quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CURSO INTENSIVO DE FLORA PASSIVA - III


O fim do ano está chegando, mas, para a Mama, não tem descanso. Afinal, tudo que é duro dói, mas tem de continuar, rsrs...!

Por isso, antes que 2011 dê um tchauzinho de miss e 2012 ADENTRE nossas vidas, fizemos uma edição especial do nosso Curso Intensivo de Flora Passiva e demos em dobro (ui!), catalogando nada mais, nada menos que quatro novos tipos!


5. AS AMÉLIAS

As que são mais maduras, como Mama, lembrarão daquela famosa música que diz que a “Amélia é que era mulher de verdade... Amélia não tinha a menor vaidade”.

A palavra virou sinônimo daquelas rachas que ficam em casa e fazem de tuuudo pro bofe que chega do trabalho cheirando a cerveja (“hora extra”, claro...) no fim do dia.

Pois bem: é exatamente o que as bees amélias fazem – e vale dizer que esse tipo foi sugerido por alguém especial, sinal de que está funcionando pedir ajuda para catalogarmos todas nós!

Tradicionalistas e conservadoras, as amélias sonham com um marido para chamar de seu e querem ter uma casinha no mais puro esquema mamãe-papai.

Seu objetivo é serem sustentadas, fazer o café da manhã, preparar o jantar, limpar o banheiro e perfumar a cama onde, idilicamente, serão abatidas à noite – ah, e o bofe, nem pensar de dar uma de delicado! Tem de ser macho-cho, com todos os vícios e, hummm, durezas a que tem direito!

Vale dizer, porém, que existe hoje um novo tipo de amélia. Sim, meu bem: elas se dividiram em duas cepas. Hoje, as mais modernosas é que saem pra trabalhar e deixam o bofe em casa – mas ainda dão conta do jantar quando voltam e não descuidam da chuca, no melhor esquema multitarefa e autolimpante. Não é raro que até sustentem o ocó!

Mama sabe que existem diferentes tipos de arranjo de namoro e casamento, mas não pode dizer que deixe de se preocupar com as duas amélias.

Afinal, quando as rachas fizeram sua revolução e cometeram o pecado de queimar sutiãs Victoria’s Secret em praça pública, du-vi-do que estivessem pensando que algumas bibas assumiriam, orgulhosas, seu lugar – e a mama da Mama, a Abuela, já ensinava que, se for para sustentar macho, que seja em cima de mim, porque, para f*der a conta corrente, já tem gerente de banco e cartão de crédito, right?


6. AS FLEX DE MEIA-TIGELA

Na primeira aula de nosso curso, falamos das falsas ativas, lembra, bee? Aquelas que “só dão para um pau maior que o delas”? Mas, como a evolução é uma regra da natureza, elas deram origem a uma subespécie: as flex de meia-tigela. Essas representantes da flora passiva são a razão por que recai sobre as versáteis verdadeiras a alcunha de dadeiras não assumidas.

Diferentemente das falsas ativas, elas não escondem que gostam de ser devoradas e, embora sejam também adeptas do ditado popular que diz: “tudo vale a pena se a vara não é pequena” (aimmmm... Não é esse?! Mais um que Mama erra rsrs), a verdade nua e crua é que topam as mais diferentes opções de comprimento e largura.

O problema é que elas dizem permanecer com um lado ativo, embora tudo não passe de uma jogada de marketing para ganhar terreno no mercado do sexo.

O discurso tradicional é falar que são “totalflex” – mas de “total”, elas nada têm, gata: rodam 90% no álcool e só 10% na gasolina. Resumindo: elas até comem... Mas só quando não têm nenhuma outra opção, o que pode ser um problema se a senhora não está interessada em entrar numa de Marisa e ficar “de mulher pra mulher”.

Infelizmente, Mama ainda não descobriu como separar facilmente essas passivas das verdadeiras versáteis. Parece que a evolução as dotou de uma camuflagem de última geração.

O único jeito é fazer uma análise minuciosa enquanto conversam, no MSN, nos sites de relacionamento ou antes de ir pro motel. Se ela for uma rosa vermelha, em algum momento, a senhora sentirá o cheiro...


7. AS VAMPIRAS

Tudo bem. Mama sabe que, por incrível que pareça, está assim, ó, de ativas por aí que mais parecem homem hétero machista e chato: elas se perturbam se descobrem que a senhora tem um laaaaargo currículo (sem trocadilhos...), ficam estupefatas ao saber que a senhora já fez caridade e deu tudo que é seu e arrepiam o púbis de ciúme antes de levá-la ao altar de véu, grinalda e sem calcinha – mas, verdade seja dita, isso, por si só, não justifica a existência dessa categoria de passivas, que adoooram gongar as amigas à luz do dia, chamando-as pejorativamente de “promíscuas”.

Não se conforme com isso, gata. Essas santinhas não são nem do pau oco, porque o único pau que querem é o dos ocós!

Elas se fazem de puras, castas e casamenteiras, mas é só dar uma passadinha no darkroom da buátchy mais próxima ou no cinemón da vizinhança para vê-las mostrando a verdadeira face e toda a capacidade de seus orifícios – sem falar que você também pode topar com uma delas no bosque à noite, na praça com iluminação quebrada ou naquela ruazinha escura ali, ó, onde a senhora sabe que acontece de tudo: de bandidos comedores a sexo sobre quatro rodas.

Aliás, é por isso que elas são vampiras: quanto mais escuro o lugar, melhor. É só aí, certas de que ninguém vai reconhecê-las, que colocam as presas tratadas com clareamento dental de fora e buscam aquilo que verdadeiramente querem: um banquete de carne de homem!

Como a senhora já deve ter aquendado se viu a aula anterior, as vampiras são muito similares às egípcias na hora do sexo e, por isso, podem se combinar com elas, gerando híbridos espetacularmente desinteressantes...

Para combater esse tipo, é muito simples. É só jogar um foco de luz ou ameaçar com uma câmera na “hora H”. Ao verem o próprio reflexo com a boca cheia, elas se enrolam e desaparecem, assustadas, como o Mumm-Ra dos ThunderCats. Ainda bem que, como a famosa múmia e os vampiros de verdade, elas não têm vida eterna, rsrsrs...


8. AS GUZULAS

Quem aqui viveu nos anos 70 ou curte desenhos animados clássicos vai se lembrar do Guzula, um monstro gordinho que comia metal e cuspia fogo e cujo chavão era “Guzula está aqui. Guzula tá com fome de ferro!”.

Bom, meus amores, agora já cantamos a bola (as duas!) para esse tipo especial de passiva, que Mama confessa admirar: as guzulas, gordinhas ou magrinhas, também estão sempre com fome e sempre querendo FERRO rsrs!

Esse tipo particular de passiva dá em todo lugar – e nos dois sentidos da expressão. Não apenas se reproduzem e invadem os espaços, como são, errrrr, invadidas em todos eles. Gulosas, para elas, não tem tempo ruim: é só “cair na gandaia e entrar nessa festa”. Claro, quem entra são sempre os bofes...

O bom das guzulas é que elas são divertidíssimas e assumidíssimas. Extremamente caridosas, elas não dão: distribuem, divulgam, publicizam, compartilham – e, convictas, nem sonham em dizer que gostam de outra coisa.

Embora eventualmente assustem as ativas mais caretas, a verdade é que é muito mais fácil lidar com elas. Sem falar que têm a vantagem de serem inimigas naturais das vampiras e das egípcias, que as acusam de ser verdadeiras “manchas” e lhes dedicam aquele olhar de azedume de quem furou a dieta e está com refluxo.

Assim, a senhora pode ter as amigas guzulas como amuletos. Além de não fazerem questão nenhuma de pouca luz – o que é útil para quem faz a voyeur –, elas ainda pegam todos os bofes que as outras desdenham ou fingem desdenhar, deixando a senhora literalmente mais... Aberta... Às possibilidades se as acompanhar em suas caçadas incessantes...

Mais:
Curso Intensivo de Flora Passiva - II

Curso Intensivo de Flora Passiva - I

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Gays pensam mais em suicídio do que os heteros



Na França, 12,5% dos gays já pensaram em suicídio. Dentre bissexuais masculinos, o número é 10,1%.
 
A taxa dentre a população masculinaheterossexual é de 3,2%. Portanto, os números são até quatro vezes superioresdentre gays e bissexuais!
 
A gravidade da situação é a mesma no caso das mulheres. Dentre lésbicas, o número é10,8%; dentre as bissexuais10,2%. Dentre heterossexuais femininas o índice é de 4,9%.
 
Os dados foram fornecidos pelo governo federal francês.


Fonte Cena G

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Deputado pastor quer derrubar direito à pensão para companheiro gay








O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) se posicionou contra o Projeto de Lei que inclui como dependenteo companheiro ou a companheirahomossexual dos servidores públicos.


Votando o projeto na última quinta-feira, 8 de dezembro, na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF ) da Câmara, o deputado disse que aprovar o projeto seriadiscriminar as pessoas homossexuais.

No voto, o deputado e pastor alega que “não há na justificação do PL ou no relatório apresentado uma justificativa baseada em atributos, méritos ou carência identificável nos homossexuais para justificar a concessão do benefício. Cumpre relembrar que é a família, que é constituída pelo pai, a mãe e, presumivelmente, filhos”.

Fonte G

Governo declara apoio ao projeto que criminaliza a homofobia no Brasil




A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), declarou apoio ao projeto que criminaliza a homofobia.


“É muito importante que o Congresso Nacional encontre uma metodologia para responder a comunidade LGBT, que tem sido vítima da violência, muito cotidianamente, no nosso país. Assim como o racismo foi considerado crime, trabalharmos no sentido de que a homofobia também seja tratada como crime é um aspecto importante", disse a ministra, logo após participar da solenidade de entrega do Prêmio Direitos Humanos 2011, no Palácio do Planalto.

Fonte: Cena G

domingo, 11 de dezembro de 2011

CURSO INTENSIVO DE FLORA PASSIVA - II


Nosso curso de flora passiva está bombando, gatas! Dessa vez, batemos o nosso recóóórde e recebemos o incrível retorno de 1 mail e meio – porque o segundo veio truncado...

Em homenagem a esse retumbante sucesso, Mama resolveu continuar o curso, depois de uma semana regada a antidepressivos e calcinhas usadas por não saber se haveria novas inscritas.

Felizmente, a curiosidade pela tipologia passiva é única no Brasil. Afinal, ninguém quer levar gato por Mulher Melancia pra casa, não é? Então, vamos em frente que atrás vem gente... E bem fundo! Ui!

 

3. AS EGÍPCIAS

Antes de tudo, Mama precisa dizer que não tem absolutamente nada contra nossas amigas que são mais donzelas. Nem poderia, já que eu mesma sou uma, right?

Então, se estamos todas de mãos dadas na nobre causa de DAR alento aos pobres bofes carentes de, digamos... Expressão oral... Não será o fato de que algumas de nós gostam de levar sua mulher interior para passear algumas vezes – 7 dias por semana – que romperá as algemas cor-de-rosa e emplumadas que nos mantêm unidas.

No entanto, é verdade que é sobretudo entre as damas que encontramos este que é um dos tipos mais odiados entre as passivas. Numa flora habitada por rosas, orquídeas, tulipas, azaleias, margaridas e petúnias, elas estão mais para um jarro-titã (http://tinyurl.com/d9kwayr): são chatas, presunçosas, perturbam o ambiente, cobrem as fragrâncias das demais e ainda depõem contra o nosso lindo jardim. Estou falando das egípcias.

Se, como a Mama, você está acostumada ao jargão gay, já entendeu o que elas fazem. “Fazer a egípcia”, nós sabemos, é dar carão. É isso que elas fazem: viram o pescoço como as gravuras das pirâmides, olhando com desdém para as demais, sem o mínimo de comprometimento com a união pela nobre causa.

Na sauna, são as que entram de sunga e camiseta e fazem cara de azedo para qualquer um que cruze seu caminho, as sobrancelhas arqueadas como numa aplicação de botox. Nervosas, não conseguem parar no lugar e não param de abrir as portas procurando um príncipe que nunca chega – e tornando os exercícios das demais menos... Quentes.

Na buátchy, são as que se unem para criticar o modelito e o excesso de gostosura da colega ao lado, enquanto se esforçam para dançar com o bumbum arrebitado e as mãos delicadas em garra, fazendo um uso invejável do músculo adicional e flexível no pescoço, que as faz bater cabelo mesmo quando não os têm. No sex club e no cinemão, são as que entram com cara de nojinho (by Pôneis Malditos) e destratam, inclusive, os ocós que, tomados de coragem, delas se aproximam.

Mama nunca entendeu o porquê desse comportamento de desprezo, mas observou duas verdades incontestes sobre as egípcias. A primeira é que elas são, como os jarros-titã, inflorescências: andam sempre juntas, em grupo, e não se separam nem nas raras horas de caçar, no melhor estilo “pague uma, leve duas”. A segunda é que, ao contrário das famílias dos verdadeiros faraós, são absolutamente contra prestar uma mãozinha amiga às irmãs, e, assim, perto do fim da festa, lançam-se sedentas aos darkrooms e outros lugares escuros, deixando de lado a nobreza e se dedicando a uma autêntica democracia, onde ENTRA qualquer um. Afinal, como diz o ditado, a boca mama aquilo de que está cheio o coração (ah, não é esse o ditado?! Bobage!).

Por isso, dica da Mama: femininas, sim. Egípcias, nunca. Por que não se mirar nos exemplos das gregas, romanas e babilônias? Vênus ou Afrodite tinha filhos e sexo com bofescândalos e era uma deusa voluptuosa do amor – nasceu até de um “leite tipo P”, lançado ao mar, olha que delícia. Ishtar era a deusa da fertilidade, tinha prostitutas sagradas – nossas ancestrais! – como sacerdotisas e ganhou até um portão que era um luxo! Mas a Ísis egípcia, tadinha, vivia chorando o marido esquartejado...

 

4. OS BOFES-PANQUECA

As mais desavisadas entre nós confundirão essa espécie com as falsas ativas, mas abra o olho, meu bem, porque a diferença é sutil como uma trama de tule ou organza. Ao contrário das falsas ativas, os bofes-panqueca não têm a pretensão de se passarem pelo que não são.

O problema é que eles são, à primeira vista, bofes. Aí, já viu o doce, né? A senhora vai bunita caçar um deles e, como é uma moça de família quase boa, fica com receio de perguntar o que eles verdadeiramente curtem – bom, mas eles são tão másculos, fortes, têm a voz tão grossa e macia, as mãos grandes e um pernil suculento que não resta dúvida: só podem ser como os guerreiros vikings, loucos para COMER carne.

E eles estão mesmo, gata – mas o bife que eles buscam é o mesmo que a senhora, e naquela grelha só entra coxão DURO. O pior é que a senhora geralmente descobre isso da pior forma: quando sai do banheiro do motel, depois de retocar a maquiagem, dá de cara com o “ex-bofe” já devidamente virado na panqueca – bateu na cama, virou! –, nua, com a bundinha pra cima, pronta para envolver o que a senhora usa pra fazer xixi (afinal, nós, que somos phynas, não “mijamos”, né...).

Tsc-tsc...

Aí, não adianta reclamar, querida: ou a senhora comparece, ou fica malfalada. Por isso, dica da Mama: não se engane com qualquer bofe achando que, por parecer bofe, só por isso vai penetrar o seu... Errr... Âmago.

Pergunte, ou procure saber de forma indireta, mas procure saber. Há muitas bees femininas que são ativas e dominadoras! E, caso se depare com um bofe-panqueca na catalogação e a senhora for passiva convicta, seja educada e dê a entender, phynamente, que não come panqueca no jantar porque está de dieta para manter o shape...

Mais: Curso Intensivo de Flora Passiva - I

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sessão pipoca: No Night Is Too Long - Legendado



Quando compreendi, de fato, o tema desse filme,  não pude deixar de confessar a mim mesmo o encantamento em que fiquei submetido.

A verdade é que fui transportado para o ano de 2005, e a culpa de Tim, pareceu-me muito semelhante à culpa de Matheus, um ex-namorado meu... Não a culpa por algo feito indevidamente, como transgredir a lei; mas a culpa da eterna punição,  por viver algo que em si mesmo é proibido, por mais disfarçado que seja, por mais “normal” ou “natural” que se possa parecer, no fundo é negado, proibido, inapropriado.

Tim, como Matheus, em todos os casos, será vítima de si mesmo, e sua sentença é viver marcado pela culpa e o desprezo de si mesmo.

Um filme longo, mas envolvente, que reflete a realidade de muitos homossexuais nessa trilogia: eu (self),  prazer, e culpa. Pipocas à mesa, bom filme:

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Pastora evangélica faz culto em boate gay

Carol Pires
De Buenos Aires
A pastora Mabel Gebel abre o culto evangélico no Moulin Bleu (Foto: Divulgação)


Na avenida Corrientes, entre letreiros em neon, fotos de mulheres semi-nuas nas propagandas dos musicais em cartaz, bares e livrarias que viram a noite, está o teatro Moulin Bleu. A entrada é uma pequena porta na esquina da rua Rodriguez Peña onde um senhor anuncia que é de graça a entrada nas segundas-feiras à noite. É um teatro? Não, é um culto evangélico. Ou melhor: um show de talentos evangélico.
O teatro fica no segundo andar do prédio. A meia luz, famílias inteiras, prostitutas e travestis aguardam enquanto crianças e garçons circulam pelos corredores. Durante toda a noite é possível comprar vinho, cerveja e whisky e pedir uma pizza. Uma ajudante passa distribuindo folhetos entre as mesas com as informações sobre o culto, que é chamado "Predicando entre Plumas y Strass".
O culto no Moulin Bleu começou há seis anos com o pastor Diego Gebel. Ele morreu em maio do ano passado, aos 47 anos, depois de ter uma parada respiratória enquanto se recuperava de um cateterismo. Quem assumiu a condução do culto foi a viúva dele, Mabel.
É Mabel Gebel, cabelos loiríssimos, vestido preto e capa cintilante, quem abre o culto, às 22h. Ela explica o conceito da noite para os estreantes: Deus ama a todos sem distinção e por isso ela discorda dos evangélicos que têm preconceito contra travestis, prostitutas e homossexuais. No "Predicando entre Plumas y Strass", entra quem quer, se apresenta quem quer.
Mariana A, uma travesti de vestido longo, entra em seguida para fazer um show caribenho acompanhada de dois dançarinos de short curto e sem camisa. Ao longo da apresentação, o vestido é arrancado e ela fica com a bunda à mostra. Os seios em algum momento também vem à público.
Uma senhora ao meu lado, chamada Juana, contou que assiste ao culto toda semana há seis meses, desde que precisou fazer uma cirurgia no joelho e veio morar em Buenos Aires com o filho mais novo. Ele trabalha como ator, visita hospitais infantis da cidade fazendo apresentações circenses e nas segundas-feiras se apresenta no Moulin Bleu.
A noite segue com uma das filhas da pastora cantando uma música evangélica e outra filha fazendo um esquete de humor com um homem que, na verdade, era o porteiro do começo da noite. Mariana A. e outra travesti mais velha, loira, são as que mais fazem apresentações, quase sempre começando deslumbrantes e terminando semi-nuas. Entre um e outro, entra a pastora Mabel para pregar. No discurso mais longo da noite ela contou a história de Davi e Golias. Depois anunciou que mais tarde iria levar a palavra do senhor a um cabaré.
Duas horas depois, o show chegando ao final, chega a vez do filho da Juana. Ele entra no palco fantasiado de Evita Perón, vestido longo, maquiagem pesada e peruca loira. Com caras e bocas, cantou "Don't cry for me, Argentina". Juana não chorou, mas ficou emocionada.

Fonte: Terra

sábado, 3 de dezembro de 2011

Mentiras sobre o travesseiro

Novo livro conta romance que todo gay um dia já sonhou
Em Mentiras sobre o travesseiro, escritor percorre passos que todo gay já deu














A trajetória de um gay, independente de quem seja, traz muitos aspectos em comum. Cada um tem sua história, mas a maioria teve de enfrentar as mesmas etapas. O desejo pelo corpo masculino, pelo amiguinho da escola, ainda na infância. Na mesma escola, o fato de ser gongado pelos colegas de classe – o “famoso” bullying. 

As brincadeiras com o primo na adolescência. O namoro com meninas para se convencer de que pode se adequar aos padrões tidos como normais pela sociedade. As crises. O ato de se assumir para os pais e dar ao mundo a cara à tapa. Conhecer o cara por quem você se apaixona e se entrega achando que vai ser o homem da sua vida, até a primeira grande decepção amorosa. Quem nunca?!

A obra de Raphael Mello “Mentiras sobre o travesseiro” percorre justamente este caminho ao contar a vida de Pedro, que tem uma história de vida simples. Numa sala de bate-papo, marca um encontro com Marcos e, ao conhecê-lo, se apaixona e acredita que ele seja o seu grande amor. Passa a fazer planos, ter novos sonhos, idealizar um futuro até se transformar numa nova pessoa. Ao lado de Pedro, chega a viver os momentos que define como os mais felizes de sua vida, dos quais nunca ira esquecer.

Mas no caminho, ele se depara com a mentira, a decepção, a falta de caráter. Pedro muda. Marcos muda. As dúvidas se acentuam, os objetivos tornam-se outros e os sentimentos se transformam. É possível se apaixonar de novo pela mesma pessoa? As inquietações e inseguranças do personagem nos despertam reflexões. Até que ponto vale a pena amar? Até que ponto você é capaz de mudar o destino do próximo? Uma história contada ao longo de 445 páginas que passam sem que você se dê conta, tamanha a facilidade de identificação.

O que poderia ser mais uma obra literária que conta a história de um gay ganha um diferencial justamente por mergulhar na intimidade dos personagens e tentar traduzir, em palavras, o aspecto psicológico, os caminhos percorridos pela razão e pelo coração de cada um deles.

O livro passou dois anos para ser escrito e contou com a válida supervisão do psicólogo Fábio Costa. Apesar de extensa, a obra consegue segurar o ritmo até o final, a ponto do autor anunciar que “Mentiras sobre o travesseiro” é o primeiro de uma trilogia e a gente torcer para que saia logo o segundo livro.

Mentiras sobre o travesseiro - Raphael Mello
Editora New Book
445 páginas
Preço: R$ 39,90 
Fonte Mix Brasil







sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CURSO INTENSIVO DE FLORA PASSIVA - I



Olá, meus amores! Mama voltou! Sei que foi uma longa ausência, mas fico feliz de ter sido trazida de volta por causa das dezenas de mensagens que recebi perguntando quando publicaria um novo texto.

Mentira, rsrsrs! Se muito, recebi só uma – mas fiquei tão feliz de ter pelo menos UMA pessoa que me lê que resolvi voltar a usar minhas mãos de miss para escrever em vez de, digamos, trabalharem em meu próprio proveito...

Bom, depois do Kit Passivo (http://gospelgay.blogspot.com/2011/08/o-que-levar-no-seu-kit-passivo.html) e do Manual Básico de Etykettah no Cinemão (http://gospelgay.blogspot.com/2011/09/manual-basico-de-etykettah-no-cinemao.html), dessa vez, eu pensei em explorar um pouco a flora passiva do meio gay. Não, não é fauna, meu bem... Embora muitas de nós, passivas, gostemos de ser onças, panteras e leoas, a verdade incontestável é que carregamos uma floooor dentro do nosso coração, cujo som encantado, às vezes, sai pela boca... Mas bobage!

E por que falar justamente das passivas – e de novo? Pelo óbvio, ué. Num Brasil como o de hoje, em que ativas são tão comuns quanto nota de 1 real – todo mundo já pegou, mas agora ninguém tem –, nada mais útil do que saber identificar aquelas bees altruístas, doidas para dividir, compartilhar, disponibilizar, dar o que é seu, mas tímidas em assumir isso para suas amigas. É claro que, devido à complexidade do tema, o curso será em partes, e analisaremos, ao longo de alguns dias, uma dupla por vez. Afinal, um depois do outro é sempre mais gostoso...

1. AS BARBIES

Sim, eu sei... Falar de passivas e começar com as barbies é lugar-comum, mas todo curso é assim, não é? Antes do avançado, vem o bási-cu.

Bom, se como eu, você já é escolada no mundo gay, sabe que, para nós, Barbie é mais do que a namorada do Ken: verdade que ainda é uma boneca, mas fabricada milimetricamente nas academias, entre supinos e mesas flexoras. Se você observar bem, tem sempre uma perto de sua casa.

As línguas ferinas e venenosas dizem que as barbies têm “corpo de Tarzan, voz de Jane e cabeça de Chita”, o que não é absolutamente verdade, porque, como muitas de nós, a cabeça é que é “jânica”. Por isso, elas também se dedicam a capturar ocós – e usam como armas o inconfundível ato de tirar a camisa na balada, mostrando o tanquinho e atraindo incautos a fim de que as ajudem a trabalhar um determinado músculo anelar impossível de malhar na ginástica...

Por que elas são perigosas para nós, outras e passivas? Porque tem bee desinformada, bem! Elas veem aqueles músculos enrijecidos saltando pra fora e, embasbacadas, já pensam que a barbie vai lhes oferecer outra coisa dura e mais interessante, mas, invariavelmente, tudo que ganham é uma senhora bofetada com luva de pelica e rendas – se, e somente se, como na matemática, conseguirem escapar dos glúteos anabolizados.

Então, dica da Mama: ao ver uma barbie de academia, pense na Barbie da Mattel, e, no máximo, dê um espelhinho, que elas também adooooram. Certamente, a senhora vai ganhar um sorriso phyno, e ela vai lhe ajudar a conseguir o fone daquela outra barbie ali, ó, que juuura que é bofe. Bom, verdade seja dita, Mama até acredita em barbies ativas, mas sabe que elas são fruto de engenharia genética...

2. AS FALSAS ATIVAS

Muito cuidado com esse tipo, amiga! E Mama tem certeza de que você já viu, embora elas se esforcem em se maquiar (hummm...), para não serem percebidas. O perigo: assim como as travestis, elas confundem a muitos... Mas não se desespere: é só ficar atenta aos sinais.

Na internet, as falsas ativas são até relativamente fáceis de reconhecer: são aquelas que marcam, orgulhosas, a posição ATIVO nos seus perfis – mas, curiosamente, só têm foto de bunda e homem roludo como favoritos. Outras, mais sagazes, sabem esconder até este truque, mas basta que uma ativa-verdadeira lhes apareça para que se revelem com a conversa de que “gostariam de experimentar” (como nas outras 15 vezes da semana).

Infelizmente, porém, no mundo offline, as coisas não são tão simples. Aqui, elas estufam o peito e se escondem em discursos do tipo “só dou pra cara com pau maior que o meu”. Pense comigo, amiga... Digamos que a senhora seja razoavelmente dotadinha, uns 18 cm – e diz que “nunca dá”. A senhora, de saída, vai escolher pras núpcias logo um gajo com 20 cm de rola?! Que ativa é essa, bee, que, pra ser pescada só aceita varão, enquanto que nós, passivas assumidas e experientes, às vezes, sofremos com os mais agraciados pela natureza?

Pior é aquela outra versão, a que diz que um “cara precisa ser muito macho pra me comer”. A mensagem é tão clara que nem precisa de entrelinhas, né? Cê jura que ela não quer um bofescândalo para fazê-la descobrir sua mulher interior? (E ela quer sair!). Dica da Mama: abra o olho, bee, porque essa Coca é Fanta, e a pinga com mel é licor de amarula. Não se deixe enganar – e dedique a essas abusadas o merecido desdém.

MG: Psicopata mata homossexual e confessa mais 4 assassinatos

Após matar homossexual, jovem com perfil psicopata revela outros 4 assassinatos em MGNascido na capital mineira e radicado no interior do Rio de Janeiro, rapaz de 23 anos foi preso após matar de modo cruel um homossexual em Volta Redonda e admitiu ter matado mais quatro pessoas em Minas



Publicação: 01/12/2011 21:42 Atualização: 01/12/2011 22:23
O esclarecimento de um crime ocorrido no município de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, levou a polícia a identificar um suposto psicopata, que já teria assassinato ao menos quatro pessoas em Minas Gerais. Nascido em Belo Horizonte, Albert Kroll Kardec de Souza, de 23 anos, confessou ter matado um homossexual, de modo cruel, no Sul Fluminense, e revelou aos policiais que este não foi o primeiro homicídio que cometeu. Segundo relato dele aos investigadores, quando tinha 12 anos de idade matou sua primeira vítima em Caratinga, no Vale do Rio Doce, cidade onde passava as férias com os avós e teria matado outras três pessoas.

Albert foi preso no dia 14 de outubro deste ano, sete dias depois da polícia encontrar o corpo de Marcelo Lino Antônio, de 37 anos, em um terreno baldio de Volta Redonda. Marcelo foi enforcado com uma corrente, usada para prender a coleira de um cachorro. Os primeiros passos da polícia para elucidar o crime foi percorrer lugares por onde a vítima, que era homossexual, percorreu horas antes de ser morta. “Até que uma ligação anônimo nos informou que Albert era o autor do crime”, conta o delegado titular da 93ª Delegacia de Volta Redonda, Antônio Furtado.

Com base na denúncia, os policiais foram até a casa de Albert e o levaram para prestar depoimento na delegacia. “De início ele negou o crime. Mas, como encontramos na casa dele um cachorro, cuja coleira estava sem corrente, ele acabou confessando ser o assassino”, afirma o delegado. No depoimento, Albert contou que passeava com seu cachorro quando foi assediado por Marcelo, que o teria convidado a praticar sexo. 

A frieza com que Albert relatou o crime impressionou os investigadores. Ele afirmou que simulou a Marcelo o interesse em aceitar o convite e o levou até o lote vago, onde se dirigiram para próximo de uma árvore. Lá, Albert pediu que Marcelo se virasse de costas e abaixasse a calça. Em seguida, retirou a corrente da coleira e o enforcou até a morte. “Quando eu perguntei o motivo que o levou a matar a vítima, ele me disse: 'doutor, não foi eu que decidi matálo. Foi ele quem decidiu morrer quando mexeu comigo. Foi ele quem procurou a morte', e não demonstrou o menor remorso”, destaca o delegado Antônio Furtado.

Com base na confissão, foi solicitada a prisão temporária do assassino pelo prazo de 30 dias, já renovada pelo mesmo período. Para garantir solidez ao inquérito, os investigadores recolheram provas materiais, como a coleira do cachorro e imagens de circuitos de vigilância que mostravam Marcelo e Albert caminhando próximo ao local do crime. Além disso, foi realizada a reconstituição do crime, oportunidade em que o investigado relatou a posição exata em que deixou o corpo da vítima, o que não deixou dúvida aos policiais de que era ele mesmo o autor do crime.

“Há uma frase do albert que me impressionou bastante. Durante a reconstituição, ele estava fumando um cigarro no alto do terreno, próximo de onde deixou o corpom quando me disse que aquele lugar era excelente. Eu questionei por que era execelente e ele me respondeu que ali dava para matar umas 50 pessoas tranquilamente, pois ninguém veria ou ouviria nada”, conta Antônio Furtado. Após ouvir este relato, o delegado solicitou que Albert fosse submetido a um exame psiquiatrico sumário. 

Transtorno de personalidade
Em entrevista, o delegado Antônio Furtado reafirmou várias vezes ter se impressionado com a personalidade de Albert. “Ele é muito irritadiço, qualquer coisa o deixa nervoso, durante os depoimentos disse que não suporta quando uma pessoa repete a mesma pergunta a ele”, diz. Além disso, segundo ele, o médico perito que fez o exame psiquiátrico afirmou que ele sofre transtorno de personalidade.

“O médico me disse que o Albert é um psicopata clássico, ou seja, ele é um personagem que se encontra na literatura médica, pois possui todos os traços de um psicopata. Ele é extremante inteligente, dissimulado, não esboça qualquer sentimento de remorso e não sente culpa de nada”, destaca o delegado, que fez questão de ressaltar que jamais esquecerá a frieza com a qual o assassino se referiu ao local onde matou Marcelo com um ambiente propício a matar.

Crimes em Minas
Quando foi levado para a carceragem, Albert revelou aos policiais que matou sua primeira vítima aos 12 anos de idade e, em seguida, matou outras três antes de matar Marcelo em Volta Redonda. “Ele só deu algum detalhe do que teria sido o último destes quatro homicídios. Falou que no carnaval de 2006, quando passava férias na casa dos avós em Caratinga, se incomou com o olhar insistente de um homem alto e forte. Ele então armou uma emboscada, e atacou a vítima a golpes de machado em uma ponte da cidade”, revela o delegado Antônio Furtado.

Há 15 dias o delegado enviou um ofício à delegacia de Caratinga relatando o caso e sugerindo que fosse feito um levantamento dos homicídios registrados na cidade sem autoria definida. Somente nesta quinta-feira ele recebeu um telefonema do delegado de Caratinga, informando que fará este levantamento. A reportagem do em.com não conseguiu localizar o delegado.

Homofobia
Marcelo era homossexual e foi morto após assediar Albert. No relato aos policiais, ele deixou a entender que o homem alto e forte que teria matado em Caratinga também o teria assediado. Mas, o delegado Antônio Furtado tem cautela para apontar se Albert tem ou não ódio contra homossexuais. 

“Ele me disse que nunca se misturou com essa raça, se referindo aos homossexuais. Ou seja, ele não gosta dos gays. Mas, não podemos afirmar que as outras vítimas, se é que elas realmente existem, também fossem homossexuais. Na minha análise, ele mataria outra pessoa que o tivesse irritado, sendo ou não homossexual. O perito que o avaliou compartilha da minha opinião”, destaca o delegado.

Um vizinho de Albert relatou aos investigadores que há algum tempo ele se desentendeu com outro vizinho, que é homossexual e pai de santo. “Segundo o relato, Albert invadiu a casa do homem e quebrou tudo lá dentro. Mas não há registro desta ocorrência. Talvez porque a vítima tenha ficado com medo de denunciá-lo”, destaca Antônio Furtado.

Em sua ficha criminal, consta uma denúncia de ameaça e outra de agressão doméstica, esta última registrada pela própria irmã de Albert, com que morava em Volta Redonda. Aos policias, ele admitiu ser usuário de maconha e bebida alcoólica e nega envolvimento em outros crimes.

Investigações
O inquérito sobre a morte de Marcelo foi concluído e enviado nessa quarta-feira à Justiça e ao Ministério Público. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado, que prevê pena de 30 anos de reclusão em regime fechado. “Solicitei a prisão temporária de Albert, pois ele é uma ameaça à ordem pública e pode matar facilmente se ganhar a liberdade. Acho que dificilmente ele aguardará julgamento fora das grades”, pondera o delegado Antônio Furtado. Resta agora à polícia mineira investigar se Albert teria realmente assassinado outras pessoas em Minas Gerais.