quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nova Parceria





Com muita alegria, nós apresentamos nosso mais novo parceiro virtual: a rádio web Vibe HitZ BraSiL

Você que curte um som, informações do mundo LGBT e muito entretenimento, vale o clique no site da moçada.



A equipe do Vibe HitZ BraSiL nosso agradecimento pelo apoio e pela força!

Valeu galera!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Arcebispo de BH é novo membro da Congregação para Doutrina da Fé

CNBB


O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi nomeado pelo papa Bento XVI membro da Congregação para a Doutrina da Fé.

"O ato do papa é uma deferência e demonstração de confiança e reconhecimento para com a Igreja no Brasil, com a CNBB e a Arquidiocese de Belo Horizonte", disse dom Walmor, único brasileiro a integrar a Congregação.


Segundo o jornal O Estado de Minas, o comunicado oficial foi feito esta semana pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarciso Bertone.
"Trata-se de uma das congregações mais antigas, remontando aos tempos medievais. Ela tem a tarefa de zelar pela Igreja, a verdade da fé e a fidelidade aos seus princípios. Trabalha com o que a Igreja crê e ensina", declarou o arcebispo ao jornal O Estado de Minas.

"As questões doutrinais dizem respeito ao ensino teológico e à proclamação zelosa da fé. Terei que estudar muito, pesquisar mais ainda para auxiliar o papa, dar pareceres e examinar as matérias que tratam de moral, fé e das relações com um mundo plural", explicou dom Walmor, que ficará cinco anos no cargo.


Na CNBB, ele preside há seis anos a Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.

Obs. A Congregação para Doutrina da Fé é o ANTIGO Tribunal do Santo Ofício (que foi renomeado após o Concílio Vaticano II), aquele que condenava os hereges à inquisição.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Meu Inacreditável Noivo - Reality Show simula casamento entre gays, mas com dois heteros.

O reality show francês Mon Incroyable Fiancé (Meu Inacreditável Noivo) tem como objetivo juntar casais absolutamente improváveis e a partir daí tentar convencer todo mundo de que o relacionamento é pra valer, seguindo um roteiro nada convencional que mistura jogo e ficção.




Na versão americana, uma moça bonita e esbelta foi desafiada a convencer a família de que ela está noiva de um homem muito gordo e barrigudo.

Já o programa francês, que está na segunda edição, reuniu dois heterossexuais assumidos - se é que podemos dizer assim - e que têm a missão de convencer a família e os amigos que estão apaixonados e se casarão na Espanha, país da União Européia que legalizou o Casamento Gay.

O prêmio anunciado é de 100 mil euros para cada um dos héteros que consiga convencer todo mundo de que é Gay e se “descobriram”.

O casal do programa se chama Emeric e Christopher. Eles são constantemente assessorados e avaliados por uma equipe do programa de especialistas em várias áreas. Para Emeric, o desafio é tão difícil quanto possível. Já para Christopher, o mais difícil é lidar com seus familiares e amigos.

O programa pode parecer, para alguns, uma brincadeira boba e inconseqüente com um tema super sério, mas na verdade não é nada disso. O candidato Christopher precisa passar por todas as etapas de um Gay de verdade, desde revelar aos amigos mais próximos e colegas de trabalho que ele gosta de homens, até comunicar aos pais que ele tem um namorado e vai se casar com ele.

Já no primeiro capítulo, você se estremece com a emoção de Christopher, o candidato chora diante do pavor de “se assumir” e ter que controlar toda a situação até o momento do casamento. O medo de magoar os pais, o fato de ter que sustentar uma mentira, ser obrigado a ficar íntimo, tocar outro homem na frente de todos, casar-se com ele e, tudo isso, sem perder o prêmio de vista, faz com que o rapaz perca a cabeça várias vezes e chegue ao seu limite do suportável.

Porém, ele desabafa da forma mais positiva possível, dando depoimentos super solidários sobre os Homossexuais e pedindo que as pessoas ajudem seus amigos e parentes Gays a se aceitarem e serem felizes, pois ele está vivendo na pele essa situação desesperadora de preconceito.

É talvez, justamente nessa hora, ao ver um hétero dizendo em meio a lágrimas emocionadas e do fundo do coração tudo aquilo que os Gays tentam gritar à sociedade homofóbica a vida toda, que o arrepio que a gente sente é maior.

Planejado para ter 7 episódios, o programa atraiu 3 milhões de telespectadores em sua última apresentação (23% do share da TV francesa). Os episódios finais serão exibidos hoje, dia 25 de agosto.

"A história que será apresentada não é apenas um divertimento; é, antes de tudo, uma mensagem pelo direito à diferença, à tolerância e ao respeito ao próximo.", é o que garante o canal TF1.



Fonte: Portal terra

O $how da Fé

O SHOW DA FÉ E SUAS IMPLICAÇÕES
Diogo Moyses
De São Paulo




O frio do final de semana que passou me fez ficar boa parte do tempo em casa vendo tevê. Pulando de um canal ao outro, dei de cara com a dupla Estevam e Sônia Hernandes, que retornou ao Brasil após mais de dois anos de prisão nos EUA. Também topei, claro, com quase uma dezena de bispos, padres, pastores ou outros líderes religiosos que, por ignorância, não sei dizer bem o que são.

Lembrei-me, ou fui lembrado, da necessidade de discutir a presença cada vez maior das religiões na televisão brasileira.

O fenômeno não é novo, e nem privilégio nativo. Na maioria dos países isso acontece prioritariamente nos serviços por assinatura, a cabo ou por satélite. Quando ocorre na tevê aberta, como nos países da América Latina, em geral se resume a alguns horários ou poucas emissoras.

No Brasil, contudo, o fenômeno é endêmico. Igrejas, aos montes, são elas mesmas concessionárias de radiodifusão ou alugam períodos inteiros da programação de outras emissoras (o que é ilegal, diga-se, mas sobre isso falaremos em outra oportunidade). Mesmo emissoras públicas, como a TV Brasil e a TV Cultura de São Paulo, ainda possuem em sua grade de programação a transmissão de eventos religiosos.

O leitor sabe exatamente do que estamos falando e por isso não é necessário listar ou apontar casos concretos. Os exemplos são fartos e visíveis.

Cada um tem lá suas crenças. Também tenho as minhas. Mas isso não elimina a necessidade de perguntar, sem sectarismos ou fanatismos, se as religiões devem mesmo ocupar a televisão aberta. Caso a resposta seja positiva, devemos questionar se sua presença deve ser indiscriminada, como ocorre atualmente, ou baseada em certas regras ou determinações legais.

A defesa da programação religiosa possui um argumento não desprezível: o fato da religião ser também uma manifestação cultural e, como tal, merecer ampla divulgação, ou pelo menos não poder sofrer restrição.

Contra a programação de cunho religioso, no entanto, parecem estar os dois argumentos mais relevantes.

O primeiro é o fato da religião ser uma manifestação essencialmente privada, o que faz com que os telespectadores tenham o direito a que este tipo de conteúdo não invada a sua casa. Se entramos em templos ou igrejas por iniciativa própria, não parece correto que estes entrem em nossas casas sem a nossa autorização.

O segundo está ligado ao fato do Estado brasileiro ser laico, ou seja, não religioso. As concessões de televisão são públicas, outorgadas pelo Estado, o que faz com que estas não possam ser utilizadas para esse tipo de proselitismo, inclusive para evitar que se configure o favorecimento a esta ou aquela crença. O argumento é bastante forte, praticamente incontestável do ponto de vista jurídico e regulatório.

Mas o fato é que nada disso é observado no Brasil, como se a presença maciça das religiões fosse algo natural.

Vale lembrar, também, que a presença das igrejas é não só indiscriminada, mas também desigual. Algumas religiões, com ampla maioria para os evangélicos e católicos, ocupam as telas graças ao seu poder político (que faz com que consigam obter do Estado as concessões) ou em função de seu poder econômico (que permite a compra de horário em outros canais). Não à toa, religiões de matrizes africanas estão fora das telas.

Há que se considerar, evidentemente, que a própria programação religiosa é diversificada, com cultos e missas, conselhos por encomenda, sessões de descarrego e, inclusive, programas de debates.

O respeito à diversidade religiosa, contudo, não pode encobrir o fato de algumas igrejas ocuparem a televisão somente para ganhar dinheiro seduzindo telespectadores.

De qualquer forma, o problema é certamente complexo. Mas como enfrentá-lo?

Proibir as religiões na televisão aberta, como fazem alguns países? Ou construir regras capazes de garantir equilíbrio em sua ocupação?

A resposta não é simples e exige reflexão. Alguns caminhos parecem possíveis, como a adoção de critérios de classificação indicativa, onde certos conteúdos (como determinados cultos não muito leves, se é que vocês me entendem) não poderiam ser transmitidos nos horários em que os pais normalmente encontram-se fora de casa.

Outra possibilidade, complementar, seria reservar um canal exclusivo para as religiões, com alguns critérios de representatividade, para que sua ocupação aconteça de forma justa e não em função do poder político ou econômico das igrejas.

Por fim, parece importante restringir de forma radical determinados conteúdos, como os cultos que discriminam outras crenças e os que expõem as pessoas sem seu conhecimento.

Se o debate é complexo, uma coisa é certa: ficar do jeito que está, não dá.

Diogo Moyses é jornalista e radialista especializado em regulação e políticas de comunicação, pesquisador do Idec - Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor e autor de A convergência tecnológica das telecomunicações e o direito do consumidor.
Fale com Diogo Moyses: diogomoyses@terra.com.br


Fonte: Portal Terra

Padre é detido suspeito de beber e atropelar motociclistas

A Polícia Civil de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, deteve na noite desta segunda-feira o padre Donizete Bianchi, acusado de atropelar dois motociclistas e fugir sem socorrer as vítimas.

O padre teria desrespeitado um sinal de "Pare" na avenida Potirendaba, uma das mais movimentadas da cidade, e batido contras as motos dos auxiliares André Luiz de Jesus, 28 anos, e Devair Ribeiro, que voltavam para casa ao deixar o trabalho numa construtora próxima do local.

Jesus não sofreu ferimentos, mas Ribeiro, com fraturas nas pernas e braços, está internado em estado grave no Hospital de Base, onde passa por cirurgia nesta noite.

Segundo Jesus, o padre fugiu após o acidente e foi parado algumas quadras depois por outros motociclistas que presenciaram o acidente e o perseguiram. Testemunhas disseram que o padre estava bêbado. A polícia apreendeu seis latas de cerveja dentro do Golf do padre.

"Ele estava a uns 80 km/h e não respeitou o 'Pare'. Quando o vi, ele não conseguia nem sair do carro de tanto que estava bêbado", disse Jesus. O delegado João Lafayette Sanches Fernandes, do 5º Distrito Policial, onde foi feita a ocorrência, disse que o padre se recusou a passar por exame de dosagem alcoólica.

Segundo o delegado, o padre, que estava acompanhado por dois jovens, disse que não dirigia o carro no momento da batida e que os motociclistas é que atravessaram o sinal amarelo.

"O problema é que não existe semáforo no local", disse o delegado. De acordo com ele, testemunhas confirmaram que o padre não respeitou o sinal e fugiu sem prestar socorro.

A advogada do padre, Carmem Cury, disse que não poderia prestar esclarecimentos hoje. "Ainda estou na delegacia e o clima está tenso aqui", disse ela.

Não é a primeira vez que o padre tem problemas com a polícia e o trânsito. Ele foi pego em dezembro de 2006, supostamente bêbado, ao chegar na Catedral São José de madrugada.

O padre entrou na contramão e foi parado por uma viatura. Segundo o registro, ao ser parado, ele discutiu com policiais e ainda aproveitou o som alto do carro para dançar uma música do grupo É o Tchan para os PMs, que o levaram para o Plantão Policial.



Portal Terra

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ensino religioso em escolas públicas pode gerar discriminação, avalia professor

Da Agência Brasil

O ensino religioso que aborda uma doutrina específica pode gerar discriminação dentro das salas de aula, segundo o sociólogo da Unesp (Universidade Estadual Paulista), José Vaidergorn. "O ensino religioso identificado com uma religião não é democrático, pode ser considerado discriminatório", disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Vaidegorn, o ensino voltado para uma determinada religião pode constranger os alunos que não compartilham dessas ideias. O professor ressalta ainda a possibilidade de que, dependendo da maneira que forem ministradas, as aulas de religião podem incentivar a intolerância entre os estudantes. "Em vez da educação fazer o seu papel formador, o seu papel de suprir, dentro das suas condições, as necessidades de formação da população ela passa a ser também um campo de disputa política e doutrinária."

As aulas de religião estão previstas na Constituição de 1988. No entanto, um acordo entre o governo brasileiro e o Vaticano, em tramitação no Congresso Nacional, estabelece o ensino católico e de outras doutrinas.

O presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, contesta a justificativa apresentada na lei de que o ensino religioso é necessário para a formação do cidadão. "Não podemos considerar que a questão ética, a questão moral, o valores sejam privilégios das religiões", ressaltou. A presença do elemento religioso não faz sentido na educação pública e voltada para todos os cidadãos brasileiros, segundo ele. " A escola é pública, e a questão da fé é uma coisa íntima de cada um de nós".

Ele indicou a impossibilidade de todos os tipos de crença estarem representados no sistema de ensino religioso. Segundo ele, religiões minoritárias, como os cultos de origem afro, não teriam estrutura para estarem presentes em todos os pontos do país.

Além disso, as pessoas que não têm religião estariam completamente excluídas desse tipo de ensino, como destacou o presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), Daniel Sottomaior. "Mesmo que você conseguisse dar um ensino religioso equilibradamente entre todos os credos você ia deixar em desvantagem os arreligiosos e os ateus."

Sottomaior vê com preocupação a possibilidade de a fé se confundir com os conhecimentos transmitidos pelo sistema educacional."Como o aluno pode distinguir entre a confiabilidade dos conteúdos das aulas de geografia e matemática e o conteúdo das aulas de religião?"

Para o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Lyrio Rocha, a religião é parte importante no processo educacional. "Uma educação integral envolve também o aspecto da dimensão religiosa ao lado das outras dimensões da vida humana", afirmou.

Daniel Mello
Fonte: UOL

A culpa só pode ser dos gays!

Um pastor batista de Mineápolis, nos Estados Unidos, culpou a comunidade homossexual por um tornado que destruiu uma igreja luterana na última quarta-feira (19/08).

Para o religioso, o fenômeno aconteceu porque a Igreja Evangélica Luterana da América resolveu liberar pastores gays do celibato. Em seu blog, o pastor John Piper, da Igreja Batista, escreveu que o tornado serviu de "aviso" para que os luteranos evitem "aprovar o pecado".

O tornado destruiu uma igreja que servia de local para uma assembleia da Igreja Luterana. Mais de mil pessoas participavam do evento. Na ocasião, foi decidido que os pastores luteranos estão autorizados a abençoar casais homossexuais, mas as congregações não estão obrigadas a realizarem as uniões se não desejarem.
E viva a Idade Média

domingo, 23 de agosto de 2009

جهاد‎ :Jihad Evangélica em favor de Macedo

Estava demorando, mas aconteceu! Claro, não poderia faltar...

O caso da Igreja Universal não é um caso CONTRA os evangélicos em particular, aliás, não é contra o povo de uma denominação específica, muito menos contra os dogmas dessa ou daquela religião. O caso da Igreja Universal e Record do Reino de Deus é em face de uma pessoa, EDIR MACEDO. O que acontece é que segmentos ligados ao bispo da IURD, com interesses próprios, querem transformar o caso em uma JIHAD evangélica. Assim sendo, desviando a opinião pública do verdadeiro foco do problema: O PATRIMÔNIO MILIONÁRIO DO EMPRESÁRIO MACEDO COM O DINHEIRO DOS FIÉIS LAVADO EM EMPRESAS FANTASMAS.

O que o mesmo não explica, não prova a origem, não justifica a razão de tê-lo e ataca a qualquer um que falar no assunto com ares de GUERRA SANTA.

Daí vem esse pastor feliz... Feliciano, dizer que “mexeu com um, mexeu com o outro” é no mínimo curioso. Afinal, não é uma ACUSAÇÃO CONTRA A IGREJA EVANGÉLICA promovida pela Globo, é uma acusação em face de Edir Macedo, promovida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO divulgada pela imprensa, e não somente pela Rede Globo. Bem, no caso, Feliciano está assumindo para si um papel estranho, qual é, de fato, a relação de Marco Feliciano com Edir Macedo? Qual o interesse que tem movido o pastor a utilizar veículos de comunicação para DESVIAR os fatos em prol de Edir Macedo?

Bem, um argumento muito curioso que os evangélicos costumam usar é de que são perseguidos, que no passado eram tidos como gentinha, etc... Argumento inusitado, um PROTESTANTE jamais se valeria dele, pois, é conditio sine qua non, ao pensamento protestante: a filosofia e a ciência como base da formação racional e individual do ser. Assim foi com os reformadores: Lutero (filósofo, teólogo, jurista, com o título de DOUTOR), Calvino (Teólogo, filósofo, jurista), Zwinglio (Estudou na Universidade de Viena, de Basiléia e de Berna. Graduou-se Bacharel em Artes, em 1504, e Mestre dois anos depois), dentre outros. Contudo, o argumento da ala evangelicalista continua ser o argumento da segregação da perseguição e da mudança pelo número e não pelo ideal sustentado. Assim temos:

“Não é segredo que os evangélicos já foram considerados a escória da sociedade. Os mais novos podem não lembrar, mas evangélico era sinônimo de idiota, imbecil e sem cultura. Assumir a fé em Cristo era a certeza de ser criticado”.

Contudo, a inserção dada ao argumento, em momento algum faz apelo à razão, por mais que se considere que os evangélicos, hoje, estão disseminados por todo o Brasil, em todos os seguimentos, eles são incapazes de fazer da conclusão algo que não reporte a manipulação, eles não são capazes de dizer da lógica, do bom senso e das ciências para dizerem de uma mudança. Antes, usam da massa, excluem os estudos e partem para o sensacionalismo:

“Hoje os evangélicos estão no governo, nas faculdades, nos consultórios e na mídia. Os evangélicos de escória passaram para aceitáveis, isto é, aceitáveis desde que seus pensamentos, ideologias e interesses não confrontem os de outrem. Os evangélicos cresceram e respondem por boa parte do mercado consumidor. Números recentes apontam um total de, no mínimo, 40 milhões de evangélicos; creio que é muito mais. Contudo, podemos ter 50 milhões de evangélicos, mas nunca teremos 5 milhões de irmãos”.

E fazem isso pelo único e sôfrego desejo de continuar a manipular as pessoas, os 40 milhões... Não poderiam nunca sustentar os estudos, a ciência, o Lógos... E mandam um recado: "somos MILHÕES"! Mercado consumidor, eleitoral, etc.

Um protestante, doa em quem doer, nunca defenderia a corrupção ou a iniqüidade, mesmo que estas partissem de sua própria igreja. Não tampariam o sol com a peneira, mas pediriam a JUSTIÇA e a verdade, a luz e o EVANGELHO DA GRAÇA, sobre a maldade. Deus não precisa de dinheiro, e a comunidade de fé é quem sustenta os templos, e nunca um pastor poderia ser o próprio destinatário das arrecadações. Enfim...

Bem, daí o Feliciano, foi totalmente infeliz, de fato, e de Direito, ao dizer que o laudo criminalístico da polícia ISENTOU a Renascer da culpa pela queda do teto. ISSO É MENTIRA, quem alega a isenção são os advogados da Renascer, NÃO A POLÍCIA! Contudo, percebam como Feliciano conduz o argumento, manipulando-o em prol de sua JIHAD:

“Lembram do caso da Igreja Renascer, onde o telhado caiu e todo mundo falou que a Igreja era irresponsável? Diversos veículos de comunicação acusando e ninguém, exceto alguns, do qual eu me incluo, prestou solidariedade e acreditou na igreja. Vocês já esqueceram do caso? Eu não.

Olhem um trecho da reportagem, uma verdadeira reportagem, abaixo (prossegue o pastor Marco):

‘Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27/05), o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa a Renascer em Cristo, afirma que teve acesso ao laudo do IC (Instituto de Criminalística), entregue ontem à polícia. Segundo ele, os peritos isentam a igreja de responsabilidade pelo desabamento da sede em janeiro. O acidente causou nove mortes e deixou mais de cem feridos no Cambuci, zona sul de São Paulo’.”.

Contudo, o laudo ACUSA A IGREJA RENASCER:

“Nesta quinta-feira, foi conhecida a conclusão das investigações. Com base no laudo da perícia, o inquérito policial ACUSA a direção da Igreja Renascer de conduta negligente.

O laudo confirma que a Igreja Renascer reformou o teto em 1999, depois de vistorias do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que aprovou a reforma. Mas recomendou inspeções periódicas, que NÃO foram realizadas. O delegado lembra que, em 2008, foi contratada uma empresa SEM registro no Conselho Regional de Engenharia para a substituição do telhado do prédio e afirma que a igreja NÃO tomou providências depois da queda de pedaços do forro, dias antes de tudo vir abaixo”.

Bem, o que eu posso dizer? Setores fundamentalistas e com interesses próprios estão querendo MANIPULAR a opinião pública para desviarem o foco das atenções, e não responsabilizarem quem tem culpa nas fraudes dos dízimos sustentando EMPRESAS particulares. Seria hora do MP investigar, também, o senhor Marco Feliciano.

É momento de por fim a corrupção da fé!
Clique para ler a carta do Pastor Marco Feliciano:


Chamo internautas porque a palavra irmão foi depreciada por nós, os evangélicos. Irmãos, no meu entendimento, são pessoas da mesma família que mutuamente dão a vida um pelo o outro. Sabem a expressão “mexeu com você, mexeu comigo?”. É por ai.

Não é segredo que os evangélicos já foram considerados a escória da sociedade. Os mais novos podem não lembrar, mas evangélico era sinônimo de idiota, imbecil e sem cultura. Assumir a fé em Cristo era a certeza de ser criticado.

O tempo passou e as coisas mudaram.

Hoje os evangélicos estão no governo, nas faculdades, nos consultórios e na mídia. Os evangélicos de escória passaram para aceitáveis, isto é, aceitáveis desde que seus pensamentos, ideologias e interesses não confrontem os de outrem. Os evangélicos cresceram e respondem por boa parte do mercado consumidor. Números recentes apontam um total de, no mínimo, 40 milhões de evangélicos; creio que é muito mais. Contudo, podemos ter 50 milhões de evangélicos, mas nunca teremos 5 milhões de irmãos.

A Rede Globo, detentora de um império considerável, nos últimos dias tem atacado a Igreja Universal do Reino de Deus. Não posso considerar matéria jornalística o que vi no dia 11 de agosto de 2009 e até o momento. Fiquei com nojo quando vi a reportagem que está mais para o Projac do que para vida real.

Não quero cair no mérito das brigas entre Rede Globo e Rede Record. Quero entrar em outra discussão.

Lembram do caso da Igreja Renascer, onde o telhado caiu e todo mundo falou que a Igreja era irresponsável? Diversos veículos de comunicação acusando e ninguém, exceto alguns, do qual eu me incluo, prestou solidariedade e acreditou na igreja. Vocês já esqueceram do caso? Eu não.

Olhem um trecho da reportagem, uma verdadeira reportagem, abaixo:

“Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27/05), o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa a Renascer em Cristo, afirma que teve acesso ao laudo do IC (Instituto de Criminalística), entregue ontem à polícia. Segundo ele, os peritos isentam a igreja de responsabilidade pelo desabamento da sede em janeiro. O acidente causou nove mortes e deixou mais de cem feridos no Cambuci, zona sul de São Paulo”.



Nos últimos anos o líder da Igreja Pentecostal Deus é Amor foi acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Você esqueceu? Eu não.

Para quem não sabe, ou não quer lembrar, informo que parte dos inquéritos foi arquivada e, nos que viraram processos, o missionário David Miranda foi absolvido. Isso ninguém falou? Que coisa, não?

Em 2007, o Pr. Silas Malafaia foi acusado de homofobia e discriminação por várias entidades, especialmente a ABGLT. Você lembra?

Para concluir, o resultado foi o mesmo dos casos acima e, para minha felicidade, ele contou com apoio de diversas lideranças evangélicas.

O que me causou repúdio, e agora é para os que se dizem irmãos, é a inércia da nossa classe, os evangélicos. Vejo as pessoas falando mal de líderes, igrejas, costumes, doutrinas, etc. Onde estão os irmãos na hora da acusação? Onde estão os que juraram amor à obra?

Você pode não ter simpatia pelo pastor Marco Feliciano, Pr. Silas Malafia, Bp. Edir Macedo, Ap. Estevam, Bp. Sônia Hernandes e o missionário David Miranda. Porém, você não pode acreditar em tudo o que vê ou lê; é preciso apurar todos os fatos.

A briga entre Globo e Record é nossa? SIM, pois respinga nos evangélicos.

Vai dizer que sua igreja não tem a prática do dízimo, libertação e cura? Quer me fazer acreditar que em sua igreja ninguém nunca saiu falando mal dela e de suas práticas?

Não defendo a Record como empresa, mas a IURD como igreja. Como defendi os nomes e casos que citei acima. Se estivessem errados, eu seria o primeiro a falar; não estavam. É véspera de ano eleitoral, a Record chegou a cravar 10 pontos na segunda colocada, cresce acima da média e, convenhamos, isso não agrada ninguém.

O Pr. Silas Malafaia tem um dos melhores programas evangélicos do país, as obras da Igreja Renascer dispensam comentários e o David Miranda é exemplo para nós.

Toda vez que um evangélico é indiciado respinga em nós. Chega! Acabou a farra!

Se você tem algum veículo de comunicação (site, blog, twitter, etc) use-o neste momento. Defenda sua fé!

Quero registrar minha solidariedade e fé para com a Igreja Universal do Reino de Deus, especialmente ao seu líder, Bispo Edir Macedo. Podemos divergir em vários assuntos doutrinários, mas o que uni os evangélicos como um todo é muito maior; Jesus Cristo. Assim como a Rede Record faço a seguinte pergunta. Como a Rede Globo teve acesso ao processo que corre em segredo de justiça?

Dia 06 de setembro está chegando. Teremos um programa especial e este assunto veio somente ratificar em meu coração o que devemos fazer.

Enquanto isso ore por nós. Ore pela igreja brasileira e para que o evangelho de Cristo não seja prejudicado ou alvo de calúnias. Defenda a sua fé e honre o nome cristão que você leva junto com você.

Um forte abraço,

Pr. Marco Feliciano, DD”.

sábado, 22 de agosto de 2009

Luteranos norte-americanos e a homossexualidade

Igreja luterana dos EUA permitirá que gays se tornem pastores

DALLAS (Reuters) - A maior denominação luterana dos Estados Unidos facilitou o processo para que gays e lésbicas em relações estáveis tornem-se pastores, encerrando uma política na qual eles poderiam ser clérigos caso permanecessem em celibato.
A Igreja Luterana Evangélica dos EUA encorajou suas congregações a encontrarem meios de apoiar ou reconhecer membros em "relações do mesmo sexo, comprovadamente duradouras e monogâmicas".
No entanto, isso não significa uma sanção oficial ao casamento gay ou uma aprovação para qualquer celebração do matrimônio entre homossexuais.
Ainda assim, a resolução é uma das mais liberais em qualquer denominação norte-americana em questões de orientação sexual, hoje um dos temas mais controversos em termos políticos e religiosos nos Estados Unidos.
A igreja, que possui 4,6 milhões de adeptos, adotou a resolução em seu encontro bienal em Mineápolis.
"É sobre pessoas em relações comprometidas do mesmo sexo", disse John Brooks, diretor de comunicação e um dos porta-vozes da Igreja Luterana Evangélica.
Anteriormente, gays e lésbicas eram impedidos de participar das cerimônias a não ser que permanecessem em celibato.
Aprovada por 559 votos a favor e 441 contra, a resolução afirma que a igreja se comprometerá a buscar soluções para que pessoas em "relações do mesmo sexo, comprovadamente duradouras e monogâmicas sirvam como líderes incluídos nesta igreja".
A medida aplica-se a pastores e obreiros. A assembleia ainda tem de aprovar mudanças procedimentais para levar a resolução adiante. Segundo Brooks, a nova política da igreja deverá ser adotada a partir de 2010.
A iniciativa cerca de um mês depois de a Igreja Episcopal dos EUA decidir, na prática, abolir o compromisso de ser "austera" ao analisar candidatos gays ao episcopado, o que provocou cisões na comunidade anglicana ao redor do mundo.
A Igreja Episcopal, uma ramificação norte-americana do Anglicanismo, está desenvolvendo os rituais e as liturgias oficiais para abençoar casamentos homossexuais.

Fonte: O Globo

Cresce apoio à união estável entre homossexuais no STF

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tem sinalizado ser a favor de reconhecer a possibilidade de união estável entre homossexuais e todos os direitos dela decorrentes, como a concessão de pensão e a permissão para adotar crianças. Há ministros que defendem que o STF deveria deixar claro que esses casais que convivem de forma contínua e duradoura formam uma família.
Atualmente, há falta de sintonia nas decisões dos tribunais estaduais e de juízes dos 26 Estados e do Distrito Federal - as sentenças são totalmente diferentes a respeito do tema. Por causa dessa disparidade, ministros do STF pensam em unificar o assunto editando uma súmula que deveria ser seguida por todo o Poder Judiciário.
A constatação de que não há uma posição clara da Justiça sobre o tema aparece em pesquisa ampla realizada nos tribunais de Justiça pelo relator de uma das ações no STF, o ministro Carlos Ayres Britto.

A reportagem do Estado teve acesso aos dados que integram a ação movida no Supremo pelo governo do Rio com o objetivo de obter do STF a declaração de que os mesmos direitos dados aos casais heterossexuais devem ser concedidos aos homossexuais em relação ao Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado. Ayres Britto pretende julgar a ação neste semestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Fonte IG

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O direito à união com direitos

- No mês de julho a Procuradoria-Geral da República ajuizou ação no STF visando ao reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo, estendendo por analogia a essa união os mesmos direitos e deveres reconhecidos nas uniões entre homens e mulheres. O argumento central é que negar tal reconhecimento constitui ofensa aos princípios constitucionais da dignidade humana, da igualdade, da liberdade e da proibição da discriminação.
Também recentemente, em decisão histórica, a Suprema Corte de Nova Délhi decidiu que as relações homossexuais entre adultos não são mais crime, invalidando lei adotada em 1860 que punia o homossexualismo com prisão. Entendeu que a lei violava os princípios constitucionais da dignidade, da diversidade e da tolerância.
Em janeiro de 2008, a Corte Europeia de Direitos Humanos ineditamente condenou a França por ter impedido uma professora francesa, que vive com sua companheira desde 1990, de realizar uma adoção, por afronta à cláusula da igualdade e proibição da discriminação.
Desde 1996 essa corte tem reiteradamente proferido decisões que repudiam práticas discriminatórias baseadas em orientação sexual. Nesse sentido, destaca-se decisão da corte que condenou o Reino Unido, sob o fundamento de que a política de banir a presença de homossexuais nas Forças Armadas constituiria uma flagrante discriminação e indevida ingerência no direito ao respeito à vida privada, injustificável em uma sociedade democrática.
Decisões recentes da Corte Europeia têm ainda assegurado o reconhecimento da nova identidade sexual de transexuais (após a operação para a mudança de sexo), bem como as implicações legais nas esferas trabalhista e da seguridade social (como o direito à aposentadoria tomando como referência a idade aplicável às mulheres, se essa for a nova identidade sexual). Nesses casos, a corte recorre à interpretação dinâmica e evolutiva, aplicando a Convenção Europeia de 1950 à luz de novos fatos e valores. Afirma ser a essência da convenção assegurar o respeito à dignidade humana e às liberdades, o que abrangeria no século 21 o direito dos transexuais ao desenvolvimento pessoal e à segurança física e moral de forma plena.
Esses relevantes precedentes judiciais revelam dois fenômenos. De um lado, expressam a falta de consenso normativo sobre a proteção do direito à livre orientação sexual; de outro, apontam o extraordinário papel do Poder Judiciário na promoção dos direitos humanos, por vezes trunfos de minorias em face do arbítrio de conjunturas majoritárias, como atenta Ronald Dworkin.
A falta de consenso legislativo impulsiona a defesa do direito à livre orientação sexual deslocada para a arena jurisdicional. A proteção dos direitos sexuais tem sido marcada pelo acentuado dissenso. Basta mencionar a iniciativa do Estado brasileiro, em 1998, quando da comemoração dos 50 anos da Declaração Universal, em propor uma resolução defendendo que os direitos enunciados na declaração fossem exercidos sem nenhuma discriminação, inclusive baseada em orientação sexual. A proposta foi rejeitada, sobretudo pela forte resistência dos países árabes. Se há um número crescente de países que reconhecem as uniões homoafetivas e o direito à livre orientação sexual (como a Holanda, a Bélgica, a Espanha, a África do Sul, alguns Estados dos EUA e o Canadá, entre outros), há ainda aqueles que criminalizam a prática de forma rigorosa.
É nesse contexto que a responsabilidade do Poder Judiciário ganha especial relevância. Como bem sustentou o ministro Celso de Mello, do STF: "O Poder Judiciário constitui o instrumento concretizador das liberdades constitucionais e dos direitos fundamentais (...) É dever dos órgãos do poder público - e notadamente dos juízes e dos tribunais - respeitar e promover a efetivação dos direitos humanos". Decisões judiciais têm tido a força catalisadora de transformar legislações e políticas públicas, contribuindo para o avanço na proteção dos direitos humanos.
Para Nancy Fraser, há o caráter bidimensional da Justiça: redistribuição somada ao reconhecimento. O direito à redistribuição requer medidas de enfrentamento da injustiça econômica, da marginalização e da desigualdade econômica, por meio da transformação nas estruturas socioeconômicas e da adoção de uma política de redistribuição. Já o direito ao reconhecimento requer medidas de enfrentamento da injustiça cultural, dos preconceitos e dos padrões discriminatórios, por meio da transformação cultural e da adoção de uma política de reconhecimento. É à luz dessa política de reconhecimento que se pretende avançar na reavaliação positiva de identidades discriminadas, negadas e desrespeitadas; na desconstrução de estereótipos e preconceitos; e na valorização da diversidade.
A igualdade e a não discriminação constituem princípios fundamentais que iluminam e amparam todo sistema de proteção dos direitos humanos. Sua proteção é requisito, condição e pressuposto para o pleno e livre exercício de direitos.
Em defesa do princípio da dignidade humana e dos direitos à privacidade, intimidade, autodeterminação, liberdade, igualdade e não discriminação, cabe ao Supremo o desafio de romper com a injustiça cultural dos preconceitos e dos padrões discriminatórios, que tem negado aos homossexuais direitos básicos. No Estado Democrático de Direito, guiado pela razão pública, que triunfe a ética dos direitos humanos, como idioma da alteridade, ao ver no outro um ser merecedor de igual consideração e profundo respeito, dotado do direito de desenvolver as potencialidades humanas, de forma livre, autônoma e plena.
Flávia Piovesan é Professora de Direitos Humanos da Pós-Graduação da PUC/SP, da PUC/PR e da Universidade Pablo de Olavide (Espanha), Humboldt Foundation Research Fellow no Max Planck Institute (Heidelberg), procuradora do Estado de São Paulo e membro do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana

Fonte: Estadão

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vídeo hilário, comédia com erros da lingua portuguesa



Um seqüestrador é encurralado pela polícia, quando começam as negociações para a libertação das vítimas. Entretanto, como condição ele ( o seqüestrador) impõe aos policiais que não poderá haver erros de português durante o acordo, senão, para cada erro cometido contra a língua uma vítima morrerá!

A comédia é muito divertida, vale o clique.

Saiba mais sobre a Igreja Universal do Reino de Deus

Folha Online




Fundada em 1977, no bairro do Méier, zona norte do Rio, a Igreja Universal do Reino de Deus diz ter hoje 8 milhões de fieis só no Brasil, mas seus templos estão presente em mais de 150 países. Seu líder é o empresário Edir Macedo de Bezerra, 64.


As primeiras reuniões da igreja, comandadas pelo então pastor Macedo, ocorreram ao ar livre, num coreto do Jardim do Méier. Hoje, a igreja aposta em templos de grandes dimensões, a Catedral Mundial da Fé, no Rio, ou no plano internacional, o de Jerusalém, em Israel.


Desde o princípio a Universal abraçou a doutrina neopentecostal, que se expandiu no Brasil especialmente a partir das décadas de 40 e 50. Uma característica da corrente é a chamada teologia da prosperidade, que enxerga ligação direta entre uma bênção divina e o sucesso material do fiel. Em resumo, o bem-sucedido é o abençoado por Deus, e deve doar parte de sua benção de volta à igreja, como símbolo de desprendimento e como tijolo na "obra religiosa". Outras igrejas, como a Renascer em Cristo, também fazem o mesmo.


A ação de jovens igrejas como a Iurd tem sido envolta por polêmicas, críticas e até investigação judicial. Boa parte das críticas vêm de outras linhas também evangélicas, contrárias, por exemplo, à teologia da Prosperidade. As críticas mais incisivas hoje vêm de dissidentes da própria Universal, como Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, e o pastor Ronaldo Didini, cuja afinidade é com a Assembleia de Deus, embora tenha atuado em outras, como a Internacional da Graça.


Agora a Universal está também na mira da Justiça, que abriu ação criminal contra Edir Macedo e outros nove integrantes da igreja, sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.


Além de líder espiritual à frente da Universal, Macedo é proprietário da Rede Record de Televisão. Os membros da Universal também usam as novas mídias a seu favor. No portal da igreja, o Arca Universal ponto com ponto br, vende-se de tudo. De perfumes a gel fixador para o cabelo. De bíblias infantis a camisetas. E o próprio Edir Macedo já está presente na plataforma Twitter, onde possui milhares seguidores. Uma gota d'água perto dos milhões de fieis que a igreja diz ter ao redor do mundo.

A Igreja Universal e Seus Demônios: Um Estudo Etnográfico

1a. edição, 2009
Ronaldo de Almeida
Editora Terceiro Nome

Sinopse
Este livro nos traz informações e uma linha argumentativa para a discussão e o entendimento de um fenômeno novo no campo religioso brasileiro: a expansão pentecostal. Um de seus pontos altos é a dramática descrição etnográfica do ritual de exorcismo, acompanhado e vivido por todos os presentes no culto.

A obra, com prefácio de Alba Zaluar, faz parte da coleção "Antropologia Hoje", dirigida por José Guilherme Magnani e resultado de parceria da Terceiro Nome com o NAU - Núcleo de Antropologia Urbana da USP. Livro considerado bom pela avaliação do Guia da Folha de S.Paulo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MP rebate suspeita da Record sobre legitimidade no caso Universal

O Ministério Público rebateu nesta segunda-feira (17) uma suspeita de legitimidade da denúncia contra o bispo Edir Macedo e mais nove integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), levantada pela Record.
Segundo informações da Folha Online, a Universal oficialmente pediu para o Ministério Público de São Paulo investigar os promotores que fizeram a denúncia. Em nota, divulgada pela assessoria de imprensa, a igreja faz um pedido de sindicância com base em reportagens divulgadas na imprensa.
O programa "Repórter Record" mostrou que o promotor Roberto Porto, responsável pela ação e a juíza Patrícia Alvarez Cruz, que foi titular onde a denúncia foi acolhida, já foram namorados e isso invalidaria a ação.
Em nota, o Ministério afirmou que a denúncia foi feita por promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e recebida pelo juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Gláucio Roberto Brittes, depois de distribuída pelos trâmites legais do Tribunal de Justiça. Dessa forma, a juíza não participou do processo criminal.
A reportagem da atração da Record criticou a Globo e mostrou uma entrevista com o bispo Edir Macedo. Por outro lado, a emissora carioca exibiu uma reportagem no "Fantástico" em que fiéis teriam sido

Redação Adnews

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

RECORD TENTA MANIPULAR OPINIÃO PÚBLICA

Na noite de ontem, a Rede Record tentou manipular a opinião pública exibindo na sua programação, após exaustivas chamadas em sua grade de anúncios e marketing, reportagem contra a Rede Globo, numa tentativa sôfrega e covarde de desviar o foco das denúncias do MP de São Paulo contra o patrimônio milionário do então auto denominado bispo Macedo, líder das empresas Record e Universal do Reino de Deus.
O fato de dizer que a Globo manipulou as eleições de 1989 contra o presidente Lula, dizer que a Globo manipula a mídia em favor de José Serra, ou que ela deve ao governo federal é um contra-senso, afinal, se ela estivesse nas mãos do governo federal, devendo-o, como ela poderia atacá-lo? Não seria um tiro no próprio pé?
A Record , também, atacou a vida pessoal do promotor de justiça que fez a denuncia contra o bispo Macedo e a juíza que conheceu da denuncia. Enfim, o Macedo está atacando todos que falam e falaram de suas denunciadas ações ilícitas, mas não provou o contrário, não explicou a origem do dinheiro que mantém a Record de televisão, e nem tampouco mostrou documentos válidos que comprovassem as entradas e saídas de capitais em estrita manutenção das atividades religiosas.
O que só se pode concluir que, a emissora da igreja de Macedo tenta dar a questão um enfoque de guerra pela mídia, enquanto, na verdade, tenta esconder ou camuflar a realidade, para não ter que responder sobre a LAVAGEM DE DINHEIRO empregada na ação da atividade da fé e outros negócios espúrios.
Por outro lado, deixando os motivos pessoais, a Globo exibiu fatos bem concretos, e que novamente a Record ou UNIVERSAL não provarão o contrário, como por exemplo: o Fantástico levou ao ar entrevistas com pessoas que disseram ter doado até R$ 100 mil para a igreja. A reportagem mostrou ainda uma casa em Campos do Jordão (SP) com doze suítes e elevador panorâmico avaliada em R$ 10 milhões que seria de propriedade da Universal.
Ou ainda, Segundo o levantamento feito pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo, as fraudes na Igreja Universal vinham sendo praticadas há pelo menos 10 anos. A investigação constatou que a movimentação chegaria a R$ 1,4 bilhão por ano em dízimos coletados em 4,5 mil templos em 1,5 mil cidades do País. Só no período de 2003 a 2008, os depósitos para a Igreja Universal do Reino de Deus alcançaram R$ 3,9 bilhões.
E agora Macedo, Jesus te chicoteia como aos vendilhões do templo?

domingo, 16 de agosto de 2009

Entre Homens

"Quero sexo, vapor, calor
Suor, toalha, peitos nus
Mas também poltrona e plateia,
Debaixo da tela e sem luz"



O Espaço Entre Homens, da Associação da Parada do Orgulho LGBT, discute, NO PRÓXIMO DIA 20/08, o tema:

PRAZER COLETIVO: LUZES E VAPORES



Saunas gays e “cinemões”. Dois estabelecimentos a respeito dos quais homens gays não são neutros. Para uns, é puro erotismo, fantasia e aventura. Para outros, lugares de repulsa, falta de higiene, risco à saúde – e você? O que pensa a respeito?


Saunas e cinemas são opostos e similares ao mesmo tempo.

Enquanto, em uma, a claridade, o calor e o desfile sem pudor de corpos seminus ditam as regras; nos outros, o ritmo é dado pela escuridão – cortada por apenas uma fonte de luz – e pelas roupas, que, não raro, informam a origem e a profissão dos frequentadores e são retiradas apenas por breves períodos, nunca de forma completa.

Enquanto as primeiras se destacam pela disseminação em São Paulo, com a inauguração de novos e ousados espaços nos anos recentes e em bairros de elite, os primeiros, que já proliferavam em regiões decadentes, vêm sofrendo contínuas baixas diante de esforços por parte da prefeitura.

Ainda assim, eles têm pontos em comum.

Em ambos, o prazer dificilmente é algo individual, privado, escondido. Mesmo quando a penetração ocorre em espaços reservados, os ensaios, os jogos de sedução e a excitação são vividos em público e, não raro, todo o processo ocorre de forma coletiva, com a participação de terceiros, quartos, quintos ou mais!

Esses lugares, que traduzem, no dia a dia, comportamentos pouco explorados da experiência sexual de homens que fazem sexo com homens, suscitam reflexões e questionamentos.

- Seriam eles espaços libertários, em que a sexualidade encontra uma forma mais pura de expressão?

- Seriam eles lugares de informação e/ou sociabilidade, em que amizades e contatos são travados e contribuem para a inserção de gays que assim se reconheceram recentemente?

– Seriam eles lugares em que se propagam os comportamentos de risco, ou, ao contrário, em que a prática do sexo seguro é observada com mais frequência, inclusive quando comparados a relacionamentos monogâmicos?

- Quem vai, quem usa, quem transa, como, com quem e por quê?

Venha discutir com a gente esses e outros tópicos, com direito a comes e bebes e participação de frequentadores de saunas e cinemões – sem toalhas e sem telonas!

Contamos com sua presença! E, na próxima reunião, continuaremos no tema “Prazer Coletivo”, falando de sex clubs. Aguarde!


Quando?
20/08/2009, às 19h

Onde?
Praça da República, 386 - Sala 22 - Centro
01045-000 - São Paulo, SP
Tel.: (11) 3362-8266

Quem?
Adoradores de vapor, performers de palco-e-tela, garotos de programa, plateia e voyeurs, cidadãos comuns e “de bem”. Bis, tris, gays, unos, trans, homens, mulheres, héteros, lésbicas e qualquer um que queira participar.

Sugestão de Leitura


Para auxiliar na discussão sobre os cinemões:

http://www.acapa.com.br/site/noticia.asp?codigo=5481

Sobre o Entre Homens
Gerenciado por Murilo Sarno, o Espaço Entre Homens é uma iniciativa da Associação da Parada do Orgulho GLBT que visa a refletir com o público gay, numa roda de conversa livre e espontânea, temas relacionados ao universo gay masculino. Todos são convidados a participar, e a entrada é franca.

Contato para a imprensa:
João Marinho -
joaomarinho@uol.com.br

O Bispo e o DINHEIRO

A bancada evangélica no CONGRESSO NACIONAL tem como um de seus representantes o SENADOR E BISPO da Igreja Universal Marcelo Crivella. Este, por sua vez, é voz ATIVA contra os Direitos Civis dos homossexuais, ou seja, a IGREJA UNIVERSAL é contrária, in totum , aos gays e ao estilo de vida dos gays.

Mas e da lavagem de dinheiro, e da corrupção o que dizem os bispos? Eles não dizem nada, apenas atacam a REDE GLOBO, dizendo ser esta o motivo da perseguição injusta! Engraçado, mas como explicar tantos dólares, será que Deus justifica?
Edir Macedo teria 4 imóveis avaliados em US$ 13,4 mi
Uma reportagem da revista Veja deste final de semana afirma que o bispo Edir Macedo e sua mulher, Ester Eunice Rangel Bezerra, têm um patrimônio que inclui dois apartamentos milionários em condomínios em Miami, nos Estados Unidos. Segundo a revista, o primeiro deles, em nome de Ester, foi comprado em 2006 e está avaliado em US$ 2,1 milhões. Já o segundo, de propriedade do casal, foi adquirido em 2008 e custou US$ 4,7 milhões.

Além dos dois imóveis americanos, a revista aponta que, em 2007, Macedo construía em Campos do Jordão (SP) um imóvel de 2 mil m² avaliado em US$ 6 milhões. Na mesma cidade, o bispo também teria uma outra casa, comprada nove anos antes, por US$ 600 mil.

Por meio de uma denúncia elaborada por promotores do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), e aceita pela Justiça na última segunda-feira, Edir Macedo e outros nove integrantes da Igreja Universal tornaram-se réus de um processo criminal acusados de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Ainda de acordo com a denúncia, Macedo e os outros réus são acusados de usar o dízimo pago pelos fiéis da igreja para comprarem bens privados.

Além dos imóveis apurados por Veja, o bispo é apontado como dono da Rede Record, com 90% de participação, sendo os outros 10% detidos por sua mulher.

Pelo esquema detalhado pelo Gaeco, parte do dinheiro arrecadado pela Universal com os dízimos era transferido a empresas de fachada, a Cremo Empreendimentos e a Unimetro Empreendimentos, sem que estas tivessem prestado nenhum serviço à igreja. A partir daí, as empresas transferiam esses recursos a paraísos fiscais, que de lá retornavam como empréstimos para pessoas ligadas à Universal, em um esquema de lavagem de dinheiro.

Esses recursos, segundo o MP, foram usados, entre outros, para a compra da TV Record do Rio de Janeiro, feita em 1992, por US$ 20 milhões, e da TV Itajaí, de Santa Catarina.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Universal e frota aérea?

Universal teria frota aérea para transportar dinheiro

Denúncia do Ministério Público Estadual de São Paulo (MP-SP) indica que a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) montou um esquema aéreo para transportar dinheiro dentro do Brasil e também para o exterior. A frota usada pela igreja contaria com jatinhos potentes que chegariam a custar até US$ 45 milhões cada um. As informações são do jornal O Globo desta quarta-feira.
Na terça-feira, a Justiça paulista acatou a denúncia apresentada pelo MP com base em investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra o bispo Edir Macedo e mais nove integrantes da Igreja Universal.
Segundo o levantamento feito pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, os acusados usariam dinheiro de doações dos fiéis para benefício próprio. A investigação constatou que a movimentação chegaria a R$ 1,4 bilhão por ano em dízimos coletados em 4,5 mil templos em 1,5 mil cidades do País. Só no período de 2003 a 2008, os depósitos para a Igreja Universal do Reino de Deus alcançaram R$ 3,9 bilhões.
Pelas investigações, a igreja teria preferência por movimentar dinheiro em espécie, proveniente da arrecadação em cultos e atos nos templos. O dinheiro seria acondicionado em sacolas e transportado em aviões particulares. O braço aéreo do esquema seria a empresa Alliance Jet, com sede em Sorocaba (SP).
Redação Terra

terça-feira, 11 de agosto de 2009

MP-SP denuncia Macedo e 09 pessoas da Igreja Universal

A Justiça acatou nesta segunda-feira denúncia representada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo contra Edir Macedo e outras nove pessoas de seu grupo religioso. Eles são acusados de desviar dinheiro coletado dos fiéis da Igreja Universal, que deveria ser destinado à ações de caridade, para empresas de fachada. Segundo a denúncia, o grupo teria desviado cerca de R$ 8 bilhões entre 2001 e 2008 e usado o montante para aquisição de emissoras de TV e rádio, aeronaves e edifícios.
Segundo levantamentos, realizados pelos promotores que apresentaram a denúncia, foi identificado que a arrecadação da Igreja Universal, estimada em R$ 1,4 bilhão por ano, seria maior entre os meses de janeiro e julho, quando a instituição realiza uma campanha intitulada "Fogueira Santa de Israel". Nestes meses foram identificados os maiores repasses para as empresas particulares dos envolvidos no esquema do bispo.
As empresas usadas como laranja constam no relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), que foi anexado à denúncia. O relatório aponta a existência de contratos atípicos e movimentações incompatíveis com a capacidade econômica e condições físicas das empresas. Segundo o MPE, Edir Macedo não figura nominalmente como sócio de nenhuma destas empresas. Todavia, entre outras provas, depoimentos confirmam que o bispo é o verdadeiro donos destas instituições.
Edir Macedo e os demais acusados responderão agora processo criminal pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Se condenados, eles podem pegar até 13 anos e meio de prisão além do pagamento de multas.
A Justiça determinou que os réus respondam à acusação, por escrito, num prazo de dez dias.

Fonte: O Tempo

Homofobia terapêutica





Rozangela Justino
Rozangela Justino é um nome que o leitor jamais deveria ouvir falar – mas quis o destino que fosse assim.

Evangélica, psicóloga e agora submetida à censura pública pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) em 31/07/2009, ela se dedica a "curar" homossexuais, embora, com esperteza, evite a palavra "doença" e afirme apenas "tratar" gays em conflito com seus valores.

Sabemos que esses conflitos existem. No entanto, em vez de buscar a razão por trás deles e tornar a pessoa agente de sua própria vida, Justino vai na contramão: por que ajudá-la a solucionar a situação? Melhor formatá-la à "sociedade".

Já vimos esse filme.

Por décadas, gays foram cobaias de todos os procedimentos possíveis e imagináveis de "reorientação sexual", inclusive alguns bárbaros, como a emasculação.

Os resultados, confirmados recentemente pela APA (American Psychological Association): questionáveis e duvidosos, somados a grande sofrimento por parte da maioria. Ora, mesmo que a "reorientação" existisse, seria ético fornecer um "tratamento" cujos custos não sustentam os "benefícios"? E por que apenas se defende a reorientação para gays, mas nunca para os héteros?

A resposta é óbvia: porque, misturando religião e psicologia, Justino e sua trupe consideram que a homossexualidade tem um erro fundamental, e isso, que se constitui em um julgamento moral a priori, não tem base científica, mas religiosa. Portanto, fique esperto: parece terapia, mas é homofobia.



Editorial de minha autoria publicado na revista Sex Boys 62. Acima, a foto de Rozangela Justino sem maquiagem, óculos escuros e peruca. Ela tem saído disfarçada para criar um factoide, como se estivesse ameaçada por alguma "milícia gay" ou "brigada cor-de-rosa", algo que efetivamente não existe.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gays em família



Uma simples mudança de perspectiva mostra que são as religiões homofóbicas, e não a homossexualidade, os verdadeiros vilões por trás da famigerada “destruição” do núcleo familiar.


por João Marinho


Escrevo estas linhas pouco depois do Dia dos Pais, em agosto. Como muitos que ainda têm a sorte de ter um pai, um pai vivo e um bom pai – nem sempre é possível ter tudo isso, e, para quem não tem, admito que o dia não tenha a menor relevância –, passei-o com o meu, em um jantar em família.

No meu caso, essa tradição ganha uma maior importância, já que não sou um indivíduo “muito família”. Vejo a noção que temos sobre essa “entidade” um tanto quanto artificial. Artificial, mas construída de forma a ter uma cara natural e fundamental, como se o “modelito nuclear” (pai, mãe e filhos) fosse o único capaz de garantir carinho, proteção e indivíduos saudáveis. Coisa que, basta uma olhada na história e mesmo nos dias de hoje, se revela falsa.

Isso, porém, não significa que não valorize o fato de ter uma família. Apenas que minha noção a respeito dela, que passa primordialmente pelo afeto – não acredito que o “sangue” seja, por si só, um elemento agregador – é diferente, e me permito o direito de exigir que o meu conceito seja também respeitado. Afinal, é por ele que pauto toda a atenção que dispenso a meus pais e minhas irmãs.

No entanto, na esfera pública, a atitude de respeito às diferenças entre as famílias e entre os conceitos de família é rara, especialmente quando analisamos o comportamento dos religiosos, notadamente evangélicos e católicos, mais fundamentalistas.

Para eles, existe só um tipo de família: a nuclear, e, em cima disso, justificam uma série de oposições a direitos que nós, enquanto homossexuais, lutamos para ser reconhecidos, como o de casar e o de ter, ou adotar, nossos filhos. Bradam eles que vamos destruir a “família” – mas me pergunto: qual família?

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não são alienígenas que caíram de um disco voador. Também não brotam da terra. Temos nossas famílias, nossos pais e mães, parentes – e não é raro que sejamos extremamente dedicados a eles.

Muitas vezes, é uma dedicação imerecida, pois, ao contrário de outros grupos estigmatizados, a família geralmente é o primeiro lugar em que o gay enfrenta o preconceito: escondemos nossos amigos, trocamos mensagens cifradas, inventamos desculpas e eventos que não existem, sofremos calados as decepções amorosas, quase nunca apresentamos nossos namorados, evitamos nos informar sobre DSTs ou tomar conselhos e somos assombrados pelo medo de nossos pais descobrirem, se decepcionarem e nos punirem – o que, muitas vezes, acontece.

Tenho amigos que já passaram por perseguição dentro de sua própria casa, outros foram expulsos, surrados, outros ainda chegaram a ter seus talheres separados. Um quarto grupo, obrigado a fazer terapia. Em comum, essas histórias têm um fato: os pais, via de regra, eram profundamente religiosos e acreditavam agir corretamente para livrarem os filhos do “mal” da homossexualidade.

Diante desse quadro, é até surpreendente que gays e afins ainda tenham tanto amor por suas famílias e o desejo de integração. Meu pai e minha mãe nunca chegaram a esses extremos, mas é fato que, por motivos sociais e religiosos, ainda não estão confortáveis com minha homossexualidade – e, no fim das contas, na minha e em outras famílias, tudo isso atua contra a nossa felicidade e contra os laços que nos unem a nossos parentes.

Quem atua, então, na destruição das famílias, especialmente daquelas com membros homossexuais e afins? Os gays ou as religiões homofóbicas? Creio que a resposta já ficou suficientemente clara.


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Publicado também na revista Sex Boys 62

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Quem é o doente mesmo?

Não consigo compreender como algumas pessoas sentam no próprio rabo para falar dos outros... É o caso de Robson Cavalcanti, excluído da comunhão da IEAB (Igreja Episcopal Anglicana do Brasil), que em entrevista disse ser a homossexualidade DOENÇA ESPIRITUAL. Contudo, Robson Cavalcanti não diz de seu comportamento pessoal, individual frente aos acontecimentos que prolataram sentença desfavorável, ao então, epíscopo da diocese de Recife.
Gostaria de saber se a pessoa que tem comportamento destrutivo, difamatório e porfioso pode ser considerada uma pessoa SADIA? Bem, psicologicamente há, nitidamente, um caráter egodistônico, em tais comportamentos, que não poderíamos afirmar da NORMALIDADE do mesmo. Quanto mais espiritualmente, com certeza, a ética não abraçaria tal causa. Ainda sim, pessoas consideram Cavalcanti como modelo de religiosidade... (prefiro não comentar).
Entre a homossexualidade e as maquinações políticas pelo poder eclesiástico, não seriam os primeiros a sofrerem de distúrbios por ela vivenciarem; tampouco receberiam sentença, in ipsis verbis:
“Tendo em vista os fatos, e que o Tribunal Superior Eclesiástico, por unanimidade de seus membros, reconhece a culpabilidade do Bispo Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti, o Bispo Primaz decreta, na forma do Capítulo IV, Cânon 4, Artigo 1º, alínea D, dos Cânones Gerais da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a sua deposição do exercício do ministério ordenado desta Igreja. Em decorrência do que cessam todos os seus vínculos canônicos, sacramentais, pastorais e litúrgicos, bem assim com seus direitos, prerrogativas e deveres do ministério ordenado da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.”.
Temos que indagar, quem é o doente verdadeiro dessa história, quem é o doente mesmo? Basta lermos um pouquinho do que o Bispo da diocese do Rio de Janeiro, Revmo. Filadelfo Oliveira Neto,escreveu para nos convencermos das verdadeiras intenções de Cavalcanti:
“Afirmar que a saída de Robinson Cavalcanti foi por causa da sagração do bispo homossexual, é sem dúvida querer esconder os verdadeiros motivos, basta observar as acusações pelas quais ele foi julgado no tribunal eclesiástico da IEAB e perceber que os motivos foram disciplinares. Embora a imagem de conflito e de perseguição tenha sido amplamente divulgada, não corresponde à realidade. Existem clérigos e leigos de tendência evangélica em toda a Província, nem por isso estão sendo perseguidos. Quanto à sagração de bispos gays, em momento algum concordei com o que aconteceu, nem por isso fui discriminado ou sofri qualquer tipo de retaliação na IEAB, afinal, o pensar diferente não é razão para que alguém seja excluído, é possível manter o diálogo mesmo tendo idéias contrárias.”.
Assim Cavalcanti, num gesto “nobre e sadio”, foi para a mídia denegrir a imagem da sua instituição e de seus líderes:
“Mesmo antes da instalação do processo eclesiástico, ele já vinha expondo a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, basta observar muitos dos textos que eram amplamente divulgados. Neles a IEAB era qualificada com uma igreja apóstata que pregava práticas anti-bíblicas e conseguintemente havia se desviado da fé. Creio que quando um líder da Igreja se insurge contra ela desta maneira, já tornou sua imagem bastante negativa.”.
Só posso concluir que a Igreja está cheia de “lobos travestis”, aqueles que se fazem de ovelhas para esmagarem e oprimirem gente séria, honesta e honrada. Na verdade, os verdadeiros doentes espirituais são aqueles que dividem a casa.