domingo, 28 de fevereiro de 2010

O raciocínio hominídeo de Malafaia

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Entre as minhas antipatias e o ridículo não posso deixar de desconsiderar a primeira e gargalhar da segunda. Valer-se do bom e velho senso de humor ajuda a superar os momentos chatos de irritação. E penso que foi assim que encarei algumas coisas que ouvi de Silas Malafaia, pretenso pastor, nesses debates sobre o PLC 122/06.

Tudo estava na mais plena “normalidade” de sempre; Silas Malafaia como o dono da verdade e seus oponentes como servos de satanás, até que o vulgo pastor resolveu atacar de cientista! E disso não me canso de debochar. O Silas foi provar, nesses termos usados, que a homossexualidade é uma escolha (tenho que dar parabéns para o cientista pastor, merecedor do Nobel, pois sua descoberta cientifica é glamourosa, um primor!), daí, ele foi provar para o douto em ciências médicas e humanas- Ratinho- vulgo Carlos Massa, especialista, PHD, em assuntos de complexidades cientificas variadas. Disse o Malafaia: “Os genes são Macho e Fêmea (XY-XX) e são os únicos que existem”, ideologizando a questão afetiva da sexualidade em termos simples de estrutura hormonal, corporal e de órgãos genitais.

xxxyOra, se usarmos a própria lógica do vulgo pastor, também, provaremos que a homossexualidade (bissexualidade) é inata nos seres de gênero masculino, e a heterossexualidade inata nos seres de gênero feminino não sendo escolha. Muito simples: o homem possui um gene XY e a mulher o gene XX, assim na reprodução a mulher dá o seu gene X e o homem poderá dar ou o X ou o Y, se ele der o X teremos uma representante do sexo feminino, ou seja, plenamente heterossexual XX, se ele der o Y teremos a definição para o sexo masculino, plenamente bissexual XY.

Agora, se isso que disse a cima é um absurdo, quanto mais à teoria do Silas em afirmar que é macho e fêmea e o que passar disso é escolha comportamental. Os fatores que envolvem a homossexualidade são complexos e não se esgotam no sexo gênero MACHO E FÊMEA. Fatores genéticos, fatores ambientais, fatores hormonais e fatores sociais são um misto na formação da sexualidade, então, a confusão do suposto pastor é referida na identidade de gênero e no papel de gênero, que são construções sociais, nesse aspecto ele joga aos genes XX- XY, os conceitos de representação social do masculino e do feminino, que nada definem em si mesmos. Dizendo desse comportamento uma escolha, como tudo se fechasse e se resolvesse exclusivamente aqui.

Ora, rolei de rir, Silas raciocina como um primata, ou melhor, acho que os primatas conseguem ser superiores ao Silas. E Silas foi aplaudido pela maioria dos evangélicos, inclusive aqueles que o tem criticado pela teologia da prosperidade, que esqueceram quem ele é, e rasgaram elogios. Ora, sabemos que os evangélicos, quando se trata de pensamento, eles são menos capazes daquilo que eles mesmos acham de si e divulgam, assim, Silas convenceu suas ovelhas (E salve o velho e bom Nietzsche) de que ele deu um show!

Lamentável o nível intelectual do nosso povo...

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A ex-deputada, o pastor e a teologia inclusiva*

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Não tenho por hábito assistir programas ditos sensacionalistas que a TV brasileira tanto aprecia. Contudo, quando o assunto é homossexualidade - não homossexualismo como os meios de comunicação insistem em repetir ad infinitum - por dever de ofício, tenho que assistir; porém, antes, sempre tomo uma dosagem de "Dramin".

Foi assim que me obriguei a assistir ontem, 24/02/2010, o Programa do Ratinho, no SBT. A pauta era a PLC 122/06 e o debate sobre o tema num programa sensacionalista que transforma em circo tudo o que é sério, merece a atenção dos que se engajam na luta pela real cidadania LGBT no Brasil, mesmo sentindo enjoos incômodos.

De um lado, a ex-deputada Iara Bernardi, autora do Projeto. De outro, o pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia.

A presença de Iara Bernardi estava justificada, afinal, ela é a autora da PLC 122/06, embora não mais ocupe uma vaga na Câmara dos Deputados, o que lamento muito, pois uma mulher cuja biografia e trajetória política só engrandece nossa nação e nos dá esperanças nesses tempos sombrios quando o assunto é política, deveria ter assento e voz no Congresso Nacional.

Injustificada era a presença do pastor fundamentalista Silas Malafaia, que desde que o debate sobre a PLC 122/06 entrou para a agenda política, usa seu programa, pago com as contribuições de seus seguidores, para trabalhar contra os direitos civis das pessoas homossexuais, usando uma interpretação equivocada da Bíblia para fazê-lo. Além de distorcer ao seu bel prazer o que diz o texto da PLC 122/06, a fim de ganhar a opinião dos seus telespectadores: donas de casa, trabalhadores, empresários, e grande parte do cidadão evangélico.

Estava injustificada a presença de Silas Malafaia, pois a matéria que o Programa do Ratinho estava propondo debater diz respeito aos direitos civis dos cidadãos do Brasil e não vejo o que a visão estrábica, preconceituosa e equivocada de um pastor que trabalha contra os direitos civis dos homossexuais pode contribuir positivamente para o debate. No lugar dele, estaria justificada a presença de outro deputado ou senador que se posiciona contra a PLC 122/06, mas que ficasse nos argumentos legais do seu posicionamento e que não apelasse para a religião. Só o título de pastor e sua filiação eclesiástica, já demonstra, à princípio, o posicionamento, as bases e os pressupostos de Silas Malafaia.

O resultado deste debate, tendo como representante do contraditório um pastor fundamentalista, cujo temperamento agressivo, principalmente no uso da voz estridente, parecendo sempre estar no púlpito, verborrágico e com um enorme apelo ao populacho, era previsível: "ganhou" o lado opositor. Digo ganhou do ponto de vista de um telespectador do senso comum, principalmente aquele que não sabe distinguir o que é político do que é religioso (inclusive telespectadores LGBTs); e sabemos que estão entre essa parcela da população os telespectadores do Programa do Ratinho. Ou seja, o debate sobre a PLC 122/06 no Programa do Ratinho se revelou um desserviço à cidadania LGBT no Brasil e certamente ganhou mais opositores à PLC 122/06 entre a população.

Sei que nossa sociedade é democrática e nosso regime político é democrático, vivemos num país ferido por mais de duas décadas de regime de exceção. Sei que os evangélicos de viés fundamentalista são parte desta sociedade, são cidadãos contribuintes, agentes políticos cujos representantes nos Três Poderes da nação só faz crescer. Sei que Silas Malafaia é representante desta gente, quase um totem e sei, por fim, que eles devem participar do debate amplo sobre qualquer tema que envolve as leis ou os projetos de leis no Brasil; contudo, é ilegítimo debater leis ou projetos de leis tendo como pressupostos as opiniões religiosas, pois o Brasil, de acordo com nossa Constituição, é um Estado Laico e isso significa que não podemos aprovar leis ou rejeitá-las a partir de nossas opiniões religiosas, pois isso fere nossa Carta Magna, é ilegal.

Se os programas sensacionalistas querem debater desde um ponto de vista religioso temas como homossexualidade ou projetos de leis que visam garantir cidadania real a população LGBT - afinal, a liberdade de expressão é garantida pela Constituição, que façam isso desde que os convidados para o debate representem, de fato, o que estão propondo! Não é justo colocar frente a frente para debater a PLC 122/06 ou qualquer outro assunto polêmico duas pessoas que estão partindo de pontos de vista completamente diferentes!

A ex-deputada Iara Bernardi estava ali como pessoa pública, cujo trabalho de uma vida é a defesa de direitos humanos e civis, partindo de um ponto de vista não religioso, portanto, laico. O pastor Malafaia estava ali como totem do segmento social evangélico fundamentalista, partindo de um ponto de vista religioso, ainda que equivocado: é justo isso?

Como não acredito em ingenuidade da parte dos formadores de opinião como Ratinho ou qualquer outro, só posso concluir que tal pauta num programa de TV, de caráter sensacionalista, cujo horário de veiculação atinge uma parcela da população que tende a dar mais ouvidos a um pastor ou padre que uma mulher, não está bem intencionada na contribuição de nada, além de disseminar equívocos sobre um assunto tão urgente e sério! E não me venham com o manjado argumento de "isenção", pois disso o inferno está cheio!

Perderemos sempre o debate sobre homossexualidade ou processos de construção de cidadania LGBT se o quadro for esse! Por isso, faço meu apelo aos nossos representantes seja na política, seja na militância LGBT: se aceitarem participar de debates com pastores fundamentalistas, empoderem-se primeiro dos pressupostos religiosos e teológicos inclusivos, que desconstroem o discurso fundamentalista religioso de padres e pastores como Silas Malafaia. Somente assim conseguiremos um debate honesto, em pé de igualdade e com chances de vencermos. Fundamentalistas religiosos não aceitam argumentos laicos, é preciso lutar com eles em terreno comum. Ou aprendemos isso, ou seremos derrotados em cada debate; do contrário, é melhor não aceitar tais convites.

Por fim, um desabafo: até quando vocês representantes eleitos da população LGBT e vocês da militância política LGBT escolherão ignorar os teólogos e pastores inclusivos que trabalham arduamente desde um ponto de vista religioso cristão e que produzem conhecimento nesta área, visando à contribuição positiva e efetiva para o debate político LGBT? Tomem consciência, de uma vez por todas, que este debate no Brasil passa, necessariamente, pelo campo religioso cristão! Enquanto vocês ignorarem isso estarão dando um tiro nos nossos pés, prestando desserviço e contribuindo para que pessoas como o pastor Silas Malafaia e sua gente ganhe debates em redes nacionais de comunicação.


* Márcio Retamero, 35 anos, é teólogo e historiador, mestre em História Moderna pela UFF/Niterói, RJ. É pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro - uma Igreja Protestante Reformada e Inclusiva -, desde o ano de 2006. É, também, militante pela inclusão LGBT na Igreja Cristã e pelos Direitos Humanos. Conferencista sobre Teologia, Reforma Protestante, Inquisição, Igreja Inclusiva e Homofobia Cristã. Seu e-mail é: revretamero@betelrj.com.

Fonte: A Capa

ENTRE HOMENS

NOVO ESPAÇO, NOVO DIA, NOVO SITE E NOVOS RUMOS

Depois de merecidas férias, o Espaço Entre Homens retoma suas atividades em 2010 e vem cheio de novidades!

> A partir de agora, nossos encontros serão sempre às segundas-feiras, às 19h, no UpGrade Club (www.upgradeclub.com.br): R. Santa Isabel, 198 – São Paulo, SP, perto do Metrô República – tel.: (11) 3337-2028. Nossos agradecimentos a casa pelo apoio e por ceder seu espaço! O bar estará aberto durante as reuniões.

> Em 2010, o Entre Homens se desvincula da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Não, não se preocupem! Não foi um “divórcio”, mas o resultado do crescimento de um filho. Por anos, a Associação nos geriu e cuidou de nós. Agora, crescemos e chegou a hora de “sair para o mundo”. Muito obrigado à APOGLBT por todos os anos de apoio!

> Como parte de nossa estreia como grupo independente, está prevista a inauguração, até abril, de um site contendo nosso calendário de reuniões, dicas, downloads e espaço para interação entre os leitores e participantes de nossos encontros.

> Para comemorar, nossas duas primeiras reuniões do ano serão semanais, dias 1º e 08/03. Depois, retomamos o ciclo quinzenal!

E, para o primeiro Entre Homens do ano, pós-Carnaval, o tema não podia deixar de ser:

Presença gay no Carnaval!

> Escolas simpatizantes

> Alas gays

> Carnavalescos assumidos

As histórias dos “coloridos” que ajudam a tornar possível o maior espetáculo popular do Brasil – e os desafios frente à homofobia.

QUANDO
Segunda-feira, 01/03/10, 19h00
ONDE
UpGrade Club
Rua Santa Isabel, 198 - São Paulo, SP, perto do Metrô República.
Travessa da Amaral Gurgel, uma depois da Marquês de Itu
Telefone: (11) 3337-2028. Mapa e mais sobre o clube: www.upgradeclub.com.br
QUEM
Homens e mulheres, sambistas, dançarinos de axé e frevo e foliões de todas as orientações e identidades – e também aqueles que não gostam de bailes, desfiles e salão. A festa é pra todos!
Sobre o Entre Homens
Gerenciado por Murilo Sarno, o Espaço Entre Homens visa a refletir com o público gay, numa roda de conversa livre e espontânea, temas relacionados ao universo gay masculino.
Contato para a imprensa:
João Marinho - MTB 42048/SP
Tels.: +55 11 9775-8893, 3217-2640

jm@joaomarinho.jor.br
Fique de olho nas próximas reuniões!
08/03: religiões friendly;
22/03: prostituição masculina;
05/04: inversão sexual.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Diga não à Pena de Morte para Gays da Uganda


o parlamento da Uganda está pronto para passar uma lei que permite a condenação e gays a prisão ou pena de morte - Vamos gerar uma resposta global para acabar com esse projeto de lei brutal. ASSINE A PETIÇÃO

 

O parlamento da Uganda está se preparando para passar uma nova lei brutal, que punirá gays com sentenças de prisão e até pena de morte.


Críticas internacionais levaram o presidente a pedir uma revisão da lei, mas após forte lobby por extremistas, a lei parece estar pronta para votação -- ameaçando gerar perseguição e derramamento de sangue.


Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "Esta lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei".


É esperado que uma decisão seja tomada nos próximos dias, e só uma onda de pressão global será suficiente para salvar Frank e muitos outros. A petição global para impedir a lei de morte para gays já ultrapassou 340.000 assinaturas em menos de uma semana, clique abaixo para assinar e depois divulgue:
http://www.avaaz.org/po/uganda_rights_3/?vl


Essa petição será entregue esta semana ao Presidente Museveni e o parlamento da Uganda até o final desta semana por líderes da sociedade civil e religiosos. O governo já desautorizou uma marcha por extremistas anti-gay esta semana portanto isto mostra que a pressão internacional está funcionando!


A lei propões prisão perpétua para qualquer um acusado de ter uma relação com alguém do mesmo sexo, e pena de morte para quem cometer esse "crime" mais de uma vez. ONGs que trabalham para impedir maior contaminação por HIV podem ser condenadas a até 7 anos de prisão por "promover homossexualidade". Outras pessoas podem ser condenadas a até 3 anos de prisão por deixarem de avisar as autoridades da existência de atividades homossexuais dentro de 24 horas!


Quem apoia o projeto de lei diz defender a cultura nacional, mas uma das maiores oposições vem de dentr do próprio país. O Reverendo Canon Gideon Byamugisha é um dos muitos que nos escreveram - ele disse que essa lei:


"Está violando a nossa cultura, tradição e valores religiosos que não apoiam intolerância, injustiça, ódio e violência. Nós precisamos de leis para proteger as pessoas, não para perseguí-las, humilhá-las, ridicularizá-las e matá-las em massa."


Ao rejeitar essa perigosa lei e apoiar a oposição nós podemos ajudar a criar um precedente crucial. Vamos ajudar a criar um apoio em massa aos defensores de direitos humanos na Uganda, e salvar a vida de muitos ao impedir que essa lei passe -- assine agora e avisa seus amigos e familiares:


http://www.avaaz.org/po/uganda_rights_3/?vl


Com esperança e determinação,
Alice, Ricken, Ben, Paul, Benjamin, Pascal, Raluca, Graziela e toda a equipe Avaaz
----------------

SOBRE A AVAAZ
Avaaz.org é uma organização independente sem fins lucrativos que visa garantir a representação dos valores da sociedade civil global na política internacional em questões que vão desde o aquecimento global até a guerra no Iraque e direitos humanos. Avaaz não recebe dinheiro de governos ou empresas e é composta por uma equipe global sediada em Londres, Nova York, Paris, Washington DC, Genebra e Rio de Janeiro. Avaaz significa "voz" em várias línguas européias e asiáticas. Telefone: +1 888 922 8229.


Para entrar em contato com a Avaaz escreva para info@avaaz.org. Você pode nos telefonar nos números +1-888-922-8229 (EUA) ou +55 21 2509 0368 (Brasil). Se você tiver problemas técnicos visite http://www.avaaz.org

domingo, 21 de fevereiro de 2010

PRIMEIRO ENTRE HOMENS DE 2010: 01/03!

NOVO ESPAÇO, NOVO DIA, NOVO SITE e NOVOS RUMOS!

Depois de merecidas férias, o Espaço Entre Homens retoma suas atividades em 2010 e vem cheio de novidades!

· A partir de agora, nossos encontros serão sempre às segundas-feiras, às 19h, no UpGrade Club (www.upgradeclub.com.br): R. Santa Isabel, 198 – São Paulo, SP, perto do Metrô República – tel.: (11) 3337-2028. Nossos agradecimentos a casa pelo apoio e por ceder seu espaço! O bar estará aberto durante as reuniões.

· Em 2010, o Entre Homens se desvincula da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Não, não se preocupem! Não foi um “divórcio”, mas o resultado do crescimento de um filho. Por anos, a Associação nos geriu e cuidou de nós. Agora, crescemos e chegou a hora de “sair para o mundo”. Muito obrigado à APOGLBT por todos os anos de apoio!

· Como parte de nossa estreia como grupo independente, está prevista a inauguração, até abril, de um site contendo nosso calendário de reuniões, dicas, downloads e espaço para interação entre os leitores e participantes de nossos encontros.

· Para comemorar, nossas duas primeiras reuniões do ano serão semanais, dias 1º e 08/03. Depois, retomamos o ciclo quinzenal!

E, para o primeiro Entre Homens do ano, pós-Carnaval, o tema não podia deixar de ser:

Presença gay no Carnaval!

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QUANDO
Segunda-feira, 01/03/10, 19h00

ONDE
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Travessa da Amaral Gurgel, uma depois da Marquês de Itu
Telefone: (11) 3337-2028

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QUEM
Homens e mulheres, sambistas, dançarinos de axé e frevo e foliões de todas as orientações e identidades – e também aqueles que não gostam de bailes, desfiles e salão. A festa é pra todos!

Sobre o Entre Homens

Gerenciado por Murilo Sarno, o Espaço Entre Homens visa a refletir com o público gay, numa roda de conversa livre e espontânea, temas relacionados ao universo gay masculino.

Contato para a imprensa:

João Marinho - MTB 42048/SP

Tels.: +55 11 9775-8893, 3217-2640

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Fique de olho nas próximas reuniões!

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05/04: inversão sexual.

Brasil terá sua primeira liga de vôlei gay e futebol lésbico. Quer jogar?

Comitê de esporte LGBT realizará torneio para gays e lésbicas. Saiba como participar

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Gosta de jogar uma bolinha com os amigos? Então leia isso: o Comitê Desportivo LGBT Brasileiro - CDG Brasil, entidade filiada à Federação dos GayGames e GLISA, vai realizar em março sua primeira competição em formato de liga. A UNILIGA vai contar com a participação de dezesseis equipes, sendo oito de voleibol gay e oito de futebol de campo entre lésbicas. E o mais legal é que o campeonato deve ser o ponto de partida para todo um calendário de eventos de âmbito nacional, onde a comunidade LGBT poderá se integrar e gerar visibilidade através do esporte.


Pois é, você e sua turma podem participar de um acontecimento bem importante, já que como faz questão de frisar Erico Santos, presidente do CDG Brasil, o esporte assumido ainda engatinha no Brasil.


"O esporte LGBT é pouco difundido e praticado por falta de organização e por individualismo de alguns grupos existentes. O Brasil está sofrendo porque nunca investiu no esporte LGBT e por isso não temos efetiva participação em eventos internacionais como GayGames e OutGames", disse ao Mix.


A primeira UNLIGA rola entre 27 de março e 08 de maio, com partidas realizadas aos sábados à tarde no Parque Esportivo do Trabalhador e no Ginásio do Clube Esportivo do Tatuapé, ambos na  realizadas As equipes vencedores e os melhore jogadores ganharão troféus e medalhas. Times de vôlei gay de quadra e futebol lésbico podem solicitar ficha de inscrição pelo e-mail info@cdgbrasil.com ou pelo telefone (11) 4113-1394.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Pastor defende lei antigay em Uganda

Martin Ssempa já recebeu ajuda americana para combate à Aids no país.
Em entrevista ao G1, ele diz que é preciso preservar a 'família tradicional'.

Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo

Ampliar Foto Foto: Arquivo pessoal Foto: Arquivo pessoal

O pastor Martim Ssempa é um forte apoiador da lei anti-homossexual no país africano (Foto: Arquivo pessoal)

Em 2007, o pastor ugandense Martin Ssempa recebeu financiamento norte-americano para sua luta de quase 20 anos contra a Aids no país. Além de ser um combatente histórico da doença, com diversos projetos nacionais, ele é contra o homossexualismo, que julga 'um distúrbio', e afirma que a camisinha oferece pouca proteção - ficou famoso após organizar manifestações em que queimou preservativos. Atualmente, Ssempa é um dos mais enfáticos apoiadores do projeto de lei anti-homossexual para votação no Parlamento de Uganda.
O país já proíbe por lei o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo, mas o novo texto é mais rígido, incluindo até a pena de morte em alguns casos.

Leia ainda: Lei que prevê morte para gays em Uganda pode gerar 'efeito dominó' na África

Ssempa é pastor da Igreja da Comunidade Makerere e integrante da Força-tarefa Contra o Homossexualismo em Uganda. Ele também tem papel de conselheiro e consultor no governo. Em entrevista ao G1, ele falou sobre o porquê de o homossexualismo ser um problema. 
Leia a íntegra da entrevista:


G1 - Por que a lei é importante?

Martin Ssempa - É importante para colocar um fim na sedução e no recrutamento de nossas crianças na sodomia por meio da máquina de propaganda gay. Isso é financiado por George Soros, [da ONG] Hivos na Holanda e outras agências suíças. Sodomia é um crime, mas precisamos de uma lei para impedir sua disseminação.

Ampliar Foto Foto: Arquivo pessoal Foto: Arquivo pessoal

Manifestação recente contra homossexualismo e ajuda internacional levou pessoas da Universidade de Makerere ao Parlamento de Uganda (Foto: Arquivo pessoal)

G1 - Por que a família tradicional precisa ser protegida? O que acontece em Uganda?

Martin Ssempa - A família é a base da sociedade. Mas nós somos uma nação pobre com muitas famílias pobres... Esses ricos europeus e americanos chegam com seu dinheiro para corromper nossas crianças na sodomia. Precisamos protegê-las dessa exploração.

G1 - O senhor acredita que Uganda pode perder apoio internacional após apoiar a lei, já que o presidente americano, Barack Obama, já a classificou de 'odiosa'?

Martin Ssempa - Qualquer nação que coloca a exportação da sodomia no topo de sua agenda internacional é um Estado falido. Toda nação deveria reconhecer o valor estratégico de Uganda em reserva de petróleo, depósito de urânio, cooperação militar na região, etc. Todos os países árabes, por exemplo a Arábia Saudita, têm leis mais fortes, e os EUA e o mundo negociam com eles.

Diálogo avança rumo à unidade dos cristãos, diz Conselho Pontifício

Vatican Information Service, com tradução de CN Notícias

Arquivo

O presidente da Federação Luterana Mundial, Mark Hanson, e Bento XVI durante encontro no Vaticano O Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos emitiu um comunicado sobre o Simpósio Harvesting the Fruits [Colhendo os frutos], que aconteceu em Roma entre os dias 8 e 10 de fevereiro.


A seguir, leia o documento na íntegra
Em outubro de 2009, Harvesting the Fruits: Basic Aspects of Christian Faith in Ecumenical Dialogue [Colhendo os frutos: aspectos básicos da fé cristã no Diálogo Ecumênico] foi publicado. Esse livro reúne os resultados de quarenta anos de diálogos bilaterais entre a Igreja Católica Romana e a Federação Luterana Mundial, a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas, a Comunhão Anglicana e o Conselho Metodista Mundial. A obra também levanta questões importantes para a futura direção e conteúdo do diálogoecumênico. O Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos organizou um Simpósio entre os dias 8 e 10 de fevereiro sobre as questões apresentadas no livro Colhendo os frutos. Teólogos de tradição luterana, reformada, anglicana e metodista conheceram a sede do Pontifício Conselho, a convite de seu presidente, Cardeal Walter Kasper.


O objetivo do Simpósio não foi meramente ter em conta os muitos elementos de acordo produzido por quarenta anos de diálogo oficial, mas considerar formas de comunicar esta conquista notável para os membros de todas as diferentes comunidades Cristãs, para que eles possam manifestar mais plenamente em suas vidas os progressos no sentido da unidade que têm sido feitos. Durante os três dias de discussão, houve um exame detalhado da questão da recepção de declarações e acordos conjuntos, a necessidade do testemunho comum dos cristãos em todos os níveis, e a mudança no contexto em que o cristianismo deve realizar sua missão.


O Simpósio também olhou para a frente, questionou como discernir o lugar que o diálogo ecumênico terá no futuro. Houve uma análise aprofundada das etapas que devem ser tomadas para a meta do ecumenismo, que continua a ser a plena e visível comunhão. Como o Cardeal Kasper lembrou aos participantes, "o que faz significa comunhão no sentido teológico? Isso não significa comunidade no sentido horizontal, mas "communio sanctorum" - o que poderíamos chamar de participação vertical no que é 'sagrado', nas 'coisas sagradas "- ou seja, o Espírito de Cristo presente na sua Palavra e nos sacramentos administrados por ministros [...] devidamente ordenados".


O Simpósio explorou como discordâncias tradicionais podem ser reavaliadas se analisadas no contexto da Missão e da visão do Reino de Deus. Houve menção de uma nova e promissora abordagem em que o diálogo ecumênico seja visto como uma troca de dons, e as conversas francas foram realizadas nos limites da diversidade e do papel da hierarquia de verdades. A discussão também incluiu propostas concretas para incentivar a busca da unidade, mais particularmente a produção de uma Declaração Comum do que se tem conseguido ecumenicamente. Uma possível forma pela qual isso poderia acontecer seria uma afirmação comum da fé no Batismo, incluindo um comentário sobre o Credo dos Apóstolos e a Oração do Senhor.


Os participantes no Simpósio foram tanto experts no diálogo bilateral quanto teólogos mais novos para o ecumenismo. A discussão teológica foi produzida em um nível elevado, e as muitas sugestões positivas que propôs serão levadas à Plenária do Pontifício Conselho em novembro deste ano. Os participantes expressaram gratidão pela oportunidade de discutir em profundidade os desafios reais encontrados na busca pela unidade dos Cristãos, e afirmaram que a possibilidade de convocar reuniões desta natureza é um potencial particular de Roma, indicando o grande serviço que o ministério petrino pode oferecer ao ecumenismo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Parceiro do mesmo sexo tem direito a previdência

Em decisão inédita, STJ reconhece direito de companheiro do mesmo sexo a previdência privada complementar.


Comprovada a existência de união afetiva entre pessoas do mesmo sexo, é de se reconhecer o direito do companheiro sobrevivente de receber benefícios previdenciários decorrentes do plano de previdência privada no qual o falecido era participante, com os idênticos efeitos operados pela união estável. A decisão inédita – até então tal benefício só era concedido dentro do Regime Geral da Previdência Social – é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, em processo relatado pela ministra Nancy Andrighi.


Por unanimidade, a Turma reformou acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que isentou a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) do pagamento de pensão post mortem ao autor da ação, decorrente do falecimento de seu companheiro, participante do plano de previdência privada complementar mantido pelo banco. Ambos conviveram em união afetiva durante 15 anos, mas o TJRJ entendeu que a legislação que regula o direito dos companheiros a alimentos e à sucessão (Lei n. 8.971/94) não se aplica à relação entre parceiros do mesmo sexo.


Em minucioso voto de 14 páginas no qual abordou doutrinas, legislações e princípios fundamentais, entre eles o da dignidade da pessoa humana, a relatora ressaltou que a união afetiva constituída entre pessoas de mesmo sexo não pode ser ignorada em uma sociedade com estruturas de convívio familiar cada vez mais complexas, para se evitar que, por conta do preconceito, sejam suprimidos direitos fundamentais das pessoas envolvidas.


Segundo a relatora, enquanto a lei civil permanecer inerte, as novas estruturas de convívio que batem às portas dos tribunais devem ter sua tutela jurisdicional prestada com base nas leis existentes e nos parâmetros humanitários que norteiam não só o direito constitucional, mas a maioria dos ordenamentos jurídicos existentes no mundo.


Para ela, diante da lacuna da lei que envolve o caso em questão, a aplicação da analogia é perfeitamente aceitável para alavancar como entidade familiar as uniões de afeto entre pessoas do mesmo sexo. “Se por força do artigo 16 da Lei n. 8.213/91, a necessária dependência econômica para a concessão da pensão por morte entre companheiros de união estável é presumida, também o é no caso de companheiros do mesmo sexo, diante do emprego da analogia que se estabeleceu entre essas duas entidades familiares”, destacou a relatora.


Nessa linha de entendimento, aqueles que vivem em uniões de afeto com pessoas do mesmo sexo estão enquadrados no rol dos dependentes preferenciais dos segurados, no regime geral, bem como dos participantes, no regime complementar de previdência, em igualdade de condições com todos os demais beneficiários em situações análogas. Destacou, contudo, a ministra que o presente julgado tem aplicação somente quanto à previdência privada complementar, considerando a competência das Turmas que compõem a Segunda Seção do STJ.


Nancy Andrighi ressaltou que o reconhecimento de tal relação como entidade familiar deve ser precedida de demonstração inequívoca da presença dos elementos essenciais à caracterização da união estável: “Demonstrada a convivência, entre duas pessoas do mesmo sexo, pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família, haverá, por consequência, o reconhecimento de tal união como entidade familiar, com a respectiva atribuição dos efeitos jurídicos dela advindos”.


Finalizando seu voto, a ministra reiterou que a defesa dos direitos deve assentar em ideais de fraternidade e solidariedade e que o Poder Judiciário não pode esquivar-se de ver e de dizer o novo, assim como já o fez, em tempos idos, quando emprestou normatividade aos relacionamentos entre pessoas não casadas, fazendo surgir, por consequência, o instituto da união estável.


Entenda o caso

O autor requereu junto a Previ o pagamento de pensão post mortem decorrente do falecimento de seu companheiro e participante do plano de assistência e previdência privada complementar mantida pelo Banco do Brasil. Seguindo os autos, os dois conviveram em alegada união estável durante 15 anos, de 1990 até a data do óbito, ocorrido em 7/4/2005.


O pedido foi negado pela Previ. A entidade sustentou que não há amparo legal ou previsão em seu regulamento para beneficiar companheiro do mesmo sexo por pensão por morte, de forma que “só haverá direito ao recebimento de pensão, a partir do momento em que a lei reconheça a união estável entre pessoas do mesmo sexo, do contrário, não há qualquer direito ao autor”. Alegou, ainda, que o autor foi inscrito apenas como beneficiário do plano de pecúlio, o qual lhe foi devidamente pago.


O autor buscou então a tutela de seu direito perante o Judiciário, sustentando que a conduta da Previ é discriminatória e viola os princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana. A ação foi julgada procedente e a Previ condenada ao pagamento de todos os valores relativos ao pensionamento desde a data do falecimento de seu companheiro.


Em grau de apelação, a sentença foi reformada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que julgou o pedido improcedente por entender que as disposições da Lei n. 8.971/94 não se aplicam à relação homossexual entre dois homens, uma vez que a união estável tem por escopo a união entre pessoas do sexo oposto e não indivíduos do mesmo sexo. O autor recorreu ao STJ contra tal acórdão.


Fonte: STJ

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

'Beijaço Gay' na cidade de São Paulo

Homossexuais e simpatizantes fizeram um 'Beijaço Gay' na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, na região central de São Paulo, neste domingo (07), em defesa do Plano Nacional dos Direitos Humanos. Veja!


Homossexuais fazem 'Beijaço Gay' na cidade de São

Fonte: Globo.Com

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Modelo oferece favores sexuais em troca de liberdade

O modelo de 21 anos, Nick Snider, foi preso na última segunda-feira depois de provocar distúrbio na casa de um amigo perto de Little Rock, no estado do Arkansas (EUA), e de supostamente oferecer favores sexuais para não ser detido, segundo o jornal “New York Post”.
De acordo com o relatório policial, Snider teria dito que faria sexo oral nos policiais em troca de deixá-lo ir embora. Os agentes, no entanto, não aceitaram a oferta e prenderam o modelo por conduta inadequada e embriaguez pública.


Depois de ser colocado no carro patrulha, o jovem teria continuado a oferecer favores sexuais aos policiais para não ser preso. Ele deixou a cadeia após pagar uma fiança de US$ 780, conforme o “New York Post”.

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Fonte: Portal Terra

Bispo italiano é contra a comunhão dos gays "declarados"

Simone Scatizzo, 79 anos, bispo aposentado de Pistoia (centro-norte da Itália) suscitou nesta sexta-feira a ira dos grupos homossexuais italianos ao mostrar-se contrário a que os gays "declarados e com ostentação" possam comungar, ao considerar a homossexualidade "uma desordem, um pecado que exclui da comunhão".


Scattizo fez essas declarações ao portal de internet italiano Pontifex.Roma, que as publicou hoje e perante o qual assinalou que a homossexualidade "é uma desordem e que praticá-la e fazer ostentação da mesma é um pecado que exclui da comunhão.

No entanto, acrescentou que se um homossexual se aproximar dele para comungar não poderia se negar, já que não sabe se essa pessoa "teria se confessado, se arrependido e mudado vida".

As palavras do prelado foram duramente criticadas nas páginas web dos grupos de gays, lésbicas e transexuais da Itália, assim como pelo presidente do maior coletivo gay do país, o Arcigay, Aurelio Mancuso, que denunciou uma "estratégia ofensiva e discriminatória do Vaticano".

Segundo Mancuso, "o Vaticano coloca na boca de bispos idosos aposentados as coisas mais horríveis contra os gays, com o objetivo de atacar a dignidade destas pessoas".

"O Vaticano de maneira hipócrita não tem nem sequer o valor de se expressar diretamente e levar sua guerra contra quem afirma livremente sua identidade. Os gays, lésbicas e transexuais fieis devem de deixar de lado esta igreja fascista, homófoba e cúmplice da violência", afirmou Mancuso em uma nota.

Da mesma forma que fez Scattizi, no passado outros prelados aposentados também se mostraram contrários a dar a comunhão aos gays, como afirmou o prelado emérito de Grosseto, Giacomo Babini, que qualificou a homossexualidade como "um pecado gravíssimo" e assegurou que ele jamais daria a comunhão "a alguém como Vendola".

Ele se referia a Nicki Vendola, presidente da região sulina de Apúlia, que se define publicamente como comunista e católico, e é homossexual declarado.

Babini também qualificou de "aberrante a prática da homossexualidade", disse que era um "vício contra a natureza" e se mostrou contrário a que as prefeituras financiem casas aos casais homossexuais.

Não foi o único, o bispo aposentado de Lucera-Troia, Francesco Zerrillo, disse há vários dias que "seria preciso convidar" os gays para não se aproximar da comunhão, "para não alimentar o escândalo da comunhão aos gays.

Fonte: PORTAL TERRA

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Teologia Sistemática: A trindade II

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O Deus Triúno

Quando se fala em trindade, pensa-se em tri- unidade. Para a fé cristã há um só Deus e três pessoas distintas, ou, uma única natureza e três hipóstases , ainda, três sujeitos e uma única substância. Contudo, essa fórmula nunca foi fácil de ser mensurada.

Destarte, a Igreja produziu duas fórmulas teológicas, que são entendidas como as principais, quando se fala em trindade:

  • icon22_lg Os teólogos orientais afirmaram que: “O Pai é a origem e fonte de toda a divindade, comunica toda sua substância ao Filho e ao Espírito. Os três são consubstanciais e, por isso, um só Deus.”.
  • Os teólogos ocidentais afirmam que: “Deus é um Espírito Absoluto que pensa e ama. A suprema Inteligência de si se chama Filho e o infinito amor, Espírito Santo. Ou seja, Deus é o sumo bem que intrinsecamente se expande. A completa auto-entrega de si designa o Filho e a relação de amor entre o Pai e o Filho significa o Espírito Santo, o elo de união entre ambos.”.

Essas fórmulas, contudo, trazem o risco de, sendo mal interpretadas, ora tenderem ao subordinacionismo (de Ario), seria o caso da expressão oriental- grega. Que daria margem ao entendimento que; o Filho e o Espírito estariam subordinados ao Pai, havendo uma hierarquia desigual entre as pessoas (ou hipóstases). Também, ainda, poderia dar uma interpretação que há uma gênese divina, onde o Pai não sendo causado, é a causa do Filho e procedência do Espírito. Ora tenderem ao modalismo (de Sabélio), em que consiste à expressão ocidental-latina, que; segundo qual, a mesma natureza divina se mostraria sob três modos distintos ou três concretizações diversas, mas único o Espírito Absoluto. Um monoteísmo pré-trinitário.

A pericórese como caminho

convite_0101 As pessoas da Trindade co-existem simultaneamente: Pai, Filho e Espírito não estão separados e depois justapostos, formando um único Deus. Pelo contrário, sempre, mutuamente, interpenetrados e relacionados eles estão. A unidade dos Três consiste na UNIÃO ou comunhão, latim, communio, que significa a comum- união. Ou seja, sob o nome de Deus se entenderá a Tri- unidade, a união do Pai, Filho e Espírito, sendo essa união a própria trindade e própria a ela. A interpenetração permanente, a correlacionalidade eterna, a auto-entrega das pessoas às outras constitui a união trinitária, a união das pessoas. Para expressar essa união, a teologia, a partir do século VI cunhou a expressão grega PERICÓRISE (cada pessoa contém as outras duas, cada uma penetra nas demais e se deixa penetrar). Desta feita, tudo na trindade é pericorético: união, amor, as relações hipostáticas.

Importante é ressaltar que a união dos Três não esgota a diferença dos mesmos, aliás, a união supõe a própria diferença, ou seja, são pessoas distintas: O Pai não é o Filho e nem o Espírito, e é Deus; O Filho não é o Pai, e nem o Espírito, e é Deus; O Espírito não é o Pai e nem o Filho, e é Deus. Outrossim, o Pai traz o Filho e o Espírito sempre, desde a eternidade com ele; O Filho traz o Pai e o Espírito, desde a eternidade com ele; o Espírito traz o Pai e o Filho, desde a eternidade com ele.

vol_Trindade O risco de um triteísmo é evitado pela pericórese. Afinal, não se deve pensar que primeiro existiam os três, um separado do outro, e quem em um dado momento se uniram formando Deus, essa representação é equivocada e colocaria a união como resultado posterior e não como a essência do que se é. As pessoas são intrinsecamente, e desde toda a eternidade, e sem princípio entrelaçadas umas com as outras. Elas sempre co-existiram, e NUNCA existiram separadas.

Por causa da coexistência tudo na trindade é comum, ainda que sejam ações próprias das pessoas, elas são comuns. Assim o Pai cria pelo Filho, na inspiração do Espírito. O Filho se encarna, enviado pelo Pai na virtude do Espírito, O Espírito vivifica, santifica, enviado pelo Pai, a pedido do Filho. Nessa relação comum cada pessoa traz em si as outras, isso é Deus Triúno!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Futebol gay: divulgando

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Você é gay assumido e gosta de uma pelada (no sentido futebolístico, claro)? O Comitê Desportivo LGBT Brasileiro está em busca de jogadores de futebol para formação de equipes para bater bola fora do armário. Os times a serem formados disputarão os torneios da entidade e também jogos amistosos realizados com seu apoio. É uma ótima maneira de se manter em forma, conhecer gente nova e promover a visibilidade gay através do esporte.


wallpapers-bola-estadio-futebol O CDG Brasil já tem até uma partida em vista, marcada para ser realizada em São Paulo no mês de maio. O adversário é o Los Dogos, equipe argentina vencedora da mais recente Copa Mundial de Futebol Gay. De acordo com o Comitê, os conterrâneos de Maradonna estão ansiosos para jogar contra brasileiros, tendo em vista a grande rivalidade que há entre os dois países quando o assunto é futebol.


Sentiu o clima de desafio, né? Então se você é bom com a bola no pé e quer participar do primeiro torneio de futebol gay nacional, ligue para (11) 4113-1394 ou mande e-mail para info@cdgbrasil.com.

Bispos querem impedir a união civil gay no Brasil

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Abaixo-assinado de bispos quer impedir a união civil no Brasil

Documento da CNBB diz que Programa de Direitos Humanos acaba com a família

 

Dom Geraldo Lyrio

Os bispos católicos brasileiros não gostaram mesmo de alguns pontos do Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3), lançado em 21 de dezembro de 2009 pelo Governo Federal, e publicaram no site de sua entidade um abaixo-assinado, feito no último dia 28, deixando isso bem claro. Eles não concordam com a descriminalização do aborto, e com a união entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por estes casais.


No documento assinado por 67 bispos de todo o Brasil, e publicado no site da Conferência Nacional de Bispos Brasileiros (CNBB), presidida pelo bispo Dom Geraldo Lyrio, os religiosos alegam que “nos vemos no dever de manifestar publicamente nossa rejeição a determinados pontos deste Programa”.


Para eles, “há propostas que banalizam a vida, descaracterizam a instituição familiar do matrimônio, cerceiam a liberdade de expressão na imprensa, reduzem as garantias jurídicas da propriedade privada” e por aí vai.

Fonte: Mix Brasil

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Teologia Sistemática: A trindade



A solidão é um estado de espírito perene no homem. Na contemporaneidade esse caráter se torna evidente por um isolamento autônomo e a objetificação do sujeito- outro, sendo, por extensão, uma leitura equivocada das práticas efêmeras de posse, propriedade, lucro e poder.

Embora o indivíduo, o homem, não viva só, ele é um sujeito autônomo, e equacionar o conflito da autonomia existencial, e a inserção no outro e no mundo traz o conflito iminente, da angustia ontológica da apropriação do ser. O desdobramento é sempre a responsabilidade pessoal de ser, sendo, assumindo nas conseqüências de ser, às escolhas de todo esse contexto.

Obviamente que a doutrina da trindade jogará luz profunda e profícua nas dimensões do relacionamento humano. Uma forma precisa, se encarnada pelo sujeito, como quebra da alienação existencial, ou fuga do individualismo. Outrossim, um meio aliado de refletir a individualidade humana e, a partir dela (da trindade), esboçar um conceito ético dizível aos padrões cristãos, sem o perigo de cair no moralismo fundamentalista e nefasto de grupos, ou de expressões ideológicas contrárias à própria trindade, na essência da economia divina.

Antes de tudo, a compreensão da trindade perpassa pelo axioma da INCLUSÃO, tanto nas fontes primárias, do discurso inicial, tanto como na doutrina elaborada, que explica, racionalmente, o primeiro momento: a fé. Assim, quando se vislumbra a fé; Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, à atitude de acolhida, do coração aberto ao mistério, ao sagrado se vislumbra uma unidade inclusiva, quando se explica a fé, partindo para o dogma; Deus é uma natureza e três hipóstases, também, é manifesta à concepção desta inclusão, ainda que o ato de fé ultrapasse todas as explicações, ou fórmulas, nem a fé, nem o dogma podem negar o porquê último daquilo que é, ser da forma que é.

Assim, faz-se necessária a compreensão desta trindade como premissa de inclusão. Tal possibilidade está diretamente ligada à humanidade e sua forma relacional, pois enquanto o ser é uno não reconhece nada além de si mesmo, está eternamente solitário, tudo em sua volta é objeto, ou potencial de objetificação. Tudo na realidade imanente será sempre desigual. Destarte, no monoteísmo radical há a solidão do Uno, por mais qualidades que este possua sempre será só, sem ninguém para compartilhar aquilo que se é.

De outra maneira, pode-se vislumbrar a pluralidade que esvanece a pessoalidade, a individualidade, faz o ser se perder num todo diferente dele mesmo, com naturezas diferentes, numa hierarquia ininteligível, uma dissolução do caráter próprio, uma perda sem precedentes da identidade do próprio ser. Aí, no politeísmo, há a perda da divindade, sua fragmentação, sua perda essencial.

Contudo, a trindade é, de fato, a inclusão da unidade e da diversidade nela mesma. Na experiência da trindade há a diversidade, e o mesmo tempo a unidade desta diversidade, onde: Pai, Filho e Espírito Santo estão uns nos outros, com os outros, para os outros e pelos outros. Ou seja, Pai, Filho e Espírito Santo em eterna correlação, interpenetração, comunhão, sendo um só Deus: Deus é trino- unido na diversidade.

Deus um, sinônimo de solidão e autoritarismo, Deus plural, uma díade hierarquizada e separada, distinta com exclusão: um não é o outro. Mas Deus é três! E trindade é a diferença da identidade: Pai, Filho, Espírito ao mesmo tempo, incluindo aquilo que separa e exclui, reunindo a unidade e a diversidade nela mesma.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Recurso da IURD negado pelo STF

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O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou pedido de arquivamento da investigação criminal contra a Igreja Universal que tramita na 9ª Vara Criminal de São Paulo. No dia 14 de dezembro, o ministro Ricardo Lewandowski negou recurso apresentado por Alba Maria Silva da Costa, ligada à Universal, e denunciada junto com o bispo Edir Macedo e outras oito pessoas, por crime de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. No pedido, Alba Maria pedia a suspensão da ação, alegando que o caso já fora julgado pelo STF em outra ocasião.

Os advogados de Alba Maria sustentaram que, em 2006, ao julgar um inquérito que envolvia o senador Marcelo Crivella, o STF determinara o arquivamento das investigações, seguindo parecer do Ministério Público. Na época, o STF não teria encontrado indícios contra os acusados e mandou que o caso fosse encerrado.

Para a defesa de Alba Maria, a denúncia feita em 2009 contra ela, Edir Macedo e oito dirigentes da Universal tratava dos mesmos fatos já arquivados.

Lewandowski negou: "Examinados os autos, vê-se que a pretensão não merece acolhida, pois o pedido formulado pela reclamante não se enquadra em nenhuma das duas hipóteses, seja para preservar a competência desta Corte, seja para garantir a autoridade de suas decisões".

O ministro sustentou que a decisão da Justiça de São Paulo de receber a denúncia por lavagem de dinheiro não feria o julgamento anterior do STF: "Os fundamentos que dão base à nova denúncia são distintos dos analisados naquele inquérito".

igreja_universal Para fundamentar a decisão, Lewandowski fez referência ao que determinou o arquivamento do inquérito em 2006. Lembrou que naquele caso o Ministério Público Federal sustentara que não havia provas documentais ou testemunhais de que os acusados tivessem remetido ou recebido US$ 18 milhões. Na ocasião, o MP argumentou que os crimes estariam prescritos. "Na nova denúncia, as ações criminosas investigadas se deram entre os anos de 1999 a 2009", completou Lewandowski.

Na denúncia de agosto de 2009, os promotores de São Paulo citaram relatórios do Coaf, que monitora operações financeiras atípicas em todo o país. O documento foi mencionado na decisão do relator do caso no STF. Segundo o ministro, o relatório lista um volume financeiro movimentado pela Igreja Universal de R$ 8 bilhões entre março de 2001 e março de 2008.

MP acusa Edir Macedo de ser chefe de uma quadrilha

Na denúncia dos promotores Roberto Porto, Everton Zanella, Luiz Henrique Cardoso Dal Poz e Fernanda Narezi Pimentel Rosa, Edir Macedo foi acusado de ser o chefe de uma quadrilha. O Ministério Público apontou que ele e os demais denunciados usavam empresas de fachada para desviar recursos provenientes de doações dos fiéis da Universal e praticar inúmeras fraudes.

logo_iurd_antigo11 Entre 2004 e 2005, segundo levantamento do MP de São Paulo, as empresas Unimetro Empreendimentos e Cremo Empreendimentos teriam recebido R$ 71,3 milhões da Igreja Universal. O dinheiro seria usado em benefício dos denunciados, desviando a finalidade das doações dos fiéis da Iurd, que tem direito de isenção fiscal por ser uma igreja.

Fonte: O GLOBO

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Os gays e a promiscuidade


De novo, estou eu a falar da promiscuidade, e desta vez, tudo começou com um comentário, que fiz, num blog que acompanho, pelo bom conteúdo, e o propósito de seu administrador, Fernando Maranhão, jovem, jornalista, paulistano e militante da causa LGBT, que é dar visibilidade às questões homossexuais.

Na tarde de quinta-feira, dia 28 de janeiro de 2010, havia entrado no TVHG, e lá um e-mail de um internauta, criticando a promiscuidade ( clique aqui para ler o texto em questão). Bem, não resisti e fiz algumas considerações e, meu comentário acabou virando uma postagem no blog! Logo outro sujeito, defensor de uma visão um tanto quanto casta, disparou contra minha intervenção, o que me levou à reação imediata, um texto enorme que tive que dividi-lo em 4 partes para ser publicado (Clique aqui para ler o debate)!

A questão da promiscuidade à crítica no meio LGBT segue rígida à moral e ascese cristã. Uma questão que não adoece somente os heterossexuais, mas toda a sociedade de forma geral. Principalmente, “o gay do armário”. Aqui, contudo, não posso considerar no armário somente o não assumido, pois, na minha experiência cotidiana, percebo que o armário acompanha muitos gays “assumidos, mas nem todo”.

Na verdade o que quero dizer é que existem milhões de homossexuais no mundo, que muito embora não neguem sua orientação sexual, negam, veementemente, às possibilidades dessa orientação por uma leitura heteronormativa-social-cristã! Ou seja, continuam se punindo pela homossexualidade. A crítica contra a promiscuidade não afeta o heterossexual masculino, contudo, ela recai em duas minorias históricas: à mulher (que se promíscua é: puta, galinha, vadia) e no gay (afetado, doente, histriônico, bichinha). Enquanto o homem hetero promiscuo continua sendo: o macho, pegador, valentão, viril, o bom, ideal vitoriano de conduta.

A homofobia internalizada (clique aqui para ler o belíssimo texto do Rev. Márcio Retamero no site A Capa) continua proibindo o gay à intimidade com o corpo, com o sexo. Ela coloca no comportamento gay o conceito, nefasto, que o cristianismo deu ao estilo de vida das sociedades antigas, chamado de promiscuidade, o estigma, de inferior, marginal, execrável. Enquanto os gays que se subjugam nesse estereótipo se fazem histriônicos, os outros negam à intimidade de seus próprios corpos, idealizando o estilo de vida heteronormativo (que nem mesmo os heteros praticam, mas apenas condicionam como disfarce social à hipocrisia vigente), e reforçando, vorazmente, preconceitos projetados, já existentes na sociedade, num grupo alvo. Desta feita, separam o sexo do amor, pelo medo da intimidade, sublimando o desejo sexual, ora quase se fazendo celibatários, e vivendo uma repressão sexual sem precedentes.

Contudo, uma mudança começou, e a sociedade heteronormativa está se perdendo, quando numa leitura muito própria, dita relativista, o homossexual, principalmente o efeminado, lascivo, assumido, não encarna os estereótipos de histrionismos impostos, e santifica o modo promiscuo de ser como O SAGRADO EM SI MESMO! Isso vem tirando o sono de muita gente, pois os gays começam ter um estilo de vida independente do olhar dominante, e também não é um estilo de vida alternativo, é tão somente o estilo de vida próprio de indivíduos de alma independente. Que, agora, revolucionam os velhos conceitos carcomidos pelo ódio, e mostram uma nova ascese moral possível. Surgem assim os relacionamentos abertos no meio da comunidade LGBT (clique e leia a matéria), que na concepção monogâmica de ideal hetero- social não consegue encontrar uma compreensão maior do que traição, mas que no mundo LGBT, santificando à sua concepção é, de fato, conceito de felicidade, descobrimento, intimidade, posse do próprio corpo e consciência assumida do próprio desejo.

Contudo eu só desejo vivenciar a homossexualidade sem preconceitos, quer venham eles dos héteros, quer venham da homofobia internalizada. É hora disso acabar, pense nisso!

Sociedad Unida por El Derecho al matrimonio

U R G E N T E

Como acción encaminada en la defensa de nuestros derechos ciudadanos plenos,

CONVOCAMOS

a la comunidad LGBTTI a la Marcha por el Orgullo y la Dignidad de nuestras vidas



Sábado 6 de febrero

Angel de la Independencia

11:00 hrs



Para mayor información en http://sociedadunida.org/
derecho.al.matrimonio.df@gmail.com
derechoalmatrimoniodf@prodigy.net.mx


El objetivo será Marchar rumbo a la Recidencia Oficial de los Pinos a solicitar audiencia con el Ejecutivo Federal en la exigencia de conocer su postura frente a la Homofobia Inistitucional que ha manifestado su servidos público que encabeza la Procuraduría General de la República con el recurso de Incosntitucionalidad contra el matrimonio entre personas del mismo sexo.