sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A Reforma de Lutero: a mensagem que ficou esquecida

Há uma mensagem singular que vem da Reforma, em especial, aquela feita por Lutero. Sim, aqui neste blog não foi trabalhado outro olhar sobre o evento. Aquele olhar que diz ser tal movimento algo englobado na política de ruptura medieval, que querendo, ou não, a Reforma aconteceria, e que toda sua singularidade, advogada por muitos teólogos, não passaria de teses românticas, mas que não refletem, de fato, o espírito político da época.

Sem entrar no mérito de tal propositura, quero trazer neste post, o que é para mim, a principal mensagem de Lutero: SUA ANGUSTIA, e essa mensagem nós esquecemos, ela não acompanhou os pós-reformados, e nem é lembrada na herança da Igreja Reformada, mas sem tal angustia a reforma não teria sido o que foi. A conveniência posterior é esquecê-la, porque de fato esse elemento angustiante é sempre reformador, é sempre protesto, é sempre inquietação, e isso não é bom para as instituições, mas é essencial à salvação e a santidade. Assim Lutero compreendeu, viveu e pregou, reformou a Igreja por ter nele tal angustia inquietante, que não o permitia calar-se diante do pecado e diante de si mesmo!

Posso chocar a alguns, mas Lutero era medieval! Possuía uma mística medieval, para compreendermos isso temos que trabalhar um pouco da vida do reformador... Nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, era filho de um minerador de prata, e nasceu na burguesia. Iniciou-se nos estudos de Direito, mas com a consciência atormentada (talvez por ter matado seu próprio amigo em um duelo), voltou-se para um mosteiro, após uma tempestade de raios, onde achou que Deus procurava eliminá-lo por seus pecados. Embora medieval em sua mística, brilhante em seu pensamento, entretanto cruel, não obstante que teólogos nazistas fizeram dele um proto-ariano e o precursor do Führer (talvez pela invectiva contra os judeus). Carregava as marcas de sua formação com o título de doutor em teologia, grau solene conferido em 18 de outubro de 1512.

Era ele um teólogo bíblico, um exegeta, sobretudo do Antigo Testamento. Ele começa a romper com o nominalismo, depois de haver mergulhado completamente nessa tradição escolástica. Condena a razão a ser porca, prostituta, quando trabalha em termos que não concerne sua habilidade de discernir. A razão para ele era um princípio ordenador na qual a revelação deveria ter primazia, iluminando a razão, e fazendo desta cativa à Palavra de Deus.

Lutero imaginava a existência humana in coram Deo, na presença de Deus. Deus jamais poderia ser o princípio primeiro, ou o Ser necessário, para Lutero não era objeto colocado em etapas- o grande pensamento escolástico. Para o reformador Deus não é raciocinado, sua existência não será verificada na razão, mas sim no encontro em juízo e misericórdia, significa exatamente que enquanto estamos à disposição de Deus, sempre, ele (Deus) nunca está à nossa. Segundo Lutero, acreditar em Deus dessa maneira é ter que cair de joelhos.

Dessa feita, alguns temas em Lutero se fazem profundamente existenciais e dialéticos à vida humana. Não se pode em Lutero aceitar argumentos em relação à existência de Deus, mas também, não se pode, na teologia dele, aceitar argumentos à expiação do Cristo, embora tais temas históricos estejam presentes em sua teologia, ele (Lutero), não está ligado a nenhum deles. Dessa feita ao falar sobre a expiação (na sua forma medieval) ele diz: “ Os demônios também possuem suas teorias sobre a expiação, eles crêem e tremem!” Para o alemão, a fé que salva é a que penetra na apropriação pessoal, Cristo foi dado pro me pro nobis (por mim, por nós), reconhecer isso é ser verdadeiramente cristão.

Christus pro me, em Cristo, o Deus soberano, realmente é por nós, não contra nós. Essa boa nova não poderia ser aprendida em abstrato, mas nas profundezas da experiência, apoderada na fé.

O caráter atormentado de Lutero faz dele o teólogo de sua época, uma época atormentada com o conceito de “quem pode ir para o céu”, assim o teólogo é o eterno Anfechtung, afetado, atormentado, angustiado, tentado, desesperado, agredido. Foi o próprio reformador que se utilizou do termo ao descrever seus “conflitos espirituais” na torturante busca do Deus misericordioso. Interessante, aqui, mas de fato esse legado não está na essência da Reforma- está na essência do reformador- de Lutero- mas não de seu legado. Não nos restou isso; essência é aquilo que permanece quando se retira tudo, é aquilo que faz algo ser, e não ser diferente daquilo que é. Sendo, exatamente, aquilo que fica. Diz Lutero: “ninguém deve seguir seu caminho, despreocupadamente, seguro, como se o diabo estivesse longe de nós.”. O anfechtung não deixa para o reformador, um dos lemas da reforma, cair na banalidade que chegou à nossa época, o tema sola fides não é uma crença fácil, a tentação e a experiência, nos diz da fé como uma arte difícil, afirma Lutero. Até mesmo, irritou-se com muitos por descaracterizarem o caráter do desespero à fé.

Assim, a fé genuína é forjada na bigorna da tentação, na experiência do desespero, na vivência da angustia, esse processo é vitalício nos conflitos e tentações. Porque há um dado aqui: o cristão não se torna justo, no sola fides, pelo contrário, ele continua pecador, mas é declarado justo. O que o reformador afirma é que nos apropriamos da graça e somos declarados justificados pela fé somente. Para Lutero a fé não justifica em si mesma, ela é apenas o órgão receptor da justificação, ela não faz a graça existir, mas torna cônscio algo que já existe, não é uma atividade humana, mas é dom do Espírito Santo. Assim quem recebeu é descrito como ao mesmo tempo justo e pecador simul iustus et peccator.

Entretanto Lutero fala do amor que é manifesto como a obra da regeneração; a vivência diante de Deus, manifestada no Cristo é expressa no próximo em amor. Esse amor é espontâneo, a justificação pela fé liberta o cristão para amar desinteressadamente, não como meio calculado dos próprios interesses e desejos. Mas em Cristo, como ele, despojados de ter que amar, mas completa doação por causa do outro.

Esse legado não nos restou, infelizmente não temos cristãos angustiados, mas sim juizes que apontam e dizem quem são os salvos e os que não são! 491 anos depois da Reforma e se Lutero estivesse vivo gritaria por outra urgente.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Heinrich Himmler era gay, afirma historiador


O historiador alemão Peter Longerich faz em seu mais novo livro uma afirmação que pode abalar algumas certezas sobre o nazismo. Em “Heinrich Himmler”, biografia do chefe da polícia do 3º Reich, o autor afirma que o biografado tinha desejos homossexuais, mas que os reprimia. Certa vez, Himmler afirmou que os homossexuais eram os maiores inimigos da Alemanha.

Na obra, Peter descreve o chefe da polícia como “um solteiro misógino que não tinha mulheres e nem queria”. Com o fim do Holocausto, Himmler teria se isolado no interior da Alemanha para reprimir seus desejos homossexuais, ficar longe da tentação.




Fonte: Mix Brasil

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O fracasso da polícia é dos políticos

JOSÉ PADILHA e RODRIGO PIMENTEL

NÃO SÃO apenas as ocorrências mal administradas, cheias de erros primários e ilegalidades que demonstram a necessidade de uma reforma da segurança pública no Brasil. Os dados indicam essa necessidade faz tempo. E os nossos políticos, apesar de conhecerem os dados, têm se mostrado incapazes de realizar tal reforma. São eles, no final das contas, os principais responsáveis pela repetição cotidiana de tragédias como a ocorrida no evento do ônibus 174 e do seqüestro em Santo André.

Em conversa informal com agentes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), descobrimos que eles estão desolados com o desfecho da ocorrência, que custou a vida de uma pessoa e feriu outra, e revoltados com os políticos, devido ao descaso que têm com a unidade, exposta ao ridículo com o fracasso da operação.

Afinal, se o Gate dispusesse do equipamento necessário para administrar uma ocorrência desse tipo, como uma microcâmera de fibra ótica, saberia que o seqüestrador tinha encostado um armário de TV e uma estante na porta de entrada do apartamento. Saberia que seqüestrador e reféns não estavam na sala, mas no quarto. Saberia que uma invasão pela porta da frente daria tempo para o seqüestrador atirar nas reféns. Mas o Gate não sabia de nada disso e perdeu preciosos segundos abrindo a porta.

Se o Gate dispusesse de escada com alcance para que um policial pudesse entrar no apartamento pela janela, poderia ter evitado a tragédia. Mas a escada do Gate, como atestam as filmagens, era curta demais. Se os policiais do Gate fossem bem treinados, não teriam deixado que uma menina de 15 anos, libertada pelo seqüestrador, voltasse a ser prisioneira. Não teriam demonstrado tamanha incompetência e desconhecimento legal. Mas os policiais do Gate, como os do Bope e do resto do país, não recebem treinamento adequado.

Quando trabalhamos no documentário "Ônibus 174", sentimos a mesma revolta por parte dos policiais do Bope, que, em sua maioria, odeiam os políticos a quem servem. André Batista, colaborador em "Tropa de Elite" e negociador do Bope na malfadada ocorrência, deu o seguinte depoimento para o documentário: "Naquele momento, a gente viu que faltava muita coisa. As coisas que a gente vivia pedindo, os equipamentos, os cursos, parece que, naquele momento, tudo desabou." Ouvimos, virtualmente, a mesma coisa do Gate.

Chegamos, assim, a uma conclusão absurda. Concluímos, parafraseando Nietzsche, que é preciso defender os nossos policiais dos nossos políticos! Afinal, quem são os nossos policiais? E o que o Estado, administrado pelos políticos eleitos, fornece a eles?

Fonte: UOL

AMICUS CURIAE

ABGLT é aceita como Amicus Curiae pelo STF

União Civil entre Pessoas do Mesmo Sexo


A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) foi aceita como amicus curiae do Supremo Tribunal Federal (STF), referente à Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132-3/RJ, que visa garantir que funcionários estaduais do Rio de Janeiro que mantenham relações homoafetivas estáveis também possam ter os todos os benefícios de licença, previdência e assistência decorrentes de união estável heterossexual. A decisão de aceitar a ABGLT como amicus curiae é do relator do caso, Ministro Carlos Ayres Britto, e foi publicada no Diário do STF em 06 de outubro.

Amicus curiae significa “amigo da corte” e o termo é utilizado para designar uma instituição que tem por finalidade fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes melhor base para questões relevantes e de grande impacto que podem afetar a sociedade como um todo.

A Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 132/RJ foi apresentada ao STF pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com base no preceito constitucional da igualdade, porque o Tribunal de Justiça daquele estado não reconhece direitos previdenciários de casais homossexuais com relação estável, como pensão ou licenças por motivo de doença na família.

Na sua análise da argüição, a Advocacia Geral da União (AGU) já deu parecer favorável à equiparação da união civil estável entre casais homoafetivos à união estável entre casais heterossexuais, de acordo com o artigo 226 da Constituição Federal. O parecer da AGU foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal que dará a decisão final.

Segundo Toni Reis, presidente da ABGLT, “a aprovação da ADPF pelo Supremo Tribunal Federal será um grande passo na conquista da cidadania plena da comunidade LGBT.”




segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Inglaterra:"chef" gay pega prisão perpétua por canibalismo

Inglaterra:"chef" gay pega prisão perpétua por canibalismo

Um chef gay acusado de ter matado e cozinhado partes da corpo do ex-namorado foi condenado à prisão perpétua nesta segunda-feira, 20/10, por um tribunal de Londres.
O cozinheiro inglês e ex-Mr.Gay do Reino Unido, Anthony Morley, de 36 anos, foi preso em abril pela morte de Damian Oldfield, 33 anos.

Durante o julgamento que demorou duas semanas, Morley disse que não se lembrava de ter matado Oldfield e nem cozinhado partes da carne do homem.
Ele chegou a alegar ao júri que agiu em legítima defesa diante da ameaça de ser estuprado por Oldfield, referindo-se inclusive a uma reação a uma experiência traumática que teria vivido na infância.

Fonte: Gay1

domingo, 19 de outubro de 2008

Psicose e canibalismo: Julgamento de ex-Mr. Gay acusado de cortar e cozinhar partes do ex-namorado na Inglaterra

Depois de três horas de duração, o júri deu a sentença para o ex-Mr.Gay do Reino Unido, acusado de cortar e cozinhar partes do ex-namorado em Leeds, Inglaterra. Anthony Morley (à esquerda), 36, cortou a garganta de Damian Oldfield (à direita) depois de várias facadas na vítima em abril deste ano.

Morley, que é "chef", foi preso em um mercado próximo a sua casa, com a roupa suja de sangue. Ele alegou que tinha matado um homem que havia tentado violá-lo. Morley sustentou que matou a vítima em legítima defesa e encontrava-se inseguro sobre a sua homossexualidade.

No dia do crime, Oldfield, que trabalhava na publicidade de uma revista gay, disse que não queria mais continuar o namoro. Eles beberam e dormiram juntos na casa de Morley. Pela manhã, o ex-Mr Gay de 1993, disse que acordou com Oldfield fazendo sexo oral nele.

O acusado declarou à Corte que ficou aterrorizado com a idéia de que Oldfield fosse estuprá-lo, alegando um trauma de infância.

Ele contou que não sabe como matou o ex-namorado e não se lembra do que ocorreu após o ataque. Ele também disse que não se recordava de ter cozinhado partes da vítima, mas poderia tê-lo feito imaginando que estava preparando uma carne no restaurante em que trabalha.

A polícia encontrou na casa seis pedaços de carne humana cozida, temperos, óleo e a faca usada no crime. O julgamento do assassinato durou duas semanas. A sentença do canibal gay será dada na segunda-feira, 20/10.





Fonte: Gay1

Calendário polêmico



De acordo com o site espanhol '20minutos', o novo calendário Arco-íris, criado pelo espanhol Alberto Linero Marchena - primeiro militar gay a se casar na Espanha, pode virar um escândalo nas próximas semanas.

Nas 24 páginas do calendário beneficente, que pretende arrecadar fundos na luta contra a AIDS, posaram 29 pessoas. Em uma das fotos, dois militares estão nus e abraçados em cima do altar de uma capela. Em outra, há uma travesti crucificada.

O calendário apresenta também a foto de um anjo nu, sentado em uma cova no cemitério. "Estamos todos unidos. Homens de 17 a 33 anos, modelos, gays, héteros e de várias nacionalidades", afirma Alberto.

A ONG Unicef Comitê Espanhol, que receberia o dinheiro arrecadado com as vendas, mandou um comunicado hoje ao site espanhol pedindo para que seu nome seja desvinculado da produção. “ O Unicef lamenta profundamente a utilização de seu nome na iniciativa do Calendério ArcoIris”, e "solicita a seus promotores que deixem de utilizar o nome do Fundo de Nações Unidas para a Infância”.

Em entrevista ao 20minutos, o militar disse saber que as imagens podiam revoltar o exército e a Igreja Católica, mas não temia as conseqüências. "É tudo para ajudar a comunidade LGBT", explica. "Dentro do exército há muitos homossexuais e eles não podem se assumir. Vou continuar lutando por igualdade", completa.

Ainda de acordo com Alberto, as entidades não tem do que reclamar. "São fotos artísticas e eu sei que a igreja não vai fazer graça. O calendário é dedicado à eles", apimenta.

No ano passado, o calendário, que custa 10 euros (cerca de 30 reais), já havia gerado discussões por trazer um modelo nu sobre a bandeira da espanha. Alberto e seu marido também estampavam uma das fotos da folhinha beneficente.

Fonte: A Capa

sábado, 18 de outubro de 2008

SEMINÁRIO A BÍBLIA E A HOMOSSEXUALIDADE- BETEL RJ!

Durante séculos a Bíblia tem sido utilizada para promover a escravidão, a subjugação da mulher e, a execração dos direitos das pessoas lésbicas e gays em toda a História. Há registros de perseguições e mortes de lésbicas e gays em todas as culturas e em todas as épocas, com o consentimento da Igreja e a afirmação de que Deus e as Escrituras realmente condenariam a homossexualidade.

Mas, será que a Bíblia realmente condena a homossexualidade e as pessoas homossexuais? Há argumentos válidos para se utilizar a Bíblia para cercear a Comunidade LGBT de seus direitos básicos de cidadãos?
A bancada "evangélica" no Congresso Nacional clama às Escrituras para perpetuar a opressão de gays e lésbicas neste país. "Deus fez macho e fêmea" é o jargão mais popular na boca de nossos congressistas evangélicos e na da maioria dos líderes ditos cristãos no Brasil. Será que tais pessoas têm realmente o apoio das Escrituras nesse empreendimento de exclusão e opressão contra a Comunidade LGBT?

Nós, dizemos que NÃO! Pois estudos mais recentes e sérios das Sagradas Letras mostram que elas nunca condenaram a homossexualidade. Por isso o convidamos para participar de nosso II SEMINÁRIO A HOMOSSEXUALIDADE E A BÍBLIA da Comunidade Betel do Rio de Janeiro.
O que diz realmente a Bíblia sobre a Homossexualidade? É o que responderemos neste Seminário.

Quem será o palestrante?
Rev. Márcio Retamero, Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense e Pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro.
Quando será?
Dias 08 e 09 de novembro de 2008, de 14h00min as 18h00min.
Onde?
Hotel Pouso Real (Sala de Reuniões)
Rua do Rezende, 35 – 2° Andar – Lapa, Rio.
Taxa de Inscrição: R$ 20,00. *

Inscrições:
Pelos e-mails: eventos@betelrj.com
Tel. 21-3353-2784.
www.betelrj.com

As inscrições podem também ser realizadas pessoalmente, todos os domingos, às 19:00, nas reuniões da Comunidade Betel RJ, no mesmo endereço do Hotel Pouso Real.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Mãe smpre sabe?

Mãe sempre sabe?

Chegou nas livrarias nesta sexta-feira, dia 10, "Mãe Sempre Sabe?", da educadora Edith Modesto. Depois que descobriu que o filho era gay, Edith - que é professora universitária - entrou de cabeça no assunto, resolveu fundar o Grupo de Pais Homossexuais e compartilhar opiniões e experiências sobre o tema. Também lançou o livro Vidas em arco-íris.

No livro "Mãe Sempre Sabe?" a autora faz um estudo sobre a diversidade sexual dentro da família e mostra aos pais como eles podem lidar em casa e de uma forma geral com a orientação sexual de seus filhos.

Certamente a pergunda título do livro já foi tema de muitas conversas entre gays, debates em TV etc. Tratar o assunto dentro de casa é muito delicado para muitos homossexuais. Vira um drama. e por causa disso alguns atravessam a vida trancados no armário. Mas, fica aí a pergunta:

Mãe sempre sabe, reconhece quando o filho é gay? O que vocês acham? Conta aqui pra gente como o assunto é tratando na sua família.

Boa leitura!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Fatores impulsionadores da Reforma: o contexto filosófico

O período da baixa Idade Média- ou os dois séculos anteriores à Reforma trazem um conteúdo filosófico existencial vital em face das mudanças e desafios modificadores da mentalidade. A Igreja precisava se rever- a muito política e fé se tornara um complexo de desmandos, e apelos de reforma eram constantes. Desta feita, formas de piedade leiga se intensificaram e com elas o interesse nas relíquias, nas peregrinações, nos santos...

Alguns movimentos se mostraram interessantes, por seu conteúdo de fé, às vezes de forma radical, mas caracterizada pelo apelo de mudança, tais como: os franciscanos espirituais, os valdenses, os hussitas, os Lollardos. Estes movimentos se ligavam necessariamente, como respostas às sublevações políticas e religiosas que afetavam, diretamente, o espírito dessa época.

Morte, culpa, perda do sentido tinem como existenciais amplamente presentes no final da Idade Média; um desassossego com o sofrimento impregnou a Europa- ligavam-se a este fenômeno:a fome e a peste. No início do séc. XIV, a crise agrária era intensa, e alguns praticavam o canibalis
mo, sendo cadáveres de criminosos retirados das forcas e comidos pelos pobres na Polônia e na Silésia, somando-se a isso a peste bubônica, que atingiu o ápice na Inglaterra por volta do ano de 1349, e arrasou em um terço a população da Europa.

Ainda, no séc. XVI marinheiros de Cristóvão Colombo trazem do Novo Mundo afilis, ou uma nova peste. Também, a invenção do canhão de pólvora transformou a guerra em um novo modelo de selvageria. A morte passou a ser manifestada no imaginário medieval de forma contumaz: sermões, esculturas, xilogravuras, pinturas etc... Sepulturas eram adornadas com imagens de cadáveres nus, com bocas escancaradas, punhos cerrados e entranhas devoradas por vermes. Uma das mais populares representações foi a "Dança da Morte". A morte na forma de esqueleto, aparecia como uma figura dançante, tragando suas vítimas. Ninguém poderia escapar de suas mãos.


Assim. morte e culpa passaram a caminhar juntas, sendo realidade presente entre homens e mulheres. Inclusive em uma declaração de João Calvino:

"De onde vem a morte, senão da ira de Deus contra o pecado? Daí surge o estado de escravidão ao longo de toda vida, que é ansiedade constante na qual as almas infelizes são aprisionadas".

Pode-se entender que a morte implicava julgamento, e este colocava o pecador face a face com Deus- santo e irado. Sem embargo, esta cena é pintada no leito da morte onde anjos e demônios lutam, igualmente, pela posse do moribundo. Daí a necessidade de aliviar a culpa, de expiar os pecados. Surge, assim, as penitências, em que às mais radicais, pessoas viajavam de cidade em cidade se acoitando publicamente com chicotes de couro, na esperança de expurgar os pecados seus e do toda a cidade! Entretanto, a maioria das pessoas preferiam o usual, oficializado pela Igreja: confissões, sacramentos, peregrinações, relíquias, venerações dos santos, rosário, adoração ao santíssimo sacramento, INDULGÊNCIAS. Tudo isso assegurava o fiel de estar diante de Deus de maneira apropriada.

Obviamente, que o efeito prático disso não era algo tão simples assim... Tinha que ser meritório, e a pressão para se purificar dos pecados, incluindo-se os motivos interiores e, às vezes, irreconhecíveis colocava um peso insuportável sobre o penitente.

Ainda, a imagem do purgatório e do inferno realçavam o etos medieval de um Deus irado e de juízo, diante de cuja ira os homens culpados só poderiam estremecer. Tudo isso refletia a crise de sentido, e a resultante era essa ansiedade cega em todas as áreas da vida; as antigas fronteiras, imutáveis, estavam sendo transgredidas, a descoberta do novo mundo despedaçou a geografia. Copérnico, Galileu e Kepler estenderam amplamente as fronteiras do universo, removendo a terra - e a humanidade- do centro da realidade criada. As fronteiras políticas, entre as nações, es
tavam literalmente prontas para ser remodeladas, como indicam a guerra dos Cem anos, entre França e Inglaterra, e a incursão de Carlos VIII à Itália (1494).

Do outro lado da escala social, os camponeses lutavam por livrarem-se das correntes do feudalismo mediante protestos e súplicas, quando possível, e mediante guerras sanguinárias quando necessário. Todas essas questões levantaram situações novas e radicais para a cultura medieval. A cosmovisão de um universo ordenado, organizado em um sistema fixo de hierarquias celestiais, perfeitamente refletido numa sociedade harmoniosa na terra, tornou-se insustentável.

Em 1484, o Papa Inocêncio VIII expediu sua bula Summis Desiderantis, que autorizava dois inquisidores dominicanos a empreender o extermínio sistemático da bruxaria. Por sua vez, eles produziram o infame livro Malleus Maleficarum, ou "Martelo das Bruxas", um texto oficial contendo instruções sobre investigação de mulheres pobres, velhas e desprotegidas - solteiras- que foram sujeitadas a torturas inúmeras. Ao todo, por volta de 30.000 execuções por feitiçaria aconteceram até o fim do século XVI.

O moralismo nervoso e as tentativas de aplacar Deus irado serviram para agravar as ansiedades fundamentais de morte, culpa e perda de sentido. A maior realização da reforma foi ter sido capaz de redefinir essas ansiedade sob os aspectos de novas certezas. O mal- estar espiritual da baixa Idade Média não foi a causa da Reforma, mas seu pré-requisito.

sábado, 11 de outubro de 2008

Ex-BBBs Thalita e Bianca são fotografadas aos beijos

As duas participaram de uma campanha contra a homofobia

As ex-BBBs Bianca Jahara e Thalita Lippi disseram não ao preconceito e participaram de uma campanha contra a homofobia. Apenas de calcinha e abraçadas, as duas foram fotografadas aos beijos como parte da iniciativa. “Nós sempre fomos simpatizantes. Mesmo antes de nos conhecermos no BBB tanto eu como Bianca já havíamos sofrido algum tipo de discriminação em nossa vida, pelo simples fato das pessoas julgarem algo sem saber”, disse a ruiva Thalita.

Durante participação na oitava edição do reality show, as duas, que ficaram muito amigas, chegaram a trocar selinhos e tiveram que lidar com os boatos sobre suas sexualidades.

“Como temos personalidades fortes e somos 100% seguras de nossas opções, nunca demos bola. Sabíamos o que nosso selinho dentro do programa, ia causar aqui fora, e nos divertimos muito com todo o "bafafa". E como acreditamos que na vida nada é a toa, nos transformamos de simples simpatizantes a simpatizantes engajadas”, contou Thalita Lippi para depois completar: “Não entendo certas instituições que pregam que amem ao próximo como a ti mesmo, mas recriminam o amor entre iguais. Amor é amor, e ponto!”

Fonte: Globo.com

Autoridades de Chicago apóiam criação de escola exclusiva para gays e lésbicas

Autoridades do ensino público de Chicago, nos Estados Unidos, manifestaram na última quarta-feira, dia 08 de outubro, apoio a abertura de um colégio dedicado exclusivamente aos estudantes gays da cidade, de acordo com um artigo do jornal Chicago Tribune. Eles justificam a decisão por causa de uma pesquisa realizada em 2003 que revela que jovens gays e lésbicas são três vezes mais propensos a abandonar escola por se sentirem inseguros.

Na última quarta-feira, a organização Gay, Lesbian and Straight Education Network publicou um levantamento feito com mais de seis mil estudantes que concluiu que quase 90% foram importunados na escola enquanto 61% se sentem inseguros dentro dela.

No dia 22 de outubro, a agência de educação de Chicago fará a votação final do projeto de criação da Social Justice Pride Campus, que seria a primeira escola dedicada exclusivamente aos estudantes LGBT da cidade. "Queremos criar novas e boas opções para as comunidades que têm sido tradicionalmente mal atendidas", disse o chefe de educação Arne Duncan. "Se você observar os estudos, verá que alunos gays e lésbicas têm elevado índice de evasão escolar", concluiu.

De acordo com o site Advocate.com, porém, defensores dos direitos LGBT argumentam que um colégio para gays e lésbicas aumentaria a segregação, e que em vez de uma escola exclusiva para os alunos homossexuais, as autoridades de ensino de Chicago deveriam trabalhar para estimular a aceitação à diversidade em todas as instituições de ensino. Os defensores da escola gay pretendem abrí-la em 2009 ou 2010 e atender 600 alunos, que seriam adimitods a partir de um sorteio.

Fonte: G.Online

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eleições e evangélicos, Deus nos acuda!

Eu tenho MEDO! E não sou histérico à semelhança da Regina Duarte (atriz Global) dona da frase. Entretanto, desde que me entendo por gente, vejo a ligação dos pastores da igreja Universal com o meio político, elegendo candidatos às câmaras de vereadores, depois deputados estaduais, federais, depois, senado e, agora, o projeto de galgar cargos no executivo.

Quem não teve em sua cidade um pastor Luizinho, Felipinho, Toninho, Carlinhos e/ou outro INHO qualquer eleito para o legislativo municipal? De fato, essas igrejas, que antes eram consideradas 'igrejecas' são bem brasileiras... Não desistem nunca! Na sua maioria, oriundas do neopentecostalismo, a proposta é cega, e não há projetos que abracem o coletivo. Somente os interesses particulares de cada dissidência são vislumbrados.

Crivella foi derrotado no Rio de Janeiro por um movimento que, por lá, é conhecido como anti-crivellismo. Mas não pensem que a igreja Universal desistiu... Como ainda ela também não desistiu de estar no lugar da Rede Globo. Lembro-me do bispo Macedo falando sobre tal possibilidade, onde, na ocasião, ele trazia todo o seu rancor e ódio pessoal, bem próprios de um bispo!

O povo evangélico do Brasil não foi conduzido à verve crítica, ao espírito da Reforma... Em qualquer outro lugar do mundo a concentração evangélica tem primazia pelo saber, pela pesquisa, pela educação. No Brasil, o movimento cresce nas classes D e C, e o discurso é o da PROSPERIDADE. Não há problemas em se crescer nas classes baixas, mas há o problema dessas classes se abitolarem no fanatismo que beira a paranóia, sem o menor senso de razão. Inclusive, por aqui, tudo é surreal, quando um representante das classes altas se converte à uma dessas igrejas, ele, à semelhança dos outros, se abitola também! Fenômeno claramente verificável entre os membros da igreja Renascer em Cristo, Batista da Lagoinha e outros...
Sim, eu tenho paúra e que Deus nos acuda desse movimento chamado- EVANGÉLICO (político- nacional).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Representatividade evangélica na política nacional

Políticos evangélicos estão dispersos em diversos partidos

As eleições municipais deste ano mostraram, mais uma vez, a representatividade de políticos evangélicos nas disputas por cargos públicos importantes. No Rio de Janeiro, por exemplo, o senador e bispo Marcelo Crivella ficou em terceiro lugar na corrida pela prefeitura da cidade. O estado, inclusive, já foi governado por evangélicos como Antony Garotinho, sua esposa Rosinha e Benedita da Silva. No entanto, mesmo sendo um grupo numeroso na política nacional, os evangélicos não formam um partido próprio, nem se posicionam em uma agremiação já existente. Essa é a constatação de um estudo realizado pelo cientista político Tiago Borges, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Borges analisou o comportamento de eleitores e deputados evangélicos, entre 2002 e 2007, em temas de debate político e verificou que, mesmo com um vínculo religioso em comum, suas posições sobre outros assuntos são divergentes. O cientista político acredita que a diversidade de idéias, aliada ao que ele chama de “caótico” sistema partidário brasileiro, desfavoreceu a formação de um partido evangélico no Brasil. “Há uma fragilidade política de vínculos no país. O sistema eleitoral personalista de votação que existe no Brasil permite isso”, afirma.

“A pesquisa mostra que há duas explicações para que não tenha se formado um partido específico. A primeira é que a identidade evangélica se restringiu ao vínculo religioso. Os evangélicos não têm uma orientação política e econômica alinhada, eles não se alinham com uma visão comum. Mas muitas vezes algumas lideranças mobilizam os eleitores por motivos diversos. A unificação do grupo é em torno da religião. Vários temas, como o de intervenção do Estado na economia, por exemplo, recebe opiniões diversas”, afirma.

Segundo ele, com a redução do número de católicos no Brasil, que caiu de 90% do total de brasileiros em 1970 para 74% no ano 2000, também aumentou a representatividade dos eleitores evangélicos no País e, conseqüentemente, a quantidade de políticos ligados à religião. Mesmo assim um partido evangélico não se formou. “Também não há uma necessidade para se formar um partido específico, até porque os políticos evangélicos têm bom trânsito entre as agremiações. Não há restrições nos partidos quanto à religião”, acredita.

De acordo com Borges, as lideranças do setor são dispersas. O cientista político lembra que os evangélicos se reúnem em grupos em diferentes áreas - Universal, Assembléia de Deus, Quadrangular, Batista, entre outras – ao contrário do que ocorre com os católicos, que se reúnem basicamente em volta de uma única igreja. Borges também explica que algumas igrejas evangélicas adotam posições políticas definidas, mas nem sempre os fiéis mudam automaticamente. “Pode haver um atraso. A relação entre pastor e fiel existe, mas não é imediata. Os fiéis não votam de uma maneira cega com o pastor” conclui.

Eleições de 2002 e 2006

O cientista político da Universidade de São Paulo também comparou as eleições presidenciais de 2002 e 2006. Segundo ele, a candidatura de Anthony Garotinho, do PSB do Rio de Janeiro, resultou em um caso interessante, pois se obteve um apoio evangélico muito significativo. “No segundo turno, sem a presença dele, o voto evangélico se dispersou, acontecendo o mesmo nos dois turnos das eleições de 2006, quando Garotinho não disputou a Presidência”, lembra. Borges afirma que o candidato à Prefeitura do Rio Marcelo Crivella também mobilizou o eleitorado evangélico nas eleições deste ano.

Leandro Kleber
Do Contas Abertas

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Neo Inclusivismo - Uma Falsificação do EVANGELHO!*

Neo-Inclusivísmo? O que é isso? Bem, o termo não é criação minha. Apropriei-me dele em virtude de uma conversa recente pela internet, onde um amigo me falava de sua indignação pelo mau uso da palavra "inclusão", nestes tempos recentes. Pessoas e instituições que não têm a menor noção do que significa ser inclusivo usam o termo inapropriadamente.

É lamentável que as heresias e o legalismo estejam, não somente batendo às portas de algumas igrejas ditas "inclusivas", mas invadindo-as por completo. "Unções de Ousadia" e "Multiplicação", "Cobertura Espiritual", "Quebra de Maldição", “Teologia da Prosperidade”, "Adoração Extravagante", além do legalismo formalista das proibições pastorais e do sacerdotalismo veterotestamentário são algumas das pragas heréticas que estão impregnadas em alguns "inclusivos", ou melhor, neo-inclusivos.

Na realidade o fenômeno que presenciamos nada tem a ver com Inclusão, são apenas igrejas com as mesmas práticas viciadas, que se dizem inclusivas por aceitarem gays e lésbicas ou por serem compostas eles.

A Inclusão não tem nada a ver com essa baboseira evangélica que vemos por aí! Ser inclusivo não combina, de forma alguma, com o cabresto das imposições pastorais, que se utilizando de uma mentira do diabo, chamada "Cobertura Espiritual", cerceiam a liberdade cristã e voltam a impor o jugo das velhas igrejas ditas homófobas. "Cobertura Espiritual"? Isso é uma vergonha para a Igreja Protestante e Reformada, uma afronta ao sacerdócio de todos os crentes, doutrina fundamental da Reforma Protestante. O triste e lamentável é que muitos gays e muitas lésbicas cristãos se submetem a isso, por não terem o zelo e a prudência dos cristãos de Beréia, que submetiam toda a pregação apostólica ao crivo da Escritura.

Unção de Multiplicação? Só se for pra encher o bolso e fazer multiplicar as cadernetas de poupança dos hereges-pastores. De onde inventaram a tal da teologia da prosperidade? Será que os pregadores dessa heresia blasfema algum dia já leram em suas bíblias sobre as vidas dos cristãos do primeiro século? A vida de perseguição e dificuldades do Apóstolo Paulo, com "fome, sede e necessidades", é a prova bíblica do equívoco dessa "doutrina". Como isso foi parar dentro da "igreja inclusiva"?

Não quero nem citar as outras falácias de "mover o sobrenatural", "cair no Espírito", porque sinceramente são absurdas demais para serem discutidas e dissecadas.

A Inclusão é um Movimento de Deus, anunciada pela primeira vez em 1968 pelo pastor Troy Perry, e rompe completamente com essa visão viciada da bíblia e esse modelo falido e explorador dos santos de Jesus. Modelo este que não "encarna" o Evangelho, que não luta pelas desigualdades sociais e pelo fim das injustiças cometidas contra a Comunidade LGBT.

Esse modelo neo-inclusivo só serve para criar pessoas desligadas do mundo, cristãos de nome, domingueiros, que estão mais preocupados com o arrepio do culto do domingo do que com o anúncio da radicalidade do Evangelho. Preocupam-se com os detalhes de um culto para a carne, cheio de efeitos especiais, músicas mântricas que induzem a histeria coletiva e facilitam a abertura das carteiras. Cultos que oferecem cocaína espiritual, usando as palavras de meu amigo Márcio Retamero, para alienar e "opiosar" o povo, para ludibriar com as palavrinhas profético-mentirosas de prosperidade "sobrenatural".

Não! Definitivamente não! O Evangelho não tem nada a ver com isso! A Inclusão não tem nada a ver com isso! Cristo não tem nada a ver com isso. Pelo contrário, ele mesmo classificou muito bem a estes que assim utilizam a sua Palavra pra perverter o povo: "Hipócritas, descendência de víboras!", lindos por fora na aparência e nos efeitos especiais de seus cultos pop stars, mas podres e imundos por dentro!

Que o Senhor Jesus livre a Inclusão dessas falácias travestidas de verdade, livre sua Igreja dessa falsificação do Evangelho chamada NEO-INCLUSIVÍSMO.

* Texto enviado para lista de discussões Gospel GLBT, por Gustavo

sábado, 4 de outubro de 2008

Fatores impulsionadores da Reforma- o contexto histórico

O primeiro problema trazido ao pensamento da Reforma será, necessariamente, onde ela se situa historicamente. Isto é mister para a formulação de seu contexto, à compreensão última de todos os valores e sentimentos auferidos neste evento. As crises, as contendas, as controvérsias, as condenações, enfim, os significados que conduzirão o cordão umbilical que ligam, de forma geral, protestantes e católicos nesse evento singular.

De fato, a Reforma se situa entre a Idade Média e o Renascimento, sem ser ela medieval ou renascentista, mas um caminho, uma passagem entre o medievalismo, à renascença e a modernidade. Assim, ela se situa no século XVI, entre a Renascença que vai do século XIV até ao XVI, com elementos medievais, com conceitos renascentistas, mas, sobretudo, uma passagem que iria re-significar aquilo que era intocável: a fé.

Acontece que o período renascentista é vivenciado pela burguesia nascente, seus ideais e valores são modificadores da cultura medieval, não correspondem mais a mesma, entretanto, não são capazes de ruptura radical com ela. Afinal, o neoplatonismo será a guisa norteadora, assim, o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem, simplesmente, dava vazão a um dom concedido por Deus.

Sem adentrar nas questões culturais, artísticas e cientificas, pode-se pensar na questão política. O homem renascentista é o homem que tem o capital, mas não tem o poder. O poder está ligado a fé, e esta é concentrada na mão da Igreja. E todo período renascentista esse homem se submete. Destarte, não é estranho que a Reforma tivesse vingado na Alemanha e nunca se enraizado na Espanha, ou que sua leitura se dê altamente ligada à formação do capitalismo burguês.

Aqui, faz-se necessária à justificativa de ser a Reforma nem medieval e nem renascentista, contudo, detentora de ambos pensamentos. Acontece que o Renascimento (preludio da modernidade), junto com a Reforma são produtos do humanismo, da volta ao clássico (período da Antiguidade clássica), do sentimento da liberdade humana, da volta ao passado, para a transformação do presente. No entanto, o Renascimento mostra um desenrolar diferente da Reforma, atingindo às elites, e somente a elas, sem, necessariamente, demonstrar a eficácia dessa liberdade almejada, ou, em outras palavras, influenciava a literatura, a arte, a estética, a filosofia, mas não era suficiente para promover a ruptura da fé. A burguesia nascente tinha medo do inferno, da excomunhão de viver sem Deus. Necessitava da Igreja e não era capaz de influenciá-la.

A Reforma é o pólo oposto. Atinge toda a massa, como também a elite. A Reforma abrange o pensamento político estrutural da Idade Média e rompe com o mesmo. A fé controla a política, portanto a Igreja, detentora da fé, é o mundo organizado- o Sacro Império Romano Germânico. A Reforma de Lutero vem saciar a sede espiritual de uma ruptura possível sem deixar o homem desamparado de Deus. Aí se justifica sua enorme difusão. Apenas a Reforma é que conseguiu abalar a mais rígida instituição feudal: a Igreja Católica. Claro que tal movimento não foi o primeiro a questionar a legitimidade da Igreja - muitos humanistas o fizeram, inclusive Erasmo de Rotterdam - mas somente a denúncia de Lutero e a proposta que ele dá para esses problemas é que abalaram as pilastras do mundo medieval. Isso pode ser facilmente observado se olharmos com atenção uma das principais conclusões dos estudos de Lutero: a Instituição da Igreja Católica tal qual vigorava naquela época era totalmente desnecessária, pois para o homem se comunicar com Deus era preciso apenas que ele tivesse fé. Não era preciso nenhum intermédio: conseqüentemente, a classe eclesiástica deixaria de ter razão de ser, e com ela a Igreja também. A Reforma Luterana colocaria o mundo Feudal de "cabeça pra baixo."


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Neste mês

Galera,

outubro é um mês interessante para quem possui formação protestante e reformada- 31 de outubro se comemora o dia da Reforma. Desta feita, vou tentar disponibilizar textos que tragam o evento para mais próximo de nós.

Também, aproveito a oportunidade para me desculpar, pois vou ficar devendo, teologicamente, textos na linha reformada calvinista. Assim, as pessoas que me escreveram se quiserem colaborar com algum texto, assim, é só me enviar que publico aqui!

INDICAÇÃO

O nosso blog parceiro- O Fazendo Estrelas- voltado ao público feminino- tem um post interessantíssimo, que o Gospel GLBT recomenda: nyankh khnom e khom hotep. Uma discreta tumba de dois homens da época faraônica retratados em posturas íntimas atrai turistas homossexuais do mundo inteiro, apesar dos egípcios garantirem... Pessoal, de fato, vale a leitura!