ele tentou dizer, argumentar, que quando ele se manifesta contra os gays, ele o faz na condição de pastor, veja:



Contudo, sabemos que ele está se defendendo, inconscientemente, para garantir que seu troféu permaneça, o início do revanchismo aconteceu com esse curso. Tal curso é à base do reforço positivo de sua estrutura psíquica, seu revanchismo. Entretanto, num outro vídeo, Silas se afirma psicólogo clínico, e na qualidade de psicólogo ele desfere contra os homossexuais suas frustrações no minuto 3’43’, veja:



Bem, a questão é a seguinte, só o fato de o Silas ser inscrito no CRP/RJ ele não poderia ter participado dessa audiência pública para falar contra a homossexualidade, mediante o disposto da resolução do Conselho Federal de Psicologia N° 001/99 DE 22 DE MARÇO DE 1999, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da Orientação Sexual",no art. 4º, in verbis:

Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.

E quando ele fala de sua formação profissional, como psicólogo, inclusive em suas pregações na igreja, ainda que não esteja clinicando, ele está fazendo uso do seu CRP/RJ e, portanto, está vinculado a esse, assim, nas suas homilias, que levanta o status de sua formação profissional: PSICÓLOGO, ele afronta o código de ética nos seguintes artigos:

  • Nos princípios fundamentais, item II, III.
  • Das responsabilidades dos psicólogos art. 2º, “a”, “b”, art. 19.
O Conselho fez bem em reavaliar a conduta do profissional Silas Lima Malafaia. Agora fica a questão, quem é Silas Malafaia, e o que está por trás de seu discurso?