sexta-feira, 29 de maio de 2009

PF apreende material de divulgação do neonazismo em BH

A Polícia Federal descobriu quatro internautas de Belo Horizonte e Contagem que estariam disseminando mensagens de ódio, preconceito, e apoio ao neonazismo pela rede mundial de computadores. A Operação OPA (ódio e preconceito através da internet) cumpriu nesta sexta-feira quatro mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos.
Nas residências, a PF encontrou, além de quatro HDs com material neonazista, CDs de música, e o livro “Mein Campf” (“Minha Vida”), em que estão contidas as ideias de Adolf Hitler.
Segundo os policiais, os suspeitos, moradores dos bairros Nova Suíssa, Jardim América, São Francisco e Jardim Riacho (Contagem), têm ligação entre si. Um deles seria amigo de Bernardo Dayrell, assassinado em abril, juntamente com a namorada Renata Waeschter Ferreira, na região metropolitana de Curitiba.

Fonte: UAI

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Por amor!

J.W. Lown renuncia ao cargo de prefeito de San Angelo, no Texas, por amor. Ele está morando no México com o seu parceiro, um mexicano que morou ilegalmente nos EUA por 5 anos.

Um dos prefeitos mais populares dos EUA abandonou o cargo por amor – a um outro homem.

J.W. Lown, prefeito da cidade de San Angelo, no Texas, submeteu a sua demissão na terça-feira, 19, de um local não confirmado no México.

Lown, de apenas 32 anos, se apaixonou em março, quando já tinha iniciado a campanha para seu terceiro mandato. O objeto da paixão do prefeito é um estudante mexicano da Angelo State University que estaria vivendo nos EUA ilegalmente há 5 anos. Para não colocar em conflito o cargo público, já que poderia ser acusado de “abrigar e ajudar uma pessoal ilegal no país,” Lown renunciou.

Na imprensa americana já há quem compare o caso com o do Rei Edward VIII, que em 1936 trocou o trono britânico pelo romance com Wallis Simpson, uma socialite americana divorciada por duas vezes.

Lown foi eleito prefeito de San Angelo em 2003, e reeleito por duas vezes com margens de votos sempre crescentes. Há duas semanas, ele derrotou dois oponentes com 89% dos votos válidos.

Ainda não está clara a situação imigratória do namorado de Lown, cuja a identidade não foi revelada. Mas segundo leis federais, quem permanecer ilegalmente nos EUA por até 1 ano, terá que cumprir 3 anos fora do país. E se o período de ilegalidade foi superior a 1 ano, a pessoa está barrada de entrar no país por 10 anos.

O outro fator complicador é que os EUA ainda não conferem status legal no país a pessoas que casaram com americanos do mesmo sexo.

Lown continua com o parceiro no México. E você, acha que esse é um caso de amor que demonstra como as leis imigratórias estão obsoletas? Ou será que o ex-prefeito gay merece o destino que escolheu?

Por amor, Rei Edward VIII teve que passar o resto dos seus dias no exílio.
Fonte:Globo.com

Rosângela Justino

A psicologa e adversária da causa LGBT, Rosângela Justino, vai a julgamento pelo Conselho Federal de Psicologia [CFP] -(vide matéria abaixo).

No próximo dia 29 de Maio de 2009, Rozângela Justino, será julgada em Brasília - DF, pelo CFP/DF.

Esperamos que CFP faça um julgamento favorável à cassação do registro profissional. Seria tudo de bom esta senhora fora dos quadros da psicologia..

Esta mulher prejudicou muita gente no Brasil.

Associação gay processa psicóloga que presta auxílio a pessoas que desejam deixar a homossexualidade.
SÃO PAULO - A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) entrou com uma representação, na semana passada, contra a psicóloga Rosângela Alves Justino, no Conselho Regional de Psicologia da 5ª. Região, jurisdição no estado do Rio de Janeiro, tendo como base seu desrespeito, no entender da entidade, à resolução CFP 01/99 e ao Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Subscrevendo a ação há 71 profissionais de psicologia de diferentes Conselhos em todo o Brasil.

De acordo com a ABGLT, Rozangela Alves Justino se diz perseguida pelo Conselho Federal de Psicologia e pelo Conselho Regional de Psicologia da 5ª. Região e acusa essas instituições, o governo federal e a ONU de aderirem ao "movimento pró-homossexualismo". A psicóloga, "adversária do movimento de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, tem se destacado no cenário nacional por apoiar e desenvolver programas de 'reversão' e/ou 'resgate' da homossexualidade à heterossexualidade", diz a entidade gay.

De formação religiosa evangélica, Rozangela tem como meta, segundo a entidade, pacientes homossexuais e esforça-se em estabelecer associações entre o "homossexualismo" e a prática de abuso sexual da criança e do adolescente, a pedofilia, como também a "transformação do certo em errado" nas áreas da política, economia, educação, saúde, em todos os segmentos sociais, recorrendo a argumentos que têm como pano de fundo elementos religiosos e bíblicos.

Ainda segundo a ABGLT, também tem sido notória a atuação militante de Rozangela Justino contra o projeto-de-lei nº. 122/2006, que criminaliza a discriminação por gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, atualmente em pauta para ser votado no Senado Federal, bem como qualquer lei que atenda aos direitos de homossexuais.

A representação movida pela entidade gay contra a psicóloga tem 34 itens que justificam o pedido de cassação do registro profissional, devidamente documentados. É a primeira vez que uma entidade de defesa dos direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais de abrangência nacional entra com uma ação do tipo, e com o apoio de dezenas de psicólogos de todo o país.

Fonte: O Globo Online

quarta-feira, 20 de maio de 2009

MG: Presídios e ala gay!

Gays que cumprem pena no novo presídio de São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte, já contam com uma ala exclusiva. Em funcionamento há um mês, a ala especial concede aos homossexuais alguns direitos comumente negados em presídios masculinos. Travestis e transexuais, por exemplo, podem manter os cabelos compridos.

O pedido de instalação da ala gay foi feito pelo Centro de Referência de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado.

De acordo com a Secretaria da Defesa Social, a ala não representa que presos homossexuais tem privilégio com relação aos demais. Segundo informou a Folha de São Paulo, a ideia é retirá-los da situação de risco e de violência.
Fonte: Mix Brasil

Carlos Minc e o Vaticano

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (foto), criticou nesta segunda, 18, o posicionamento do Vaticano com relação à homossexualidade. Minc participava do ato de instalação do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, que foi realizado na sede do governo do Rio de Janeiro, e criticou principalmente a oposição da Igreja Católica com relação ao Projeto de Lei 122 e à distribuição de camisinhas.

"Tem alguns momentos em que a Igreja erra feio. Um deles é a questão da camisinha. Se a gente fosse atrás da Igreja, quantas pessoas não estariam doentes?", questionou o ministro, sendo bastante aplaudido.

Falando sobre homofobia, Minc tentou entender: "Como é que uma religião pode dizer que é fraterna e solidária com todos se pressiona os parlamentares a não aprovarem a lei que criminaliza a homofobia?"
Fonte: Mix Brasil

RJ: Governador pede aos PM gays que se mostrem!

Discursando no Palácio Guanabara nesta segunda, 18, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, incentivou que funcionários públicos gays, especialmente aqueles que atuam nas polícias, saiam do armário.

Cabral falou durante a solenidade de implantação do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT e foi aplaudido quando deu o exemplo dos policiais assumidos de cidades como Nova York e São Francisco, que saem uniformizados e orgulhosérrimos durante as Paradas Gay.

"Quando se vai a São Francisco, a Nova York, na parada gay, aparece a polícia uniformizada, os gays da polícia assumindo", disse o governador.

De acordo com o jornal "O Estado de São Paulo", Cabral pediu que gays que trabalham nas Polícias Civil ou Militar, Corpo de Bombeiros, Defensoria e outros órgãos do governo aproveitem as Paradas para se assumir em público.
Fonte: Mix Brasil

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Resposta ao Anônimo e sua cartinha evangelizadora


Recebi nesses últimos dias uma contestação, de um leitor do blog, em relação à carta aos Romanos, o estudo sobre a questão das paixões infames. Tal contestação não foi subscrita, e o blog nomeou tal assinatura como ANÔNIMA.

Na ocasião respondi, rapidamente, ao texto e reservei o direito de não publicar o comentário. Agi desta maneira pelo fato de postar o que recebi, juntamente, com esse texto... Afinal, quem me conhece, desde muito, da lista de discussões, sabe que não dar respostas, ou fazê-la de forma insólita não é meu feitio.
Na cartinha evangelística que o Anônimo me enviou, ele alegara ter lido todo o texto proposto por nós, do blog, e entendido (o que me faz duvidar), e nos admoestou que éramos incoerentes com a palavra de Deus, que não só condena a homossexualidade em Romanos como também em Coríntios.

Bem, na verdade, a partir daí ele passa a fazer uma série de colocações disformes, e não uníssonas ao texto de Romanos e, embrenha-se por uma temática entre a obra da carne e os frutos do espírito, abrindo um leque gigantesco, aventurando-se a falar sobre o AMOR, contudo, equivocadamente, ele procede.

Sua confusão teológica começa na própria tentativa de expor que a carta de Romanos fala da impiedade e da injustiça aos atos sexuais, que seriam uma tentativa de sustentar um estilo de vida egoísta e impuro (talvez, em relação à homossexualidade- que para ele carrega essa problemática). O que fica claro: ele não leu o texto, onde trabalha a questão que se concentra a impiedade e a injustiça no que Paulo diz à cultura.

Para o Anônimo a verdade escriturística é trocada por uma fantasia, e aqui está seu primeiro erro exegético. Impiedade e injustiça são duas realidades concretas, realidades que ao serem experimentadas substituem o caráter da própria condição humana, deixando este à mercê das próprias paixões, que são desumanas, que trazem a iniqüidade, que subtraem do homem sua dignidade, fazendo com que este se venda e não se respeite. O estatuto da pessoa- tão amplamente trabalhado no texto- é a condição que gera, que é fonte, da impiedade. Imperadores se proclamam deuses, e suas vontades são lei.

Desta feita a prostituição das patentes é comum em Roma, onde homens deixam o uso natural da mulher para servirem na guarda pretoriana, não querem se casar, mas se inflamam mutuamente, prostituem-se em troca da posição social, que obterão a partir da sujeição de suas vontades à vontade dos seus superiores que se dizem divinos.

Assim, para muito longe de ser um mero desejo, uma mera fantasia, a realidade é concreta. Tão concreta, que nessa época Nero, o imperador, saía às ruas de Roma, à noite, com seus amigos, e esfaqueavam quem encontrassem pelo caminho e se recusassem a ser penetrados. Assim, também, tinham homens enjaulados nos jardins, tratados como animais, e que estabeleciam suas funções meramente sexuais. Paulo fala contra esse estatuto da pessoa, e não contra a homossexualidade, Paulo fala contra essa prostituição, devassidão concreta, e não contra um mero desejo, ou uma fantasia.

Assim, o Anônimo quase acerta quando trabalha a questão do egoísmo, mas não consegue sustentar filosófica ou teologicamente sua idéia, e fala de ser cristão como aquele que habitará o céu (isso sim me sugere fantasia), ou que o egoísmo é produzir ídolos, deuses e satisfazer sua própria vontade. Ora, quando comemos satisfazemos nossa própria vontade, quando defecamos partimos do mesmo princípio, quando dormimos, escrevemos, conversamos... Enfim, enquanto vivemos, estamos estabelecendo nossa própria vontade, e não é egoísmo, e não é pecado. Quando transamos estamos nos satisfazendo, seja com homem ou com mulher. A questão é: em tudo que fazemos, somos capazes de desejar ao próximo aquilo que desejaríamos a nós, e nos envolver nisso. Ou apenas sujeitamos tudo e todos como objetos descartáveis de nossa inserção, manipulando e subjugando?

Bem, daí uma frase do Anônimo que me fez pensar muito: “Paulo não está falando de pecados específicos, mas sitando (sic) comportamentos pecaminosos que comprovam a idolatria do ego humano. (Rm 1.22-31)”.

Li essa frase e indaguei profundamente uma questão: Esse cara está tentando me converter ou me desviar? Jesus, Paulo não diz de pecado específico? Como assim, ele fala da origem de todo o pecado- o egoísmo- que no Édem, o homem e a mulher se deixam levar pela possibilidade de serem como Deus. O texto de Romanos começa a se reportar ao tolo que disse em seu coração não haver Deus , e muda a glória do Criador em semelhança à criatura. Pecado, esse, que no capítulo 5 ele volta a tratar, e você diz que não é específico?

Bem, eu jamais faria isso comigo mesmo, jamais me exporia ao ridículo de tentar falar de teologia sem ter conhecimento suficiente ao debate teológico com um teólogo! Você diz que eu distorci a palavra de Deus, e você que distorce toda a história da salvação! Eu lamento, por você, pela pessoa que te doutrinou, e pelas pessoas a quem você doutrina. Chega a ser ridículo, Anônimo, deve ser por esse motivo que você não se apresenta... Infelizmente, não basta boa vontade, disso o inferno está cheio, confere lá: Mt 7. 21-23.

Bem, como se não bastassem os desvios interpretativos, soterológicos, do texto de Romanos, nosso paladino Anônimo, sacando de sua Bíblia foi para a carta de Gálatas, e lá a coisa gritou! O moço resolveu falar do Amor: ágape, filos e eros. Com um minimalismo medonho ele tentou me explicar a condição do eros e do ágape sem ao menos propor uma leitura do eros no contexto grego, da mitologia e filosofia posterior, e ainda, das religiões pagãs, e não se deu o trabalho de demonstrar o eros na teologia cristã. Sabem por quê? Porque nem ele mesmo sabe o que ele estava dizendo, quando propôs à temática. Reproduziu, porcamente, aquilo que aprendeu na EBD (escola bíblica dominical) e achou que estava abafando. Mas antes de entrar especificamente, ainda me resta um comentário em Romanos.

“ Deus é moralmente perfeito e deseja restaurar o pecador e eliminar o pecado, mas só pode fazer isso se o pecador não distorcer ou rejeitar a verdade de forma obstinada, como você está fazendo.”

Deus é moralmente perfeito é uma doxologia, confusa, sofistica, falaciosa. Deus é suficientemente perfeito, Deus é apoditicamente perfeito seriam expressões que vislumbrariam o caráter de se ser perfeito. Quando se faz um corte epistêmico e joga a suficiência ou a necessariedade a uma condição potencial e não essencial, isso gera a deformidade da coisa em si mesmo. Dizer que Deus é moralmente perfeito é abrir possibilidade para que ele não seja perfeito, pois se ele é perfeito, ele só pode ser todo perfeição,não condicionado, não dependente, e não é perfeito por sua capacidade, potencialidade moral.

Desta feita, o Anônimo condiciona a moralidade de Deus não à perfeição própria do Ser, mas para uma condição potencial e subsidiária a outra vontade autônoma. Deus é perfeitamente moral, o homem é imoral, ou imperfeitamente moral, Deus só atua no homem se este aceita sua moral... Como se toda a perfeição divina dependesse dos atos volitivos da humanidade, caso o homem renegue Deus- perfeito- torna-se impotente! Ou submisso em uma condição imperfeita contrariando sua essência perfeita. Enfim, o que é que posso dizer?

Gente, cuidado com o ridículo... Eu tenho medo de crente!

Agora, sim, amor, liberdade e salvação! Vamos ao texto de Gálatas!

Paulo está na carta falando contra os judaizantes que querem que os cristãos sejam circuncidados e guardem as leis judaicas... Isso está gerando contenda na comunidade, e os cristãos estão atacando uns aos outros e o desamor reina. Paulo fala das obras da carne que são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, ciúmes, iras discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes...

Depois ele fala dos frutos do espírito e em momento algum fala da homossexualidade, ou do Eros como sendo um amor carnal, sexual. Até pelo fato do texto não dizer nada sobre o sexo e sim sobre a briga que está havendo na comunidade, onde o próprio apostolo está sendo ridicularizado, em sua cristandade.

A carta de Gálatas é conhecida como o manifesto da liberdade cristã, uma liberdade que se desfaz da vida programada de regras e leis, submetendo ao homem uma atitude infantil diante da própria vida. Ou seja, liberdade para uma vida madura e consciente, graças à responsabilidade dessa liberdade. A vida não pode ser conduzida pelo simples código de leis, mas da intimidade do homem para com Deus. Liberdade que é conduzida do amor a si mesmo, como pelo próximo na mesma proporção ao crescimento mutuo na graça.

Obviamente que a lista que trata das obras da carne é todo o comportamento dos cristãos judaizantes dentro da comunidade. Uma forma de Paulo censurar as ações e desautorizá-los perante toda a comunidade. O chamado dessa carta não é a abnegação da vontade, como você deseja, mas é o aperfeiçoamento da vontade do homem perante Deus em amor uns para com os outros, na liberdade da Graça.

Você me chamou de presunçoso e arrogante, e para mim você não passa de um mau- caráter, que se deu o trabalho de deturpar todo um texto só para falar mal da homossexualidade, em coisas que o próprio texto não diz.

Eros = amor sexual, fora de Deus ou carnal só se for à sua mente apodrecida pelo pecado, e guiada pelos costumes e pala lei, e não pela graça.

O Eros está em Deus como o Ágape é dado aos homens, existe uma relação de unidade entre as duas categorias, expressão do todo que é o amor em si mesmo. Eros fala do amor que busca a fascinação da própria felicidade, inebria-se, intensamente, e está na essência humana. Ágape é o amor que busca pela felicidade do outro, preocupa-se cada vez mais doar-se, e existir para o outro. Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo fala dessa unidade de Eros e Ágape como expressões fundamentais de um único dom: O AMOR.

Assim, nos livros de Ezequiel e Oséias temos um Deus com amor Eros por Israel, na imagem erotizada do noivado e do matrimônio entre Israel e Deus, também da prostituta Israel que ainda sim é amada é erotizada pelo seu Deus.

Em Oséias Israel se prostitui, rompe a aliança. Deus deveria julgá-la, mas ele ama eroticamente sua esposa, e esse amor Eros se faz Ágape no perdão: “Como te abandonarei, ó Efraim, como te entregarei, ó Israel? Meu coração dá voltas dentro de mim (Eros), comove-se a minha compaixão. Não desafogarei o furor de minha cólera, não destruirei Efraim (Os 11. 8-9).

O amor de Deus, apaixonado, pelo homem é ao mesmo tempo Eros e Ágape, sendo tão intenso que vira Deus contra si mesmo, contra a sua própria justiça. Deus perdoa ao invés de fazer na justiça seus desígnios. Isso contraria muito o que você escreveu das Escrituras, seu mau-caráter: “O amor incondicional (obs.: Amar incondicionalmente não nega a justiça e o juízo de Deus contra as pessoas que, voluntaruiamente (sic), escolhem viver uma vida em pecado, porque Deus odeia o pecado mais que qualquer coisa no universo, e por isso ele alerta o homem para que abandone o pecado e se volte para Ele, para que seja capaz de lutar contra as inclinações pecaminosas)”.

Você não sabe nada sobre as Escrituras, você não sabe nada sobre Deus, você não sabe nada sobre o amor. Você é apenas mais um ser que odeia a si mesmo, e busca satisfazer seu ódio na vingança de seus semelhantes, deturpando as Escrituras, fazendo-as dizer o que elas não dizem, manchando a si mesmo. Você, Anônimo, é abominável. Deus te perdoe e te salve!

Não direi mais nada.

Renato

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Li e entendi perfeitamente sua posição. Mas devo alerta-lo que não é nada coerente com a Palavra de Deus.

Não só a carta aos romanos, mas outras passagens bíblicas são claramente contra a prática homossexual (1Co 6. 9-10).

Rm 1.18 - Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.

A Bíblia está sendo clara e afirmando que Deus se ira contra as pessoas que substituem a verdade da Sua Palavra por fantasias, suprimindo a verdade que Deus revelou a fim de crerem e sustentarem qualquer coisa que apóie seu estilo de vida egoísta e impuro.

Deus é moralmente perfeito e deseja restaurar o pecador e eliminar o pecado, mas só pode fazer isso se o pecador não distorcer ou rejeitar a verdade de forma obstinada, como você está fazendo.

A idolatria a qual Paulo está falando é aquela que surge quando o homem rejeita a verdade sobre Deus e, ao invés de procurar o Autor da vida, passam a considerar a si mesmos como o centro do universo. E dessa forma, inventam deusas, ídolos convenientes às suas próprias idéias egoístas. Esses "deuses" são todas as coisas que ocupam o lugar de Deus no centro da nossa vida, no nosso coração. Se você insiste obstinadamente em fazer algo que Deus claramente condena e abomina, você está exaltando sua própria vontade. Mas como você quer poder se chamar cristão, ser salvo e viver no céu ao lado de Deus, fica procurando uma desculpa ou justificativa que torne esse comportamento tolerável diante de Deus.

O homossexualismo, como qualquer outro pecado, tem como centro a satisfação do eu acima do obedecer a vontade de Deus por amor a Ele. É essa a idolatria da qual Paulo fala. Paulo não está falando de pecados específicos, mas sitando comportamentos pecaminosos que comprovam a idolatria do ego humano. (Rm 1.22-31)

O mais interessante é que, em Romanos 1.32 diz que as pessoas que praticam tais coisas, tendo conhecimento de Deus e sabendo que Ele condenará aqueles que tais coisas praticam, não somente praticam tais coisas, mas CONSENTEM aos que as fazem.
Pelo amor que Deus tem pela sua vida, não seja tolo ao ponto de pensar que Ele não condenará essa postura. Converta-se desse caminho de engano e permita que o Espírito Santo renove a sua mente e mude seus caminhos.

Você é muito presunçoso e arrogante ao pensar que tem conhecimento suficiente para sustentar tal tolice. Se você realmente deseja uma vida em intimidade com Deus, então busque a Ele e à Sua vontade. Procure o coração de Deus com relação a isso e peça que lhe mostre a verdade segundo a vontade dEle. Sei que Deus responderá.

Você claramente distorceu a Palavra de Deus.

A Bíblia nos diz em Gálatas 5.13-14 - Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, porém, a liberdade para dar ocasião à carne; mas servi-vos uns aos outros em amor. Toda lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.

Não devemos dar ocasião à carne através da liberdade. Mas devemos servir em amor e amar uns aos outros.

Talvez você diga "É isso. Você contradisse tudo que falou contra a prática homossexual. Porque Deus não condena o amor.".

Mas veja bem. Existem tres tipos de amor que a Bíblia sita. O amor fraternal (de amigo, irmão, familiar); o amor eros (sexual) e o amor ágape (o amor de Deus).

É claro que o amor homossexual é, basicamente, erótico e sexual. Mas o amor de Deus; o amor da frase "amarás ao próximo como a ti mesmo", é o amor ágape. Esse é o amor que se importa com o outro e o vê como Deus o vê. Esse é o amor que zela e guarda pelo bem do outro. O amor incondicional (obs.: Amar incondicionalmente não nega a justiça e o juízo de Deus contra as pessoas que, voluntaruiamente, escolhem viver uma vida em pecado, porque Deus odeia o pecado mais que qualquer coisa no universo, e por isso ele alerta o homem para que abandone o pecado e se volte para Ele, para que seja capaz de lutar contra as inclinações pecaminosas).

Se você ama alguém com o amor de Deus, então você vai desejar para ela aquilo que Deus deseja para ela. E o que Deus quer, é que o homem se converta dos seus maus caminhos e ande em obediencia à vontade dEle.

Ainda em Gálatas 5, nos versículos 16-18, a Palavra diz: Andai no Espírito Santo, e não satisfareis à concupiscência da carne (os desejos e inclinações carnais). Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas SE sois do ESPÍRITO SANTO, não estais debaixo da lei.

E por que tal pessoa não estará debaixo da lei? Por que o VERDADEIRO CRISTÃO não estará debaixo da lei?

Porque nos versículos seguintes, vemos que "os frutos do Espírito são: amor (ágape), gozo, paz, longaminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, DOMÍNIO PRÓPRIO. Contra ESTAS COISAS não há LEI. E OS QUE SÃO DE CRISTO CRUCIFICARAM A CARNE COM AS SUAS PAIXÕES E CONCUPICÊNCIAS. Se vivemos no Espírito Santo, andemos também no Espírito Santo." (Gl 5. 22-25)

Portanto amado, nós devemos abrir mão daquilo que alimenta nossa carne, que satisfaz nossos prazeres egoístas. As leis judáicas não são válidas para as pessoas que estão verdadeiramente em Cristo Jesus porque essas pessoas possuem o Espírito Santo de Deus abitando nelas, porque decidiram viver para Deus e como Ele quer que vivam, e o que o Espírito Santo produz honra e agrada o coração de Deus, e tudo que o Espírito produz, seus frutos, não ofendem as leis de Deus. Entende?

Não se engane querido. Não seja tolo. Não viva uma ilusão. Não corra o risco de viver uma vida que desagrada a Deus e levar outros por esse mesmo caminho e, ao chegar no mundo espiritual, descobrir que Deus nunca concordou com isso e que, por teimosia e orgulho, você acabará condenado.
Deus te ama muuuito para ficar quieto diante disso. E a Palavra do Senhor diz que Ele não tem prazer nenhum na morte do pecador, mas tem prazer quando ele se converte dos seus maus caminhos (Ez 33.11).

A Palavra nos diz que devemos buscar ao Senhor, buscar a Sua justiça e a mansidão. Porque no dia da ira e do juízo, essas pessoas serão salvas.
Busque a Deus e a Sua vontade. Ele te ama muito. Que Deus te abençoe abundantemente e faça abrirem-se seus olhos espirituais. Te amo.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Bíblia não tem inspiração divina

A Bíblia não tem inspiração divina

Em entrevista a ÉPOCA, Bart Ehrman, professor de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte, fala sobre seu novo livro, no qual debate as contradições dos evangelhos

José Antonio Lima


POLÊMICA
Ehrman afirma que apenas oito dos 27 livros no Novo Testamento foram escritos pelos autores aos quais são atribuídos


O americano Bart Ehrman cresceu em uma família religiosa e, quando adolescente, havia se tornado um evangélico fervoroso. O interesse pela Bíblia e por sua história o acompanhou a vida toda e hoje, após 35 anos de estudo, diz ter abandonado o Cristianismo por não acreditar que Deus poderia estar no “comando de um mundo cheio de dor e sofrimento”. Professor de estudos religiosos na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, Ehrman já escreveu 21 livros sobre religião, incluindo Verdade e Ficção em O Código Da Vinci, sobre o best-seller de Dan Brown, e O que Jesus Disse? O que Jesus Não Disse? – Quem mudou a Bíblia e por quê, que figurou entre os mais vendidos na lista do jornal The New York Times. Agora, em Jesus, Interrupted (ainda sem tradução), que será lançado no Brasil no segundo semestre, Ehrman tenta revelar as contradições da Bíblia, que provam, segundo ele, que o livro não foi enviado à humanidade por Deus.

ÉPOCA – De um tempo para cá temos visto um crescimento do número de títulos com críticas às religiões. O que está motivando os leitores?
Bart Ehrman – Há uma reação contra a direita conservadora do mundo religioso. Aqui nos Estados Unidos há vários líderes desse tipo que tiveram muita atenção da mídia por muito tempo, e as pessoas que estão do lado esquerdo deste espectro começaram a se incomodar. Muitos desses livros escritos por essas pessoas chamadas de "neoateístas" são uma representação deste movimento.
ÉPOCA – Alguns dos principais representantes do "neoateísmo" são Sam Harris e Richard Dawkins. Em um artigo recente da revista Time, o senhor reconheceu que compartilha leitores com eles. Mas o senhor se considera parte deste movimento?
Ehrman – Não me considero um ateu e não acho que estou fazendo a mesma coisa que esses autores. Eles têm feito coisas boas, mas estão atacando a religião sem conhecer muito. Quando eu escrevo, faço isso como alguém que já esteve profundamente envolvido com a Cristandade, mas que agora a rejeitou. Por isso, a minha perspectiva é completamente diferente.

ÉPOCA – O que fez o senhor passar de um fiel cristão a um “agnóstico feliz”?
Ehrman – Fui criado na Igreja Protestante e fui um cristão muito ativo por vários anos. Mas eu deixei a cristandade não por conta dos meus estudos históricos sobre a Bíblia, mas por não conseguir mais acreditar que poderia haver um deus no comando deste mundo cheio de dor e sofrimento.

ÉPOCA – Qual é o motivo de o livro se chamar Jesus, Interrupted [em tradução livre: Jesus, interrompido]? Quando e como ele foi interrompido?
Ehrman – O título significa que há inúmeras vozes diferentes falando no Novo Testamento. São autores diferentes, que possuem pontos de vista diferentes e que, muitas vezes, são conflitantes. Com tantas vozes assim falando no mesmo livro, muitas vezes é impossível escutar a voz do Jesus histórico, porque ele foi interrompido por outras pessoas.
ÉPOCA – E é possível definir qual é a maior contradição da Bíblia?
Ehrman – São muitas discrepâncias, mas é possível destacar duas. O apóstolo Paulo, por exemplo, acha que a pessoa chega a Deus apenas pela fé, e não pelo que faz. No capítulo 24 de Mateus, no entanto, nós lemos que boas ações levam ao reino dos céus. Essas duas visões são excludentes em um assunto determinante, que é a salvação. Também há visões diferentes sobre quem era Jesus. No evangelho de João, Jesus é Deus, mas nos textos atribuídos a Marcos, Mateus e Lucas não há nada sobre isso. No evangelho de Mateus fica claro que ele acredita que Jesus é um ser humano, e que é o Messias. A Igreja acabou juntando essas duas visões, de que ele é humano e divino, e criou um conceito que não está escrito nem em João e nem em Mateus.

ÉPOCA – O senhor acha que essas discrepâncias fazem da Bíblia uma história falsa?
Ehrman – Eu diria que os diferentes autores da Bíblia tem versões diferentes da história e por isso é errado tentar fazer com que eles digam a mesma coisa. Há muitos erros na Bíblia e, mais importante que isso, há diferentes pontos de vista teológicos e isso precisa ser reconhecido.

ÉPOCA – Desde quando a Bíblia começou a ser questionada? De que maneira isso enfraquece a Cristandade?
Ehrman – As pessoas só começaram a notar essas diferenças na época do Iluminismo, no século XVIII. Antes disso, os estudioso da Bíblia eram teologicamente comprometidos com ela e não imaginavam que poderia haver erros. Essas descobertas são problemáticas especialmente para quem acredita que a Bíblia foi entregue a nós diretamente por Deus. Se isso ocorreu, por que não temos a Bíblia original? Por que temos apenas manuscritos escritos mais tarde e que não são iguais? Essas diferenças mostram que não existe um livro com inspiração divina que foi entregue a nós.
ÉPOCA – E como isso afeta especificamente a Igreja Católica?
Ehrman – Existem estudiosos na Igreja Católica que concordam com quase tudo o que está escrito em Jesus, Interrupted. Mas na tradição católica a fé nunca foi sobre a Bíblia, mas sobre os ensinamentos da Igreja e sobre acreditar que Jesus é o filho de Deus. E isso não muda se a pessoa perceber ou não os erros da Bíblia. É bem diferente do fundamentalismo cristão que é tão poderoso onde eu vivo, no sul dos Estados Unidos. Aqui as pessoas acham que você só poder ser cristão se acreditar totalmente na Bíblia.

ÉPOCA – Alguns críticos do seu trabalho, especialmente o líder evangélico James White, dizem que você quer destruir a fé cristã. O que você acha disso?
Ehrman – Estou tentando destruir o tipo de fé cristã de James White! (risos). Mas na verdade nada que eu faça pode destruir o Cristianismo. O problema é que há um certo tipo de fé cristã que diz que a Bíblia não tem erros e é infalível, e eu não concordo com isso. Eu não sou o único que pensa assim. As opiniões que estão descritas no meu livro são as mesmas da maioria dos estudiosos da Bíblia há muitas e muitas décadas, mas eles não costumam falar disso em público. Meu livro apenas pega o que os estudiosos dizem há muito tempo e torna disponível para os leitores normais.

ÉPOCA – Você recebeu muitas críticas de leitores por conta do livro?
Ehrman – Recebi e-mails de pessoas bravas e sei que na internet há muita gente contrariada. Dizem que quero destruir sua fé, que sou o anti-Cristo. Mas a maior parte dos que escreve ficou grata pelo livro e feliz por eu ter dito essas coisas, já que suspeitavam desses erros, mas não tinham base teológica para questionar a Bíblia.

Padre Duarte aparece em três vídeos de orgia sexual


padre-orgiaO padre Duarte (foto), de Santarém, no Alto Sertão de Paraíba, afirma que tudo foi uma armação contra ele, mas nem sequer a Diocese de Cajazeiras lhe dá crédito, porque emitiu nota pedindo perdão em nome da Igreja Católica pelo escândalo: três vídeos nos quais aparecem o sacerdote e um casal em uma orgia sexual.

Filmados pelo próprio padre, os vídeos têm no total 49 minutos e foram postados em um blog com o nome do padre Duarte. O blog foi retirado do ar, mas os vídeos já se disseminaram pela internet.

O Correio da Paraíba afirma que “as cenas de fornicação protagonizadas pelo casal amigo do padre estão dentro dos melhores padrões dos vídeos pornôs de produção doméstica”.

A cidade está indignada com o “padre da orgia” desde sexta (8), quando os vídeos apareceram na internet. Santarém fica a 468 km da capital, João Pessoa, e tem um pouco mais de 2.500 habitantes.

O padre Duarte disse a uma emissora de rádio que pediu à Polícia Federal para investigar a armação, que, acrescentou, foi montada com imagens que estavam no laptop dele roubado recentemente. Uma pessoa que assistiu aos vídeos garante que não se trata de uma montagem.

O casal desapareceu da cidade.

Assinada por dom José Gonzales Alonso e dois padres, a nota da diocese afirma que Duarte não exerce ministério sacerdotal há dez anos, mas tem licença para celebrar missas na capela da casa dele.

A nota não esclarece por que Duarte está impedido de fazer celebrações em igreja.

Fontes: www.e-paulopes.blogspot.com, Folha de S. Paulo

Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT

A Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República lança o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, nesta quinta-feira (14), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, com a presença do ministro Paulo Vannuchi. O documento contém as 50 diretrizes e ações necessárias, a serem implementadas pelo poder público, para garantir igualdade de direitos e exercício pleno da cidadania do segmento LGBT da população brasileira.

Iniciativa inédita no mundo, o Plano nasceu das propostas apresentadas na 1° Conferência Nacional LGBT, convocada a partir de um decreto do presidente Lula, ocorrida em junho de 2008, e foi elaborado por uma Comissão Técnica Interministerial, formada por representantes de 12 pastas. É resultado dos esforços conjuntos de governo federal e sociedade civil.

“Com o lançamento do Plano, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a possuir um documento nestes moldes”, observao ministro Vannuchi. Segundo ele, o País dá mais um passo importante rumo ao fortalecimento do Programa Brasil sem Homofobia, implantado em 2004, na Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

O ministro conta que, entre as propostas, estão contempladas reivindicações históricas do movimento LGBT organizado, que devem se tornar políticas de Estado em curto (2009) e médio prazo (2010 e 2011). Ele cita como exemplos: o reconhecimento dos direitos civis de casais homossexuais, equiparando-os aos direitos já garantidos aos heterossexuais; o fim da perseguição e criminalização de militares homossexuais; a produção de material didático sobre os temas que envolvem a questão para orientar professores; a articulação de uma rede nacional de combate à homofobia, lesbofobia e transfobia.

12.05.09 - Ministro Vannuchi lança na próxima 5ª feira (14) Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT

terça-feira, 12 de maio de 2009

Vírus pretexto, vírus preconeceito...

Por muito tempo acreditei na bondade do ser humano- não conseguia imaginar a humanidade má de per si. Muito embora minha formação luterana, protestante, tradicional e histórica apontasse, na teologia, um homem mau, fraco, débil e pecador. Ainda sim, para mim, a maldade se fazia pela alienação e não constituía algo intrínseco do ser. O homem a qualquer tempo poderia se libertar, conhecer-se, descobrir-se e transcender-se.

Fiz psicologia e teologia uma em seqüência à outra, e cursei a faculdade cedo, logo aos meus 17 anos de idade. A psicologia me apontava o homem meio; suas pulsões, suas necessidades, sua constituição epistêmica, tudo girando em volta do que se estabelecia no social. Isso reforçava a teoria adquirida na teologia, onde o homem era relativo, nem bom, nem mau... Apenas uma dialética dessas possibilidades. Mas a Reforma dizia: é mau, incapaz do bem.

Bem, eu estava errado, pelo menos até eu rever esse conceito que se abate sobre mim. Este blog notificou aos leitores de evangélicos norte-americanos que apontaram a gripe suína como castigo divino à tolerância gay. Agora com muito desgosto, o partido republicano culpa os hispânicos de serem parasitas inúteis, portadores de doenças que contaminam o solo americano (clique aqui para ler a reportagem). Ódio, homofobia, xenofobia, agressividade, preconceito. A Reforma está mais sensata à realidade do que minhas teorias sobre o homem e sua capacidade ética- psíquica.

Enfim, infelizmente o homem é assim, infelizmente somos desse jeito como diria a canção:

Quanta beleza existe no mar, o homem não quer contemplar;

Quanto descanso existe na paz, o homem só pensa em matar;

Quanta ternura existe no amor, e o homem só quer odiar.

Se a gente compreendesse o amor que Deus nos dá, o inferno poderia se acabar;
Se a gente compreendesse o amor que Deus nos dá, o inferno poderia se acabar.

domingo, 10 de maio de 2009

Blog do Sakamoto critica apto de Bispo no valor de 2, 2 milhões de reais

Em visita hoje à Jordânia, Bento 16 afirmou que “muitas vezes a manipulação ideológica da religião, às vezes com fins políticos, é o verdadeiro catalisador de tensões e de divisões. E, às vezes, inclusive de violências na sociedade”.

Se não viesse da boca de um sumo pontífice, eu diria que isso é uma crítica sobre a histórica relação promíscua entre o cristianismo e o poder. Afinal de contas, desde a “conversão” do imperador romano Constantino, passando por reinos e impérios tementes ao Vaticano na Idade Média, pela inação de Pio 12 durante o nazismo e a ação de João Paulo 2º contra o socialismo, a manipulação ideológica da religião tem sido instrumento muito útil para a própria igreja. Não só a Católica.

Os verdadeiros catalisadores de tensões sociais são coisas mais terrenas como pobreza, injustiça social, fome. Se quisesse mesmo contribuir nesse campo, a Igreja Católica poderia começar distribuindo suas terras (que são muitas) e contribuindo para uma reforma agrária na periferia do mundo. Não vai resolver, mas pelo menos teríamos um pouco mais de coerência - valor tão vilipendiado nos dias de hoje.

E olha que nem estou sugerindo diminuir o luxo sob o qual vivem determinados “representantes” de Deus na Terra. Como é o caso do apartamento de R$ 2,2 milhões, 500 metros quadrados e condomínio de R$ 2 mil mensais que foi comprado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro para abrigar o ex-arcebispo Eusébio Scheid quando estiver na cidade.

Se vivesse hoje, aquele filho de Belém nasceria em um apê como esse na Zona Sul do Rio ou na Rocinha?

Fonte: Blog do Sakamoto

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Um filme tabu: Do começo ao fim

Bem se é para polemizar o filme que será lançado no Brasil vai, de fato, conseguir mexer com os brios, pois o roteiro aborda o incesto e a homossexualidade numa única tacada.

Do começo ao fim, o filme, conta a história de dois irmãos que vivem um amor, para além da castração psicológica, para além da normalidade familiar, homossexual, desde a infância, um pelo outro, até a fase adulta, aflorando e se intensificando com o passar dos anos. Esse é um olhar bom para Freud e para galera que gosta de temas picantes, mas existentes na realidade.

Confira o Tailer:

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pastores abortam parada gay em BH


A Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara de Belo Horizonte barrou projeto de lei que institui o Dia Municipal da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Dos cinco integrantes da comissão, apenas dois votaram. Ambos contra. Carlos Henrique (PR) e Divino Pereira (PMN), ambos pastores evangélicos. O presidente da CLJ, Sérgio Fernando (PHS), ligado ao movimento da Igreja Católica conhecido como Renovação Carismática, se absteve.

Os outros dois integrantes da comissão, João Vitor Xavier (PRP) e o relator do texto, Pablito (PTC), ambos a favor do projeto, reclamaram do tratamento dado pelos colegas à proposição. “Eles votaram contra por motivos pessoais e não avaliaram o texto constitucionalmente, mas no mérito, o que deve ser feito exclusivamente no plenário”, argumentou Pablito. Conforme os dois parlamentares, não há qualquer impedimento na legislação para que o projeto fosse aprovado. “Derrubaram por motivos religiosos”, pontuou João Vítor Xavier.

O vereador afirma ainda ter sido vítima de uma manobra para que o projeto fosse derrubado mais facilmente. “Existe um acordo informal entre os integrantes da comissão. As sessões só começam às 13h30. Cheguei às 13h20 e o projeto já havia sido derrubado”, acusou. Além de reprovarem o projeto, os vereadores transferiram a relatoria da proposta para o pastor Carlos Henrique.

João Vitor afirma ainda que o presidente da comissão também votaria contra o projeto na hipótese de empate na votação. “Minha opinião é que ele votaria com os pastores”, afirma. Sérgio Fernando diz que se absteve “porque não tinha conhecimento formado no sentido jurídico”. Os dois vereadores que votaram contra o texto não retornaram contato feito pela reportagem. O presidente da comissão afirmou que tanto Carlos Henrique quanto Divino Pereira não justificaram o voto contrário ao texto. “É uma posição do parlamentar”, argumentou.

Pelo regimento da Câmara de Belo Horizonte, o novo relator tem cinco dias úteis para apresentar novo parecer sobre o projeto. O posicionamento do parlamentar será submetido à CLJ, o que deverá ocorrer segunda-feira, quando acontecem as reuniões ordinárias da comissão. A autora do projeto, que prevê a comemoração da data em julho, é a vereadora Luzia Ferreira (PPS), presidente da Câmara. Em viagem a Brasília, a parlamentar não foi localizada para comentar a decisão da CLJ
Fonte: Portal UAI

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mobilização PLC122/06

Galera, ontem começou a mobilização das ONG(S) LGBT(S)para a aprovação do projeto de lei que torna a homofobia crime no Brasil (PLC122/06).

A votação vai amanhã para a Comissão de Assuntos Sociais. Precisamos que todos liguem no 0800 61 22 11 (e peça aos senadores membros dessa comissão que aprovem o projeto).
Na ligação será pedido seu CPF, seu nome completo, e seu CEP.
Contamos com sua ajuda!

A ligação pode ser feita de CELULAR.

sábado, 2 de maio de 2009

Twitter: Fundamentalismo religioso culpa o casamento gay pela gripe suína

Onda de comentários homofóbicos culpam casamento gay pela gripe suína com toda força em redes sociais da internet.




Twitter, o famoso site de redes sócias caracterizado por mensagens estilo SMS, através da rede, é agora usado por fanáticos religiosos, principalmente norte-americanos, para propagar a idéia de que a culpa pela pandemia é a legalização do casamento gay, em alguns estados norte- americanos e, em geral, pela tolerância às comunidades gays.

Só resta saber por que no México, onde não se permite o casamento gay, é que está o foco da doença... Deus errou o país, ou seria mais um ato sadista do todo poderoso criador, que nesses argumentos fanáticos, castigam os inocentes para responsabilizar os culpados!

Enfim, entre chacotas, e provocações, algumas acusações são cruéis: “... espero que vocês saibam o que está ocasionando a gripe suína: o casamento gay!”. Outras notícias vinculam lado a lado o casamento gay em Iowa e a gripe do porco, uma estranha coincidência, mas que de inocente nada tem.

Infelizmente, essas coisas acontecem quando o espírito do religioso é de porco. Daí não é o corpo que se afeta com a doença, mas é o cérebro e a alma! Rezemos para que esses medievais se curem de suas mazelas...

Fonte: Universo Gay

Sociedade, religião, gays e Direito: de onde vem a ditadura?

O meio social é uma construção valorativa de símbolos, que podem ser positivos ou negativos à experiência última do meio em que são constituídos. Os mesmos não têm, como princípio, até lógico, a condição de perenidade, antes, são ressiginificados, no conjunto, pelas necessidades e contextos que são interpostos neles e a eles.

Em antanho, pensava-se em símbolos universais, imutáveis, conditio sine qua non, à regra e costumes de ordem social. Tal pensamento sobreviveu até os tempos modernos- no positivismo, e no Direito. Sendo da abordagem positivista, o discutível conceito de Hans Kelsen, que estabelece uma norma hierárquica fundamental, que subordina todas as outras, sem nela conter o caráter axiológico. Assim o Direito não deveria discutir o que é virtuoso ou não virtuoso, moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. Contudo, centrar-se no que é licito ou ilícito, tão somente, legal (constitucional) ilegal (inconstitucional)... Válido ou inválido.

Tal argumento fez um empréstimo da própria moral universal, que também, não se permitia questionar sua validade ou invalidade, legalidade ou ilegalidade, etc. Apenas inverteu-se na polaridade, e manteve o status quo epistemológico intocável.

Bem, em um mundo de constantes mudanças, e de variáveis paradigmas, seria impossível sustentar como fonte válida qualquer argumento ad eternum. Em um novo campo do saber onde a fenomenologia não se adéqua à regra do que se diz, ou do que se acredita sobre a coisa, mas tão somente, faz-se fenômeno pelo fato de se haver constituído contrário às regras ou à realidade do que seria. Nada mais que sensato é o olhar no social, de onde vem à própria constituição do símbolo, seus significantes e significados decorrentes, e toda a sorte de regras que conduzem as relações humanas.

É na sociedade o meio imperante do homem ser o que é, e da sociedade vem à relação que garante, ao homem, ser aquilo que é, dignamente, preservado em sua liberdade, no direito à vida e da igualdade. Um desacordo nesses princípios impõe, negativamente, toda a sorte de opressão de ser, desconstituí-o da dignidade em ser.

Sendo assim, o fato social, o valor atribuído a este, e a norma auferida constituem o Direito. O que vale dizer, que o fato social deve ter em si contemplado o valor positivo ou negativo, da conseqüência última, e de seus reflexos, na constituição integral do homem, como um ser digno. A norma, nada mais seria que, a observância da condição de servir ao homem, para que ele se realize no meio em que vive, e o Direito resultante, aquilo que estabelece como conduta (conjunto de normas) disciplinadora das relações interpessoais, impostas pelo Estado soberano.

Destarte, na teoria tudo é muito bonito, muito interessante, mas, no meio social, pela própria fenomenologia, da qual, essa é de per si, as coisas assumem posturas contraditórias. O homem, a despeito do que se pensa, não é um anjo de candura... E na sua constituição psíquica é um ser agressivo. Não interessa a fase da vida, ou como essa agressividade é manifestada, o fato é que ela está constituída na existência humana, latente, e basta ser atiçada para produzir seus efeitos. Como é inerente, à vezes, não precisa ser provocada, pois, de fato, já opera no ente. Indubitavelmente, o meio social é agregador e desagregador ao mesmo tempo, antagônico, paradoxal.

A vida em sociedade segue um ritual estabelecido, ordenado temporalmente, por padrões culturais e espaços definidos. Aqueles, entretanto, que não correspondem ao papel a ser representado são colocados à margem, e submetidos a constantes ataques que visam proteger o meio social- ou a própria existência da sociedade.

Por muito tempo, o comportamento social cristão foi o imperativo para classificar, ou estigmatizar, os cidadãos de bem, de honra e sucedidos no corpo societário. A moral sexual era a primeira fonte de controle, e a resultante dela- o ódio antigay, abrigando formas de violências específicas que, em larga medida, misturavam-se e, ainda se misturam para concatenar um objetivo comum, o ódio e o repúdio aos homossexuais. A agressividade física e psicológica, ainda, são os principais meios para se relaizar esse objetivo; a preservação de uma moral não refletida na ética, e não submetida ao Direito.

Como já mencionado, a agressividade depende de um fator mínimo para ser realizada, e tal fator, e diria, o mais propício, é o ideológico. Como regra, toda a conduta social deve ser analisada pela finalidade. O escopo do comportamento deve ser o bem comum. E em nome desse bem, muitos, irrefletidamente, de forma instintiva, atacam seus pares em defesa de algo, que na verdade não foi analisado, mas simplesmente introjetado.

A função da norma, nesse aspecto é analisar o fato: existe a violência contra os gays. Tal violência começa pelo discurso da não aceitação, como direito subjetivo de um grupo, de não concordar com determinadas práticas. A não concordância se manifesta pela objeção e imposição da moral, que se resistida, justifica a agressão física (desnecessário dizer da psicológica, que se dá desde a imposição moral de um grupo).

Como o Direito opera na preservação da dignidade, há que se indagar se o comportamento gay fere a dignidade humana, e os princípios da preservação social. E se o individuo agressor (fisco e psicológico)tem para si a autotuela legitimada pelo Estado para vingar tal aspecto.

O discurso antigay como resistência a um comportamento de individualidade toca na questão do Direito personalíssimo, e se incita à agressividade, que é tênue na espécie humana, deveria continuar sendo propagado, mesmo não sendo a homofobia crime? E se o discurso que é aferido faz do outro indigno, sem que ele ameace, de fato, a paz social e o bem-estar comum, violando a própria constituição do ser, este discurso deveria ser validado como legal, mesmo às leis internas do país tutelando a liberdade individual?

Mediante tudo isso exposto de onde vem a ditadura, dos gays ou dos religiosos, impondo a religião e, não respeitando os direitos personalíssimos, e nem o princípio norteador da norma: a preservação da dignidade?